sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A CÚPULA DO TEATRO AMAZONAS


Sempre tive um grande fascínio pela cúpula do Teatro Amazonas. Dizem que ela é constituída de 36 mil (não sei quem foi o maluco que contou) escamas de cerâmica, nas cores da bandeira brasileira.

Segundo o historiador amazonense Mário Ypiranga Monteiro (1909-2004) o serviço completo de cobertura do Teatro Amazonas foi contratado por duzentos contos de réis (Rs.200:000$000), incluindo-se tirantes, vigas, consolos, caibros, condutores, pára-raios, montagem da cúpula. Em moeda francesa da época, vinte mil duzentos setenta e cinco francos. A cúpula foi adquirida à Casa Koch-Frères, pela importância de trinta mil francos e é constituída de telhas vidradas da Alsácia, embricadas. Terminada a montagem a 30 de novembro de 1895, trabalho executado pelos técnicos franceses Adhémar Lelubre, chefe, e auxiliares Belonic Candeller e Adolphi Rigonsi, auxiliares. O primeiro recebeu de gratificação pela rapidez do serviço um conto de réis (Rs.1:000$000) e os demais quinhentos mil réis (Rs. 500$000). A pintura ornamental é de autoria de Lourenço Machado, que a fez por seis contos, setecentos e sessenta e seis mil e novecentos vinte réis (Rs.6:766$920). Nesse rol está incluído o arco-de-proscênio, da mesma casa vendedora e colocado pelos mesmos técnicos. Durante a recuperação operada no governo cel. João Walter de Andrade, muitas das telhas danificadas foram mandadas fazer no Brasil e lá estão confundidas com as demais

Tentarei tirar algumas fotos por dentro; falta somente obter a autorização da administração.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

MANAUS





Onde encontrar o
riso aberto e franco
o canto doce e morno
onde encontrar?

Onde encontrar
os dengues loucos
os requebros soltos
os passos miúdos
onde encontrar?

Sim! Onde?

Onde encontrar
o traço simples
o gesto meigo
o tom brejeiro
que quer brincar?

Onde encontrar a graça
o riso maroto
Onde encontrar
o esboço da felicidade
estampada no rosto
da sinceridade?

Onde encontrar o porto
que já deu látex
Onde encontrar o rosto
as duas faces
que viram o mar-morto
que viram o mar-dulce?

Onde encontrar a flora
que aflora mil risos
e abunda mil rios
de felicidade?

Onde encontrar os rios
que deságuam encantos
deste nosso país?

Onde pôr a gota,
Onde pôr a lágrima
Onde pôr o riso, sem mágoa
Neste porto LIVRE?
Manaus!
João Bosco Seabra da Silva

ÍNDIO



(Índio) Eu sou um índio
Eu sou Tupi
Eu sou caboclo
Eu sou daqui

Não tenho loção após o banho
não uso loção pra barbear
minha mulher não usa enfeite
não usa enfeite pra enfeitiçar

Eu sou um índio
Eu sou Tupi
Eu sou caboclo
Eu sou daqui

O nosso bolo não tem confeito
a nossa dança não tem confete
o nosso cheiro não é loção
o nosso cheiro é fedor de peixe
suor de mata, suor-sertão

Eu sou um índio
Eu sou Tupi
Eu sou caboclo
Eu sou daqui

(Branco) Diga adeus pra Tupã
que comigo vem meu Deus
Adeus pra Tupã, adeus

Trago civilização: a chave do seu problema
montada no meu esquema
Não tema, pois nada tem pra temer
e siga o que vou dizer:
pegue o cabo do terçado,
desmate a vegetação
não coma mais carne crua
não coma mais peixe cru
acabe o costume besta
de sempre, sempre andar nu
Só quem deve andar nua
é índia nova, no barracão do branco
que veio dou outro lado,
trouxe progresso e loção
e tudo que é injeção
pra curar qualquer mandinga
de quem vai pro pantanal:
anti-variólica, anti-tetânica, e até anti-moral

Destrói um povo, uma raça
que vai virando fumaça
e vai sumindo no ar...
(João Bosco Seabra da Silva)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

ORGULHO DE SER BRASILEIRO!

