sexta-feira, 28 de outubro de 2022

AVENDA GETÚLIO VARGAS

 




É uma das principais vias do centro de Manaus, começando na Avenida Tarumã terminado na Avenida Sete de Setembro, possui um intenso movimento de trânsito, onde praticamente todos os ônibus das linhas do centro retornam no sentido bairros – é a mais arborizada avenida da nossa cidade, refletindo no microclima daquela área – ela é recheada de histórias, possuindo um valor sentimental muito grande para os manauaras sessentões e setentões. No final do século dezenove aquela artéria era conhecida como Rua 13 de Maio, uma homenagem a Lei Áurea, de 13 de maio de 1888, que aboliu a escravidão no Brasil. Em seu seio corria o Igarapé dos Remédios (passava por dentro da Vila Paraíso), possui este nome em decorrência de se estender até os arredores da Igreja dos Remédios (via Rua Floriano Peixoto). Era praticamente um pântano, com muitos mosquitos, ocasionando muitas doenças aos moradores das imediações, o que motivou aterra-lo a partir de 1900, em plena belle époque manauara. No início, os trabalhos eram feitos em pequenas carroças, depois, foram utilizados os sistemas de trilhos, com vagões da Manaus Harbour Company, empresa inglesa que administrava o Porto de Manaus (Roadway). Os trabalhos de aterramento foram interrompidos em 1912, no governo do Agnello Bittencourt, no final da época de ouro da comercialização da borracha – foram várias interrupções nos trabalhos decorrentes dos altos custos, tanto que o povo não mais chamava de Igarapé dos Remédios, mas de Igarapé do Aterro, sendo concluído uma parte somente em 1930. Na década de quarenta, o interventor federal no Amazonas era o Álvaro Botelho Maia, o Prefeito era o seu irmão, o Antônio Botelho Maia – para homenagear o Getúlio Vargas, Presidente da República, mudou nome de Avenida Treze de Maio, para Avenida Getúlio Vargas. Em 1942, em plena Segunda Guerra Mundial, os norte-americanos vieram para Manaus, onde fundaram a empresa RDC (na Ilha de Monte Cristo) para comprar toda a produção de borracha que eram levadas por navios e aviões anfíbios. Para pousar os grandes aviões da Panam, vieram de navios muitas máquinas pesadas para construção do Aeroporto de Ponta Pela, depois de inaugurado, esses maquinários foram doados para a Prefeitura, que o utilizou na finalização da Avenida Getúlio Vagas. Aos doze anos de idade foi morar na Vila Paraíso, com entrada pela Rua Tapajós e Avenida Getúlio Vargas – em decorrência disto, possuo todo um carinho especial pela nossa “Getúlio”, pois por lá permaneci até a vida adulta, saindo apenas quando casei e fui morar no Conjunto dos Jornalistas, duas décadas depois, separado, voltei para a casa de meus pais. Por lá marcaram tempo o prédio da Camtel, depois Telamazon e atual Samel. A Casa Aroeira até hoje está aberta ao público. O Bar do Gordo ficava bem na esquina da Ramos Ferreira, ponto de encontro dos jovens antes de adentrarem ao Cheik e Bancrevea. As residências dos polícias Dr. Klinger Costa e do Delegado do Diabo, personagens folclóricas que metiam medo em todo mundo, até nos jovens inocentes daquele tempo. Tinha Também: Galera Selvagem, Bateria Unidos da Getúlio, Boate Porão, Curso Dinâmico do Mestre Nestor Nascimento, Esquina do Chope, Hospital das Crianças, Casa A Ferreira Pedras, Hospital da Cruz Vermelha, Posto do Inamps, Café do Pina, Bar Garfo de Ouro, Muro da Bené, Bar do Alex, as Quadras de futebol dos colégios Doroteia e Estadual, os cinemas Polyheama e Guarany e outros. Sem dúvida o que mais marcou a minha juventude e dos meus irmãos e vizinhos foi sem dúvida o Cheik e o Bancrévea Clube, pois estávamos com os hormônios a mil por hora, doidos para dançar, beber, extravasar e pegar com todo gás as minas do pedaço. O lugar era ali mesmo próximo as nossas casas, com bailes todos os finais de semana, onde podíamos tomar uns drinques, paquerar, dançar solto (rock nacional e Internacional) ou agarradinho (músicas românticas, deixando o cidadão naquela situação vexatória), enfim, fazer o que todos os jovens gostavam na minha época.
Tinha alguns jovens que faziam “pegas” (corrida de velocidade), participavam de galera do mal e gostavam de brigas e confusões, fumavam dirijo (maconha), pegavam até os caras alegres para conseguir uma grana extra para gastar com seus vícios. Não foi o meu caso, pois sempre fui um cara maneiro, contido e nunca fui chegado a esses extremos, sempre trabalhei, tinha o meu fusquinha setentinha, gostava mesmo era de beber Montilha com Coca-Cola na Rolha e correr a mil por horas atrás de uma mulher. Apesar da cidade de Manaus ser um pingo no “oceano” de mata da Amazônia, não é uma cidade muita arborizada, o que é muito lamentável, refletindo a falta de sensibilidade dos administradores públicos para com o meio ambiente. Esta avenida, contrastando com as demais, possui o privilégio de esbanjar verde em toda a sua extensão. Faz alguns anos, foi feito um estudo pelos técnicos da Prefeitura de Manaus, sobre o efeito da arborização no clima da cidade, foi constatado que há uma diminuição em torno de dois graus centígrados, inclusive beneficiando a Avenida Joaquim Nabuco. Esta Avenida é a principal via de passagem dos milhares de ônibus, no sentido centro/bairros e apesar das toneladas de gás carbônico jogados pelas descargas dos veículos, o impacto é minimizado pelas dezenas de árvores do local. Atualmente, a Avenida Getúlio Vargas continua bonita e arborizada, no entanto, precisa de uma atenção maior por parte da Prefeitura de Manaus, para manutenção do Canteiro Central, recuperação das calçadas laterais e incentivar os moradores a recuperarem as fachadas das residências mais antigas, além de maior segurança pública por parte da Polícia Militar.

