sábado, 30 de junho de 2012
BLOGDOROCHA: BOIUNA, A COBRA GRANDE DA AMAZÔNIA.
BLOGDOROCHA: BOIUNA, A COBRA GRANDE DA AMAZÔNIA.: A palavra “boiuna” vem do tupi (boídeos = família de grandes ofídios escamados, que matam as presas por constrição / una = preto), si...
sexta-feira, 29 de junho de 2012
BLOGDOROCHA: SEVERIANO MÁRIO PORTO, UM ARQUITETO MODERNO.
BLOGDOROCHA: SEVERIANO MÁRIO PORTO, UM ARQUITETO MODERNO.: S egundo o professor de Arquitetura Marcos Paulo Cereto, da ULBRA e UNIP/Manaus, o nosso homenageado de hoje possui a seguinte biograf...
quarta-feira, 27 de junho de 2012
BLOGDOROCHA: JORNAL DO COMMERCIO DE MANAUS
BLOGDOROCHA: JORNAL DO COMMERCIO DE MANAUS: Este é um jornal centenário, foi fundado por inspiração do J. Rocha dos Santos (nome dado a uma Rua de Manaus), no dia 02 de Janeiro de 1904...
VIAGEM DE BARCO A PARINTINS
A dita “Manaus Moderna”, é um local de
atracação da maioria dos barcos que partirão para Parintins, com saídas previstas para hoje e amanhã.
Alguns são construídos em ferro, é o caso
do Catamarã Rondônia e do Amazonas, com saída às quatro horas da tarde de quarta
e quinta-feira respectivamente, estes barcos oferecem mais conforto e
segurança, itens não muito levados à sério pelos proprietários dos barcos
regionais, feitos de madeira, na sua grande maioria.
Todos os barcos terão uma fiscalização
muito rígida por parte da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental, os militares
estarão com postos de fiscalização em Manaus, Itacoatiara e Parintins, além de
contarem com navios, lanchas e até helicópteros da Marinha do Brasil.
Quem não se adequar, vai dançar embaixo
do boi! A viagem dura à noite toda, ao som de forró/brega/boi, além de muita
gelada no gogó; bem cedo da manhã sempre é servido um café regional.
Depois, vale à pena ficar contemplando a
nossa Amazônia, com 98% das nossas florestas preservadas, além do majestoso Rio
Amazonas, o maior rio do planeta Terra.
O comandante do barco vai mandar colocar
na velocidade máxima, pois, eles não vão querer servir o almoço para a
“cobocada”, com a previsão da chegada em Parintins para antes do meio-dia.
Os grandes barcos ficam ancorados no
novo Porto de Parintins, reformado no ano passado, pelo então Ministro dos
Transportes Alfredo Nascimento, ele injetou a bagatela de R$ 9,3 milhões para
aumentar a sua capacidade de atracação e elevação do piso, pois a estrutura
anterior foi para o fundo na enchente de 2009, os parintinenses chamavam
de “Porto de Submarino”, é mole!
Este ano não levarei a minha bandeira, ou
seja, não irei a Parintins, ficarei na saudade, quem sabe no próximo ano, o
jeito será assistir a transmissão pela TV Bandeirantes (caso eles decidam transmitir ao vivo!).
Para os que forem, aproveitem os três
dias na ilha, pois lá existem inúmeras opções de lazer durante o dia, como
passear de triciclo e moto-taxi; detonar várias “caldeiradas de Bodó”; visitar a
Catedral de Nossa Senhora do Carmo; frequentar os Curais dos Bois Caprichoso e
Garantido; passear de barco no Lago Macurany, balneários do Canta Galo e Final
da Ilha; tirar fotos da beleza dos prédios antigos e, apreciar as cunhãs-porungas
(as mulheres mais bonitas) da cidade.
Conheço várias pessoas dita “intelectual”, possuidora de um ódio mortal dessa manifestação popular; os argumentos são diversos: alegam a carnavalização do evento, uso indevido da cultura indígena, alem da não representação fiel da nossa cultura. Respeito à opinião de todos, mas não embarco nesta onda, aliás, embarco mesmo é para Parintins, quando dá. É isso ai.