O QUE UMA ESCRITORA HOLANDESA FALOU DO BRASIL
Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado. Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado. Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne. Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta. Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador. Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de 'Como conquistar o Cliente'. Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos. Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa. Os brasileiros são vitimas de vários crimes> contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais. Os dados são da Antropos Consulting: 1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças> sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial. 2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma. 3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária. 4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina. 6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma. 7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando. 8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês. Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas. 10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO-9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina. 11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos. Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil? 1. Por que não se orgulham em dizer que o> mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta? 3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais? 4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários? 5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo? 6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados? 7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem? Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando.É! O Brasil é um país abençoado de fato. Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos. Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques. Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente. Bendita seja, querida pátria chamada Brasil!! Divulgue esta mensagem para o máximo de pessoas que você puder. Com essa atitude, talvez não consigamos mudar o modo de pensar de cada brasileiro, mas ao ler estas palavras irá, pelo menos, por alguns momentos, refletir e se orgulhar de ser BRASILEIRO!!!

MANAUS/IRANDUBA




terça-feira, 27 de janeiro de 2009

MANÁOS 1920







O AJUDANTE DE SERVIÇOS E EMPATADOR DE...!

Nasci na Santa Casa de Misericórdia e fui morar no Igarapé de Manaus, numa “casa flutuante”, cresci dentro da Oficina de Violões do meu velho, passei toda a minha infância e adolescência trabalhando duro e não recebia nenhum tostão, não era fácil!

Com o desmonte da cidade flutuante, fomos morar numa casa alugada do Senhor Sabá e da Dona Diva; a oficina foi montada nos porões da residência dos Bringel, na esquina das Ruas Huascar de Figueiredo e Igarapé de Manaus, lá trabalhei até os 17 anos de idade, depois fui para a firma Central de Ferragens.

O trabalho continuava duro e sem grana; estudava pela manhã no Colégio Barão do Rio Branco, e a tarde ajudava o velho, serrando madeiras, envernizando, colando, raspando, et cetara e tal!

O velho era chegado a um “rabo de saia”; certa vez, o “patrão” resolveu soltar uma grana e me mandou “pegar o beco”, numa plena sexta-feira à tarde, fiquei desconfiado, até o santo fica suspeitando quando a esmola é muito grande!

Sai, atravessei a rua e fiquei atrás do muro do Dural (um turco que nunca aprendeu a falar o português), de olho na missa e no vigário, não deu outra, entrou na oficina uma loura “boazuda”, o velho fechou a porta por dentro e colocou a famosa placa com os seguintes dizeres: Saí, volto logo!

Não falei nada, fiquei na minha – Vou pegar o velho na volta do anzol!
Na próxima sexta-feira lá vem o “patrão” com o mesmo papo e aquela “merreca”.
- Meu filho, vou te dar uma folga, toma esta grana, vai brincar, compra picolés para você e para os teus colegas, somente amanhã teremos trabalho.
- Pai, não estou com vontade de sair, vou ficar aqui mesmo.
- Mas, meu filho, terei que fazer algumas compras na Casa Renascença (ficava na Av. Joaquim Nabuco, pertencia ao português Armindo).
- Pode ir, ficarei aqui até o senhor voltar.
- Não quero você aqui sozinho, pode ir embora!
- Não vou!
- Vai!
- Não vou!
- Tá a fim de apanhar?
- Pode bater, mas não sairei!
- O que você quer para sair?
- Dinheiro para comprar calça, camisa, sapato, sorvetes, papagaios do Russo e do cinema.
- Vou dar para a tua mãe comprar as roupas.
- Não quero, ela vai comprar na Fantex (o primeiro brechó de Manaus); eu mesmo irei comprar na Capri Modas ( do juiz classista Zequinha da Capri).
- Tu tá ficando esperto, pega o dinheiro!
- Fui!

Certa vez, tomei coragem e perguntei: Pai o senhor tem um bocado de mulheres, como fica a mamãe? Meu filho é tudo comercial, amor somente pela tua mãe, ela é a rainha, a melhor coisa que aconteceu na minha vida! O velho continuou trabalhando e aprontando e eu ajudando e empatando todas!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

GOVERNADOR EDUARDO RIBEIRO



Fotos:
1. Governador Eduardo Ribeiro
2. Residência do governador, na Rua José Clemente

Eduardo Gonçalves Ribeiro, nasceu no Maranhão, no dia 18 de setembro de 1862 e faleceu no dia 14 de outubro de 1900; era conhecido pelo apelido de “Pensador”, em decorrência de ter participado ativamente dos movimentos republicanos e ter editado o jornal "O Pensador", no Maranhão.