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

FORTE DE SÃO JOSÉ DA BARRA DO RIO NEGRO

 

Foto: Prospecto modificado. José Rocha


O Sargento-Mor Pedro da Costa Favela, um temido matador de índios, fez várias viagens pelo Rio Negro, chegando até a aldeia dos Tarumãs, relatando a suas viagens ao governador do Maranhão e Grão-Pará, o Albuquerque Coelho de Carvalho. Este ficou sensibilizado com os seus argumentos: era preciso controlar o movimento da mão-de-obra escrava (índios) e das drogas do sertão, atentar para os holandeses que estavam confinados em Suriname (ex Guiana Holandesa), com os quais os índios do Rio Negro mantinham um relacionamento amistoso.

Os estudiosos afirmam que a data do início de sua construção foi em 1669, ano considerada como o da fundação de Manaus. A obra foi erguida pelo capitão maranhense Francisco da Mota Falcão. Com a sua morte a empreitada foi concluída pelo seu filho Manuel da Mota Siqueira, em 1697. O local escolhido foi na margem esquerda do Rio Negro e a sete milhas da sua foz, num local aprazível, numa elevação a 44,9 metros do nível do mar.

A planta do forte era no formato de um polígono quadrangular (figura que determina a forma geral de uma praça de guerra), sem fosso. Estava artilhado com quatro peças de calibres três e um, contando com uma guarnição de 270 homens, tendo como primeiro comandante o Capitão Ângelo de Barros. Era muito pequeno recebendo o nome, inicialmente de Forte, depois de Fortim e por último, de Fortaleza. Segundo alguns estudiosos a edificação não merecia o nome pomposo de Fortaleza, pois esta pressupõe uma fortificação enorme, de grandes dimensões, o que não era o seu caso.

