Na Constituinte de 1987 surgiu a figura do Centrão, formado por um grupo de partidos políticos para bater de frente com o Ulisses Guimarães e apoiar o José Sarney. Eles não se orientam por ideologias, ficam no meio do campo, pendendo mais para a direita, aproximando-se do executivo (o dono da chave do cofre) para apoia-lo desde que lhes garanta vantagens, como distribuição de cargos, ministérios, liberação de emendas parlamentares, verbas e projetos de lei e demais benesses. Ficou conhecido como “A velha política do toma lá dá cá”, ou seja, apoiamos você desde que pague muito bem por isso.
Qualquer governo democrático não consegue administrar com tranquilidade caso não possua maioria no legislativo. Isto é obvio: conforme a CF/88 o administrador público somente poderá agir com base na lei. Caso se afaste, o seu ato será invalido, é o principio da legalidade. Dessa forma, o executivo fica preso a aprovação de leis orçamentárias, projetos de leis e aprovação das medidas provisórias por parte do legislativo. É ai que entra o pessoal do Centrão para decidir a questão.
Caso o Executivo começar a brigar com o Judiciário, ameaçando-o, ai vai ter problema maior ainda.
O Sarney apoiou o Centrão e foi beneficiado. A Dilma não gostava de apoiar os pedidos deles, em consequência foi impedida. O Temer é uma raposa velha, mantinha um apoio irrestrito e não foi afastado, somente foi preso depois que saiu do governo.
O Bolsonaro falou que não iria fazer essa velha política, no entanto quando começaram a ventilar o seu impeachment ele mudou logo de estratégia e está se juntando a eles, pois representam mais da metade dos políticos que influenciam sobremaneira numa decisão.
Os políticos do Centrão formados pelos partidos PL, PTB, PSD, REPUBLICANOS, SOLIDARIEDADE, além do PSD e DEM que alinham também quando o interesse pessoal for grande.
A maioria desses caras possuem poucos seguidores nas mídias sociais, pois são muito criticados por suas posições contrarias ao bem estar do povo. Não estão nem ai, pois quando se aproximam do governo federal, eles conseguem entupir de verbas as prefeituras dos seus Estados e estes irão trabalhar dia e noite com o dinheiro da União para a reeleição do pessoal do Centrão.
Em 2019, a Câmara dos Deputados proibiu o uso do nome "Centrão" na rádio e TV da Câmara, por considerar o termo pejorativo! É mole ou quer mais?
O Bolsonaro não tem para onde correr. Parece-me que o Procurador Geral da Republica, o Aras está em suas mãos (o indicou mesmo não fazendo parte da lista tríplice) agora será a vez dele retribuir. E se o Aras dê uma de traíra? O Centrão entrará em campo para blinda-lo. Caso não o apoie, podem ter certeza que alguém prometeu muito mais para eles com o presidente impedido
É o Centrão. Não tem jeito, não, meu irmão
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