sábado, 30 de junho de 2012

BLOGDOROCHA: BOIUNA, A COBRA GRANDE DA AMAZÔNIA.

BLOGDOROCHA: BOIUNA, A COBRA GRANDE DA AMAZÔNIA.: A palavra “boiuna” vem do tupi (boídeos = família de grandes ofídios escamados, que matam as presas por constrição / una = preto), si...

sexta-feira, 29 de junho de 2012

quarta-feira, 27 de junho de 2012

BLOGDOROCHA: JORNAL DO COMMERCIO DE MANAUS

BLOGDOROCHA: JORNAL DO COMMERCIO DE MANAUS: Este é um jornal centenário, foi fundado por inspiração do J. Rocha dos Santos (nome dado a uma Rua de Manaus), no dia 02 de Janeiro de 1904...

VIAGEM DE BARCO A PARINTINS


A dita “Manaus Moderna”, é um local de atracação da maioria dos barcos que partirão para Parintins, com saídas previstas para hoje e amanhã.

Alguns são construídos em ferro, é o caso do Catamarã Rondônia e do Amazonas, com saída às quatro horas da tarde de quarta e quinta-feira respectivamente, estes barcos oferecem mais conforto e segurança, itens não muito levados à sério pelos proprietários dos barcos regionais, feitos de madeira, na sua grande maioria.

Todos os barcos terão uma fiscalização muito rígida por parte da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental, os militares estarão com postos de fiscalização em Manaus, Itacoatiara e Parintins, além de contarem com navios, lanchas e até helicópteros da Marinha do Brasil.

Quem não se adequar, vai dançar embaixo do boi! A viagem dura à noite toda, ao som de forró/brega/boi, além de muita gelada no gogó; bem cedo da manhã sempre é servido um café regional.

Depois, vale à pena ficar contemplando a nossa Amazônia, com 98% das nossas florestas preservadas, além do majestoso Rio Amazonas, o maior rio do planeta Terra.

O comandante do barco vai mandar colocar na velocidade máxima, pois, eles não vão querer servir o almoço para a “cobocada”, com a previsão da chegada em Parintins para antes do meio-dia.

Os grandes barcos ficam ancorados no novo Porto de Parintins, reformado no ano passado, pelo então Ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, ele injetou a bagatela de R$ 9,3 milhões para aumentar a sua capacidade de atracação e elevação do piso, pois a estrutura anterior foi para o fundo na enchente de 2009, os parintinenses chamavam de “Porto de Submarino”, é mole!

Este ano não levarei a minha bandeira, ou seja, não irei a Parintins, ficarei na saudade, quem sabe no próximo ano, o jeito será assistir a transmissão pela TV Bandeirantes (caso eles decidam transmitir ao vivo!).

Para os que forem, aproveitem os três dias na ilha, pois lá existem inúmeras opções de lazer durante o dia, como passear de triciclo e moto-taxi; detonar várias “caldeiradas de Bodó”; visitar a Catedral de Nossa Senhora do Carmo; frequentar os Curais dos Bois Caprichoso e Garantido; passear de barco no Lago Macurany, balneários do Canta Galo e Final da Ilha; tirar fotos da beleza dos prédios antigos e, apreciar as cunhãs-porungas (as mulheres mais bonitas) da cidade.

Conheço várias pessoas dita “intelectual”, possuidora de um ódio mortal dessa manifestação popular; os argumentos são diversos: alegam a carnavalização do evento, uso indevido da cultura indígena, alem da não representação fiel da nossa cultura. Respeito à opinião de todos, mas não embarco nesta onda, aliás, embarco mesmo é para Parintins, quando dá. É isso ai.

BLOGDOROCHA: A INFLUÊNCIA DA LUA CHEIA

BLOGDOROCHA: A INFLUÊNCIA DA LUA CHEIA: Uma das fases mais exuberantes do nosso satélite natural é a Lua Cheia, quando a sua face aparece totalmente visível – inspirando e influenc...

terça-feira, 26 de junho de 2012

BLOGDOROCHA: SOMOS OU NÃO POLIGLOTAS?

BLOGDOROCHA: SOMOS OU NÃO POLIGLOTAS?: Confesso que estou em dúvidas sobre qual é o nosso idioma, todos nós sabemos que o oficial é a língua portuguesa, oficiosamente, falamos mui...

BLOGDOROCHA: MARINA DO DAVI

BLOGDOROCHA: MARINA DO DAVI: Para as pessoas que não conhecem a Marina do Davi, este é um local estratégico para a mobilidade intermodal na cidade. É um dos pri...

segunda-feira, 25 de junho de 2012

BLOGDOROCHA: FILOSOFANDO COM O EMBOÁ

BLOGDOROCHA: FILOSOFANDO COM O EMBOÁ: Manhã chuvosa na cidade de Manaus, eu estava “no trono”, naquela posição da estátua “O Pensador”, do Augusto Rodin, pensando na “obra” qu...

