sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

OS COLÉGIOS DOS PADRES CAPUCHINHOS

Os padres capuchinhos da Igreja de São Sebastião desenvolveram, na década de sessenta, um excelente trabalho na área de educação infantil e juvenil dos menos favorecidos do centro da cidade de Manaus, com a construção e implantação dos colégios Jardim de Infância Adalberto Valle, Grupo Escolar Divina Providência e Casa da Divina Providência.

Naquela época, o ensino público era de qualidade e, o particular, desenvolvido, na sua grande maioria, pelos padres e freiras, para evangelização dos pequenos, fazendo parte das obras sociais da igreja e era gratuito.

O Grupo Escolar Divina Providência, era voltado para o ensino fundamental, ficava localizada a Rua Frei Lourenço, ao lado da residência do médico Dr. Arlindo Frota - possuía dois andares, uma quadra de chão batido, onde eram desenvolvidas as atividades esportivas e recreativas dos alunos.

Estudei por três anos nesse colégio – das suas janelas presenciei a demolição do prédio da Secretária de Saúde (atual Correios) e do Palacete Maximino Corrêa (espigão com o mesmo nome) - atualmente, funciona uma faculdade da Universidade Paulista (UNIP).

A Casa Divina Providencia, ficava nas esquinas das ruas Tapajós/Frei Lourenço e Avenida Ramos Ferreira, foi dirigida no início pela Irmã Tadéa de Manaus. Na década de setenta funcionava ali o Teatro Juvenil e sede da Juventude Franciscana (JUFRAMA), existia também uma quadra para jogos de futebol de salão e voleibol, com as atividades comandadas pelo Frei Fulgêncio Monacelli.

Também guardo boas lembranças dessa casa, pois eu fazia parte da JUFRAMA e jogava futebol de salão na sua quadra de esportes. Tempo depois, o local foi alugado para uma loja de jogos eletrônicos e brinquedos infantis da empresa “Play Center” – bem em frente fica a Banca de Tacacá da Dona Branca (Dona Maria, mãe do Natinho) e a Academia Amazonense de Letras - atualmente, abriga uma das faculdades da UNIP.

O Jardim de Infância Adalberto Valle, fica na esquina da Rua Tapajós com a Avenida Ramos Ferreira – foi construído pelos Padres e Irmãs Capuchinhos, sob o comando do vigário Frei Lourenco Maria de Porto e Madre Marina Mulungu, contando com o apoio de muitos benfeitores de Manaus.

Era um colégio padrão, dirigido pelas Irmãs Missionárias Franciscanas Capuchinhas, com a direção da Irmã Eustáquia de Tianguá, auxiliada pela Irmã Leonia de Tianguá. O inicio foi muito difícil para manter o jardim, fizeram diversas campanhas de donativos para mantê-lo funcionando.

O tempo passou e, o jardim virou um colégio particular dos mais conceituados de Manaus, com um padrão alto de ensino, sempre na administração das irmãs missionárias.

Tenho também um vínculo com esse colégio, pois a minha filha estudou no jardim de infância e, a sua filha (a minha netinha) ganhou uma bolsa de estudos parcial, começando a estudar agora.

Os tempos mudaram, o ensino público tornou-se deficitário, de baixa qualidade e, por outro lado, as obras sociais no campo da educação desenvolvidas pelas irmãs e padres capuchinhos continuaram de padrão superior, mas, de forma particular e remunerada. É isso ai.

Sobre o Dr. Adalberto Valle:


Dr. Adalberto Ferreira Valle, pessoa ilustre da época que, atuava na cidade como advogado, político e grande empreendedor pelos importantes serviços prestados a sociedade amazonense.

A escola possui como patrono o Dr. Adalberto Valle, nascido em 03 de junho de 1909 na cidade Belém do Pará, veio muito novo para o Amazonas onde seu pai possuía vastas propriedades, realizando em Manaus seus primeiros estudos.

Como acadêmico do curso de Direito transferiu-se para a capital de São Paulo, onde ingressou na “Prudência Capitalização” como auxiliar de escritório. Prosseguindo nos estudos, diplomou-se Bacharel pela Faculdade de São Paulo.

