segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

PRESENTES DE NATAL

 PRESENTES DE NATAL

A coisa mais importante em presentear alguém querido não é o presente em si, mas o presente no momento certo e, principalmente, que a pessoa que recebe um presente entender quê não é o que você quer receber, mas que aquilo é apenas um simbolismo de amor de uma pessoa que pode comprar algo e presentear alguém especial (você), assim como fizeram os reis magos ao levarem presentes especiais para uma pessoa especial chamada menino JESUS.

Ele não precisava de toda àquela riqueza, mas ficou o simbolismo do amor ao transformador de idéias que até hoje passados 2020 anos ainda permanece vivo na aldeia global. 


Teremos que reaprender que o presente de natal não é para agradar ou ser funcional e caro, mas um simbolismo de amor.


Tenho muitos amigos que são ateus. Eles não curtem natal e coisa e tal. Será que darão presentes para os seus filhos? Não sei, não, mas, com certeza gostarão de recebê-los, mesmo que seja apenas um presente de natal.

 É isso ai.

domingo, 20 de dezembro de 2020

DESABAFO

 Concorri a vários editais da Lei Aldir Blanc. 

Perdi todos. 

Por último, concorri para impressão e distribuição do livro "A Vila de Paricatuba" e a implantação, em Iranduba, da "Rádio Web Arte & Cultura de Iranduba". 

Fiz um trabalho primoroso, coisa de profissional. 

Assim mesmo foram considerados inabilitados.

 De tanto levar não na cara, resolvi entrar com dois recursos, um para cada projeto. 

O setor jurídico da SEC fez uma peça digna de um magistrado do STF, tudo para indeferir o meu pedido.

 Fiquei sabendo que os meus projetos por mais que fossem bem elaborados, não foram aprovados por eu ter enviado um cartão da CEF de poupança e não de Conta Corrente. 

Tentei mandar outro do Bradesco, mas não aceitaram por ter vencido o prazo (dois dias). 

Caramba. 

Os poderosos tudo pode.

 Conseguem empréstimos milionários, roubam até a merenda das criancinhas e tudo o mais. 

Um pobre coitado que nem eu, tudo é difícil.

É uma burocracia imensa.

 Por causa de um cartão eles detonam um projeto. 

Outra coisa, tudo seria distribuido gratuiramente ( o livro).

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Ao Excelentíssimo Senhor Prefeito Eleito de Manaus David Antônio Abisai Pereira de Almeida - Propostas e Ideias de Cidadãos Manauaras para contribuir na Administração Executiva do novo Prefeito de Manaus.

 Manaus, 24 de dezembro de 2020

Ao

Excelentíssimo Senhor Prefeito Eleito de Manaus

David Antônio Abisai Pereira de Almeida

Ref.: Propostas e Ideias  de Cidadãos Manauaras para contribuir

        na  Administração  Executiva   do novo Prefeito de Manaus.

 

Prezado Senhor,

 

        Inicialmente, parabenizamos Vossa Excelência pelo resultado positivo nas urnas, desejando-lhe sucesso nesta árdua tarefa de administrar a nossa querida Manaus, capital do nosso            majestoso                         Estado         do                       Amazonas.

        Somos manauaras, abaixo identificados, e tomamos a liberdade de levar ao conhecimento do senhor algumas propostas e idéias que possam de alguma forma ser incorporadas ao seu Plano de Trabalho, o que nos orgulharia muito, pois somos filhos desta terra e amamos muito a nossa cidade e por certo desejamos vê-la próspera, desenvolvida,   com   um   povo    feliz  e  com  autoestima   elevada.

        A nossa contribuição está anexada a esta missiva, versando principalmente  sobre   a   Mobilidade    Urbana    e    ao      Turismo.

Joaquim José de Alencar Souza, 71 anos, morador do bairro Presidente Vargas (Matinha), empresário, publicitário e ex-jogador de futebol na década de sessenta, responsável pela vinda do New York Cosmo (USA) a Manaus em 1980. Possui uma grande preocupação com o sistema viário de Manaus, sendo um                         dos        idealizados         do       sistema    viário  do MANOA e da Orla da Matinha.

Telefone:            92 98846-6909             -                e-mail kim_alencar@hotmail.com

 

José Martins Soares (José Rocha), 64 anos, morador do centro antigo da cidade, administrador (UFAM), editor do BLOGDORCHA, apresentador cultural, autônomo e escritor. Possui um grande amor por esta cidade, tanto que escreveu os livros Mana Manaus –  O Igarapé de Manaus – O Zé Mundão de Manaus              e NY    Cosmos  X   Fast Clube – 40   Anos de um  jogo    grandioso   e     histórico.

Telefone:            92 99153-7448      -        e-mail:       jmsblogdorocha@gmail.com



TRANSPORTE COLETIVO AQUAVIÁRIO

Foto: José Rocha

        Este projeto foi pensando por Joaquim Alencar na década de oitenta, inclusive foi publicado em jornais da época.                                   No decorrer dos anos muitos prefeitos e políticos trataram do assunto de forma superficial, porém nunca implantaram                               de     fato      este      sistema   de    transporte    alternativo   fluvial.                                 

         O novo prefeito David Almeida poderá determinar a sua equipe de engenharia que faça estudos mais aprofundados e verificará que ele será viável, pois encurtará distâncias, aproveitando a imensidão do  nosso  majestoso  Rio  Negro  que  banha  toda  a  nossa  cidade.

         O projeto consiste em utilizar “Barcos A Jato” conhecidos como “Expresso”, fabricados no Pólo Naval da nossa cidade, construídos em aço, alumínio e fibra, com motores de popa velozes e potentes, dotados de conforto e segurança. Eles são os mais indicados, pois oferece aceleração e velocidade, promovendo a diminuição da duração das viagens “anulação do espaço pelo tempo”, um produto da modernização aquaviária e já faz parte da paisagem                   do                transporte          fluvial        da      nossa            região.