O TÁXI


O autor Rogel Samuel cita numa das passagens do seu livro romance “Teatro Amazonas” que, em 1900, em Manaus, um dos personagens pega um “táxi” e, ordena que o motorista siga até a Praça de São Sebastião – ora, sabemos que este termo foi utilizado a partir do momento da criação do taxímetro (taxar, o preço, pela medida) e, este foi criado no início do século XIX, pelo alemão Wilhelm Bruhn, portanto, faz sentido, mesmo sabendo que em Manaus não se utilizava este termo naquela época - o livro não é de pura história, mas, um romance, sendo assim, o autor pode narrar da forma que lhe convier a sua criatividade.
Por falar em “Táxi”, os historiadores escrevem que este tipo de serviço de transportar qualquer pessoa que o solicite é quase tão antigo quanto a civilização – começou com o “Riquexó”, um carro de duas rodas e puxado por um só homem, era exclusivo das elites.
Na Roma antiga, circulavam as “Liteiras” transportadas por dois ou quatro escravos que levavam quem quer que os solicitasse, desde que pagasse um preço previamente estipulado pelo seu amo – eram os “taxis” romanos.
Na Idade Média, o transporte de pessoas era realizado por carruagens de tração animal, sendo melhoradas no Renascimento, depois, surgiu em Londres, o “Hachney”, a primeira carruagem de aluguel – em Paris, eram os “Corbillards” e depois os “Sociables”; na Alemanha, os inovadores “Landau”; na Inglaterra, os “Tribury”, finalmente, chegamos ao “Taxi”, um modo de transporte público, com rota preestabelecida, tarifa alta em relação ao transporte de massa.
Nos serviços de táxi utiliza-se geralmente o taxímetro, um aparelho que calcula a tarifa a partir do somatório da “bandeirada” (valor inicial) com a tarifa métrica [bandeira 1 (normal)  ou 2 (ex. horário noturno/Natal)] ou horária (veiculo em baixa velocidade ou parado).
Existem três segmentos muito comuns:
Pontos de Taxi – é utilizado o sistema PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai), ou seja, na ordem de chegada ao ponto de taxi;
Bandeirada – o motorista procura o cliente nas ruas, alguns são apelidados de “Jacaré” – na realidade, todos os taxistas utilizam este sistema quando estão “livres”;
Radio Táxi – é um sistema que tem mostrado ser social e economicamente mais eficiente, onde os motoristas fazem uma associação, tipo cooperativa, alugam um ponto, comunicando-se via rádio amador.


A utilização da “corrida” ainda é comum em muitas cidades, onde o preço é ajustado entre o motorista e o passageiro, independente do valor do taxímetro, geralmente, fica bem abaixo do preço normal. A corrida é muito utilizada para levar passageiros para os aeroportos e portos.


Em Manaus, a “corrida” ainda é muito utilizada na parte da noite, quando o movimento é bem menor. Existe também um sistema chamado de “Taxi Lotação”, onde o motorista estipula um destino certo, geralmente um bairro próximo do centro e, cobra um valor mínimo por pessoa, quando uma pessoa sai, outra entra para preencher a lotação (4 pessoas).


Alguns motoristas não se enquadram em nenhuma dos segmentos acima, eles fazem o "ponto" geralmente onde existe um grande afluxo de pessoas, fazendo daquele local a sua parada fixa por longos e longos anos, ficam conhecidos pelos moradores, empresários, empregados e frequentadores da área  - conheço três deles, um é o Waldery, ele faz ponto no Bar Caldeira, conhece todos os frequentadores do bar, sabe onde moram e trabalham, conhece até as suas famílias, pois ganhou confiança de todos - o outro é o Jesus, um motora que faz ponto nos bares do Armando e Cinco Estrelas, ele é muito prestativo, inclusive faz até corrida para pagar semanalmente e, por último, o Zé Pagodinho, o cara é bom de papo, sendo também muito prestativo.  
Um dos filmes que marcou época chamou-se “Taxi Diver”, segundo a Wikipédia “Travis Bickle (De Niro) é um jovem de 26 anos frustrado e alienado do meio-oeste dos Estados Unidos, que alega ter sido recentemente dispensado do Corpo de Fuzileiros Navais. Ele sofre de insônia e consequentemente arranja um emprego como taxista na cidade de Nova Iorque, oferecendo-se para trabalhar no turno da madrugada. Travis passa o seu tempo livre assistindo a filmes pornográficos em cinemas imundos, dirigindo-se sem rumo pela periferia de Manhattan. Também observa Nova York de seu táxi e irrompe com violência contra o que julga ser a escória que contamina a cidade”.
Um problema sério que acontece em Manaus e, com certeza, existe em outras cidades, é o sistema de aluguel de carro de taxi. O número de taxis é limitado pela Prefeitura de Manaus, sendo assim, quem possui a sua placa utiliza para a sua sobrevivência, porém, muitos deles trabalha durante o dia e, aluga para quem quer tirar o sustento à noite, no entanto, existem alguns proprietários que possuem centenas de placas e fazem disso um comércio milionário, na qual o pobre motorista trabalha no aluguel durante cinco a dez anos e nunca terá a sua própria placa.
Um taxista ao comprar um carro novo terá um desconto expressivo, pois o governo brasileiro prorrogou até 31 de dezembro de 2014 a isenção do IPI, bem como, os Estados promoveram a isenção do ICMS – chega até 30%, por exemplo: um modelo Meriva 1.8 Expression, bastante utilizado pelos taxistas, custa R$ 33.990 para eles. Já o consumidor comum paga R$ 46.319. Uma diferença de 26,6%. O Zafira Expression 2.0 custa R$ 49.900 com as isenções. Se o taxista tivesse que pagar o preço de tabela, iria para R$ 59.216, um desconto de 15,7%.

Um bom negócio para quem tem uma placa, sem falar para aqueles que possuem centenas delas (isto é um maná!).

Infelizmente, a violência está avançando numa progressão geométrica e, os taxistas estão sendo vitimados diariamente, o que está levando muitos a abandonarem a profissão ou investirem em segurança, com a instalação de cabines blindadas e outros equipamentos sofisticados. É o taxi do futuro chegando.Táxi, táxi!