A fotografia acima é de um prospecto (vista de frente) da Fortaleza do Rio Negro, constituindo-se no único registro visual conhecido, datado de 7 de Dezembro de 1754, feito pelo engenheiro alemão Schwebel, quando por aqui passou fazendo parte da comitiva do governador e capitão-general Francisco Xavier de Mendonça Furtado, vindos de Belém em direção a Mariuá (Barcelos).

É o local onde teve inicio a cidade Manaus, mostrando o forte e algumas casas de palha ao seu redor, além de uma pequena igreja, com a seta da flecha para a direita (descida das águas) indicando que a cidade fica na margem esquerda do Rio Negro.

Segundo os historiadores, ele recebeu várias denominações, foi chamado de Forte de São José da Barra do Rio Negro, Fortim de São José, Forte do Rio Negro, Fortaleza de São José do Rio Negro e Fortaleza do Rio Negro. Foi desarmado em 1783, perdendo importância tática e em 1823 (154 anos depois) o vigário-geral José Maria Coelho descreveu a fortaleza como um quadrado quase perfeito, com paredes bastante grossas e de altura equivalente a dois homens, estava destituída de artilharia e tinha apenas duas peças de bronze e ferro.

No ano de 1875 foi abandonado e virando ruínas. Existem alguns relatos que parte do material foi destinada para a construção do Palácio do Governo (atual Paço da Liberdade e Museu da Cidade, na Praça D. Pedro II). Existe uma sala no museu com o piso em vidro onde aparecem ao fundo umas urnas indígenas e alguns pilares de pedra, caso estiverem corretos os relatos acima, aquilo ali é a parte do Forte. No seu lugar foi construído o edifício da Tesouraria da Fazenda, um prédio que foi totalmente reformado para abrigar a "Casa de Leitura Thiago de Melo".

Os administradores do Porto de Manaus cometeram um crime contra o patrimônio público ao destruírem todo um quarteirão conhecido como “Casas da Boothline”. Comenta-se que apareceram vestígios do forte e que o IPHAN junto com outros órgãos federais conseguiu embargar a obra. Mandaram aterrar para evitar a presença de curiosos e depredações do que restou da nossa memória. Esperamos que um dia seja revitalizado e que parte do Forte seja mostrada ao público, caso exista, realmente.

Afinal, naquela área é o berço da cidade de Manaus.

Fonte: Livro E-book "Mana Manaus, José Rocha".


Fotos do Aniversário de 353 Anos de Manaus.
José Rocha




domingo, 16 de outubro de 2022

RESTAURAÇÃO DA IGREJA DE SÃO SEBASTIÃO – PRÊMIO: FUSCA AZUL CELESTIAL DO SAUDOSO ARMANDO

 


No dia 26 outubro de 2022, às 20h, no Tacacá na Bossa, localizado no Largo São Sebastião, no Centro de Manaus, acontecerá o sorteio da rifa, tendo como prêmio o Fusca Azul Celestial, safra 1973, que pertenceu ao saudoso Armando Dias Soares, do Bar do Armando.
A família do Armando, sensibilizada com os apelos da Paróquia de São Sebastião, no sentido de arrecadar fundos para a restauração da igreja e dar continuidade às obras sociais, doou este precioso e histórico automóvel.
Na minha juventude, participei de muitas atividades da Igreja de São Sebastião, inclusive fui membro da Juventude Franciscana. Foi onde eu fiz a primeira comunhão, casei e batizei a minha neta.
Passados alguns anos, afastei-me da igreja, pois não gostei do fechamento do Centro Social (situado na Rua Tapajós, ao lado do Colégio Adalberto Valle), onde existia o Clube de Mães, Narcóticos Anônimos, Estacionamento para os comunitários, Quadra de Esportes para os jovens comunitários, além de servir para a Equipe de Voleibol de São Sebastião, simplesmente, para ser alugado para uma faculdade (atualmente é alugado para o Coren).
Na realidade, a igreja possui muitos imóveis, todos alugados, o que gera muitos recursos para a paróquia. Antigamente, os fieis mais abastados quando chegavam próximo à sua morte doavam os seus imóveis para a igreja, como forma de zerar os seus pecados aqui na terra e irem direto para o céu. Hoje em dia, os fiéis são mais espertos e caem nessa artimanha.
Não sei, de fato, a real situação financeira da igreja, muito menos o valor total necessário para a sua restauração, além de não saber quais são as obras sociais desenvolvidas, no entanto, afirmo que, somente irei adquirir a rifa para quem sabe, ser o sorteado com o Fusca do Armando.
É isso aí.