        Rotas saindo do bairro Puraquequara, na Zona Leste, com várias paradas intermediárias (em pequenas balsas flutuantes), permitindo a população de alguns bairros e comunidades ribeiras,  chegar de forma rápida e saudável ao Centro da cidade e desta para os bairros de São Raimundo, Compensa (Ponte Rio Negro), Praia da Ponta Negra até a Marina do Davi, na  Zona Oeste, onde os passageiros poderão se deslocar para a Zona Rural                         da                  Bacia         do         Tarumã          e           vice-versa.

        Servirá, também, para incrementar o turismo, pois todos aqueles que chegam a nossa cidade via aérea desejam conhecer e passear de forma rápida pelo Rio Negro, que possui uma beleza singular. Irá contribuir para elevar a autoestima dos manauaras que terão oportunidade de passearem aos finais de semana                  ao     redor   da    cidade   de    uma    forma    saudável   e   segura.

IDEIAS PARA MELHORAR A CIRCULAÇÃO DE VEÍCULOS NO HORÁRIO DE PICO

        Em relação à Mobilidade Urbana propomos ao novo Prefeito eleito David Almeida algumas idéias para melhorar a circulação do trânsito    nas    três    principais    vias    da    cidade   de     Manaus.

        Quem transita diariamente no horário de “rush” pelas Avenidas Mário Ypiranga Monteiro, Djalma Batista e Constantino Nery, no sentido centro-bairro, passa por um sufoco enorme para chegar a Avenida Torquato Tapajós e Max Teixeira (Cidade Nova), com circulação estimada de mais de cinquenta mil veículos no horário das 17 horas às 20 horas. Neste horário, o engarrafamento nas três vias é quilométrico, em decorrência de um afunilamento na junção dessas três vias, o que não é concebível para maiores vias de Manaus.      Isto poderá ser amenizado desde que a Prefeitura de Manaus faça algumas   desapropriações   e    alargamentos  no  final das avenidas.

        Em frente à Universidade Paulista (UNIP) existe uma redução de duas grandes avenidas (Mário Ypiranga e Djalma Batista) numa única via estreita, provocando uma grande lentidão no trânsito e consequentemente um engarrafamento quilométrico. A solução seria a alargar a Avenida Mário Ypiranga, começando pela frente da UNIP. Indenizar e efetuar a retirada de todos os imóveis que estão depois da UNIP até a cabeceira da pista de pouso do Aeroclube, fazendo uma pista direta para a Avenida Nilton Lins      (dentro do Aeroclube).

       Fazendo esse trabalho, os veículos que vem da Avenida Djalma Batista fluíram com maior rapidez, pois terão uma pista mais larga (retirando um posto de gasolina) para circularem e não terão mais de competirem com os que vêm    pela     Avenida      Mário     Ypiranga.             

        A Avenida Constantino Nery é uma das principais vias da cidade, no entanto ela estreita para dar fluxo aos milhares de veículos que dobram a direita para a Estrada dos Franceses ou seguir para Avenida Torquato Tapajós, competindo ainda com os veículos que vêm em sentido oposto na alça para retornar a esta via, complicando ainda mais com os outros milhares que vêm das Avenidas Djalma Batista e Mário Ypiranga. A solução seria retirar um posto de gasolina do final da Avenida Constantino Nery, fazer mais uma pista (ao lado da atual) para passar por debaixo do Viaduto Ayrton Senna (a alça de retorno ficaria livre), não permitindo mais pegar a direita para entrar na Avenida Nilton Lins                   (somente    para    quem    vêm    da    Avenida    Mário     Ypiranga).

        Com a conclusão do Complexo de São Jorge os veículos da Avenida Constantino Nery fluíram com uma grande rapidez, no entanto irão entrar num engarrafamento mais adiante                  caso                  não            forem         feito       este         trabalho.

Evidente que isto é apenas uma sugestão para o novo prefeito, pois envolverá um trabalho grande de engenharia por parte da Prefeitura de Manaus, além de dispor de recursos para fazer as devidas desapropriações. O poder público municipal deve partir logo para as negociações para a retirada do Aeroclube daquela área, pois está colocando cada vez mais em perigo os moradores de todo aquele entorno, além de parte da pista que deve ser retirada para dar maior fluidez ao trânsito. Com a retirada do Aeroclube e o recolocando no município de Iranduba, toda aquela área servirá para fazer uma moderna e ampla Estação Rodoviária, a Sede da Prefeitura de Manaus com prédios para abrigar todas as Secretárias (ficariam centralizadas, com benefícios a todos), posto de Pronto Atendimento ao Cidadão (PAC), Postos de Saúde, Escola Municipal, Praças de Alimentação, Shopping Popular (para os camelôs que ainda estão no centro)           dentre           outros           espaços               públicos

 

  NOVO TERMINAL RODOVIÁRIO DE MANAUS


Maquete de um Terminal Rodoviário de Curitiba

        Propomos ao novo Prefeito eleito David Almeida uma atenção especial ao Terminal Rodoviário de Manaus, construindo um novo dentro do atual Aeroclube de Manaus, digno de uma cidade que não pára de crescer, em substituição ao atual que está com as suas estruturas precárias e sem segurança para os passageiros                 e              turistas         que       visitam      a      nossa          cidade.

        O atual Terminal Rodoviário de Manaus foi construído em 1980 (no governo José Lindoso), no bairro de Flores, com nome             oficial de Terminal Rodoviário Engenheiro Huascar Angelim. Atende precariamente as linhas de ônibus para os municípios da Região Metropolitana de Manaus e interior do Amazonas, além de rotas interestaduais para Rondônia (BR-319)e Roraima (BR-174) e internacionais para Caracas, capital da Venezuela. É um dos principais pontos de entrada e saída de Manaus, onde passam em torno de trinta e cinco mil passageiros por mês, conforme dados da Agência Reguladora de Serviços Públicos (ARSAM). Está com quarenta anos, apresentando uma estrutura precária e falta segurança, sendo alvo de inúmeras críticas e reclamações por parte dos passageiros e usuários, que demonstram insatisfação                    com a falta de melhorias e descaso do poder público. O governo do Estado do Amazonas e a Prefeitura de Manaus abandonaram totalmente este importante bem público, sendo gerenciado           pelos    próprios    permissionários.     Isto       é     um        absurdo!