BLOGDOROCHA: A INFLUÊNCIA DA LUA CHEIA
BLOGDOROCHA: A INFLUÊNCIA DA LUA CHEIA: Uma das fases mais exuberantes do nosso satélite natural é a Lua Cheia, quando a sua face aparece totalmente visível – inspirando e influenc...
terça-feira, 26 de junho de 2012
BLOGDOROCHA: SOMOS OU NÃO POLIGLOTAS?
BLOGDOROCHA: SOMOS OU NÃO POLIGLOTAS?: Confesso que estou em dúvidas sobre qual é o nosso idioma, todos nós sabemos que o oficial é a língua portuguesa, oficiosamente, falamos mui...
BLOGDOROCHA: MARINA DO DAVI
BLOGDOROCHA: MARINA DO DAVI: Para as pessoas que não conhecem a Marina do Davi, este é um local estratégico para a mobilidade intermodal na cidade. É um dos pri...
segunda-feira, 25 de junho de 2012
BLOGDOROCHA: FILOSOFANDO COM O EMBOÁ
BLOGDOROCHA: FILOSOFANDO COM O EMBOÁ: Manhã chuvosa na cidade de Manaus, eu estava “no trono”, naquela posição da estátua “O Pensador”, do Augusto Rodin, pensando na “obra” qu...
O TÁXI
O autor Rogel Samuel cita numa das
passagens do seu livro romance “Teatro Amazonas” que, em 1900, em Manaus, um
dos personagens pega um “táxi” e, ordena que o motorista siga até a Praça de
São Sebastião – ora, sabemos que este termo foi utilizado a partir do momento
da criação do taxímetro (taxar, o preço, pela medida) e, este foi criado no início
do século XIX, pelo alemão Wilhelm Bruhn, portanto, faz sentido, mesmo sabendo
que em Manaus não se utilizava este termo naquela época - o livro não é de pura
história, mas, um romance, sendo assim, o autor pode narrar da forma que lhe
convier a sua criatividade.
Por falar em “Táxi”, os historiadores escrevem
que este tipo de serviço de transportar qualquer pessoa que o solicite é quase
tão antigo quanto a civilização – começou com o “Riquexó”, um carro de duas rodas e
puxado por um só homem, era exclusivo das elites.
Na Roma antiga, circulavam as “Liteiras”
transportadas por dois ou quatro escravos que levavam quem quer que os
solicitasse, desde que pagasse um preço previamente estipulado pelo seu amo –
eram os “taxis” romanos.
Na Idade Média, o transporte de pessoas era
realizado por carruagens de tração animal, sendo melhoradas no Renascimento,
depois, surgiu em Londres, o “Hachney”, a primeira carruagem de aluguel – em Paris,
eram os “Corbillards” e depois os “Sociables”; na Alemanha, os inovadores “Landau”;
na Inglaterra, os “Tribury”, finalmente, chegamos ao “Taxi”, um modo de transporte
público, com rota preestabelecida, tarifa alta em relação ao transporte de
massa.
Nos serviços de táxi utiliza-se geralmente
o taxímetro, um aparelho que calcula a tarifa a partir do somatório da “bandeirada”
(valor inicial) com a tarifa métrica [bandeira 1 (normal) ou 2 (ex. horário noturno/Natal)] ou horária (veiculo
em baixa velocidade ou parado).
Existem três segmentos muito comuns:
Pontos de Taxi – é utilizado o sistema
PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai), ou seja, na ordem de chegada ao
ponto de taxi;
Bandeirada – o motorista procura o cliente
nas ruas, alguns são apelidados de “Jacaré” – na realidade, todos os taxistas
utilizam este sistema quando estão “livres”;
Radio Táxi – é um sistema que tem mostrado
ser social e economicamente mais eficiente, onde os motoristas fazem uma
associação, tipo cooperativa, alugam um ponto, comunicando-se via rádio amador.