sábado, 15 de outubro de 2022

BLOGDOROCHA: 15 DE OUTUBRO, O DIA DO PROFESSOR.

BLOGDOROCHA: 15 DE OUTUBRO, O DIA DO PROFESSOR.: Hoje, 15 de Outubro, dia comemorativo do “lente”, professor e mestre, aquele que no mesmo dia e mês do ano de 1827, o D. Pedro I, editou ...

O SÁBIO BERNARDO RAMOS

 Por José Rocha

Foto-Reprodução. Foto incluída em seu Livro. José Rocha

Bernardo de Azevedo da Silva Ramos, nasceu em Manaus, no dia 13 de novembro de 1858, falecendo no Rio de Janeiro, em 5 de fevereiro de 1931, foi um destacado arqueólogo, linguista e numismata, além de ter exercido vários cargos públicos de relevância, sendo considerado pela imprensa nacional como um grande sábio.

Era filho de Manoel da Silva Ramos (considerado o fundador da imprensa em Manaus) e Jesuína Maria de Azevedo da Silva Ramos – perdeu o seu pai quando ainda era criança, forçando-o a trabalhar muito jovem, tendo como primeiro emprego na agência dos Correios e Telégrafos (Rua Marechal Deodoro esquina com a Rua Teodoreto Souto e Avenida Eduardo Ribeiro).

Por ter uma mente privilegiada, conseguiu, aos 21 anos de idade (1879), exercer o cargo de Vereador de Manaus. Fundou o Clube Republicano do Amazonas.

Teve uma carreira de sucesso, exercendo vários cargos públicos, conseguindo, também, a patente de Coronel.

Foi comerciante em Manaus, onde fundou a Associação dos Proprietários de Manaus.

Possuía muitos recursos financeiros, o que o permitiu viajar pela Europa e Oriente Médio, percorrendo a Palestina e Egito, onde aprendeu as línguas hebraicas, fenícia e o sânscrito – o domínio desses idiomas o permitiu a leitura de diversas moedas.

Foi um colecionador voraz de moedas, cédulas, medalhas e documentos históricos – todo este acervo foi vendido para o governo do Estado (4 de setembro de 1899), sendo a base do Museu de Numismática do Amazonas (atualmente, está no Centro Cultural Palacete Provincial, na Praça da Polícia), com mais de dezessete mil peças, incluindo raridades como moedas gregas, etruscas e bizantinas (700 a.C.), feitas de ouro, vidro, conchas e porcelanas (antigo Sião), além de coleções moedas brasileiras espanholas do século XIX, entre de medalhas da França, Vaticano e Japão.

Em 25 de março de 1917, fundou o Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, situado na Rua Bernardo Ramos/Rua Frei José dos Inocentes) – uma instituição tutelada pelo Estado do Amazonas – contém um Museu, Biblioteca com uma Hemeroteca (coleções de jornais, revistas e outras obras em série), muito importante para quem se dedica a pesquisa da Amazônia.