        O Novo Terminal Rodoviário de Manaus – a nossa sugestão será a retirada do Aeroclube do Amazonas (que está colocando em risco constante todo o bairro de Flores e adjacências) e o recolocar no município de Iranduba, onde existem imensas áreas e com acesso rápido pela Ponte Rio negro, construindo em seu lugar o novo terminal. A área do atual Aeroclube é imensa, podendo abrigar além de uma  grande e moderna rodoviária, a Sede da Prefeitura de Manaus, com prédios para abrigar todas as suas secretárias, com benefícios para todos, além de Posto de Pronto Atendimento ao Cidadão (PAC), Postos de Saúde (UBS), Praças de Alimentação, Shopping Popular e outros espaços públicos, Hotéis de Trânsito    etc.

        O novo terminal servirá de orgulho para os amazonenses e incrementará o turismo para a nossa cidade, pois contará com espaçosas áreas de embarque e desembarque, amplos estacionamentos, sanitários da melhor qualidade, salas de espera climatizadas, escadas rolantes, passarelas e plataforma elevatória para uso de pessoas com deficiência, áreas de vistorias de veículos e para vans, táxis, moto taxis, lojas de suvenir, drogarias,      atendimento     médico,   praça   de   alimentação, administração etc.

        A Prefeitura de Manaus em comum acordo com o governo do Amazonas poderiam passar o local para ser administrado por uma empresa privada, que ficaria totalmente responsável                     pela         manutenção       e         fazer      melhorias       constantes.

        Artigo acima foi publicado no BLOGDOROCHA,                                  cujo      editor          é      o    mesmo   que   subscreve     esta carta.

  

 MARINA DO DAVI

Fototocolagem: José Rocha - Maquetes da PMM

       

        Este projeto foi desenvolvido pelo corpo técnico da Prefeitura de Manaus na gestão do Prefeito Serafim Corrêa. O projeto se desenvolveria de forma radial, permitindo tirar partido da paisagem do Igarapé do Gigante e do Tarumã. Sem dúvida foi um projeto ousado, que buscava solucionar de forma definitiva os problemas encontrados em um porto tão “simples” e tão importante para Manaus. O local seria no local onde o empresário paulista Henry Maksoud tentou construir um grande hotel, mesmo tendo conseguido 10 milhões de reais da SUDAM e não concluindo, sendo objeto de litígio judicial. Quem passar por lá nota apenas uma                     grua     e    escombros do que seria um hotel com 350 apartamentos.

        O novo prefeito de Manaus David Almeida caso queira desengavetar o projeto e concluí-lo, o fará com certeza, pois tudo depende de vontade política. O projeto já está pronto, falta apenas encarar uma briga judicial com esse empresário paulista e seus herdeiros, pois eles pegaram dinheiro público, abandonaram    a obra e  não  pagaram  o  que  tomaram  emprestados  do  povo  brasileiro.

        Para as pessoas que não conhecem a Marina do Davi, este é um local estratégico para a mobilidade intermodal na cidade.                 É um dos principais pontos de embarque e desembarque de pessoas para os nossos hotéis de selva, praias, sítios no alto rio Negro e principalmente, ponto de chegada e partida para as nossas comunidades rurais, que poderá ficar interligado com o transporte aquaviário,  caso  for  implantado  pelo  Prefeito eleito David Almeida.

        A movimentação de voadeiras e pequenas embarcações são constantes. O volume de flutuantes para a guarda de lanchas, iates, oficinas, proporcionam uma vida portuária de bastante fluxo e de grande conflito, um desafio para se resolver através de uma concepção                    arquitetônica             e               urbanística.                                          

        A proposta vista nas imagens acima consistia numa reformulação geral da Marina do Davi. A começar pela sua localização. Considerando que em época da vazante o embarque e desembarque ficam bastante complicados, a intenção da proposta era deslocar a Marina mais para fora do Igarapé do Gigante, permitindo que ele passe a ter um melhor uso também em época de seca. Toda uma infraestrutura seria fornecida através da construção de um píer, com rampa de acesso e edificações para acomodar atendimento ao turista, comércio atacadista e varejista, prestação de serviços, inclusive públicos, posto de saúde, posto policial, compra de passagens, estacionamento, área para carga e descarga, restaurante regional, terminal integrado de ônibus, lanchonetes                          e        outros      usos   de    igual    importância    para    o       local.

        Artigo acima foi publicado no BLOGDOROCHA,                                  cujo      editor          é      o    mesmo   que   subscreve     esta carta.

 

  MEMORIAL ENCONTRO DAS ÁGUAS

Fototocolagem: José Rocha - Maquetes da PMM

        O famosíssimo arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, elaborou o seu primeiro projeto para a região norte, chamado Memorial Encontro das Águas, um complexo com um mirante, um restaurante e um museu em uma encosta, onde se poderá observar o encontro dos rios Negro e Solimões. Este projeto custou aos cofres públicos a quantia de seiscentos mil reais, foi elaborado em 2005, a pedido do então prefeito de Manaus Serafim Corrêa, infelizmente, o alcaide      engavetou      o projeto,  não deu o devido valor ao empreendimento.

        O novo prefeito de Manaus David Almeida caso queira desengavetar o projeto e concluí-lo, o fará com certeza,                  pois         tudo            depende         de        vontade            política.

        A previsão da entrega seria para 2007, estava confirmada a presença do ilustre arquiteto, mas o prefeito não lançou nem sequer a pedra fundamental. Não conseguiu a sua reeleição e o seu sucessor não quis nem ouvir falar no Mirante. O Memorial deveria ser construído em um terreno no bairro Colônia Antônio Aleixo, zona leste da capital, com uma área verde de cerca de 20 hectares,           o local pertencia à   Embratel  e  foi  cedido  a   Prefeitura de Manaus.