A utilização da “corrida” ainda é comum em muitas cidades, onde o preço é ajustado entre o motorista e o passageiro, independente do valor do taxímetro, geralmente, fica bem abaixo do preço normal. A corrida é muito utilizada para levar passageiros para os aeroportos e portos.
Em Manaus, a “corrida” ainda é muito utilizada na parte da noite, quando o movimento é bem menor. Existe também um sistema chamado de “Taxi Lotação”, onde o motorista estipula um destino certo, geralmente um bairro próximo do centro e, cobra um valor mínimo por pessoa, quando uma pessoa sai, outra entra para preencher a lotação (4 pessoas).
Alguns motoristas não se enquadram em nenhuma dos segmentos acima, eles fazem o "ponto" geralmente onde existe um grande afluxo de pessoas, fazendo daquele local a sua parada fixa por longos e longos anos, ficam conhecidos pelos moradores, empresários, empregados e frequentadores da área - conheço três deles, um é o Waldery, ele faz ponto no Bar Caldeira, conhece todos os frequentadores do bar, sabe onde moram e trabalham, conhece até as suas famílias, pois ganhou confiança de todos - o outro é o Jesus, um motora que faz ponto nos bares do Armando e Cinco Estrelas, ele é muito prestativo, inclusive faz até corrida para pagar semanalmente e, por último, o Zé Pagodinho, o cara é bom de papo, sendo também muito prestativo.
A utilização da “corrida” ainda é comum em muitas cidades, onde o preço é ajustado entre o motorista e o passageiro, independente do valor do taxímetro, geralmente, fica bem abaixo do preço normal. A corrida é muito utilizada para levar passageiros para os aeroportos e portos.
Em Manaus, a “corrida” ainda é muito utilizada na parte da noite, quando o movimento é bem menor. Existe também um sistema chamado de “Taxi Lotação”, onde o motorista estipula um destino certo, geralmente um bairro próximo do centro e, cobra um valor mínimo por pessoa, quando uma pessoa sai, outra entra para preencher a lotação (4 pessoas).
Alguns motoristas não se enquadram em nenhuma dos segmentos acima, eles fazem o "ponto" geralmente onde existe um grande afluxo de pessoas, fazendo daquele local a sua parada fixa por longos e longos anos, ficam conhecidos pelos moradores, empresários, empregados e frequentadores da área - conheço três deles, um é o Waldery, ele faz ponto no Bar Caldeira, conhece todos os frequentadores do bar, sabe onde moram e trabalham, conhece até as suas famílias, pois ganhou confiança de todos - o outro é o Jesus, um motora que faz ponto nos bares do Armando e Cinco Estrelas, ele é muito prestativo, inclusive faz até corrida para pagar semanalmente e, por último, o Zé Pagodinho, o cara é bom de papo, sendo também muito prestativo.
Um dos filmes que marcou época chamou-se “Taxi
Diver”, segundo a Wikipédia “Travis Bickle (De Niro) é um jovem de 26 anos frustrado e alienado do
meio-oeste dos Estados Unidos, que alega ter sido recentemente dispensado do Corpo de Fuzileiros Navais. Ele
sofre de insônia e consequentemente arranja um emprego como taxista na cidade
de Nova Iorque,
oferecendo-se para trabalhar no turno da madrugada. Travis passa o seu tempo
livre assistindo a filmes pornográficos em cinemas imundos, dirigindo-se sem
rumo pela periferia de Manhattan.
Também observa Nova York de seu táxi e irrompe com violência contra o que julga
ser a escória que contamina a cidade”.
Um
problema sério que acontece em Manaus e, com certeza, existe em outras cidades,
é o sistema de aluguel de carro de taxi. O número de taxis é limitado pela
Prefeitura de Manaus, sendo assim, quem possui a sua placa utiliza para a sua sobrevivência,
porém, muitos deles trabalha durante o dia e, aluga para quem quer tirar o sustento
à noite, no entanto, existem alguns proprietários que possuem centenas de placas e fazem
disso um comércio milionário, na qual o pobre motorista trabalha no aluguel durante
cinco a dez anos e nunca terá a sua própria placa.
