sexta-feira, 10 de agosto de 2007

ANAVILHANAS


ANAVILHANAS

Localizado no rio Negro, o arquipélago das Anavilhanas é formado por cerca de 400 ilhas dispostas em forma de corrente abrigando complexos e delicados ecossistemas da Amazônia. A região é protegida pela legislação federal que criou a Estação Ecológica de Anavilhanas com 350 mil hectares. No período das cheias do rio Negro, entre novembro e abril, metade das ilhas fica submersa enquanto os animais se refugiam nas partes mais altas. Quando inicia a vazante das águas das ilhas revelam praias e canais que entrecortam toda a região com uma malha distribuída ao longo de aproximadamente 90 quilômetros. A região de Anavilhanas está situada próxima ao Parque Nacional do Jaú, a maior reserva florestas da América do Sul, com 2,27 milhões de hectares, também banhada pelo rio Negro. Possui fauna e flora riquíssima e animais ameaçados de extinção como o peixe-boi e a ariranha. A localidade mais próxima é a singela cidade de Novo Airão. Em todo o Estado existem outros parques nacionais, como o do Pico da Neblina e o Parque Nacional da Amazônia. Situado no extremo norte, o Parque do Pico da Neblina abriga um conjunto de montanhas e o mais alto ponto do país, com 3.014 metros de altura e possui 2,20 milhões de hectares. Já o Parque Nacional da Amazônia tem uma pequena fatia de terra no Estado e a sua beleza é proporcionada pelo rio Tapajós. Próximo a Manaus há o Parque Ecológico do Lago January.
SEC/AM.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

PRAÇA DO CONGRESSO

Esta Praça faz parte da minha infância, adolescência e adulta. Estudei no Colégio Divina Providencia, atual Uninorte; da janela da sala de aula presenciei a demolição do Palacete do empresário Maximino Corrêa, construíram no local um espigão com o mesmo nome; segundo relatos da minha saudosa mãe, o meu bisavo trabalhou como carpinteiro na confecção dos portas do Palacete. Acompanhei também a demolição do Prédio da Saúde, construíram um outro de mau gosto, para abrigar os Correios.

Alguns anos depois, fui estudar no Colégio Benjamim Constant, começaram as paqueras na praça e as rodadas de sorvetes no Pinguin; posteriormente fui estudar no Instituto de Educação do Amazonas, comecei a freqüentar o Bar Pinguin, nesta altura do campeonato, já rolava umas cervejas. Fiz o terceiro grau na Faculdade de Estudos Sociais, ficava próximo a praça.

Tudo girava no entormo da praça: nasci no Hospital da Santa Casa de Misericórdia; estudei em colégios e faculdade proximo da praça; divertia-me no Luso Sporting Club e no Clube Juvenil; bebericava e paquerava na praça; babava das festas promovidas pelos bacanas no Ideal Club; presenciava os desfiles de Carnaval, 7 de Setembro e Peladão; a minha formatura foi no Teatro Amazonas e casei na Igreja de São Sebastião.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

O QUINTAL DO DURAU

No final dos anos 50, iníco dos 60 existia um terreno bastante amplo na Rua Igarapé de Manaus, entre as ruas Lauro Cavalcante e Huascar de Figueiredo.

O mesmo pertencia a uma família de origem Síria, tendo como patriarca o Sr. Marcelino, comerciante de miudezas na Av. Joaquim Nabuco.

Para deleite da garotada da época, o terreno era tomado de árvores frutíferas: açaí, biribá, graviola, goiaba, pitomba, tucumã, tamarindo, pajurá, etc.. Mas o que chamava mais atenção eram as mangueiras!!

Havia mangas de várias espécies, tais como: manga rosa, manga espada, manga massa, manguita, etc.

A molecada ficava todas às tardes na espreita, tentando adentrar ao terreno para colher as mangas caídas, porém o mesmo era vigiado pelo Durau (filho do Marcelino, que nunca aprendeu a falar português), A Neide (filha) e por um cachorro bravo.

Quando a garotada entrava no terreno e era descoberto, além de devolver as frutas apanhava do Durau de galho de goiabeira!

Em vista disso a molecada montou uma estratégia para roubar as mangas: entravam no terreno à noite, quando todos dormiam!

A farra acabou quando descobriram que à noite, no local, aparecia uma visagem (alma), da finada Dundum, ex-mulher do Marcelino.

Todos ficaram apavorados com a história da visagem, e nuca mais entraram lá à noite.

Tempos depois se soube que a alma fora uma invenção dos moradores mais velhos, que pela manhã bem cedo, iam ao terreno e enchiam as cestas de mangas!
José Rocha Martins Filho