        No Projeto original o complexo seria composto de dois prédios, exposições e restaurante, em uma grande praça no topo de uma encosta. O prédio de exposição consistiria de um pavilhão com a forma aproximada de uma oca, com 35 metros de diâmetro na base e altura de 7,20 metros, elevado em relação ao piso da praça. O pavimento do subsolo, com igual área, teria uma abertura para o ambiente externo, protegido por uma marquise. O projeto previa ainda duas capas de concreto, elevando-se 20,80 metros em relação ao piso térreo, duas capas de concreto cobrindo setores de aproximadamente 120 graus. As duas capas, diametralmente opostas. Uma delas reta, em amarelo, representando as águas barrentas do Rio Solimões e a outra curva, em negro,       representando as águas escuras do rio Negro se encontrando no topo. O prédio do restaurante ficaria encravado em outro trecho da encosta, acompanhando na fachada, a sinuosidade das curvas de nível. Uma rampa, protegida lateralmente por muro de arrimo,               daria                 acesso          ao          terraço      e    ao      mirante.

        O Oscar Niemeyer assim definiu o seu projeto: “Tinha diante de mim as fotografias do espetáculo que é o encontro das águas, e foi isso que dominou o projeto: as duas formas de concreto que sobem e se encontram, o preto representando as águas escuras do rio negro e o amarelo representando o rio Solimões, de águas claras”.

      Caso o David Almeida construa esta obra colossal, o benefício seria imenso para a nossa cidade, o local seria transformado numa Meca para os ambientalistas e turistas, além do mais, teríamos uma enorme força para barrar a construção do Porto das Lajes              (um   mega   projeto  de    destruição   do    Encontro   das    Águas).

        Artigo acima foi publicado no BLOGDOROCHA,                                  cujo      editor          é      o    mesmo   que   subscreve     esta carta.

 

      AMAZÔNIA DAY NA EUROPA       

       O Joaquim Alencar faz alguns anos planeja executar o “AMAZÔNIA DAY” na Europa, para divulgar a Amazônia e suas potencialidades turísticas, cultural, gastronômica e oportunidades econômicas na área de biotecnologias, além de desmistificar a visão mundial de que a estamos destruindo, contribuindo para os povos da Amazônia e aos governos municipais, estaduais e federal  para      que executem políticas publicas voltadas para   a   sua   preservação.

        Seria bem ao estilo do BRAZILIAN DAY, um festival anual que acontece na cidade de Nova York nos Estados Unidos, realizada em setembro para comemorar   o   Dia  da   Independência   do     Brasil.

        O projeto é ambicioso, de larga escala, com investimentos maciços públicos e privados. Como a cidade de Manaus é considerada a capital da Amazônia, a Prefeitura de Manaus deveria tomar partido e apoiar este empreendimento, unindo os prefeitos e governadores da região norte,  mostrando o plano e pedindo o apoio necessário, inclusive do governo federal através do Conselho da Amazônia, onde o seu presidente, o senhor Hamilton Mourão                              (vice-presidente da República)    possui    origens  no    nosso estado.

        Na área privada, o projeto prevê parcerias  com empresas e empreendedores que trabalham com biotecnologias (principalmente as Starup para divulgarem os seus projetos e produtos inovadores), shows musicais (musicas de beiradão, boi bumbá, carimbó, carnaval etc), gastronomia (comidas típicas da região norte, principalmente pratos feitos com os nossos peixes de água doce), artesanatos (mostrando para o mundo ver o que os nossos artesãos fazem de bom com a matéria prima vinda da Amazônia), além do sorriso e o carinho dos amazonenses e amazonidas, tanto respeitado e      admirado            por    todos    os    turistas     que    nos      visitam.

        Este evento grandioso será uma oportunidade impar para divulgar a nossa cidade e a Amazônia, podendo o prefeito David Almeida ser o pioneiro em divulgar esta intenção quando estiver reunido com os líderes da Região Norte e com o vice-presidente Hamilton Mourão. Temos certeza que todos virão                          com              bons        olhos      e      apoiarão    este           projeto. 



quinta-feira, 19 de novembro de 2020

RESSACA POLÍTICA

 Segunda-feira, Dia da Ressaca.

Pior, Ressaca Política.

Os meus candidatos não ganharam.

O pior ainda é ser obrigado a votar novamente no Segundo Turno.

Uma coisa é certa: Não voto nem com nojo no Negão. Será que ele votou nele mesmo? Na urna tinha esquecido o próprio número!

Para falar a verdade, não quero nem saber quem são os novos Vereadores, pois daqui um ano nem os seus eleitores lembrarão em quem votaram.

Salvo raríssimas exceções, dos 41 uns cinco serão lembrados, o resto é resto.

Infelizmente, os nossos representantes serão apenas representantes do próprio bolso e dos mais próximos a eles (amigos, família, prefeito etc).

Pode escrever ai.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

 Irei vasculhar o site do TSE, no Portal da Transparência, para mostrar a todos vocês o quanto receberam e gastaram os candidatos eleitos para a Vereança.

Podem ter certeza que não foi pouco, não.

Alguns dirão: o fulano gastou somente o Fundo Partidário. Tudo bem. Porém, todavia, no entanto, são recursos públicos que vieram dos impostos que por sua vez vieram dos nossos bolsos.

Estão falando por ai que o jovem candidato eleito torrou trezentos mil na campanha. Irei verificar se procede.

Uma coisa é certa: eleição para um mandato popular não é para os amadores-lisos. Isto demanda profissionalismo, fundo partidário, doações significativas e outros cositas mas por debaixo do pano, sem passar pelos meios legais etc.

Mudando de assunto: o Plano de Governo do Davi Almeida é um dos mais bem elaborados de todos os candidatos, um trabalho profissional.

Depois da eleição do segundo turno, irei, também, verificar quantos milhões os dois gastaram.