Um taxista ao comprar um
carro novo terá um desconto expressivo, pois o governo brasileiro prorrogou até
31 de dezembro de 2014 a isenção do IPI, bem como, os Estados promoveram a
isenção do ICMS – chega até 30%, por exemplo: um modelo Meriva 1.8 Expression,
bastante utilizado pelos taxistas, custa R$ 33.990 para eles. Já o consumidor
comum paga R$ 46.319. Uma diferença de 26,6%. O Zafira Expression 2.0 custa R$
49.900 com as isenções. Se o taxista tivesse que pagar o preço de tabela, iria
para R$ 59.216, um desconto de 15,7%.
Um bom negócio para quem
tem uma placa, sem falar para aqueles que possuem centenas delas (isto é um
maná!).
Infelizmente, a violência
está avançando numa progressão geométrica e, os taxistas estão sendo vitimados diariamente, o que está levando muitos a abandonarem a profissão ou investirem em
segurança, com a instalação de cabines blindadas e outros equipamentos sofisticados. É o taxi do futuro chegando.Táxi, táxi!
Fonte: Wikipédia
Fonte: Wikipédia
sábado, 23 de junho de 2012
TEATRO AMAZONAS, O ROMANCE DO ROGEL SAMUEL
Junte o nosso glorioso
Teatro Amazonas, uma monumental construção no coração da Amazônia; o latino romanicus, a descrição de ações e
sentimentos de personagens fictícios, numa transposição da vida para um plano
artístico e, o consagrado escritor, historiador e poeta amazonense Rogel
Samuel, resultado: um livro gostoso de ler, um passeio romântico sobre o nosso
passado, mostrando os meandros da construção do soberbo TA.
Semana passada, o carteiro
bateu a minha porta e, entregou-me um envelope, dentro dele continha um livro
com a seguinte dedicatória: “Para José Martins Rocha, o grande amigo de Manaus,
e assim, meu irmão de história, com a homenagem do Rogel Sanuel, 2012”.
Quanta honraria, sou
apenas um cara metido a blogueiro, não sou historiador ou pesquisador, mas,
amigo de Manaus, sou com certeza. Quem sabe um dia, quando eu estiver mais maduro
e preparado, possa escrever um livro e, retribuir ao nobre Rogel.
O Rogel é polivalente – amazonense
de Manaus, radicado no Rio, é poeta, escritor, webjornalista, colunista de
Blocos Online, de Entre Textos, doutor em letras, professor aposentado da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, autor de Crítica da Escrita, Manual da
Escrita, Literatura Básica, O que é Teolit?, 120 Poemas, o Amante das Amazonas
e Teatro Amazonas, além de ter escrito centenas de artigos em revistas e
jornais.
Na capa do referido livro,
consta um resumo do romance Teatro Amazonas “é uma obra que conta a história de uma das mais opulentas casas de
espetáculo do País, o Teatro Amazonas, inaugurado em 31 de dezembro de 1896 e,
dentre outras características, redimensiona o papel de Fileto e Thaumaturgo na
história do Amazonas. O livro permite mergulhar em detalhes da Manaus do final
do século XIX e início do século XX. A vida em Manaus era exuberante, elegante
e rica, e bem alegre, já naquela época. Era o início do apogeu de uma sociedade
que enriquecia rapidamente, com a extração da borracha”.
Vamos viajar um pouco no
livro – “Natal de 1900 – “Francisco Ferreira Lima Silva naquela
escura noite vinha subindo a escadaria do impressionante palacete onde morava
Waldemar Scholz e que muitos anos depois foi transformado no Palácio Rio Negro,
sede do Estado do Amazonas. Para o natal só, Sholz convidara para a ceia um
grupo seleto: Lima Silva, o maestro Adelelmo do Nascimento, Antônio Bittencourt
e poucos outros. Era uma escura noite de Natal de 1900, pouco depois da morte
do governador Eduardo Ribeiro, em circunstâncias misteriosas. Eduardo Ribeiro
foi o construtor do Teatro Amazonas. Foi o construtor de Manaus. Quando saiu do
palacete Scholz já de madrugada. Lima Silva foi para a casa de Marinalva. Ela
não estava. Ordenou ao taxi que o levasse a Praça de São Sebastião. Em frente
ao Teatro Amazonas parou e saltou. A igreja já estava fechada e a praça vazia.