Graças a sua tenacidade e ao seu invulgar tino administrativo e financeiro, alcançou a destacada posição de Presidente da  Prudência Capitalização, ocupou também cargo de chefia na Imobiliária Itaoca, na Companhia Brasileira de Fiação e Tecelagem de Juta, na Companhia Boa vista, na Amazontur, na Companhia Brasileira de Exportação, além de membro proeminente do banco Sul Americano.

Apesar de seus assoberbados afazeres no meio da alta finanças e do alto comercio paulistano, não esqueceu jamais da cidade onde passou sua infância e adolescência, retornando para cidade e marcando presença notadamente em Manaus com obras de grande vulto, como a construção do Hotel Amazonas.

Sócio fundador da COPAM, incentivou a construção do edifício do IAPETEC, sobretudo grande entusiasta da construção do aeroporto da Ponta Pelada, ao qual ajudou materialmente, assistiu sua inauguração acompanhado do então Presidente da República Getúlio Vargas.

O povo amazonense pelo reconhecimento do muito que ele fez pela nossa cidade elegeu-o representante na Câmara Federal, sua legislatura terminou em 31 de janeiro de 1963.

No plano da Assistência Social, à infância amazonense ele tornou-se um grande benemérito.  O Amazonas sofre sem dúvida uma grande perda com seu falecimento no dia 06 de fevereiro de 1963.

Fontes:
http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/plenario/discursos/escrevendohistoria/Amazonas-Adalberto-Vale.pdf




terça-feira, 28 de janeiro de 2014

BLOGDOROCHA: CASA DE LEITURA THIAGO DE MELLO

ESTA POSTAGEM FOI FEITA EM 2010, E ATÉ HOJE, A CASA DE LEITURA THIAGO DE MELLO NÃO FOI INAUGURADA! FORAM TORRADOS MAIS DE SEIS MILHÕES DE REAIS E, NADA!



BLOGDOROCHA: CASA DE LEITURA THIAGO DE MELLO: O governo federal através do Ministério da Cultura está criando a Biblioteca-Museu, no Porto de Manaus (Rodoway), dentro do “Programa Mai...

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

PICHAR PRÉDIOS PÚBLICOS É CRIME?


Ontem, uns bandidos pichadores, resolverem emporcalhar parte da Praça da Praça da Saudade, detonando um trabalho de revitalização do projeto VivaCentro - http://www.manaus.am.gov.br/2014/01/17/prefeitura-remove-pichacoes-e-conscientiza-populacao-a-preservar-a-praca-da-saudade/.



Depois dessa e de inúmeros outros atos criminosos, praticados por esses bandidos que agridem a cidade todos os dias, fica a pergunta: É crime pichar os prédios públicos?

De antemão, já classifiquei esses caras de bandidos, porcos e criminosos. Pois é revoltante passar pelo centro histórico que tanto amo e que venho escrevendo faz tempo em prol da revitalização e, presenciar esses rabiscos indecentes, de gosto duvidosos, sem pé nem cabeça, bem como, destoados de qualquer senso artístico ou de protesto! 

Segundo o Dr. Vinicius Borges de Moraes, Mestre em Direito “O dispositivo que tipifica a conduta encontra-se inserto na Lei N.º 9.605/98, mais precisamente no art. 65, que incrimina aquele que "pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano", imputando-lhe uma pena de detenção que pode variar de três meses a um ano de detenção e multa. O mesmo artigo, em seu parágrafo único agrava a pena mínima para seis meses, quando o ato for realizado em depreciação de monumentos ou bens tombados em razão do seu valor artístico, arqueológicos ou históricos”.

Tempos atrás, um grupo de pichadores resolverem emporcalhar o muro de uma Delegacia de Polícia – ela ficava onde é hoje a Picanha Mania, na Avenida Constantino Nery. Numa ação rápida, o Delegado e os policiais identificam os rabiscos e prenderam os autores, depois, forçaram a repintar o local, com todos os materiais a expensas dos infratores.