 Foto-Reprodução. Capa do livro. José Rocha

O seu livro mais importante foi publicado post mortem “Incripções E Tradições da America PreHistorica – Especialmente do Brasil”, em dois volumes, Rio de Janeiro, 1939 – disponibilizo um linque abaixo para os interessados baixarem os Volumes I e II.

Para os senhores terem uma ideia do magnifico pesquisador, no livro existe uma transcrição do Jornal Imparcial, de 5 de Maio de 1919, sobre uma conferência que ele fez no IGHA “Adduzlndo ainda argumentos comprobativos do estabelecimento de gregos, phenicios, arabes e chaldeus no Brasil, o illustre conferencista decifrou o modo pratico, ao alcance de todos, as inscripções até hoje encontradas em pedras, no paiz, o que prova que taes gravuras não são obra do acaso, como ainda alguns archeologos têm afirmado”.

É isso mesmo que os senhores leram: O Coronel Bernardo Ramos afirma em seu livro, após muitos estudos que, no Brasil Pré-histórico, os gregos, fenícios, árabes e os caldeus, passaram pelo nosso país, deixando suas impressões em pedras, todas decifradas por ele!  

Prosseguindo a matéria do citado jornal “Com relação ás das Lages e á de Itacoatiara, no nosso Estado, disse que, nas primeiras encontrou os nomes históricos Nebe, Galaad, Belial, Neze, Gaal e Belus escriptos em caracteres phenicios e, em caracteres arabicos, a seguinte maxima: Fortuna rapida dá ruína; na segunda alcançou também a significação das gravuras nellas inscriptas, a qual com a seguinte: Juramos aqui reunidos em grande numero aqui tomamos posse expulsos das delicias â Tingis, salvos dos filhos de Heber. Delicias encontramos nós filhos do vento e do mar.”

O Bernardo Ramos decifrou o que foi encontrado inscrito nas Pedras das Lages (Manaus) e em Pedra Pintada (Itacoatiara), além do alto Rio Negro, basta ler o primeiro livro.

Em 10 de agosto de 2022, o colunista Hiran Reis e Silva, do site “Gente de Opinião”, republicou uma matéria do jornal “O Acadêmico” - Manaos, Segunda-feira, 31 de Dezembro de 1927, chamando o Bernardo Ramos, de “O Champollion Amazonense”:

“O Amazonas, grande em tudo, possui em seu seio uma alta individualidade que uma vez conhecida nos grandes centros científicos, tornar-se-á uma celebridade mundial. Queremos nos referir ao sábio amazonense Coronel Bernardo Ramos, tradutor das inscrições lapidares, não só do Brasil, como de diversas partes do mundo. Pelos estudos do paleógrafo amazonense, ficamos sabendo que muito anterior à Cristo passou pelo nosso Continente uma grande civilização. Entre as decifrações do Brasil, figuram como muito importantes as da Gávea, no Rio de Janeiro, dando notícia da passagem por ali de navegantes fenícios, [887-856 antes da nossa era] e da Pedra Lavrada, na Paraíba do Norte, cuja inscrição em grego antigo datando cerca de mil anos a.C., representa 708 signos, emblemas, astros, constelações, etc. Além disso, o reputado sábio amazonense tem traduzido outras inscrições que se encontram em pedras do Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.”

Em sua homenagem, a antiga Rua São Vicente passou a chamar-se Rua Bernardo Ramos, além do Museu de Numismática levar o seu nome.

Foto Casa do Bernardo Ramos. 2022. José Rocha

Em outubro de 2022, o CETAM e AADC (órgãos do governo do Estado) iniciaram a Revitalização da Casa Bernardo Ramos, situada na Avenida Tarumã. No. 379, centro, para abrigar o Centro Cultural de Gastronomia.

Depois de quase cem anos de sua morte, o Bernardo Ramos ainda é muito lembrado. Um sábio amazonense.

É isso ai.  

