quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

SÓ LUPICÍNIO RODRIGUES NO BAR CALDEIRA



 Lupicínio Rodrigues (Porto Alegre, 16/09/191/ 27 de agosto de 1974) foi um compositor brasileiro. Lupe, como era chamado desde pequeno, compôs marchinhas de carnaval e sambas-canção, músicas que expressam muito sentimento, principalmente a melancolia por um amor perdido. Foi o inventor do termo dor-de-cotovelo, que se refere à prática de quem crava os cotovelos em um balcão ou mesa de bar, pede um uísque duplo, e chora pela perda da pessoa amada. Constantemente abandonado pelas mulheres, Lupicínio buscou em sua própria vida a inspiração para suas canções, onde a traição e o amor andavam sempre juntos.

LOUCURA

E aí
Eu comecei a cometer loucura
Era um verdadeiro inferno
Uma tortura
O que eu sofria
Por aquele amor
Milhões de diabinhos martelando
O meu pobre coração que agonizando
Já não podia mais de tanta dor

Em Março próximo, o Bar Caldeira fará uma homenagem a ele. Se tudo der certo, serei o apresentador. Vamos nessa?

HOMENAGEM AO ARMANDO DA BICA

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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

AMAZONENSES (IV)



HELOISA BRAGA - Ela nasceu em Juiz de Fora (Minas Gerais), onde formou-se em Engenharia Civil (UFJF/1971) – ao fixar residência em Manaus,  concluiu o curso superior em Licenciatura em Letras  Língua Portuguesa (UFAM/2001), onde atua, até hoje, na docência. Ela é viúva do Celito Chaves, um grande amazonense que foi cantor, compositor, pesquisador cultural e violonista – os dois foram fundadores da Banda Independente da Confraria do Armando, a famosa BICA – ela foi a primeira pessoa que escreveu no Livro Ata daquela confraria – no próximo dia 2 de fevereiro (sábado magro de carnaval) os coordenadores da BICA bem que deveriam fazer uma homenagem a ela e aos outros fundadores (Afonso Toscano, Buriti e Manoel Batera). Possui um círculo muito grande de amigos, pois é admirada por todos pelo seu alto astral e sorriso franco – por ter uma excelente formação profissional e, por ser uma intelectual, conversa sobre qualquer assunto, fazendo vez e outras, críticas construtivas. Gosta de reunir com amigos para um bom bate papo, tomar uma cervejinha e curtir a nossa música popular brasileira. Um mineira de nascença, mas, considerada um cabocla de Manaus - uma grande amazonense que merece todas as nossas homenagens.



Fiz várias homenagens aos outros amazonenses, podem conferir nos links abaixo:

DR. GRAÇA SILVA

CELESTINA MARIA

NAZARÉ LACUTE

KÁTIA MARIA

SACI DA PARECA

RODRIGO

FLÁVIO DE SOUZA

ARMANDO DA BICA

DEOCLECIANO BENTES

ROGÉLIO CASA

domingo, 27 de janeiro de 2013

VISITA A COMUNIDADE DE SÃO SEBASTIÃO.



Fui convidado pelos meus amigos do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para uma visita à Comunidade São Sebastião, na zona rural de Manaus – para uma visita de agradecimento e levantamento dos reclamos do comunitários, por parte da Vereadora Rosi Matos (PT).



A saída foi da Marina do Davi, por detrás do Tropical Hotel (o ônibus da linha 120 vai até o local), pegamos um  barco a jato, a passagem está dez reais por pessoa, pois o trajeto fica em torno de trinta minutos, com paradas na Praia da Lua, Livramento, Nossa Senhora de Fátima, Julião, Seringal e Comunidade Ebenézer.


Fomos recebidos por todos os comunitários, a grande maioria estava surpresa, pois foi a primeira vez em que após as eleições municipais, aparece uma vereadora, pois é comum os candidatos fazerem campanhas e, aqueles que conseguem se eleger, aparecem por lá somente quatro anos depois para pedirem novamente voto – não foi o caso da Vereadora Rosi Matos (PT), pois ainda nem começou a legislatura e, ela já anda nas comunidades.


A Comunidade de São Sebastião fica Tarumã-Açu, com acesso por barco e, pela Comunidade do Pau Rosa, entrada no KM 21 da BR-174 – possuem como padroeiro São Sebastião, o santo guerreiro da igreja católica – no dia 20 passado, fizeram uma grande festa em homenagem ao seu dia – eles também comemoram o Dia do Espírito Santo, no dia 31 de Maio, onde haverá uma grande festa para os comunitários e visitantes.