São informações que todos devem saber, pois é lei a obrigatoriedade de divulgação ao público, porém poucos buscam essas informações.

É isso ai.

sábado, 14 de novembro de 2020

NAVIO BALATAL

É um navio não registrado na Marinha do Brasil, pois está somente no imaginário popular.

Como sabemos Balatal é formado por Balata + al = lugar ou bosque onde existe muitas balatas, onde se extraia o antigo "ouro branco", o látex que fez fortunas e ruínas para muitos seringalistas do início do século passado.

Quando houve a debandada geral dos gringos e brasileiros falidos, era vergonhoso para aqueles que ostentavam fortunas voltarem pobres para os seringais, para trabalhar e "comer o pão que o diabo amassou", eram tempos difíceis. 

O momento de pagar os pecados e excessos cometidos quando estavam "em cima da carne seca" (sinônimo de riquezas para os nordestinos da época).

Com o tempo, este barco da desgraça foi sendo utilizados por políticos que receberam um cheque em branco da população e depois de quatro anos não foram reeleitos por terem pensado somente no particular em vez do bem estar geral.

O termo foi usado em quatro e quatro anos nas rádios de Manaus e do interior, para malhar os políticos não reeleitos.

O Valdir Corrêa, da Rádio Difusora, fez o maior sucesso. Anos depois, a direção resolveu suspender o programa, pois constrangia muitas pessoas, cabendo até danos morais.

Em Parintins, o compositor Tadeu Garcia usava para sacanear o boi contrário perdedor.

O barco somente consente a entrada dos perdedores, no caso, os políticos não reeleitos.

É uma viagem a trabalho, sem volta. É a volta do anzol. Pagar pelos erros cometidos.

Em 2020, existe a previsão de mais de 50% dos atuais Vereadores embarcarem no Navio Balatal.

É isso ai.

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

NOVO TERMINAL RODOVIÁRIO DE MANAUS

 



Na condição de manauara e cidadão desta terra, proponho ao novo prefeito que construa o Novo Terminal Rodoviário de Manaus, digno de uma cidade que não pára de crescer, em substituição ao atual que está com as suas estruturas precárias e sem segurança para os passageiros e turistas que visitam a nossa cidade.

O atual Terminal Rodoviário de Manaus – foi construído em 1980 (no governo José Lindoso), no bairro de Flores, com nome oficial de Terminal Rodoviário Engenheiro Huascar Angelim.

Atende precariamente as linhas de ônibus para os municípios da Região Metropolitana de Manaus e interior do Amazonas, além de rotas interestaduais para Rondônia (BR-319)e Roraima (BR-174) e internacionais para Caracas, capital da Venezuela.

É um dos principais pontos de entrada e saída de Manaus, onde passam em torno de trinta e cinco mil passageiros por mês, conforme dados da Agência Reguladora de Serviços Públicos (ARSAM).

Está com sessenta anos, apresentando uma estrutura precária e falta segurança, sendo alvo de inúmeras críticas e reclamações por parte dos passageiros e usuários, que demonstram insatisfação com a falta de melhorias e descaso do poder público.

 O governo do Estado do Amazonas e a Prefeitura de Manaus abandonaram totalmente este importante bem público, sendo gerenciado pelos próprios permissionários. Isto é um absurdo!

O Novo Terminal Rodoviário de Manaus – a minha sugestão será a retirada do Aeroclube do Amazonas (que está colocando em risco constante todo o bairro de Flores e adjacências) e o recolocar no município de Iranduba, onde existem imensas áreas e com acesso rápido pela Ponte Rio negro, construindo em seu lugar o novo terminal.

A área do atual Aeroclube é imensa, podendo abrigar além de uma  grande e moderna rodoviária, a Sede da Prefeitura de Manaus, com prédios para abrigar todas as suas secretárias, com benefícios para todos, além de Posto de Pronto Atendimento ao Cidadão (PAC), Postos de Saúde (UBS), Praças de Alimentação, Shopping Popular e outros espaços públicos, Hotéis de Trânsito etc.

O novo terminal servirá de orgulho para os amazonenses e incrementará o turismo para a nossa cidade, pois contará com espaçosas áreas de embarque e desembarque, amplos estacionamentos, sanitários da melhor qualidade, salas de espera climatizadas, escadas rolantes, passarelas e plataforma elevatória para uso de pessoas com deficiência, áreas de vistorias de veículos e para vans, táxis, moto taxis, lojas de suvenir, drogarias, atendimento médico, praça de alimentação, administração etc.

A Prefeitura de Manaus em comum acordo com o governo do Amazonas poderiam passar o local para ser administrado por uma empresa privada, que ficaria totalmente responsável pela manutenção e fazer melhorias constantes.

É isso ai.

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

CHAFARIZ DAS MUSAS

 


Fica na parte central da Praça D. Pedro II, centro histórico de Manaus.


Foi fabricado pela firma inglesa Sun Foundry, em Glasgow, Inglaterra.

Possui várias alegorias representando as musas, os delfins, conchas e meninos, símbolos mitológicos intregado ao mar, terra, ar e água que vem das nuvens.

As Musas:

Caliope (poesia épica) segura um livro;

Erato (amável) a lira;

Clio ( história)o pergaminho;

Thalia (comédia) a coroa de Hera.

As musas eram nove, filhas de Mnemusine (Memória) e Zeus. Moravam no templo chamado de Museion (origem do nome Museu). Cada uma inspirava um setor das artes.

Por extensão temos "A Musa Inspiradora", a mulher amada dos poetas românticos.

A nossa Praça é pura história e fonte de conhecimentos, basta ter tempo para os detalhes e pesquisar.

Fonte: Prefeitura de Manaus.
Foto  : José Rocha

ZONA AZUL - SISTEMA ROTATIVO PAGO DE MANAUS

ESTA LEI É DESDE 2010 QUANDO O AMAZONINO ERA PREFEITO.                                     