Governou o Amazonas no período de 23 de julho de 1892 a 23 de julho de 1896.

O homem era um megalomaníaco, mandou fazer o Teatro Amazonas, o Reservatório do Mocó, a Ponte de Ferro da 7 de Setembro, o Palácio de Justiça e inúmeras outras obras, transform
ando Manaus na conhecida “Paris dos Trópicos”; dinheiro não faltava, quanto mais gastava, mais os cofres enchiam, advindos dos impostos da comercialização da borracha.

Alguns historiadores amazonenses relatam que o Governador Eduardo Ribeiro foi assassinado, ao tomar um copo de leite contendo veneno, outros afirmam que o seu charuto continha algumas ervas letais; o local também diverge, a maioria relata que foi na sua chácara (na Av. Constantino Nery, atual Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro), porém a minoria afirma que o homem caiu morto no Largo de São Sebastião (casa que abrigou a Construtora Rayol, atual Café do Largo).

A boca pequena comentava pela cidade que, o homicídio foi encomendado pela família Nery. O médico que examinou o corpo, afirmou alto e em bom tom: - Este homem foi assassinado! Desapareceu da cidade, alguns dias depois; dizem que foi ameaçado de morte - na realidade, a morte do governador foi em circunstancias ainda não bem esclarecidas.

Passado mais de um século da morte desse cidadão brasileiro, ainda nos orgulhamos das suas obras, com certeza outras gerações de amazonenses ainda se orgulharão muito mais de ter tido um grande governador.

FÁBRICA DE CERVEJAS MIRANDA CORRÊA






O livro A Belle Époque Amazônia, de Ana Maria Dou, cita A Cervejaria Miranda Corrêa "...inaugurada em 1909, em estilo art nouveau, contribuía para a "vida alegre da cidade", abastecendo Manaus com a famosa cerveja XPTO, refrigerates e gelo. A cervejaria também realizava bailes inesquecívies para a alta socieade. O chope e a cerveja aninamam a sociebilidade masculina, quando ao final do dia se reuniam nos clubes ou nos bares os recebedores da borracha, fiscais de Alfândega, representantes das firmas seguradoras e das companhias de navegação, responsáveis pela saída da contrapartida amazônica na tonelagem dos navios que tornavam o Atlântico em dreção à Europa, aos Estados Unidos ou ainda para o Rio de Janeiro. Refrescados pelo chope gelado ou pela cerveja, realizam os últimos acertos nos negócios, atentos à cotação da borracha..."

FUTEBOL AMAZONENSE - BAÚ VELHO - CARLOS ZAMITH





A obra de Carlos Zamith está dividida em seções que despertam interesses até mesmo para quem não é chegado ao assunto “futebol”. Entre algumas curiosidades está o capítulo dedicado aos “homens Maus”, marcados pela prática dos jogadores violentos (intencional ou não) como a dupla Tuta e Catita X Vitorino.O autor ainda faz citações de momentos importantes que o desporto amazonense viveu, como a vinda de Pelé a Manaus. Como jogador do Santos, em 1968, e de Garrincha, em 1969, aos 35 anos de idade. Zamith é mestre em lembrar números envolvendo o futebol, como o recordista de título Marinho Macapá natural do Amapá, com 10 títulos.A obra de Zamith também resgata a polêmica envolvendo o primeiro autor do gol de bicicleta. Na crônica esportiva nacional, o autor deste tipo de gol é Leônidas, em 1932. Mas Zamith sugere que o jogador amazonense Marcolino, do Nacional, foi o precursor desse gol, nos anos 20, quando a jogada ainda não tinha sido batizada de “bicicleta”, em partida contra o União Esportiva.Carlos Zamith trabalha no desporto amazonense como cronista desde 1995. Primeiro na Rádio Rio Mar, como responsável pela resenha esportiva. Ele conta que desde aquele período já havia percebido que os clubes não registravam sua história, foi quando ele resolveu fazer algo para preservar a memória do futebol e dos clubes.A obra de Zamith tem ainda, todo um capítulo dedicado a biografias dos grandes ídolos do futebol amazonense, encontrada em quase 200, das 425 páginas do livro.È sem dúvida uma obra prima, que devolve a dignidade e o verdadeiro valor ao espetáculo futebolístico não só de Manaus, mas em todo o território nacional, através do compromisso do resgate e da preservação da memória do Futebol.