Fonte: Wikipédia

sábado, 23 de junho de 2012

TEATRO AMAZONAS, O ROMANCE DO ROGEL SAMUEL


Junte o nosso glorioso Teatro Amazonas, uma monumental construção no coração da Amazônia; o latino romanicus, a descrição de ações e sentimentos de personagens fictícios, numa transposição da vida para um plano artístico e, o consagrado escritor, historiador e poeta amazonense Rogel Samuel, resultado: um livro gostoso de ler, um passeio romântico sobre o nosso passado, mostrando os meandros da construção do soberbo TA.

Semana passada, o carteiro bateu a minha porta e, entregou-me um envelope, dentro dele continha um livro com a seguinte dedicatória: “Para José Martins Rocha, o grande amigo de Manaus, e assim, meu irmão de história, com a homenagem do Rogel Sanuel, 2012”.

Quanta honraria, sou apenas um cara metido a blogueiro, não sou historiador ou pesquisador, mas, amigo de Manaus, sou com certeza. Quem sabe um dia, quando eu estiver mais maduro e preparado, possa escrever um livro e, retribuir ao nobre Rogel.

O Rogel é polivalente – amazonense de Manaus, radicado no Rio, é poeta, escritor, webjornalista, colunista de Blocos Online, de Entre Textos, doutor em letras, professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro, autor de Crítica da Escrita, Manual da Escrita, Literatura Básica, O que é Teolit?, 120 Poemas, o Amante das Amazonas e Teatro Amazonas, além de ter escrito centenas de artigos em revistas e jornais.

Na capa do referido livro, consta um resumo do romance Teatro Amazonas “é uma obra que conta a história de uma das mais opulentas casas de espetáculo do País, o Teatro Amazonas, inaugurado em 31 de dezembro de 1896 e, dentre outras características, redimensiona o papel de Fileto e Thaumaturgo na história do Amazonas. O livro permite mergulhar em detalhes da Manaus do final do século XIX e início do século XX. A vida em Manaus era exuberante, elegante e rica, e bem alegre, já naquela época. Era o início do apogeu de uma sociedade que enriquecia rapidamente, com a extração da borracha”.

Vamos viajar um pouco no livro – “Natal de 1900 – “Francisco Ferreira Lima Silva naquela escura noite vinha subindo a escadaria do impressionante palacete onde morava Waldemar Scholz e que muitos anos depois foi transformado no Palácio Rio Negro, sede do Estado do Amazonas. Para o natal só, Sholz convidara para a ceia um grupo seleto: Lima Silva, o maestro Adelelmo do Nascimento, Antônio Bittencourt e poucos outros. Era uma escura noite de Natal de 1900, pouco depois da morte do governador Eduardo Ribeiro, em circunstâncias misteriosas. Eduardo Ribeiro foi o construtor do Teatro Amazonas. Foi o construtor de Manaus. Quando saiu do palacete Scholz já de madrugada. Lima Silva foi para a casa de Marinalva. Ela não estava. Ordenou ao taxi que o levasse a Praça de São Sebastião. Em frente ao Teatro Amazonas parou e saltou. A igreja já estava fechada e a praça vazia. Ele sentou-se na escadaria do Teatro. De longe, de bem longe, dos limites da fímbria do horizonte, apareceu um vento úmido e morno, vindo da floresta, que passou como um fantasma, uivando nas alamedas do Teatro. Era a morte do Eduardo Ribeiro. A morte de tudo.

Parabéns ao Rogel Samuel pelo excelente livro, com certeza, ele fará muito sucesso na nossa cidade. É isso ai.

Acesso a página do autor?
http://www.literaturarogelsamuel.blogspot.com.br/





quinta-feira, 21 de junho de 2012

A NOVA PRAÇA DO CONGRESSO


A nossa Praça do 
Congresso encontra-se fechada para reformas, conta com a batuta do Robério Braga, Secretário de Cultura do Estado – não conheço o projeto, mas, presume-se que voltará a ter o traçado original, igualzinho ao da fotografia antiga, tanto que a Avenida Eduardo Ribeiro voltará a ter duas mãos, com passagem pelo meio da praça. É isso ai.    

terça-feira, 19 de junho de 2012

A PRIMEIRA PONTE - “ONTEM E HOJE”



ONTEM - Segundos os historiadores, ela foi construída em 1896, pelo engenheiro Miguel Ribas, no governo do Eduardo Gonçalves Ribeiro (1891-1896), com um vão de 230 metros e, tendo recebido o nome de “Ponte Floriano Peixoto”, uma homenagem ao segundo presidente do Brasil (1891-1894), um militar que falecera no ano anterior (1895). Quando foi inaugurada, a via pública chamava-se Rua Municipal. Depois, ficou conhecida como “Ponte Romana I”, em decorrência de ser construído com pedras, concretos e com arcos na sua estrutura básica, um belo trabalho aos moldes das pontes construídas pelos antigos romanos. Foi um projeto urbanístico para ligar as margens opostas do Igarapé de Manaus. No mesmo ano, o governador mandou construir outra igualzinha, no Igarapé do Bittencourt (um coronel donos de muitas terras no entorno), recebendo o primeiro nome de “Ponte Deodoro da Fonseca” (primeiro presidente republicano), depois, ficou conhecido como “Ponte Romana II”. Sem dúvida, a primeira ponte ficou mais famosa por está bem mais próximo ao “Palácio Rio Negro”, a sede do governo estadual. Ficou também muito conhecida em decorrência de abrigar a sede do “Clube do Remo” (antigo Manaus Ruder Klub, fundados pelos alemães), tinha sua garagem de zinco, com acesso pela “Ponte Cabral”. Na fotografia antiga, pode-se ver um bonde passando pela ponte, um belo jardim natural na vazante do rio  e pouquíssimas residências.