Engraçado, a cada manhã aparecem pichações em toda a cidade, mas, o comando da policia civil não dá a mínima para os transgressores, talvez, por não entenderem que faz parte de sua atribuição reprimi-los, a não ser quando os pichadores resolvem pichar os DP´s ou DIP´s – ai o bicho pega!

Mais engraçado ainda, fica por conta da atuação da Guarda Metropolitana de Manaus, pois não serve para nada, são inoperantes, ineficazes, com uma tropa de senhores barrigudos e sem treinamentos adequados – não conseguem nem deter o vandalismo que acontecem todos os finais de semana no Parque dos Bilhares.

Chegou a hora das autoridades cumprirem com o seu papel e, começar a colocar esses bandidos na cadeia. É isso ai.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

AS CALÇADAS DE MANAUS


No ano de 2012, a cidade de Manaus foi a campeã da “Pior Calçada do Brasil”, com 3,6 pontos, numa escala de zero a dez, pelo Portal Mobilize Brasil-  um título nada honroso para uma das cidades mais ricas do nosso país – um contraste com aquela do início do século passado, onde as calçadas obedeciam, na maioria das vezes, o espaço ideal para os pedestres, construídas de forma plana, contínua e com blocos de pedras importadas de Portugal (as pedras de Lioz), que apesar dos pesares ainda permanecem em alguns lugares.

A cidade foi ao longo do tempo sendo maciçamente destruída, com calçadas apresentando irregularidade no piso, degraus dificultando a circulação, muitos obstáculos (postes, telefones públicos, lixeiras, bancas de revistas e ambulantes, entulhos, etc.), iluminação inadequada da calçada, deficiente sinalização para pedestres, poucas árvores para proteção do Sol – além de avanço dos muros particulares sobre o lugar público, deixando o mínimo possível para os pedestres e, pouquíssimas possuem rampa de acesso para os sofridos cadeirantes -constituindo um total desrespeito a cidade e ao cidadão que nela habita ou que está de passagem.

O ser humano sempre deseja impor a sua vontade, ser o dominador, fazer o que bem quer e entende, mas, sabemos que existem as normas para frearem esse instinto natural, para que ele possa viver plenamente em sociedade – as leis existem, mas, a grande maioria não é aplicada - falhando o poder público na fiscalização e correção dos desmandos, ficando tudo a La volonté.

Ainda bem que existe uma pequena minoria de cidadãos que pensam no coletivo e no bem comum e, mesmo sem serem cobrados, respeitam as normas de convivência.

A nossa cidade cresceu de uma forma assustadora, com o mínimo de planejamento urbano – com invasões por todos os lados, chegando até a fronteira da Reserva Ducke (área federal protegida, na zona norte) e na margem esquerda do Rio Negro (Puraquequara, na zona leste) - com o crescimento direcionado, na atualidade, para a BR-174 (Manaus-Boa Vista), AM-010 (Manaus-Itacoatiara) e com o Município de Iranduba, em decorrência da construção da ponte sobre o rio.

O governo municipal está enfrentando sérios problemas para a correção e utilização das calçadas do centro da cidade, onde os comerciantes e camelôs desocupam o lugar num dia e, voltam a ocupá-lo no dia seguinte, assim que a fiscalização vira as costas.

Louva-se a decisão do atual Prefeito, em padronizar as calçadas em toda a extensão da Avenida Djalma Batista, com 3 metros de largura e guarda-corpos (grade de proteção) - tendo em vista a preparação da cidade para a Copa do Mundo 2014 - trabalho semelhante foi feito por um prefeito, um dos atuais Senadores pelo Amazonas - ele fez um trabalho sério, corrigindo os desnivelamentos das principais calçadas do centro da cidade, dotando de rebaixamento em alguns pontos para a livre circulação dos cadeirantes - no entanto, os outros prefeitos que o sucederam, não deram continuidade ao seu trabalho, deixando em total abandono o centro histórico da nossa cidade.

A pior situação dos calçamentos está nos bairros, principalmente, nos conjuntos habitacionais e, em particular, da Cidade Nova, onde a Prefeitura faz anos que não aparece por lá, pois a desordem urbana impera naquele populoso bairro - com um trânsito infernal; construção de bares e lanchonetes nas calçadas; bueiros quebrados; buracos nas ruas (somente a principal recebeu asfalto); esgotos entupidos, dentre outros.