EM 2015 O PREFEITO ARTHUR NETO ASSINOU O CONTRATO DE CONCESSÃO COM O “CONSÓRCIO AMAZÔNIA” PARA IMPLANTÁ-LO.                                                                    

EM 2019 FATUROU MAIS DE CINCO MILHÕES DOS MOTORISTAS.                                      

FOI SUSPENSO EM MARÇO DE 2020 EM DECORRÊNCIA DA PANDEMIA DA COVID-19. NÃO ACABOU NÃO! A CONCESSÃO POSSUI VALIDADE ATÉ 2025.                                        

O CANDIDATO A VEREADOR JOAQUIM ALENCAR 51400, CASO ELEITO, IRÁ FAZER PRESSÃO JUNTO AOS SEUS PARES E AO NOVO PREFEITO DE MANAUS, PARA QUE ESTE MANDE LOGO NO INÍCIO DO MANDADO UMA MENSAGEM À CÂMARA MUNICIPAL, ENCAMINHANDO     UM PROJETO DE    LEI,    REVOGANDO   TOTALMENTE ESTA LEI.                

SAIBA TUDO SOBRE ESTE TRISTEMENTE AFAMADO PROJETO - Tudo começou em 2010, quando os VEREADORES elaboraram a lei e o prefeito de Manaus, na época o AMAZONINO MENDES, autorizou a Lei no. 1.534, de 11/11/2010 e regulamentou três anos depois através do Decreto no. 2.420/2013, instituindo este famigerado sistema de estacionamento rotativo pago nas ruas de Manaus, denominado “ZONA AZUL”. Dois anos depois, o prefeito Arthur Neto assina o Termo de Contrato de Concessão no. 014/2015, entre o município de Manaus e o CONSÓRCIO AMAZÔNIA (nome de fantasia), formado por dois empresários de Goiânia, Estado de Goiás, sócios da empresa TETRAM – Soluções Em Tecnologia de Trânsito Ltda. e da empresa EXCEL Segurança Eletrônica Ltda. formado por quatro sócios residentes em Manaus (dois deles são parentes do presidente da CDL - Manaus), os quais formaram uma empresa sediada na nossa capital com o nome de Tecnologias de Trânsito da Amazônia SPE Ltda., permitindo executar o serviço público denominado de ZONA AZUL, no prazo de 10 (dez) anos (ou seja, até 2025), podendo ser prorrogado. Ficou acordado que, do total da arrecadação do mês anterior esta empresa recolheria 11% (onze por cento) para a MANAUSTRANS. A concessão é para toda Manaus, implantando, inicialmente, 2.694 vagas no centro e 629 no Vieiralves. Somente em 2019 este sistema levou mais de Cinco milhões de reais dos motoristas de Manaus. Desde a implantação a reclamação foi geral:     Deixaram centenas de jovens e pais de família sem trabalho, os “Flanelinhas” ficaram na “rua da amargura”, tristes e derrotados. Os clientes fugiram do centro, pois os donos de automóveis tinham pouco tempo para retirá-los do estacionamento, provocando uma gritaria geral dos comerciantes que sentiram na pele a redução de seu faturamento diário. A sede da empresa da Zona Azul fica entupida de pessoas fazendo reclamações das mais diversas possíveis. No Vieiralves foi até instaurado um Inquérito Civil por parte do MP-AM, em decorrência    de     centenas    de   reclamações   dos    moradores  e   comerciantes.

 

PEÇO O SEU VOTO PARA LUTAR E ACABAR DE           UMA                                          VEZ POR TODAS      COM     ESTE    FAMIGERADO  PROJETO  ZONA    AZUL.

JOAQUIM ALENCAR 51400

CORONEL MENEZES 51


sábado, 24 de outubro de 2020

MANAUS 351 ANOS - TUDO COMEÇOU AQUI NO FORTE DE SÃO JOSÉ DA BARRA DO RIO NEGRO


 O Sargento-Mor (hoje Tenente-Coronel) Pedro da Costa Favela, um temido matador de índios, fez várias viagens pelo Rio Negro, chegando até a aldeia dos Tarumãs, relatando a suas viagens ao governador do Maranhão e Grão-Pará (o Amazonas fazia parte e era subordinado), o Albuquerque Coelho de Carvalho. Este ficou sensibilizado com os seus argumentos: era preciso controlar o movimento da mão-de-obra escrava (índios) e das drogas do sertão (produtos de origem extrativista, como castanha, canela, pimenta etc), atentar para os holandeses que estavam confinados em Suriname (ex Guiana Holandesa), com os quais os índios do Rio Negro mantinham um relacionamento amistoso.

Os estudiosos afirmam que a data do início de sua construção foi em 1669, ano considerada como o da fundação de Manaus. A obra foi erguida pelo capitão maranhense Francisco da Mota Falcão. Com a sua morte a empreitada foi concluída pelo seu filho Manuel da Mota Siqueira, em 1697. O local escolhido foi na margem esquerda do Rio Negro e a sete milhas da sua foz, num local aprazível, numa elevação a 44,9 metros do nível do mar.

A planta do forte era no formato de um polígono quadrangular (figura que determina a forma geral de uma praça de guerra), sem fosso. Estava artilhado com quatro peças de calibres 3 e 1, contando com uma guarnição de 270 homens, tendo como primeiro comandante o Capitão Ângelo de Barros. Era muito pequeno recebendo o nome, inicialmente de Forte, depois de Fortim e por último, de Fortaleza. Segundo alguns estudiosos a edificação não merecia o nome pomposo de Fortaleza, pois esta pressupõe uma fortificação enorme, de grandes dimensões, o que não era o seu caso.

A fotografia acima é de um prospecto (vista de frente) da Fortaleza do Rio Negro, constituindo-se no único registro visual conhecido, datado de 7 de Dezembro de 1754, feito pelo engenheiro alemão Schwebel, quando por aqui passou fazendo parte da comitiva do governador e capitão-general Francisco Xavier de Mendonça Furtado, vindos de Belém em direção a Mariuá (Barcelos). É o local onde teve inicio a cidade Manaus, mostrando o forte e algumas casas de palha ao seu redor, além de uma pequena igreja, com a seta da flecha para a direita (descida das águas) indicando que a cidade fica na margem esquerda do Rio Negro. 