HOJE – É conhecida como “Primeira Ponte”, em decorrência de ser a primeira das três pontes existentes naquele lugar. A via atual é a Avenida Sete de Setembro, uma homenagem a data maior da nossa independência. O Igarapé de Manaus foi aterrado, passando somente uma lâmina de água pelo local, pois a nascente ainda está preservada (próximo a TV Cultura). Fizeram dois parques, o Desembargado Paulo Jacob e o Senador Jefferson Péres. Na fotografia atual, pode-se ver uma parte do segundo parque, com a ponte não mais unindo as duas margens do igarapé (perdeu esta função em decorrência do aterro), com muitos automóveis passando por lá (os bondes não circulam mais desde a década de 50) e, aparecendo ao fundo alguns espigões e faculdades. Por incrivel que pareça, a garagem do "Clube do Remo" sobreviveu ao longos dos tempos, está estacionado embaixo da "Ponte de Educandos". Um projeto chamado PROSAMIM mudou tudo, foram gastos milhões de reais na retirada das casas e na construção dos parques, infelizmente, estão abandonando aos poucos o que fora feito com grandes sacrifícios.  Passaram mais de cem anos e, apesar de todas as intervenções que fizeram ao longo do tempo, a ponte, tanto ontem, como hoje, permanece muito bonita e charmosa, afinal, ela é a primeira ponte da infância e adolescência da minha geração, a nossa eterna "Primeira Ponte". É isso ai.

domingo, 17 de junho de 2012

A NOSSA QUERIDA PRAIA DA PONTA NEGRA



Frequento esta praia desde quando eu era um curumim, era levado pelas mãos do meu saudoso pai, lembro muito bem, era o final da década de sessenta - o acesso era feito por uma estreita estrada asfaltada, toda sinuosa, o que provocava muitos acidentes de automóveis e motos – naquela época, a minha cidade ainda era muito pequena e, aquele lugar era tão longe que as pessoas falavam que lá era o final do mundo, onde diabo perdeu as botas – depois de cinquenta anos, volto novamente ao mesmo lugar, para lembrar dos velhos e curtir os novos tempos. Maravilha!

Lembro-me de vários momentos bons em que passei nesta praia - gostava de almoçar com a minha família num grande restaurante de “chapéu de palha”, pertencia ao Senhor Milton, um amigo do meu velho – a pedida era sempre a mesma: filé com fritas. Beleza!


Certa vez, ainda muito jovem, sofri um sério acidente, dei um mergulho na Prainha e, bati a minha cabeça numa grande pedra, a minha sorte foi que não desmaiei, mas, abriu um rombo no meu couro cabeludo,fiquei banhado de sangue e, fui levado de táxi para o pronto socorro do Hospital da Santa Casa de Misericórdia. Que sufoco!

Quando eu tinha meus vinte e poucos anos de idade, comprei o meu primeiro carro, um fusquinha 75, ai foi graça pro cabocão aqui, unia o útil ao agradável, à noite, levava as gatinhas para tomarmos banho pelados na praia – depois, comecei a namorar sério, acompanhava a amada nos passeios e, curtíamos as belezas do lugar. Tempo Bom!

O tempo passou, estava casado e tinha três filhos, vez e outra, levava os meus guris para curtirem a praia e ao nosso majestoso Rio Negro. Durante muitos anos levei a minha família para passar o réveillon na praia, passávamos a noite por lá, voltando somente no raiar do dia. Porreta!

Os meus filhos cresceram, cada um pegou o seu beco, mas, continuava a frequentar a praia, sozinho ou com os amigos – presenciei muitas reformas no seu entorno, como também a sua destruição – passei um ano sem passar por lá, pois estava bastante abandonada pelo poder público, com a praia servindo de esgoto para os bacanas que começaram a morar de frente para o rio.

Finalmente, a praia foi fechada para reformas, sendo aberta parte dela no final do ano passado. Voltei a frequentar o calçadão, para passear com os meus filhos, nora e dois netos. Tá ficando bom novamente!

O meu negócio mesmo é tomar banho no Rio Negro, pois bem, depois de alguns anos, voltei para a minha praia querida, curti de montão, pode ver as fotografias, o local está uma maravilha, não sei até quando, tudo depende da educação ambiental do povo, acho que a grande maioria já está se mancando e tendo mais cuidado com natureza e dos equipamentos urbanos. Podes crê! 

No próximo sábado, levarei bem cedinho a minha netinha, a caboquinha Maria Eduarda, de apenas de três aninhos incompletos, para pisar na praia pela primeira vez. Olha a nova geração chegando ai, gente!

Por falar em geração, a minha está passando, a dos meus filhos está no auge e, agora inicia a da minha neta - todos curtiram, curtem e curtirão a nossa querida Praia da Ponte Negra. É isso ai.


sábado, 16 de junho de 2012

ENQUANTO ACONTECE A RIO +20 SEMMAS AUTORIZA A EMPRESA CONCRECICLE A DESMATAR UMA APP EM MANAUS


Enquanto o Brasil sedia a “Rio +20”, um evento para definir a agenda de desenvolvimento sustentável para as próximas décadas e, o governador Omar Aziz e seu alto escalão estão no Rio Janeiro para participarem de diversos eventos e palestras – acontece, em Manaus, conhecida como a capital da Amazônia, um descarado desmatamento, incluindo uma Área de Proteção Permanente (APP), nos bairros Puraquequara e Colônia Antônio Aleixo.