Somente para ter uma ideia, a Rua 024, do Conjunto Canarana II, impera o caos nas calçadas, pois servem de extensão aos donos dos imóveis,com a construção de muretas, forçando os pedestres a se locomoverem, perigosamente, pelo meio rua, por sinal, toda esburacada e com as tampas dos esgotos quebradas, além da iluminação publica precária.

Bem sei que, o atual Prefeito está se esforçando ao máximo, para embelezar a nossa cidade, fazendo correções que ficaram esquecidas por décadas, em decorrência da péssima administração da maioria dos outros prefeitos que o antecedeu – infelizmente, muitos deles somente se preocuparam em se enriquecer com o dinheiro público.

Ainda não observei, de fato, as ações conjuntas entre o município de Manaus e o governo do Estado – acredito que o executivo estadual deva estar liberando verbas para a comuna, tendo em vista a longa amizade entre os dois mandatários da administração pública.


Seria muito bom se a chefia maior do Amazonas destinasse pesadas verbas e, também colocasse “a mão na massa”, executando as pequenas, médias e importantes obras que a nossa cidade tanto reclama, como a revitalização do centro histórico, melhoria do sistema viário, incluindo as prometidas ciclovias, além de uma atenção especial na recuperação das calçadas das principais ruas e avenidas da cidade.

Dinheiro existe, pois a cada ano a arrecadação estadual bate recorde, além de uma maciça liberação de verbas federais, tanto que foram e estão em construção obras faraônicas (Arena da Amazônia, Ponte Rio Negro e Cidade Universitária).

Em minha opinião, o atual Prefeito, deveria descentralizar a sua administração, utilizando um modelo que já foi empregado com sucesso tempos atrás, com a designação de gestores por áreas (mini prefeituras), onde seria mais prático acompanhar e implementar as  politicas macros da PMM, além de estar a par, diariamente, de todos os problemas dos bairros e comunidades – no entanto, observa-se que o Prefeito demonstra ser um super centralizador das ações, o que será muito danoso para a cidade a médio prazo.


Caso esse cenário não for mudado de imediato, seremos bicampeões da cidade que possui a “Pior Calçada do Brasil” – uma vergonha para uma cidade que irá sediar três jogos da Copa do Mundo de 2014. É isso ai.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

BLOGDOROCHA: VISITA A MAUÉS, A TERRA DO GUARANÁ

BLOGDOROCHA: VISITA A MAUÉS, A TERRA DO GUARANÁ: O município de Maués fica a 367 quilômetros de Manaus, no Médio Amazonas, entre os Rios Madeira e Tapajós, conhecida nacionalmente como “A ...

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

14 DE JANEIRO - O ANIVERSÁRIO DOS 51 ANOS DO BAR CALDEIRA.

Manaus, 14 de Janeiro, data que ficou na história da nossa cidade de Manaus, em decorrência de uma grande explosão que houve na caldeira do Hospital Santa Casa de Misericórdia, bemo como, pelo aniversário do Bar Caldeira e dos festejos em homenagem ao bairro considerado o berço do samba do Amazonas, a Praça 14 de Janeiro.

A explosão - 14 de Janeiro de 1970, numa quarta-feira fatídica, batiam os sinos da Igreja de São Sebastião, eram exatamente 10 horas de manhã, quando houve a primeira explosão, com um barulho ensurdecedor, todos os moradores das Ruas José Clemente e Lobo D’Amada correram para as janelas de suas casas, viram voando pedras e destroços por todos os lados e, achavam que era um terremoto.

Dois minutos depois, houve a segunda explosão, jogando pelos ares fragmentos de corpos e uma enxurrada de pedras, abrindo fendas na parede onde estava a caldeira, por uma delas, foi jogada duas pessoas, uma estava sem a cabeça e, a outra, sem os braços e as pernas.