Segundo os historiadores, ele recebeu várias denominações, foi chamado de Forte de São José da Barra do Rio Negro, Fortim de São José, Forte do Rio Negro, Fortaleza de São José do Rio Negro e Fortaleza do Rio Negro. Foi desarmado em 1783, perdendo importância tática e em 1823 (154 anos depois) o vigário-geral José Maria Coelho descreveu a fortaleza como um quadrado quase perfeito, com paredes bastante grossas e de altura equivalente a dois homens, estava destituída de artilharia e tinha apenas duas peças de bronze e ferro.

No ano de 1875 foi abandonado e virando ruínas. Existem alguns relatos que parte do material foi destinada para a construção do Palácio do Governo (atual Paço da Liberdade e Museu da Cidade, na Praça D. Pedro II). Existe uma sala no museu com o piso em vidro onde aparecem ao fundo umas urnas indígenas e alguns pilares de pedra, caso estiverem corretos os relatos acima, aquilo ali é a parte do Forte. No seu lugar foi construído o edifício da Tesouraria da Fazenda, um prédio que foi totalmente reformado para abrigar a "Casa de Leitura Thiago de Melo".

Os administradores do Porto de Manaus cometeram um crime contra o patrimônio público ao destruírem todo um quarteirão conhecido como “Casas da Boothline”. Comenta-se que apareceram vestígios do forte e que o IPHAN junto com outros órgãos federais conseguiu embargar a obra. Mandaram aterrar para evitar a presença de curiosos e depredações do que restou da nossa memória. 

Esperamos que um dia seja revitalizado e que parte do Forte seja mostrada ao público, caso exista, realmente. Afinal, naquela área é o berço da cidade de Manaus.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

PRÉDIO CENTENÁRIO DA FAMÍLIA LOUREIRO - UM PRESENTE PARA OS 351 ANOS DE MANAUS

 

Fica na Avenida Eduardo Ribeiro, quase em frente ao Ideal Clube, pertence à família Loureiro. É belíssimo, muito imponente, está bem conservado, com os jardins bem cuidados, possui dois pavimentos, com escadas na lateral direita e garagem com detalhes em madeira, saída pela Rua 10 de Julho, imagine como deve ser o interior, com certeza, deve ser uma maravilha!

O portal principal foi construído na França, na empresa Guillot Pelletier Constructeurs. Orléans. Acredito que somente os membros da família sabem da origem do portão e talvez poucos historiadores. Hoje é muito difícil encontrar uma serralheria que faça um portão com arte. Os atuais duram apenas alguns anos. Esse ai pode durar centenas de anos!

Faz gosto passar pela Avenida Eduardo Ribeiro e ficar admirando aquela obra de arte tão bem conservada pela família Loureiro, pois as fachadas das residências no inicio do século passado eram trabalhadas com esmero, faziam um trabalho artístico nos seus frontispícios, ficava, realmente, uma obra de arte.

O entorno é muito arborizado, dizem que as árvores que ficam bem em frente ao prédio foram plantadas pela Dona Chloé, sendo que uma delas foi envenenada e teve que ser cortada pelo Corpo de Bombeiros.

O imóvel foi construído em 1912, pertenceu ao Senador Aristides Rocha (1882-1950). Segundo os historiadores, assim que terminou o Tenentismo (em 28 de agosto de 1924) iniciaram-se várias disputas pelo controle político do Estado entre grupos e facções. Com isso Aristides apresentou ao senado federal um projeto pedindo a intervenção Federal no Amazonas, alegando ausência dos poderes Executivo e Legislativo no Estado. O pedido foi aceito, e o mineiro Alfredo Sá foi nomeado ao governo com a missão de acalmar as disputas políticas, feito que conseguiu através da unificação partidária.

Após a morte do Senador Aristides Rocha, o imóvel foi adquirido pelo empresário Thales de Menezes Loureiro, o fundador da empresa comercial T. Loureiro & Companhia.

A sua esposa era a Dona Chloé Souto Loureiro (faleceu em 2017 aos 94 anos de idade), acreana de Sena Madureira matriarca de uma das famílias mais tradicionais de Manaus, com o qual tiveram nove filhos, incluindo o famoso historiador Antônio Loureiro. Ela foi fundadora da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas (ALCEAR), escritora de mão cheia, faz muito sucesso com as suas receitas de bolos e quitutes. Lançou dois livros que fizeram o maior sucesso no Brasil afora “Doces lembranças” e “Ao Sabor das lembranças”.

Os seus filhos sempre primaram em conservar os imóveis da família, inclusive, mantiveram as fachadas dos antigos prédios comerciais de sua propriedade, apesar de todo o apelo comercial reinante entre a maioria dos empresários do centro antigo de Manaus que fazem uma verdadeira poluição visual no local.

Este imóvel da família Loureiro servirá de exemplo para os proprietários dos demais prédios históricos do centro da cidade, pois fez cem anos em 2012 e continua bonito e muito bem conservado, um exemplo de amor e um presente para a cidade de Manaus que completa agora 351 anos.

É isso ai.

Foto: José Rocha



terça-feira, 13 de outubro de 2020

CINEMAS UNDERGROUND DE MANAUS

 


Apesar do progresso e do fechamento das salas de exibição de cinema do centro de Manaus, por incrível que pareça ainda existem três delas em plena atividade, porém de forma que foge aos padrões comerciais atuais.

Quem é das décadas de cincoenta a setenta lembra muito bem do cinemas do centro de Manaus: Odeon, Polytheana, Guarany e Avenida. Com o tempo foram todos fechados, mas sempre lembrados.

Muitas pessoas lamentam o fechamento desses cinemas, pois as salas migraram para os shopping center, onde existe conforto e segurança, porém sai caro para levar a família: estacionamento caríssimo, pipoca, refrigerante com preço estratosférico e entrada com preços somente para quem dispõe de muita grana.