Após a reunião com os lideres e comunitários, fomos fazer um passeio pelas ruas da comunidade. O que mais chamou  atenção foi a união de todos para a construção de uma casa de saúde, conseguindo recursos com bingos e doações – recebemos o convite para inauguração ainda neste primeiro semestre.


Almoçamos uma “Caldeirada de Jaraqui”, para quem não sabe, recentemente, alguns cientistas descobriram que este peixe contém  três tipos de ômega bons para a saúde – ficamos devendo uma visita ao Balneário do Sapão.


Voltamos felizes, com alma leve, pois fomos tão bem recebidos por aquele povo bom, além de curtirmos o passeio, pois estamos na Amazônia e, ainda temos o privilégio de vermos em abundância árvores, animais e muita água do nosso Rio Negro. É isso ai.

Fotografias: Rocha

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

AMAZONENSES! (III)


O Governador Gilberto Mestrinho todas as vezes que fazia os seus discursos políticos, iniciava assim: Amazonenses! Pois bem, utilizei este mote para o título da postagem, pois, a minha intenção é de homenagear alguns amigos, colegas ou conhecidos, colocando a fotografia e escrevendo um pouco sobre eles.

DRA. ALTAMIRA – ela é mestra na arte em defender com razões e argumentos uma causa em juízo, ou seja, nasceu com a vocação para exercer a profissão de defensora de causas (causídica). Um dos seus primeiros empregos foi em escritórios jurídicos. Estudou Direito na Faculdade Uninorte, fez parte da primeira turma de formandos daquela instituição de ensino. Passou de primeira para o exame da Ordem dos Advogados do Amazonas (OAB/AM). Fez pós-graduação em Direito Público. Ele vive e respira Direito e, não será de estranhar, um dia passar no concurso para Juíza de Direito. Trabalha no “Hielano Praia Advogados”. Escreveu na sua página do Facebook Sou uma pessoa sincera, autentica, não gosto de tergiversações, sou muito direta, adoro viver a vida a cada minuto que ela me oportuniza, pois, afinal de contas o amanhã não nos pertence”. Uma vez e outra, deixa os seus alfarrábios de lado e, gosta de encontrar com os amigos para um bate-papo, contar piadas, dar gargalhadas e, tomar uma cervejinha, pois a Dra. Altamira não é de ferro!  

JOSÉ ROCHA FILHO – Nasceu no Igarapé de Manaus, local onde passou a sua infância e parte da vida adulta. É filho do mestre Luthier Rochinha. Estudou no famoso Colégio Estadual D. Pedro II, na época em que somente entravam os melhores e mais dedicados estudantes. É formado em Ciências Contábeis, na antiga Universidade do Amazonas (atual UFAM), quando somente existia essa instituição de ensino superior e, para passar no vestibular era um martírio para os estudantes, pois eram oferecidas poucas vagas e somente os mais preparados conseguiam êxito. Fez especialização em Administração Hospitalar, atuando por um período no Hospital Adriano Jorge. Trabalhou durante muitos anos no Banco do Estado do Amazonas (BEA) e na Caixa de Assistência dos Funcionários do BEA (CABEA). Por ser um mestre na ciência que estuda e interpreta os registros dos fenômenos que afetam o patrimônio de uma entidade, possui o seu próprio escritório de contabilidade, onde desempenha as suas atividades profissionais. Morador antigo do Conjunto Tocantins, onde é muito querido pelos vizinhos e amigos, pois é uma pessoa simpática com todos – gosta de passar o Happy hour (hora feliz) com os amigos no Bar Caldeira e Bar do Armando, no centro antigo de Manaus.

Amazonenses! É isso ai.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

AMAZONENSES! (II)

O Governador Gilberto Mestrinho todas as vezes que fazia os seus discursos políticos, iniciava assim: Amazonenses! Pois bem, utilizei este mote para o título da postagem, pois, a minha intenção é de homenagear alguns amigos, colegas ou conhecidos, colocando a fotografia e escrevendo um pouco sobre eles – a ideia é fazer várias séries.