Ele sentou-se na escadaria do Teatro. De longe, de bem longe, dos limites da
fímbria do horizonte, apareceu um vento úmido e morno, vindo da floresta, que
passou como um fantasma, uivando nas alamedas do Teatro. Era a morte do Eduardo
Ribeiro. A morte de tudo.”
Parabéns ao Rogel Samuel
pelo excelente livro, com certeza, ele fará muito sucesso na nossa cidade. É
isso ai.
Acesso a página do autor?
http://www.literaturarogelsamuel.blogspot.com.br/
Acesso a página do autor?
sexta-feira, 22 de junho de 2012
quinta-feira, 21 de junho de 2012
A NOVA PRAÇA DO CONGRESSO
A nossa Praça do
Congresso encontra-se fechada para reformas,
conta com a batuta do Robério Braga, Secretário de Cultura do Estado – não conheço
o projeto, mas, presume-se que voltará a ter o traçado original, igualzinho ao
da fotografia antiga, tanto que a Avenida Eduardo Ribeiro voltará a ter duas
mãos, com passagem pelo meio da praça. É isso ai.
terça-feira, 19 de junho de 2012
A PRIMEIRA PONTE - “ONTEM E HOJE”
ONTEM - Segundos os historiadores, ela foi construída em
1896, pelo engenheiro Miguel Ribas, no governo do Eduardo Gonçalves Ribeiro
(1891-1896), com um vão de 230 metros e, tendo recebido o nome de “Ponte
Floriano Peixoto”, uma homenagem ao segundo presidente do Brasil (1891-1894),
um militar que falecera no ano anterior (1895). Quando foi inaugurada, a via pública
chamava-se Rua Municipal. Depois, ficou conhecida como “Ponte Romana I”, em decorrência
de ser construído com pedras, concretos e com arcos na sua estrutura básica, um
belo trabalho aos moldes das pontes construídas pelos antigos romanos. Foi um
projeto urbanístico para ligar as margens opostas do Igarapé de Manaus. No
mesmo ano, o governador mandou construir outra igualzinha, no Igarapé do Bittencourt
(um coronel donos de muitas terras no entorno), recebendo o primeiro nome de “Ponte
Deodoro da Fonseca” (primeiro presidente republicano), depois, ficou conhecido como “Ponte Romana II”. Sem
dúvida, a primeira ponte ficou mais famosa por está bem mais próximo ao
“Palácio Rio Negro”, a sede do governo estadual. Ficou também muito conhecida
em decorrência de abrigar a sede do “Clube do Remo” (antigo Manaus Ruder Klub,
fundados pelos alemães), tinha sua garagem de zinco, com acesso pela “Ponte
Cabral”. Na fotografia antiga, pode-se ver um bonde passando pela ponte, um belo jardim
natural na vazante do rio e pouquíssimas residências.
HOJE – É conhecida como “Primeira Ponte”, em decorrência
de ser a primeira das três pontes existentes naquele lugar. A via atual é a
Avenida Sete de Setembro, uma homenagem a data maior da nossa independência. O
Igarapé de Manaus foi aterrado, passando somente uma lâmina de água pelo local,
pois a nascente ainda está preservada (próximo a TV Cultura). Fizeram dois
parques, o Desembargado Paulo Jacob e o Senador Jefferson Péres. Na fotografia atual, pode-se ver uma parte do segundo parque, com a ponte não mais unindo as duas
margens do igarapé (perdeu esta função em decorrência do aterro), com muitos automóveis
passando por lá (os bondes não circulam mais desde a década de 50) e, aparecendo ao fundo alguns espigões e faculdades. Por incrivel que pareça, a garagem do "Clube do Remo" sobreviveu ao longos dos tempos, está estacionado embaixo da "Ponte de Educandos". Um projeto
chamado PROSAMIM mudou tudo, foram gastos milhões de reais na retirada das
casas e na construção dos parques, infelizmente, estão abandonando aos poucos o que
fora feito com grandes sacrifícios. Passaram mais de cem anos e, apesar de todas as intervenções que fizeram ao longo do tempo, a ponte, tanto ontem, como hoje, permanece muito bonita e charmosa, afinal, ela é a primeira ponte da infância e adolescência da minha geração, a nossa eterna "Primeira Ponte". É isso ai.