 

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bernardo_de_Azevedo_da_Silva_Ramos

http://museubrasil.org/pt/museu/museu-de-numismatica-bernardo-ramos

https://idd.org.br/iconografia/museu-de-numismatica-bernardo-ramos/

http://www.ipatrimonio.org/manaus-instituto-geografico-e-historico-do-amazonas/#!/map=38329&loc=-3.1338259999999973,-60.029171,17

https://www.gentedeopiniao.com.br/colunista/hiram-reis-e-silva/a-terceira-margem-parte-cdlxviii-bernardo-de-azevedo-da-silva-ramos-1930-o-champollion-amazonense

https://archive.org/details/inscripcoes-e-tradicoes-da-america-prehistorica-especialmente-do-brasil-vol-1/page/98/mode/2up?view=theater

file:///C:/Users/Usuario/Downloads/45000010119_Output.o.pdf




quarta-feira, 5 de outubro de 2022

A ESCADARIA DA RUA TAPAJÓS

 


Quem vem a pé ou de carro e entra numa depressão logo após a Avenida Leonardo Malcher, avista em seguida uma ladeira e ao lado direito uma escadaria que vai até o topo. No dicionário informal “escadaria” significa série de lances de escada separada por patamares onde se pode descansar durante a subida ou a descida. Ela inicia-se em frente a Casa dos Madeira, com um patamar bem em frente ao portão principal da residência. São 13 (treze) lances de escadas, com um total de 10 (dez) metros de comprimento. Acima existe mais um patamar com outro acesso (com um portão pequeno para mais um acesso a moradia dos Madeira). Na década de sessenta esta escada era de madeira, exigindo reparação constantes, pois se deterioravam rapidamente. Na década de setenta, com a ligação viária com a Avenida Leonardo Malcher foi construída uma de cimento armado (que dura até os dias atuais). A partir do terceiro lance de escada encontramos mais 23 (vinte e três) lances de escadas, estas foram bem elaboradas e largas, com 30 (trinta) metros de comprimento. Não sabemos quando foram construídas, presume-se que seja da época do Barão de São Leonardo (1817-1894), um homem riquíssimo que foi 1º. Vice-presidente da Província do Amazonas (1868) e construiu o Palacete de São Leonardo (atual Instituto Benjamin Constant) – ele era dono de todas àquelas áreas, incluindo onde é hoje a Rua Tapajós. Não sabemos ao certo quem o mandou construir, caso tenha sido feita pelo Barão, ela tem mais de 150 anos, mais velha que o Teatro Amazonas (1896, 126 anos em 2022) e a Igreja de São Sebastião (1888, 134 anos em 2022). O total da escadaria é de 36 (trinta e seis) lances de escadas e 3 (três) patamares, num total de 40 (quarenta) metros de comprimento. O estado atual é de total abandono, com muito mato e lixo em toda a sua extensão, além de buracos e pedras soltas, sem contar o muro de pedras que está sujo e pintado (pedra não se pinta!). Preocupado com esta situação de abandono, pensei em revitaliza-la, colocando azulejos em seus degraus, alusão da “Escadaria Selarón”, nos bairros Santa Tereza e Lapa, no Rio de Janeiro. A atriz Socorro Papoula, a sua filha Maíra Dessana e o seu namorado, o arquiteto Bruno, estão abraçando a ideia. O Bruno vai fazer um projeto e entraremos em campo. Caso não recebermos o apoio da Prefeitura de Manaus, o jeito será fazermos feijoadas, bingos e pedir ajuda dos amigos e comunitários para fazermos este trabalho. Primeiro, irei consultar o IPHAN para sabermos se poderemos fazer este trabalho, pois o IBC está tombado pelo Patrimônio Histórico. Fiz um vídeo e já está no Youtube endereço   https://www.youtube.com/watch?v=rkV3TGGlixk

