quarta-feira, 16 de novembro de 2022

JOSÉ ROCHA: PROJETO “ESCADARIA DOS POVOS INDÍGENAS DA AMAZÔNIA”

Aproveito este espaço para agradecer ao meu amigo Carbajal Gomes, por ter cedido, ontem, o espaço da parte superior ao anexo do Bar Caldeira, onde houve uma reunião de amigos que amam a cidade de Manaus. 

Levei um ideia de reunir um grupo de pessoas para trocarmos ideias para fazermos algumas coisas boas em prol da cidade de Manaus. 

A principio, fiz um pequeno projeto para recuperação das Escadarias da Rua Tapajós, ao lado do Instituto Benjamin Constant. Tivemos a presença de vários amigos que abraçaram a ideia, no entanto, fomos mais além, pois estamos dispostos a legalizar a AMA - Associação dos Amigos de Manaus. Uma associação que irá contribuir com pequenas ações e lançar ideias para o Prefeito e o Governador, com relação a preservação do nosso Centro Histórico. 


HISTÓRICO

Quando os portugueses chegaram onde é hoje o centro antigo da cidade de Manaus, para fundar o Forte de São José da Barra do Rio Negro, em 1669, ano considerado pelos historiadores,  como da fundação da cidade, já existiam por estas plagas as seguintes etnias indígenas: Passés, Barés, Tarumãs, Mundurucus, Manaós e outras, tanto que, quando nos referimos a cidade de Manaus e aos nativos, são chamados de “Baré”, pois  os caboclos manauaras da gema, possuem a pele morena, cabelos pretos, olhos amendoados e estatura mediana. Em Manaus, existe o Museu do Índio, uma Praça onde encontra-se um Cemitério Indígena (Dom Pedro II) e poucas ruas e avenidas que homenageie os nossos ancestrais indígenas.                     

O Barão de Leonardo (1817-1894), um homem riquíssimo que foi o 1º. Vice-presidente da Província do Amazonas (1868), era o dono de toda aquela área onde fica a Escadaria. Construiu o Palacete de São Leonardo (atual Instituto Benjamin Constant), com muros altos e uma escadaria para dar acesso a uma Represa que ficava no atual cruzamento da Rua Tapajós com a Avenida Leonardo Malcher, para os moradores retirarem água límpida para saciar a sede (naquele local passa, atualmente, por dentro das tubulações um igarapé que vem lá do Boulevard Amazonas, passando por dentro da Vila Paraíso, onde os moradores chamam de “Vala”). Esta Escadaria presume-se que fora construída em 1868, sendo mais velha do que o Teatro Amazonas (1896) e a da Igreja de São Sebastião (1888). Os atuais primeiro e o segundo patamares (onde se pode descansar na subida ou descida) que ficam em frente da Casa dos Madeira,  foram destruídos com o passar do tempo, sendo construídos de madeiras e, em 1968, em cimento armado pelo Prefeito Paulo Pinto Nery.                                                      

Preocupado com o estado de abandono da atual escadaria, o blogueiro José Rocha (Rochinha), morador antigo da ladeira da Rua Tapajós, teve a ideia de revitalizar a “Escadaria da Rua Tapajós”, evidentemente, contando com o apoio dos comunitários e de amigos que amam de verdade esta cidade, elaboraram um projeto para tornar esta ideia em realidade. Fez um vídeo que está postado no Youtube. Incialmente, abraçaram o projeto: Socorro Papoula (atriz), Maíra Dessana (professora e musicista), Bruno (arquiteto), Júlio (músico dos “Raízes Caboclas”), Bepi Sarto (ex-Presidente do IPHAN), as famílias Madeira Dutra e Garantizado.