O Senhor Marcelo Dutra, Secretário Municipal de Meio Ambiente, deu a licença para terraplanagem de uma área próxima as margens do Lago do Aleixo e Igarapé Castanheira, no entanto, a empresa beneficiária, a Concrecicle - Comércio de Materiais Reciclados, Ltda. – resolveu desmatar uma parte de uma área protegida por lei federal.

Para quem não sabe, segundo a Wikipédia "uma APP é uma área coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geologia, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-esta das populações humanas".  

Muito bem, depois de a referida empresa colocar os seus tratores e, derrubar centenas de árvores, houve uma denúncia geral por parte dos moradores daquela área, bem como, do Instituto Amazônico da Cidadania (IACI) que, protocolou, anteontem, no Ministério Público (MPE) uma ação pública contra a SEMMAS, por omissão de fiscalização ou acompanhamento da empresa infratora.

Conforme entrevista no jornal A Critica, edição de ontem, o titular da Semmas saiu-se com a seguinte pérola “Manaus tem 2 milhões de habitantes e 11 mil quilômetros quadrados. Seria imbecibilidade imaginar que você daria uma liberação e iria monitorar como se fosse uma babá colocando um funcionário físico presente dentro”.

E agora, José? Milhares de pessoas de várias partes do planeta estão reunidos na “Rio +20”, incluindo o governador, secretários, senadores e outras autoridades do Amazonas, todos estão falando e discutindo sobre o meio ambiente e a preservação da Amazônia e, em Manaus, um secretário responsável pelo meio ambiente, deu uma declaração que autoriza, mas, não é babá de ninguém, ou seja, não tem o dever de fiscalizar o desmatamento! É mole!

Foto: Antônio Lima (jornal A Critica)

sexta-feira, 15 de junho de 2012

CAMPANHA AMBIENTAL LANÇADA PELOS FUNCIONÁRIOS DA MIRA PANASONIC



Tendo em vista o desenvolvimento ambiental, uma das prioridades da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável no Rio Janeiro, a Rio + 20, num gesto plausível para colaborar com o meio ambiente, os funcionários da Mirai Panasonic (empresa tradicional do ramo de eletrônicos de Manaus), resolveram dar um basta na utilização de copos plásticos descartáveis e, passaram a utilizar diariamente copos de vidro e canecas de porcelana, evitando, dessa forma, jogar na natureza em torno de 100.000 mil copos de plástico por ano.

Segundo estudiosos, os copos descartáveis demoram de 200 a 450 anos para decompor na natureza, além de sua reciclagem não permitir a geração de outros copos, pois os resíduos são difíceis de serem eliminados.

O consumo de copos plásticos é tão grande que, se forem alinhados todos os copos fabricados em apenas um dia, eles farão um circulo ao redor da Terra – este pequeno gesto dos funcionários da Mirai, com certeza, será um pingo num mar de copos, mas, servirá de exemplo para outras empresas que ainda não aderiram ao programa.

Além desse belo gesto, eles estão colaborando com a direção da empresa, no sentido de adotarem, futuramente, a utilização nas lojas Mirai de sacolas ecológicas, que são retornáveis, fabricadas com tecido 100% naturais, pois não degrada o meio ambiente por serem biodegradáveis – a ideia será utilizar também a nossa juta, com sacolas personalizadas.

Outra ideia a ser implantada, em médio prazo, será a reciclagem de todo o papel utilizado nas impressoras, para confecção de cadernos, com a distribuição para as crianças carentes que moram no bairro da Chapada, local onde está localizada a administração da Mirai.  

Esses pequenos gestos são uma grande contribuição para as futuras gerações. Parabéns aos funcionários da Mirai! A natureza agradece! É isso ai.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

terça-feira, 12 de junho de 2012

O IGARAPÉ DO ESPIRÍTO SANTO


Com a grande cheia do Rio Negro, com as águas chegando ao Relógio Municipal de Manaus, atiçou a curiosidade de muitas pessoas, incluindo os turistas, servindo também de chacota para um grupo de artistas de teatro que, montaram no local, todos os apetrechos utilizados numa praia, com pessoas trajando sungas e biquínis, algumas passando bronzeadores e outras sentadas em cadeiras espreguiçadeiras e usando óculos de sol, pousando para fotografias.

A grande maioria, com certeza, não sabe que as águas do rio estavam apenas voltando mansamente para o local que já fora seu; onde em nome do progresso, os nossos governantes aterraram parte da natureza, pois ali era um grande igarapé.

No local onde hoje funciona o prédio da Alfândega, Porto de Manaus (Rodoway), Obelisco, Relógio Municipal e tantos outros prédios do inicio da Avenida Eduardo Ribeiro, era tomado, na enchente, pelas águas do Rio Negro e, na vazante, passava uma lâmina de água que vinha de alguma fonte – podia se dizer que naquele local era realmente o que o nossos antepassados chamavam de “caminho de canoa” (ygara = canoa e, = caminho).  

Segundo os historiadores, a partir de 1892, os governadores (Eduardo Ribeiro e Ramalho Junior) da época áurea da borracha tentaram agradar as elites, com o deslocamento das pessoas pobres para os locais mais afastados e, o aterramento do Igarapé do Espirito Santo, para dotar o lugar de uma “vitrine” para atrair mão de obra e capital estrangeiro.

Na colagem acima, aparece a Ponte da Imperatriz, em 1880, era onde desembocava o Igarapé do Espirito Santo, muito antes da construção do Rodoway – pode-se observar também, uma pequena ponte no cruzamento da atual Avenida Eduardo Ribeiro e a Sete de Setembro, além da Avenida Eduardo Ribeiro após o aterro do igarapé.