Abrahim Baze.



sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

ARMAZÉM MÁXIMO / CARRO ESPECIAL DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MANÁOS




RESERVATÓRIO DE ÁGUAS DO MOCÓ





Reservatório do MocóPor Abrahim Baze* em 25/04/2006
A construção do reservatório de águas do Mocó foi iniciada durante a administração do governador Eduardo Ribeiro. Trata-se de uma grande estrutura de ferro camuflada por uma fachada em alvenaria, com quatro faces iguais que formam um grande caixote recortado por arcos, atualmente pintado em ocre e as platibandas em terracota.As quatro faces da construção são revestidas com bossagem, e cada lateral do andar térreo apresenta uma seqüência de sete arcos, ligado por pilares. Cada face do segundo pavimento apresenta sete edículas com frontão curvo definido o desenho das janelas. Estas são separadas por pilastras duplas. Sobre a cornija, ergue-se uma platibanda sem ornamentos, dividida por pequenas duplas de pilastras que seguem o mesmo sentido das pilastras do pavimento anterior. A estrutura de ferro é de origem inglesa, constando em algumas peças a inscrição Dorman & Long, a mesma encontrada na ponte Benjamim Constant.A construção de uma fachada para esconder a estrutura, assim como o cuidado com o tratamento de seu revestimento, revelam uma grande preocupação como o aspecto estético do prédio, discordando-se, portanto, do historiador Geraldo Gomes da Silva (1987, p. 94), quando afirma que esta obra não apresenta nenhuma pretensão estética; mas, concorde-se com a afirmação de que esta fachada não tem nenhuma relação com a lógica funcional da estrutura de ferro e que foi utilizada para mascarar o novo material, notando-se, entretanto, que este procedimento não é exclusividade do Reservatório do Mocó, esta prática manteve-se por muitas décadas até a aceitação do ferro como material capaz de ser aplicado e evidenciado nas fachadas.O Reservatório do Mocó é uma das quatro obras manauaras tombadas pelo Iphan e uma das 38 tombadas pelo Estado do Amazonas em 1987.
Fonte: GARCIA, etelvina. Manaus:referências Históricas. Manaus. Norma Editora. ED. 2005. Pg 49/95
Foto: José Martins Rocha.
Site: www.portalamazonia.com/olharamazonico

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

BANDA DA BICA 2009

O carnaval já começou em Manaus. Hoje é dia de ensaio na BICA (Banda Independente da Confraria do Armando). A letra é a seguinte:

RENATA MULHER INGRATA(Mário Adolfo, Edu do Banjo, Mestre Pinheiro e Simão Pessoa)

Eu vou batê pra tu
Pra tu batê pro Arthur
Mulher é bicho bom
Mas às vezes dá chabú (BIS)
Rê, Rê, Rê, Renata
Dessa maneira, ingrata, você me mata
Você falou e disse
Depois disse que não disse
Cala-te boca deixa dessa babaquice
O meu dinheiro é honesto pra xuxu
E nem conheço nunca vi o tal Dudu
Agora pára de meter o pau em mim
Nunca peguei babita nem mamei no Prosamin
Ô tira o olho gordo
Do meu dinheiro
É por isso que Adail (Lalau)
Vive solteiro (BIS)
Sou ficha limpa
Estou fora de mutreta
Acontece que a mulher (mané)
É invenção do capeta
Quem vê cara não vê coração
Dalila cortou a peruca do Sansão
Amor de BICA às vezes faz mal
A tal Helena corneou o Menelau
Xica da Silva que botava o bicho em pé
Alisou o ouvidor que não é do TCE
Então presta atenção
Onde mete a BICA
A mocréia da Nicéia
Que botou no Pita (BIS)
Até parece que isso é castigo
Sarafa virou pai sem ter comido
Mamãe mamava na Assembléia
Nepotismo do Belão quase matou a véia
Negão de novo é um espanto
Foi a ingrata da Renata que afogou o Ganso
EU VOU BATÊ PRA TU...
Foto: Rogélio Casado.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