Para suprir esta demanda dos desafortunados e adultos, existe no centro de Manaus três salas de exibição de filmes pornos pirateados.

O mais famoso funciona onde foi o Cine Renato Aragão, na Rua Dez de Julho. Lá não existe nenhuma placa, pois está de forma "pirata". Conserva todas as cadeiras (140 ao todo) de antigamente, com o ingresso único de oito reais.

Segundo o administrador, muitas pessoas perguntam se no local passa os filmes que rodam nos shopping, pois estão ansiosos para a volta dos cinemas no centro. Ele lamenta muito, pois a firma está travando uma guerra homérica para se regularizar junto ao fisco e as distribuidoras de filmes.

Os outros dois, segundo relato de um morador do centro, funcionam na Avenida Ramos Ferreira, sendo um onde era o antigo Cine Oscarito e o outro próximo a agência da Caixa Econômica.

Os nossos vereadores e o prefeito de Manaus deveriam apoiar esses empresários, editando leis para a remissão de tributos, além dos bancos financiarem a juros modestos para se reerguerem das cinzas e voltarem a funcionar normalmente, para o deleite das famílias do centro da cidade.

É isso ai

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Ponte Leopoldo Neves



Quem vem dos bairros São Raimundo, Glória e Santo Antônio em direção a Avenida Álvaro Botelho (também conhecida como Rua Kako Caminha e Estrada de São Raimundo) passa por esta ponte.

O seu nome oficial é Ponte Presidente Dutra, em homenagem ao ex-presidente Eurico Gaspar Dutra, no entanto ficou popularmente conhecido como Ponte Leopoldo Neves (Pudico) o então governador que iniciou a sua construção em 1947.

Foi inaugurada em 1951, completando 69 anos em 2020, mesmo assim recebe um fluxo grande de veículos e passagem de muitas pessoas que andam à pé em direção ao centro da cidade.

Faço caminhadas e passo por esta ponte em torno de três vezes por semana. O seu estado é lastimável, colocando em risco a todos, incluindo o escriba aqui.

Segundo os historiadores parte de ferro foi fabricada em Paris (França) e após a inauguração tornou-se um Cartão Postal de Manaus.

Na década de setenta o então prefeito Jorge Teixeira fez outra ponte ao seu lado para ligar diretamente a Estrada do São Raimundo a Avenida Brasil. Com as obras do PROSAMIM naquela área, o governo fez mais outra para os automóveis que vem da Avenida Brasil.

Depois de 69 anos da sua inauguração esta ponte está com problemas sérios de desgaste em suas estruturas e não existe nenhum estudo técnico para a sua recuperação.


Compare as duas fotos: uma é o Cartão Postal da década de 50 e outra atual clicada por mim em 2020.

É isso ai.

terça-feira, 22 de setembro de 2020

DECLARAÇÃO DE AMOR AO RIO NEGRO - LIVRO "A VILA DE PARICATUBA"


Rio Negro, negro sempre tu foste, negro, sempre tu serás! As tuas águas translúcidas, na calmaria das manhãs ensolaradas, refletem as nuvens, as matas e todos os seres que se colocam acima e ao teu lado, como se fossem um espelho negro.
Assim, espero, para o todo sempre, amém! Infelizmente, já vi muitos rios negros, virarem rios pardos, poluídos, sem vida, não é o teu caso.
Não permitirei jamais! O progresso pode acabar com a tua vida, com o oxigênio da tua composição química.
Tu fazes parte da minha vida, uma simbiose entre mim e ti. Sempre o adorei e o respeitei. Nunca, jamais, em hipótese alguma irei poluí-lo, também, não permitirei te afogares no mar de lama da poluição.
É inconcebível uma pessoa que recebe a luz, a paz de espírito da tua beleza e imensidão, que bebe na tua fonte finita de águas cristalinas, darem de volta, a poluição em teu leito, jogando lixos em tuas margens!
Muitos, muitos, não sabem, não entendem, são ignorantes, pecam pela sua falta de conhecimentos e sensibilidade, vêem, mas, não enxergam, são cegos do saber e do amor, pois quem ama, não suja, em hipótese alguma a sua cidade Manaus e na Vila da Paricatuba.
Quem ama, preserva, luta pela sua perenidade, para o pleno usufruto atual e pelas futuras gerações.
Quando eu morrer quero ser cremado e as minhas cinzas devem ser jogadas no RIO NEGRO.
Esta declaração está inserida no novo livro que estou acabando de escrever "Vila de Paricatuba"
Possuo um carinho todo especial pela Vila de Paricatuba, pois me remete a minha infância onde tive um contato direto com o majestoso Rio Negro.
Em Paricatuba fiz grandes amizades com os comunitários, principalmente com a família do saudoso Paulo de Tarso Mamulengo (Dona Rosangela e seus filhos Ruan e Raul), que me recebe com todo o carinho em sua casa nas inúmeras de vezes em que fui passar finais de semana por lá. Na casa do saudoso Paulo e da Dona Rô existia uma lugar especial denominado “Espaço Rochinha”, onde eu tinha prioridade para atar a minha rede e desfrutar da natureza.
As Ruínas de Paricá e sua história, as suas belas praias, a simplicidade e o carinho dos moradores, o Lago na enchente, a Cachoeira na vazante, o material arqueológico dos nossos antepassados, a natureza envolvente e a vista privilegiada do Rio Negro sempre me cativaram para o todo e sempre! Por ter postado muito sobre aquele lugar especial e por ter tirado muitas fotografias resolvi condensá-lo neste pequeno livro, aproveitando também os trabalhos de outros blogueiros e de trabalhos científicos dos nossos pesquisadores e estudantes universitários. Este livro é dedicado a todos estes atores que de alguma forma se dedicaram a preservar àquele lugar mesmo a despeito da fúria devastadora do progresso que atropela a tudo e a todos sem nada respeitar.