KLINGER PENINHA – Cantor, músico, professor de inglês, estatístico e analista de sistemas. Trabalhou por muitos anos no setor de câmbio do London Bank. Mora no Conjunto dos Jornalistas desde 1981. Um dia, ao passar pelo Largo da Matriz, uma cigana leu a sua mão e, disse que ele iria casar dez vezes! Dito e feito! Ele está na décima mulher! Sempre foi um boêmio, adorava cantar e tocar violão nos bares de Manaus. Na sua juventude, adquiriu um carro antigo e, gostava de ir aos finais de semana ao putueiro Saramandaia – num certo dia, o seu automóvel começou a “dar prego”, passou a madrugado empurrando o carro e, nada! Ficou tão puto que, resolveu jogá-lo fora, deixou os documentos e nunca mais voltou ao local. Ele sofreu um AVC, teve algumas sequelas, mas, a cada dia melhora o seu estado de saúde.  


MANOEL CRUZ – morou por muitos anos no bairro da Glória, nos tempos gloriosos do Campo da Colina – trabalhou por mais de vinte anos no Grupo Simões (leia Coca-Cola), contribuindo em muito para o crescimento e solidificação desse empreendimento empresarial. É uma pessoa extremamente elegante, adora colecionar relógios. A sua família possui uma tradição em atuar em padarias, tanto que ao sair da empresa em que trabalhava, revolveu seguir a mesma profissão do seu saudoso pai e, montou a sua própria padaria, contando com o apoio da sua esposa, a Dona Rosa, trabalhou muito e penou um bom bocado – após a formatura dos seus dois filhos homens, o Marcelo e o Jean, eles foram somar esforços com os pais. Hoje, a Santa Rosa é uma grande empresa de panificação, fornecendo uma gama de produtos alimentícios, tendo como clientes grande parte das empresas do Distrito Industrial. Ele já fala em se aposentar, deixando a administração para os seus filhos – com certeza, no futuro, os netos irão trabalhar no mesmo ramo do Cruz, pois é tradição da família. 

Amazonenses! É isso ai.

Fotografias: Rocha

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

AMAZONENSES! (I)



O Governador Gilberto Mestrinho todas as vezes que fazia os seus discursos políticos, iniciava assim: Amazonenses! Pois bem, utilizei este mote para o título da postagem, pois, a minha intenção é de homenagear alguns amigos, colegas ou conhecidos, colocando a fotografia e escrevendo um pouco sobre eles – a ideia é fazer várias séries.

  TIO PIMENTA – Morador antigo da Rua Costa Azevedo, descendente de português e, por ter DNA de lusitano, conserva a tradição dos seus ancestrais pelo comércio, apesar de ter sido bancário por muito tempo. Mora numa casa do início do século passado, juntamente com a sua família. Ele já foi o dono do “Hot Dog do Tio Pimenta”, com vários carros percorrendo as ruas do centro de Manaus. Atualmente, atua no ramo de mercadinho, com a primeira loja aberta em sua própria residência, mas, com o tempo terá que escolher um lugar mais amplo, pois ele é do ramo e a tendência é de crescimento. É grande amigo dos seus amigos, mas, por ser português, não pise no seu pé! Adora cozinhar, possui um dom para a culinária, tanto que todos os finais de semana gosta de reunir os amigos na “Confraria da Tia Nega” e, prepara pratos da melhor qualidade. 

     CORIOLANO LINDOSO – este senhor já passou dos noventa anos de idade, mas, possui uma grande vitalidade, além de um elevado senso de humor – boiou ano passado lá pelas bandas do “Caldeira Bar” e, apesar de não ingerir bebidas alcoólicas, se enturmou com a velha guarda da boêmia – gosta muito de tomar uma “Fanta Laranja”, jogar conversa fora, dar gargalhadas e falar da atuação dos políticos de antigamente – tornou-se uma história viva. Ele afirma que já foi um grande político, inclusive, chegou a ser governador interino e, ser orgulha de ter sido o responsável pela contratação do famoso “Delegado do Diabo”, um policial temido pelos bandidos em decorrência dos seus métodos nada ortodoxos. Gosta de entrar no clima da brincadeira e, assegura que, apesar da idade, ainda “dá no couro!". Adora ficar olhando um painel onde constam vários boêmios que comemoravam a visita do Vinícius de Moraes ao bar, se orgulha de esta vivo e, de ter enterrado toda aquela turma.

   DR. LIÓ– ele é odontólogo (dentista), passou toda a vida profissional cuidando da saúde bucal dos nossos conterrâneos – aposentou no ano passado, dando plantão, diariamente, no Bar Caldeira. O homem é gozador até a alma, perde o amigo, mas, não perde a piada – possui um imenso repertório e, faz uma piada na hora, dependendo do momento ou do assunto. Apesar de formado na área médica, bebe todas e fuma que nem uma caipora. Vai fazer uma cirurgia, o que o forçará a permanecer no estaleiro por uns três meses.