SÃO SEBASTIÃO


São Sebastião (França, 256286)originário de Narbonne e cidadão de Milão, foi um mártir e santo cristão, morto durante a perseguição levada a cabo pelo imperador romano Diocleciano. O seu nome deriva do grego sebastós, que significa divino, venerável (que seguia a beatitude da cidade suprema e da glória altíssima).
De acordo com Actos
apócrifos, atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, Sebastião era um soldado que teria se alistado no exército romano por volta de 283 (depois da Era Comum) com a única intenção de afirmar o coração dos cristãos, enfraquecido diante das torturas. Era querido dos imperadores Diocleciano e Maximiliano, que o queriam sempre próximo, ignorando tratar-se de um cristão e, por isso, o designaram capitão da sua guarda pessoal - a Guarda Pretoriana. Por volta de 286, a sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos levou o imperador a julgá-lo sumariamente como traidor, tendo ordenado a sua execução por meio de flechas (que se tornaram símbolo constante na sua iconografia). Porém, Sebastião não faleceu, foi atirado no rio, pois foi dado como morto e encontrado muito longe de onde foi atirado e socorrido por Irene (Santa Irene). Mas, depois, foi levado novamente diante de Diocleciano, que ordenou então que lhe fosse espancado até a morte. Mesmo assim, ele não teria morrido. Acabou sendo morto transpassado por uma lança.
Existem inconsistências no relato da vida de São Sebastião: Historicamente o edito que autorizava a perseguição sistemática dos cristãos pelo
Império foi publicado apenas em 303 (depois da Era Comum), pelo que a data tradicional do martírio de São Sebastião parece um pouco precoce. O simbolismo na História, como no caso de Jonas, Noé e também de São Sebastião, é vista, pelas lideranças cristãs atuais, como alegoria, mito, fragmento de estórias, uma construção histórica que atravessou séculos.
O bárbaro método de execução de São Sebastião fez dele um tema recorrente na arte medieval - surgindo geralmente representado como um jovem amarrado a uma estaca e perfurado por várias setas (flechas); de resto, três setas, uma em pala e duas em aspa, atadas por um fio, constituem o seu símbolo heráldico.
Tal como
São Jorge, Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge na Baixa Idade Média, designadamente nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa. Embora os seus martírios possam provocar algum ceticismo junto dos estudiosos atuais, certos detalhes são consistentes com atitudes de mártires cristãos seus contemporâneos.
[editar] São Sebastião no folclore, na literatura e no cinema
São Sebastião foi o ícone de várias expressões artísticas. A Pintura há muito o nomeou como modelo de pintores da
Renascença.
Na
literatura, São Sebastião teve sua trajetória contada no livro "Perseguidores e Mártires" , do escritor italiano Tito Casini. Ainda na literatura, foi um dos personagens centrais do romance "Fabíola" (também intitulado "A Igreja das Catacumbas"), escrito em 1854 pelo Cardeal Nicholas Wiseman.
A Obra de Wiseman foi levado para as telas de cinema em
1949, num filme francês homônimo dirigido por Alessandro Blasetti, e estrelado por Michèle Morgan, e com o ator italiano Massimo Girotti no papel de São Sebastião. Um Remake cinematográfico do romance de Wiseman foi realizada em 1961, na Itália, com o título "La Rivolta degli Schiavi ("A Revolta dos Escravos ), dirigido por Nunzio Malasomma, e protagonizada pela estrela norte-americana Rhonda Fleming, tendo o romano Ettore Manni como o santo mártir.
[editar] Festejos em homenagem a São Sebastião
No
Brasil, ele é celebrado com festas e feriados no dia 20 de janeiro como padroeiro de várias cidades: no Rio de Janeiro e em Três Rios e em Araruama, no estado do Rio de Janeiro; em Rio Verde, em Goiás; em Parauapebas no Estado do Pará ParáemAlto Garças, em Mato Grosso; em Itambé, Trancoso e Maraú, na Bahia; em Monsenhor Tabosa, no Ceará; em Alpinópolis, Andradas, Cruzília, Bom Jardim de Minas e São Sebastião do Paraíso, em Minas Gerais; em Valinhos, interior de São Paulo; Jataúba e Belo Jardim no Pernambuco; em Xapuri, no Acre; em Paranavaí e Sengés, no Paraná; e em Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul.
Em
Portugal, há comemorações semelhantes em Santa Maria da Feira, na conhecida Festa das Fogaceiras, a maior festa do concelho, a cargo da Câmara Municipal.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.