Com a construção da praça que fica ao redor do Relógio Municipal, foram feitas algumas escavações e, para surpresa de poucos felizardos, foi possível visualizar uma galeria onde está um marco da época do aterro do igarapé - o acesso está fechado para os curiosos, mas, alguns historiadores sabem exatamente onde é o local. 

O aterro dos igarapés de Manaus, uma insanidade que ainda paira na mente dos nossos governantes – com certeza, um dia irá acabar, quando a natureza der o troco e, voltar ao seu local de origem – o primeiro a submergir será o Igarapé do Espirito Santo, depois, o Igarapé de Manaus – não serão mais necessários os artistas de teatro fazerem cenas engraçadas, pois, poderão curtir de verdade as belezas dos nossos igarapés.

Devemos ter mais respeito a terceira pessoa da Santíssima Trindade e, ao igarapé que leva o seu nome, o nosso aterrado Igarapé do Espírito Santo. É isso ai.  

VÉSPERA DE SANTO ANTÔNIO

Hoje é véspera de Santo Antônio (O Santo Casamenteiro), dia para comemorar com fogueiras, pau de sebo, quentão e dançar quadrilhas – tudo depende do lugar, na cidade de Manaus praticamente não acontece mais isso, talvez na periferia. Por outro lado, em decorrência de Junho ser um mês muito fraco para o comércio em geral, o publicitário João Dória, teve uma ideia genial para alavancar as vendas, bolou em 1949, o famoso “Dia dos Namorados”, um dia totalmente diferente dos outros países, em que comemoram em 14 de Fevereiro, no dia de “São Valetin” (o padre casamenteiro) que matrimoniava os casais enamorados deste a Roma Antiga. Para unir o útil ao agradável, os casais devem pular a fogueira, tomar um quentão, dançar a quadrilha (olha a cobra ai, é mentira!) e, brincar de pau de sebo até o amanhecer.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

SOCORRO PAPOULA, A GUERREIRA DO AMAZONAS.



Um dos objetivos do BLODOROCHA é destinado a comentar sobre as pessoas que contribuem ou que deixaram algo sólido para nosso engrandecimento social, econômico e cultural – neste particular, nada mais justo do que homenagear a Socorro Papoula, uma figura conhecidíssima nos movimentos sociais do nosso Estado - pois ela está deixando a sua marca de luta pelo bem estar das pessoas mais humildes; pelo trabalho em defesa dos direitos das mulheres, principalmente, das indígenas, prostitutas, negras e todas aquelas que sofrem preconceitos e violências na nossa sociedade – tornou-se também uma das mais participativas na militância partidária, além de ter dado uma enorme contribuição para o teatro, pois nasceu com a veia artística de atriz.

Nasceu em Manaus, capital do Estado do Amazonas, no inicio da década de 60, foi registrada em cartório com o nome de Maria do Socorro Ferreira da Silva, mas, recebeu dos colegas de teatro o nome artístico de Socorro Papoula, a principio, ela não gostou, mas, foi o qual ficou para sempre conhecida por todos os seus familiares, amigos, colegas de trabalho e fãs – sempre foi uma mãezona dos seus filhos e avó exemplar - no vindouro dia 08 de Agosto, ela estará entrando na fase de ouro da idade, será uma grande festa, com certeza.

Segundo o cientista social e médico Rogélio Casado “Em todas as manifestações dos movimentos sociais ocorridos na cidade de Manaus - alguns no interior do estado - em que pude estar presente, lá estava ela: Socorro Papoula; para mim, e para inúmeros companheiros, uma das musas dos movimentos populares. Foi assim, em 1984, quando fotografei a memorável campanha pelas "Diretas Já". Foi assim, em 1989, quando participei da produção do vídeo-documentário "Balbina no país da impunidade", numa manifestação pública no município de São Sebastião do Uatumã, que contou com o saudoso bispo do município de Itacoatiara Dom Jorge Marskell, em que denunciávamos o desastre ecológico provocado pela construção da hidrelétrica de Balbina. Foi assim, por todos os anos 1990, e continua sendo assim nesses anos 2000".

Na condição de coordenadora da Articulação de Mulheres do Amazonas (AMA), fez a seguinte declaração pela descriminalização do aborto Infelizmente, vivemos em um país conservador que discrimina a mulher que faz isso e a trata com preconceito. Muitos homens não se responsabilizam pelos filhos. Essa é uma luta constante e difícil porque lutamos contra as igrejas, mas isso não é caso de religião e sim de saúde pública porque são as mulheres que estão morrendo”, declarou. 

Lutou muito pela efetivação da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), desenvolvendo um trabalho contra a violência da mulher, esclarecendo nas comunidades a referida lei, bem como, monitorando os poderes públicos na sua aplicação.

Trabalha como pedagoga na Secretaria Municipal do Trabalho e Desenvolvimento Social (SEMTRAD), lutou muito em prol do desenvolvimento da Comunidade Nossa Senhora de Fátima, onde foi instalada na Cooperativa Rural, uma câmara frigorífica com capacidade de armazenamento de 40 toneladas de polpas de frutas, para serem consumidas nas escolas municipais e, futuramente, pelos trabalhadores do Polo Industrial de Manaus.

Ela é muito conhecida na Comunidade Rural do Pau Rosa, situada no KM 21 da Estrada BR-174, em decorrência do seu empenho juntamente com outros técnicos da Prefeitura de Manaus, pelo trabalho social e de apoio aos produtores rurais – graças a esse trabalho, quase toda a produção dos produtos regionais é vendida diretamente aos consumidores na Feira da SEPROR, no Parque de Exposições Agropecuárias.