  LUIZINHO – O cara é baixinho, magrinho, olhos grandes e, boa praça – já ralou muito na vida, foi garçom e, atualmente, desempenha a função de fotógrafo profissional, faz serviços em domicílios, cobrindo batizados, eventos, primeira comunhão, aniversários, casamentos e até velórios – foi durante anos considerado o “lambe-lambe” oficial da Banda Independente da Confraria do Armando (BICA). Ele adora passear na sua potente motocicleta de 50 cilindradas, da afamada marca ShingLing, importada da China. O mestre Palheta fez uma charge, onde o protagonista é o Luizinho, o trabalho está em exposição no Bar Cinco Estrelas (ao lado da Academia do Sheik Clube).


      ULISSES - Ulisses Marques, era um competentíssimo auditor do Banco do Estado do Amazonas (BEA) e, após a aquisição pelo Bradesco, foi aproveitado pelo novo patrão, pois eles tinham o maior interesse em obter as informações que ele dispunha das agencias do interior do Estado - quando o Banco sentiu que ele não era mais necessário, preferiu demiti-lo e colocar na sua função um jovem, pagando um salário bem inferior – o Ulisses, atualmente, trabalha no Hospital Santa Júlia, onde está crescendo profissionalmente - continua aprimorando os seus estudos, tanto que já se formou em Ciências Contábeis e, estuda Direito na faculdade Uninorte – morador antigo do bairro da Cachoeirinha, onde mora até hoje – faz parte da confraria do Bar Caldeira, ele é fã incondicional saudoso Nelson Gonçalves.


   JERSEY NAZA - Amazonense de Manaus, poeta, jornalista, produtor cultural funcionário público municipal. Passou parte de sua juventude no Rio de Janeiro, onde cursou os primeiros períodos de jornalismo – voltou para Manaus onde concluiu os seus estudos. Ele é um torcedor roxo do clube de futebol Fluminense, tanto que foi um dos fundadores da torcida “YoungFlu”. Faz parte de um grupo de poetas que, anualmente lançam um livreto denominado “POETATU” – um pequeno aperitivo das poesias do Naza:

CURTA-METRAGEM
A fogueira
dos meus olhos
não apaga
a cinza do amanhã
cunhã faceira
lava o rosto
à beira da lama.

       CHARLHES STONES – foi garçom do Bar Armando, o cara era elétrico, atendia rapidamente e, chamava cariosamente os clientes de “5 estrelas” - em 1996 resolveu fazer seu próprio bar, o “Cinco Estrelas”, situado na Avenida Getulio Vargas, ao lado do Sheik Clube, onde há dezessete anos promove a “Banda do 5 Estrelas” – possui um acervo muito grande de CD´s e DVD´s, onde o cliente pode pedir uma música para ouvir e, em questão de segundos é atendido, apesar de não ter nenhum programa de computador, pois ele sabe exatamente onde se encontra a mídia. 

Na próxima semana teremos mais “Amazonenses!”. É isso ai.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

UM OLHAR DO TERCEIRO ANDAR




Tive a oportunidade de passar um mês e alguns dias em uma sala do terceiro andar, do edifício da Rádio Mar, no Largo de São Sebastião e, por ela ficar praticamente na altura da copa das árvores daquele lugar, deu para ter um olhar diferente sobre as pessoas que por ali transitavam e, de algumas edificações históricas da nossa cidade.


Acompanhei a montagem e desmontagem do espetáculo de Natal “Glorioso”, com toda aquela movimentação dos operários, equipamentos, atores e ensaios, uma loucura! Foi um megaevento, coisa de cidade rica, dos tempos bons da belle époque, quando o dinheiro transbordava nos cofres do Estado – acredito que o Robério Braga incorporou o espírito megalomaníaco do governador Eduardo Ribeiro. 


Passado esta fase, veio o pessoal com a recolocação dos postes de iluminação, pinturas na lateral e retirada de entulhos – ficando tudo como entes, dando para curtir a beleza que é o Teatro Amazonas, principalmente, da cúpula onde dava para ver os detalhes daquela obra ímpar, apesar dela estar clamando por uma pintura já faz bastante tempo – sempre tive uma vontade enorme em um dia conhecer o interior daquela abóbada.