DESTRUIÇÃO DO PLANETA TERRA

 Por José Rocha

 Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1940) surgiu a Guerra Fria (1947-1991), uma disputa entre os Estados Unidos e a União Soviética, chamava-se assim por não ter tido um confronto armado direto, no entanto, essas duas potências começaram a ser armar “até os dentes” com armas nucleares, uma apontada para a outra – passados trinta e três anos, com a Guerra Ucrânia X Rússia (ex-líder da URSS), a Terceira Guerra Mundial pode estar começando, com ameaças de utilização de arsenais nucleares por parte da Rússia, pois novamente os USA estão apoiando a Ucrânia e, ameaçando, também, utiliza-las caso aquele país inicie a sua utilização.

 

Sabemos que, além desses dois países, existem muitos outros com armas nucleares prontas para serem utilizadas em caso de um primeiro país disparar contra outro.

 

Isto é uma realidade e poderá acontecer, talvez não agora, assim espero, mas basta um louco apertar um botão vermelho e colocar em xeque (em risco) a humanidade do planeta Terra.

 

Como existe esta probabilidade de acontecer, alguns países e suas agências espaciais, além de gênios multimilionários e suas empresas voltadas para este setor, já estão em pleno desenvolvimento de foguetes e planos para, num futuro próximo, colonizar o Planeta Marte.

 

Faz alguns anos eu já postava no BLOGDOROCHA essa possibilidade, e, muitos achavam que eu “viajava na maionese” (sem lógica, sem sentido, um absurdo).

 

O que eu pensava antes, continuo com o mesmo pensamento, pois tudo caminha para este fim, senão vejamos:

 

1.   Alguém já falou que dois corpos não podem ficar no mesmo lugar, sendo umas das leis da física. Haverá, num futuro próximo uma superpopulação, ocupando cada metro quadrado da Terra;

2.   Por outro lado, o crescimento populacional se dá numa razão geométrica, demandando mais casas, ruas, urbanização, luz, água, comida, plantações, gados, peixes, frangos etc. Para ocupar esses espaços, quem é o mais fraco que irá ceder? As árvores, as florestas, os recursos naturais;

3.   O planeta terra não cresce e se expande que nem um bolo, o espaço, sim. Não teremos mais espaço e o jeito será ocupar o espaço e outros planetas;

4.   O problema é a mentalidade de poucos, que destroem muito em nome da ganância em obter montanhas de bens materiais, sem ter um mínimo de sentimento com o próximo.

5.   Em nome da ganância e da perpetuação da espécie humana, somos destruidores, por natureza.

6.   As guerras são ocasionadas por vários interesses, mas, na atualidade, são por razões ideológicas, econômicas, espaços cada vez maiores (terra, mar e espaço aéreo);

7.   Esses interesses poderão antecipar a destruição do planeta Terra, mesmo antes de superpopulação.

8.   Creio que viemos de um lugar longínquo do espaço sideral, que foi devastado bilhões de anos atrás (pela ganância e superpovoação) e chegamos a Terra para povoa-la e ficaremos aqui até a sua destruição.

9.   Construímos uma Estação Espacial Internacional, Foguetes cada vez mais potentes e Planos para, no futuro próximo, os poucos sobreviventes do Apocalipse, procurarem viver em Marte ou outro planeta para continuarmos tudo, novamente!

10.              Caso o Planeta Terra não for destruído totalmente, surgirá, novamente, o Homem da Caverna, sem nenhum conhecimento (fogo, roda, plantação etc.), com algumas edificações que acharão que foram feitas por alienígenas (outros humanos que foram morar no espaço sideral, que vez e outra fazem as aparições em momentos e lugares especiais).

11.              E tudo começa, desenvolve, destrói, vai para o espaço, volta e começa um novo ciclo.

 

Alguns poderem estar rindo ou achando que sou louco e/ou tomei vários litrões de cervejas. Nada não, é apenas um momento de reflexão sobre a Destruição do Planeta Terra.

 

É isso ai.