A terceira explosão foi mais forte, chegando a tremer o Tribunal de Justiça, o Quartel do Comando Militar da Amazônia, a Gráfica Rex e dezenas de casas da José Clemente, Lobo D’Almada e Dez de Julho.

Um pedaço da caldeira caiu próximo ao Bar Nossa Senhora dos Milagres, na esquina das ruas José Clemente e Lobo D´Almada e, por um milagre, não feriu nenhum dos seus frequentadores.

A origem do bar - O português Antonio Cardoso foi garçom no Bar Quintinho, no centro antigo de Manaus – ele conheceu a Dona Maria, uma amazonense do Careiro, filha de portugueses, casaram-se e compraram o imóvel, em 1963, para explorá-lo comercialmente na parte térrea, fixando residência na parte de cima – montaram um pequeno boteco, com venda também de “secos e molhados”, o nome inicial foi “Bar Nossa Senhora dos Milagres”, em homenagem a uma santa de madeira que foi encontrada boiando no mar, no século XVI, na Ilha do Corvo, em Açores (Portugal).

O Bar Cabo Kennedy, situado na esquina das ruas Epaminondas e Monsenhor Coutinho, era freqüentado pelos boêmios: Iran Caminha, Padre Nonato, Rair Mininea, João Barroso, Antonio Câmara, Gilvandro Câmara, Athalpa Barros (Tapinha), Tiba Caminha, Adalberto Caminha, João Cruz e Silva, dentre outros – certo dia, o Sr. Bichara, dono do estabelecimento, resolveu fechar em definitivo o bar e, os boêmios ficaram sem um lugar para tocar, cantar e beber.

Foi quando entrou em cena o Waldemar Evangelista (pai do artista plástico Ignácio Evangelista), ele convenceu o Sr. Antônio Cardoso, a deixar aqueles senhores a freqüentarem o seu bar - a partir dai o boteco começou a ficar famoso, tornando-se um reduto de políticos, empresários, funcionários públicos, poetas, músicos, escritores e trabalhadores do centro de Manaus.

Com o falecimento do Sr. Cardoso, ocorrido em 1980, o Adriano Cruz assumiu a direção do estabelecimento. Em decorrência da explosão da caldeira do hospital, em 1970, o bar passou a ser conhecido em toda Manaus, como Bar Caldeira.

Depois de trinta e dois anos de bons serviços ao bar, o Adriano Cruz resolveu se aposentar, pois estava cansado, não aguentava mais toda aquela movimentação e barulho - a Dona Maria mesmo a contra gosto, resolveu também se afastar e curtir a sua merecida aposentadoria.

Nova administração – Com a saída do Adriano Cruz e da Dona Maria, o Bar Caldeira foi arrendado para o Carbajal Gomes, um comerciante do ramo alimentício. Logo que ele assumiu fez inúmeras modificações, visando conquistar os clientes atuais e, reconquistar os antigos que deixaram de frequentar o boteco. Instituiu o dia do Bar Caldeira (14 de Janeiro). Contratou músicos e cantores amazonenses para se apresentarem de terça a sábado, ficando o domingo com “a prata da casa” - elaborou também uma vasta programação de eventos durante todo o ano. Buscou preservar a “alma” do bar, tornando-o mais atraente e humano.

Com todo o respeito ao trágico acidente ocorrido, mas, os “caldeirenses” se reúnem na confraria, nessa data, para celebrar o aniversário daquele bar, pois são 51 anos de história e tradição!

A programação é a seguinte:

14h00 - Show de Chorinho e as melhores músicas da boêmia brasileira, interpretadas pela Velha Guarda Caldeirense.
19h00 - Grupo Pró Álcool - O melhor da boêmia
21h00 - Celebração dos Parabéns - 51 ANOS DO TEMPLO CALDEIRENSE
22h00 - Grupo Piolho de Cobra, com um repertório de samba raiz especial para esta data.