No Teatro Amazonas, outra coisa que me chamou a atenção é a inscrição da data “Cinco de Setembro de 1850” (data da independência administrativa do Estado do Amazonas) em cor azul com o fundo em puro ouro! Deu para ver muito detalhes do telhado, portas, janelas, óculos, estátuas, jardins, portões laterais, etc. - além da movimentação de turistas, admirando aquela beleza de arquitetura.


Por falar em turistas, o largo está apinhado deles, a grande maioria vem dos transatlânticos que toda semana param no Porto de Manaus (Rodoway), pois estamos na alta estação e a Amazônia é uma marca muito forte, o que concorre para que milhares e milhares deles optem em aparecer por estas bandas.


Certo dia avistei lá de cima um turista andando apressado, lembrei-me de um papo em que ouvi entre dois seguranças do Largo, um deles estava comentando sobre um gringo que se dirigiu até ele e, começou a falar em inglês, o guarda estava mais por fora do que umbigo de mulher da dança do ventre, depois, falava em toilette e water closet e, segundo o guarda, ele somente balançava negativamente a cabeça, pois não entendia patavina daquela língua, notou que o homem já estava ficando verde e soltando traques de montão, foi quando o gringo fez aquele sinal internacional “deu duas palmadas na barriga”, ai sim, o guarda entendeu que o americano estava com uma vontade doida de jogar um barro na louça, foi quando ele apontou para o lanche African House, o cara saiu em disparada com as calças quase arriadas.


É isso mesmo, está faltando banheiros públicos em toda a cidade de Manaus, bem que poderiam pelo menos colocar uns dois no Largo, daqueles do tipo “químico”, pois quem viaja, sabe muito bem que, em decorrência da alimentação, o turista sempre adquire aquela soltura de ventre, a famosa fininha - pense no aperreio do caboco quando ele não encontra um toalete público!





Como a vista lá de cima é privilegiada, sendo possível ver toda a movimentação de turistas, estudantes, aposentados e, cachorros, é isto mesmo, tem uma matilha no Largo de São Sebastião, são animais abandonados e doentes que necessitam de cuidados. 




 A Secretaria de Cultura mandou dar uma nova pintura no Centro Cultural Palácio da Justiça, mas, anda a passos de jabuti, naquela moleza, somente a parte externa da Rua Dez Julho foi concluída, acho que eles desistiram, pois o que tem chovido em Manaus não é brincadeira.


Este prédio já foi centro das atenções dos estudantes de Direito, dos advogados, juízes e desembargadores, mas, muito temeroso pelos homicidas, pois funcionava ali o tribunal do júri - hoje, serve para exposições e júri simulado para os alunos da área jurídica, além de guardar parte da mobília do antigo tribunal.


Estive uma vez visitando aquele prédio, senti que o fluxo de pessoas é muito pequeno, pois não há divulgação das suas atividades por parte da SEC – em minha opinião, deveria haver funcionários daquela secretária, de plantão, no Largo de São Sebastião, informando aos turistas e nativos sobre todos os espaços culturais, pois além da Praça e Igreja de São Sebastião e do Teatro Amazonas, os turistas poderiam visitar o Palácio da Justiça, Casa Ivete Ibiapina, Galeria do Largo e Casa de Artes. 


Observei muitas pessoas tirando fotografias do Palácio da Justiça, um monumentoso prédio histórico, porém, não ousam entrar, por não saberem que é aberto ao público e, muito menos, o que contém lá dentro – falta divulgação, mermão!

O Ideal Clube era o clube dos bacanas, da nata da sociedade, naquele lugar funcionava a famosa “Boate Moranguinho”, o tempo passou, acabou o encanto, tornou-se mais um espaço administrado pela Secretaria de Cultura, com muitas atividades desenvolvidas naquele espaço - pena que acabaram com o Teatro Gebes Medeiros - a conservação do prédio está deixando muito a desejar – ao longe dar para ver o telhado, parte das janelas e fachada, todas desgastadas com o tempo, pedindo uma pintura já faz muito tempo.


 Numa rápida olhada para o lado esquerdo, é possível ver-se os fundos do Hospital da Santa Casa de Misericórdia – se o hospital está abandonado, imagine como anda os seus fundos! Uma coisa que chama a atenção são algumas casas antigas com frente para a Rua José Clemente, acredito que com o tempo foram sendo incorporadas ao hospital – como o governador do Amazonas e os provedores não chegam a um consenso sobre a sua revitalização e abertura daquele hospital, onde eu nasci, resta-nos somente a lamentar o seu abandono. 


Um olhar do terceiro andar - é isso ai!

Fotografias: J Martins Rocha