A sugestão para homenagear os povos indígenas da Amazônia partiu da atriz Socorro Papoula, onde seriam colocados azulejos em cada lance de escada contendo grafismos indígenas. A inspiração para colocar azulejos em seus degraus, veio da “Escadaria Selerón”, nos bairros de Santa Tereza e Lapa, no Rio de Janeiro, que ficou famoso e virou ponto turístico. A nossa versão Baré quando concluída, também, ficará famosa                e será, com certeza, um ponto turístico, onde os transeuntes, motoristas de automóveis e turistas passarão para tirar fotografias e mandar para o mundo inteiro nas redes sociais, além  da comunidade em geral, que sentirão orgulho daquele lugar, pois ficará muito bonita, pois contará, também, com pinturas indígenas nos paredões, feitos por artistas locais, além de canteiros com plantas com flores resistentes ao calor, sol e umidade.                                                                                                   

Será, sem dúvida, um belo presente à cidade Manaus e ao seu povo manauara e aos turistas que visitarem a nossa cidade. Uma homenagem justa aos nossos ancestrais indígenas, que milhares de anos antes da fundação da cidade já habitavam todo o entorno onde será, brevemente, “Escadaria     dos       Povos      Indígenas      da  Amazônia”. 


LOCALIZAÇÃO

Quem desce a pé ou vem de carro e entra numa depressão após a Avenida Leonardo Malcher, avista, em seguida, a famosa Ladeira  da Rua Tapajós (temida por muitos até hoje pela sua acentuada inclinação, no passado, servia de testes de direção para candidatos do antigo Detran e foi palco de muitos acidentes, pois tinha mão e contramão). Avista, também, ao lado direito, uma escadaria que começa bem em frente à residência da família Madeira (número 345) e vai até o topo (portão de entrada dos alunos  e professores do Colégio Frei Sílvio Vagheggi/Benjamin Constant).


A ESCADARIA

        Possui duas partes distintas, sendo a primeira feita de cimento armado, de forma um pouco irregular em seus 17 degraus, com dois patamares, feitos “na marra”, sem um projeto e a devida preocupação com a metragem de cada degrau, contrastando com a parte superior. São quatros degraus iniciais, um patamar em frente ao portão principal da casa dos Madeira, depois, mais 13 degraus e um patamar em forma de L, na entrada lateral da citada residência. A segunda parte, possui mais 23 degraus, todos largos, bem elaborados e nivelados, com pedras em sua base, uma obra prima feita pelos nossos antepassados, pois naquela época toda construção era feita com esmero e dedicação.                     

Atualmente, encontra-se em péssimo estado de conservação, cheia de matos e lixos em toda a sua extensão, além de buracos e deslocamentos de algumas pedras da parte superior e com o muro de pedras (sujo e abandonado, dando um visual feio e deprimente    ao local, forçando os alunos, idosos e transeuntes a andarem pela rua, que por sinal é bastante movimentada por carros de médio porte e até caminhões, colocando em risco a vida de muitas pessoas que não desejam encarar o lixo que se encontra na Escadaria.


O QUE SE PRETENDE FAZER

A ideia inicial será começar pela frente da residência do Zigomar Madeira/Salete Sarapeão (número 365, antiga casa onde morou a família do escritor Márcio Souza e que foi também o local de ensaios da banda musical Raízes Caboclas), indo até o início da Escadaria (em frente à casa onde mora, atualmente, o Chiquito Madeira) com o calçamento de pisos hidráulicos (são bem resistentes) que poderão ser confeccionados em uma fábrica que fica localizada na Avenida Nilton Lins (em direção à Avenida das Torres) ou outro fornecedor que possua um trabalho de qualidade e preço bom.              Os desenhos serão de grafismos indígenas. Após a casa do Zigomar Madeira (existe uma entrada para um estacionamento rotativo de carros dos moradores e trabalhadores da redondeza), a partir daí até o início da Escadaria, continuar com os pisos hidráulicos e fazer um Canteiro (ao lado do muro) para abrigar algumas plantas que lá estão, como a Crista de Galo e outras, além de plantar novas espécies, por um profissional da área.  

A Casa dos Madeira é datada de 1906, construída por uma tradicional família portuguesa. Possui em seu interior uma frondosa Mangueira, com frutos saborosos, recanto dos Periquitos na época da safra, além de criação de galos e galinhas de raças, o que dá um charme todo especial a Rua Tapajós. No muro da frente (todo em pedras) será contratado um profissional do grafite para fazer um mural com temas indígenas (existe um que fez um belo trabalho num muro da esquina da Rua 10 de Julho com a Rua Dona Libânia.                    