A nossa guerreira Papoula foi uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), sendo uma militante de tempo integral – ainda não chegou a disputar a vereança, apesar de ter declinado várias vezes aos pedidos dos seus pares, o que não foi muito bom para a nossa cidade, pois teríamos, com certeza, uma grande vereadora.

Por ser uma atriz de renome, chegou a ser duas vezes presidente e vice-presidente da Federação de Teatro do Amazonas (FETAM). Participou, recentemente, das filmagens do longa-metragem “A Floresta de Jonathas”, um drama de 98min, rodado em locações rurais e ambientes de florestas próximas a Manaus, com a personagem de “Mãe do Jonathas”. Está um pouco afastada dos palcos em decorrência de suas inúmeras atividades nos movimentos sociais e profissionais.

Tem mais, ela é Vascaína roxa, inclusive fez questão de morar na Rua Vasco da Gama, no bairro da Compensa. Adora conversar com os amigos nos botecos tradicionais de Manaus, com maior frequência no Bar Caldeira, Bar do Armando e ET Bar, sendo frequentadora assídua da BICA. Não perde os eventos do Tacacá na Bossa, dos Festivais de Ópera, Música, Filme e Teatro. Ainda possui tempo para participar dos eventos dos movimentos sociais “Projeto Jaraqui” e “SOS Encontro das Águas”, além de fazer visitas de lazer às comunidades “Vila de Paricatuba”, “Nossa Senhora de Fátima”, “Vila Felicidade” e “Pau Rosa”.

Somente por ser uma guerreira, trouxe para si tantas atividades, todas voltadas para o bem estar social, econômico e cultural do nosso Estado. Viva a Papoula, a guerreira do Amazonas! É isso ai.


Fotocolagem:                                      J Martins Rocha
Fotografia principal e da preto e branco: Rogélio Casado

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A ROTUNDA DA PRAÇA DA POLÍCIA



Ao abrir o álbum de família, fiquei a observar atentamente uma fotografia em preto e branco, acredito que deva ser do início da década de quarenta, onde aparece a minha mãezinha ainda muito jovem, sentada num dos degraus da imponente Rotunda da Praça da Polícia – aproveitei o feriado de Corpus Christis para visitar e admirar esse importante monumento - tirei fotografias e, sentei exatamente no mesmo local onde a minha genitora esteve setenta anos atrás.

Passei milhares e milhares de vezes por aquele local, porém, nunca tinha antes parado para admirar e pensar sobre a importância daquela construção, mas, sempre existe o primeiro dia.

Mas, afinal, o que é uma Rotunda? Segundo os especialistas, o nome vem do latim rotundus, significando “redonda”, ou seja, em arquitetura é uma construção circular terminada em cúpula – as mais famosas são a Rotunda do Capitólio dos Estados Unidos e o Panteão de Roma, possui um grande valor histórico e arquitetônico - muitas igrejas dos séculos 9-11 foram construídas dessa forma.

E qual a sua utilidade numa praça? Por ser redonda, com uma visão de 360 graus, ela é própria para alguém fazer um discurso, mandar uma mensagem para todos aqueles que estão naquele ambiente – serve também para as pessoas sentarem, baterem papo ou se abrigarem do sol ou da chuva, além de ser um elemento que dar um charme todo especial a praça.

E a nossa Rotunda Baré? De acordo com os nossos cronistas, a sua construção foi no governo municipal do José Francisco Araújo Lima (1924-1924 e 1926-1929), fica na Praça Heliodoro Balbi, antiga Praça da Polícia, possui cinco degraus, quatro colunas e uma belíssima cúpula, passou, recentemente, por uma grande reforma.


Segundo o poeta e escritor amazonense Rogel Samuel "A nossa Rotunda é uma cópia do Temple de l´Amour (Templo do Amor), dos Jardins de Versailles, France. É possível comparar com as imagens acionando o Google".

Este bonito espaço, permaneceu durante muitos anos sem ser utilizado, ficando bastante ociosa, servindo apenas de banco e de abrigo, isso refletia que o povo estava acomodado, aceitando passivamente os desmando dos governos municipal e estadual, além de engolir sem reclamar da roubalheira e da atuação pífia da maioria dos políticos amazonenses.

No ano de 2012 a nossa Rotunda voltou a brilhar, a ser utilizando para os fins em que foi construída: para o povo discutir sobre o seu destino, da administração da pólis e da atuação dos nossos representantes no parlamento.


Eis que ressurge das cinzas o “Projeto Jaraqui”, sob a batuta do antropólogo Aldemir Ramos – com reuniões todos os sábados de manhã, onde todos têm vez e  voz para falar livremente sobre um tema previamente acordado - É a Rotunda da Praça da Polícia servindo novamente ao povo de Manaus. É isso ai.


Fotografia: J Martins Rocha

quarta-feira, 6 de junho de 2012

BLOGDOROCHA: VIAGEM DE BARCO COM UM JAPONÊS PARA ASSISTIR AO FE...

SERIE REPLY
BLOGDOROCHA: VIAGEM DE BARCO COM UM JAPONÊS PARA ASSISTIR AO FE...: Para falar a verdade, já perdi a conta das vezes em que fui a Parintins, todas, sem exceção, para brincar de boi-bumbá, com a viagem sempre...