Samba na Praça Quatorze e no Bar Caldeira, tudo a ver em Janeiro!É isso ai.  

domingo, 12 de janeiro de 2014

DJ DE BUSÃO

Com o avanço da tecnologia e a disseminação dos aparelhos de som portáteis, foi possível ouvir as músicas preferidas caminhando, nas praças, nas praias, passeando de canoa ou no iate, até sentado no vaso sanitário – por outro lado, apesar de termos a disposição do mais simples ao mais possante headphone (fone de ouvido), muitos abusam, não utilizando esse acessório individual e, forçam aos outros passageiros a ouvirem as canções que não querem, pois colocam no volume máximo o som de seus aparelhos – isso ocorre com maior frequência nos ônibus urbanos (busão).


Faz alguns anos, estava na moda os “Micros System”, era potente e pesado, mas, muito neguinho carrega nos ombros e, botava um CD atrás do outro, infernizando os sofridos usuários do transporte coletivo.




Depois, vieram os discretos “Walkman” e “Discman”, com tamanho reduzido, onde a grande maioria dos aparelhos somente era possível ouvir a rádio e músicas de cassete e CD com o fone de ouvido ligado – foi um período de calmaria para os passageiros e motoristas.



Caíram de moda, com o surgimento do MP3, onde era possível baixar centenas de músicas e passar para esse aparelhinho, depois, veio o “IPOD” – tornando uma febre mundial, sendo possível ouvir também com o alto-falante ligado de forma discreta.

Com o advento dos celulares, foi incorporado tudo em um, ou seja, som, áudio e vídeo, além de fazer ligação, é claro! Foi quando voltou em cena o manjado “DJ de Busão”, pois, permitiu ouvir rádio e músicas sem a necessidade do fone.

Para quem utiliza o transporte público, além das filas enormes nos terminais, atrasos nas chegadas dos ônibus, superlotação, ônibus velhos e maquiados e tarifa alta, os usuários tem ainda que ouvir, forçosamente, o funk, o brega, o gospel e outros gêneros musicais, até chegar ao seu destino!

Existem cidades no Brasil em são proibidas por lei a utilização desses equipamentos no modo alto-falantes, obrigando o motorista a mandar o infrator a descer do veículo e, em casa de resistência, chamar a força policial para forçá-lo a desligar o equipamento, além de multas no caso de reincidência – acho que não vingou, pois é de difícil execução! 


Parece que o bom senso está prevalecendo, pois existe um numero cada vez mais reduzido de pessoas que abusam – mas, vez e outra aparecem uns “DJ de Busão”, infernizando a vida dos pobres passageiros! É isso ai.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

DE VOLTA AO PASSADO: Cartaz do Cinema POLYTHEAMA


HOJE – Grande Soirré da Moda

BETTY MANSEN (A atrictriz real) – reappareccerá entre nós desempenhando o possante e suggestivo drama da VIDA MODERNA extrahido do celebre escriptor hespanhol JOSÉ ECHEGARAY

“O CELEBRE ESCANDALO”

Cinematographado pela inimitável fábrica americana FOX-FILMES em 6 luxuosas partes.

“BETTY NANSEN não encarna somente o papel que lhe é confiado, ella o vive; ella o é” HENRIK IBSEN.


TRADUZINDO:

Soirré da Moda – Reunião social, geralmente à noite. Naquela época, as pessoas iam ao cinema com os mesmos trajes utilizados em casamentos. 

Betty Nansen – dinamarquesa (1873-1943), foi para os Estados Unidos para alavancar a sua carreira de atriz, onde fez vários filmes malsucedidos, depois, foi diretora de teatro, onde exerceu com sucesso a profissão até a sua morte aos 69 anos de idade.

O Célebre Escândalo – Fox-Film, USA, 1916

Cine Polytheama (POLY = MUITO (Latim) + THEAMA = ESPETÁCULO (Grego) = muitos espetáculos - serviu de nome de teatros e cinemas na história cultural do país). – Fundado em 1916 e extinto em 1973, ficava na esquina das avenidas Sete de Setembro e Getúlio Vargas. Restou somente a fachada, onde aparece o nome do cinema e duas sereias segurando uma harpa. Atual, prédio das Lojas Americanas.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

BLOGDOROCHA: AÇAÍ

BLOGDOROCHA: AÇAÍ: Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Euterpe oleracea Açaizeiro Classificação científica Reino : Plantae Divisão : Magnolio...