Nos 13 primeiros degraus o trabalho deve, também, ser entregue a um profissional que saiba trabalhar com azulejos, fazendo grafismos indígenas. Na parte superior, existe um grande muro de pedras (zero no primeiro degrau e vai até chegar aos seis metros de altura na segunda patamar, nele cresceram quatro pés de plantas que durante anos são cortados os seus galhos pela garis da prefeitura, mas sempre volta a crescer), onde, novamente, haverá um grande painel, também, com tema indígena.  Nesta parte superior, onde está a Escadaria histórica, somente será feito o trabalho de colocação de azulejos caso não houver impedimentos por parte do IPHAN, evidentemente, que será feita uma consulta prévia, pois o IBC é tombado como patrimônio histórico. Caso não for autorizado, será feita a restauração de acordo o que determinar o IPHAN, bem como, a Prefeitura de Manaus. Entre a sarjeta e a Escadaria da parte superior existe uma parte de terra que será transformada em um Canteiro de Plantas. A última fase da execução do Projeto será a confecção de grades em ferro fundido para serem chumbados na lateral para servir de apoio e proteção para a pessoas que subirem ou descerem a Escadaria. 

A ideia inicial será fazer esta revitalização por um grupo de moradores e de pessoas que amam a cidade de Manaus, no entanto, iremos levar o Projeto até os vereadores       de Manaus, para tentarem a execução por parte da Prefeitura de Manaus. Caso não obtivermos este apoio ou for postergado por muito tempo, iremos entrar em ação, fazendo sorteios de bingos, Livro de Ouro (para quem quiser doar dinheiro e/ou material de construção), além de pedirmos apoio dos colégios e entidades que estão localizados próximo a área. Será formado um Grupo de Trabalho, para elaborar o Projeto, com todos os custos e despesas, autorizações etc.


FORMAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO

Inicialmente, o Grupo de Trabalho será formado pelas seguintes pessoas: José Rocha, Socorro Papoula, Maíra Dessana, Bruno, Bepi Sarto e Júlio Raízes. As senhoras Conceição e Suely Garantizado e o arquiteto Tony Garantizado, estão dispostos a colaborar – eles possuem um local ideal para reuniões e eventos sociais (bingos e festas de confraternizações). O autor da ideia, o José Rocha, possui uma sala em sua residência dotada de computador e impressora multifuncional, novos, além de uma internet de fibra ótica de alta qualidade, que poderá ser utilizado pelo Grupo de Trabalho para fazer toda a parte burocrática. A primeira reunião está marcada para o dia 16 de novembro, às 20 horas, no Largo de São Sebastião. Levarei esta parte impressa, contendo diversas fotografias da atual Escadaria. A pedido da Socorro Papoula, o Carbajal Gomes, cedeu o espaço superior ao anexo do Bar Caldeira, para a nossa Primeira Reunião. Foi muito promissora, com muitas ideias, união, amor à Manaus e ao nosso Centro Histórico. No próximo sábado, iremos visitar a Escadaria da Rua Tapajós e tomar umas cervejas na humilde casa de madeira (do saudoso luthier Rochinha) para lembrar dos velhos tempos e partir para ação. 

Gratos aos homens e mulheres de boa vontade!

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

OS TURISTAS ESTÃO CHEGANDO E PRECISAMOS ARRUMAR A SALA DE ESTAR DA NOSSA CIDADE


Estão previstos chegarem a Manaus em torno de 25 mil turistas 

É a Temporada de Cruzeiros.

Isto será muito bom para cidade, pois haverá um movimento muito grande na economia local

Sabemos que a primeira imagem é a que fica.

Imaginem essa turma de turistas de alto poder econômico sair do porto e dá de cara com a Praça da Matriz toda quebrada, suja , cheia de moradores de rua dormindo nos bancos, depredando tudo o que foi deixado pelos nossos antepassados.

Essa imagem vai ficar.

É uma pena.

Quando você vai receber uma visita em sua casa, pelo menos uma vassourada é dado e uma arrumação na sala de visita é feita, é o mínimo que se faz para causar uma boa impressão. 

Não é isso?

O Prefeito Davi promete tantas coisas para o centro e nada faz!

Só papo furado.

Ele bem que poderia amenizar esse vexame, mandando asfaltar todo o centro, dar uma geral na praça da matriz, colocar os guardas municipais para controlar o centro, dentre outras pequenas ações que podem amenizar este impacto negativo da nossa porta de entrada de Manaus.

quarta-feira, 2 de novembro de 2022