PEDALA MANAUS



Numa noite de sexta-feira, presenciei um grupo de jovens no Parque dos Bilhares, numa concentração para um grande passeio de bicicletas pela nossa cidade, senti uma alegria imensurável, pois aquilo era um resgate de um esporte que estava esquecido faz bastante tempo – talvez eles estejam cansados da poluição dos automóveis, do trânsito infernal e dos longos engarrafamentos - o carro e a moto não são mais as estrelas principais, apesar de ainda ser objeto de desejo para muitas pessoas.
Os tempos estão mudando, os jovens estão descobrindo que, pedalar numa bike faz bem para a saúde, não polui o meio ambiente, o passeio é mais gostoso, cria mais contado com outras pessoas, aumentando o circulo de amizades, desperta a valorização do meio ambiente, aumenta a autoestima e o amor pela sua cidade.
O nome deriva-se do latim bi (dois) e do grego kyklos (rodas) e adaptado ao castelhano bicicleta – os primeiros desenhos foram feitos pelo genial Leonardo da Vinci, inclusive já previa um sistema básico de transmissão por corrente – no entanto, somente em 1790, quando o Conde de Sivrac, da Franca, idealizou uma primitiva de duas rodas ligadas por um ponte de madeira e acionada por impulso alternado dos pés sobre o chão.
Retrocedendo um pouco ao passado, quando existiam poucos automóveis na cidade de Manaus, a bicicleta era um objeto de desejo para as crianças e os jovens da minha geração, as motocicletas ficavam em outro plano, pois eram importadas e caríssimas.
Lembro-me da primeira bike, aquela do “pé duro” (sem marchas); das pedaladas até a Ponta Negra, Porto da Ceasa e Careiro da Várzea e, dos passeios pelo Tarumã com o meu filho mais velho, o Alexandre Soares – até um pouco tempo atrás ainda me atrevia a passear aos domingos e feriados, mas, com toda essa empolgação que toma conta da cidade, acho que vou voltar para a minha "Caloi" - o coroa aqui vai comprar uma novinha em folha e se enturmar com os mais jovens – se não tiver mais pique, irei comprar aquela importada lá China, uma engenhoca mais feia que um processo, mas é toda elétrica, própria para os velhos barrigudos e fora de forma.
Os jovens estão formando vários grupos, utilizam as redes sociais para marcarem os encontros, alguns gostam de sair na madrugada e, pedalar pela Avenida do Turismo e Ponta Negra – a grande reclamação é o desrespeito dos motoristas e da falta de ciclovias na cidade.
O novo projeto do PROSAMIM que prevê a desapropriação de milhares de residências dos bairros de São Jorge, Gloria e São Raimundo, consta a construção de ciclovias saindo dos fundos do Parque dos Bilhares (bairro de São Jorge) até um mirante do Rio Negro, no bairro de São Raimundo, vai ser um paraíso para os fãs da “magrelinha”.
Por falar em ciclovia, a grande pedida é passear aos domingos na Nova Ponta Negra, pois fica interditado um imenso trecho para a prática de desportos – qualquer um dia desses boio por lá com a minha “bici” para o "Pedala Manaus". É isso ai. 

terça-feira, 5 de junho de 2012

BLOGDOROCHA: RELÓGIO MUNICIPAL DE MANAUS

SERIE REPLAY
BLOGDOROCHA: RELÓGIO MUNICIPAL DE MANAUS: Foi inaugurado em 1927, na administração do prefeito nomeado José Francisco de Araújo Lima (autor de Amazônia – A Terra e o Homem...

sábado, 2 de junho de 2012

VAZANTES & CHEIAS DO RIO NEGRO



Dizem que todo recorde é para ser quebrado um dia, isto aconteceu com a vazante e a cheia do Rio Negro, provocando problemas de toda ordem para os moradores das cidades banhadas por este rio – ainda não sabemos explicar muito bem este fenômeno, mas, acredita-se que a natureza está dando o troco por ter sido sistematicamente agredida – no próximo dia 05 do corrente o Brasil será a sede do “Dia Mundial do Meio Ambiente” e, será de bom alvitre refletirmos um pouco mais sobre o que acontecendo com o nosso Rio Negro.  

A cheia de 1953 foi de 29,69m, permaneceu durante 56 anos com a maior marca, porém, foi superada em 2009, chegando aos 29,77m e, no curto espeço de três anos, em 2012 ultrapassando a barreira dos trinta metros.

Por outro lado, a maior marca da vazante foi no ano de 1963, alcançando 13,64 metros e, em 2010, depois de 47 anos, o recorde foi quebrado, chegando aos 13,63 m.


O que mais chama a atenção são os recordes quebrados em apenas dois anos, ou seja, a maior cheia em 2012 e a maior seca em 2010.


Nas fotografias da grande cheia de 1953, mostram algumas pessoas passeando de botes ao redor do prédio da Alfândega, era um lazer para as famílias, enquanto nas de 2012, as pessoas evitam tocar nas águas, pois exala um fedor horrível, constituindo-se num esgoto a céu aberto - na foto da vazante, mostra parte do Porto de Manaus (Rodoway), aparecendo ao fundo o Navio Justo Chermont, encalhado totalmente.   

Os técnicos ainda não tem um estudo completo sobre estes fenômenos, mas, uma coisa é certa: caso persistirem os recordes nos próximos anos, com cheias e secas cada vez maiores, a mãe natureza estará dando apenas um aviso do que poderá vir num futuro próximo, com a destruição do homem por ter destruído, sistematicamente, a própria natureza. É isso ai.


Fotografias: Primeira e segunda: J Martins Rocha - Terceira: blog do Bau Velho - Quarta: Portaldoholanda.