domingo, 17 de junho de 2012
A NOSSA QUERIDA PRAIA DA PONTA NEGRA
Frequento esta praia desde
quando eu era um curumim, era levado
pelas mãos do meu saudoso pai, lembro muito bem, era o final da década de
sessenta - o acesso era feito por uma estreita estrada asfaltada, toda sinuosa,
o que provocava muitos acidentes de automóveis e motos – naquela época, a minha
cidade ainda era muito pequena e, aquele lugar era tão longe que as pessoas
falavam que lá era o final do mundo, onde diabo perdeu as botas – depois de
cinquenta anos, volto novamente ao mesmo lugar, para lembrar dos velhos e curtir
os novos tempos. Maravilha!
Lembro-me de vários
momentos bons em que passei nesta praia - gostava de almoçar com a minha
família num grande restaurante de “chapéu de palha”, pertencia ao Senhor Milton,
um amigo do meu velho – a pedida era sempre a mesma: filé com fritas. Beleza!
Certa vez, ainda muito
jovem, sofri um sério acidente, dei um mergulho na Prainha e, bati a minha
cabeça numa grande pedra, a minha sorte foi que não desmaiei, mas, abriu um rombo
no meu couro cabeludo,fiquei banhado de sangue e, fui levado de táxi para o
pronto socorro do Hospital da Santa Casa de Misericórdia. Que sufoco!
Quando eu tinha meus vinte e
poucos anos de idade, comprei o meu primeiro carro, um fusquinha 75, ai foi graça
pro cabocão aqui, unia o útil ao agradável, à noite, levava as gatinhas
para tomarmos banho pelados na praia – depois, comecei a namorar sério, acompanhava a amada nos passeios e, curtíamos as belezas do lugar. Tempo Bom!
O tempo passou, estava
casado e tinha três filhos, vez e outra, levava os meus guris para curtirem a
praia e ao nosso majestoso Rio Negro. Durante muitos anos levei a minha família
para passar o réveillon na praia, passávamos a noite por lá, voltando
somente no raiar do dia. Porreta!
Os meus filhos cresceram,
cada um pegou o seu beco, mas, continuava a frequentar a praia, sozinho ou com
os amigos – presenciei muitas reformas no seu entorno, como também a sua destruição
– passei um ano sem passar por lá, pois estava bastante abandonada pelo poder
público, com a praia servindo de esgoto para os bacanas que começaram a morar
de frente para o rio.
Finalmente, a praia foi
fechada para reformas, sendo aberta parte dela no final do ano passado. Voltei
a frequentar o calçadão, para passear com os meus filhos, nora e dois netos. Tá
ficando bom novamente!
O meu negócio mesmo é
tomar banho no Rio Negro, pois bem, depois de alguns anos, voltei para a minha
praia querida, curti de montão, pode ver as fotografias, o local está uma
maravilha, não sei até quando, tudo depende da educação ambiental do povo, acho
que a grande maioria já está se mancando e tendo mais cuidado com natureza e dos
equipamentos urbanos. Podes crê!
No próximo sábado, levarei
bem cedinho a minha netinha, a caboquinha Maria Eduarda, de apenas de três
aninhos incompletos, para pisar na praia pela primeira vez. Olha a nova geração
chegando ai, gente!
Por falar em geração, a minha
está passando, a dos meus filhos está no auge e, agora inicia a da minha neta -
todos curtiram, curtem e curtirão a nossa querida Praia da Ponte Negra. É isso
ai.
sábado, 16 de junho de 2012
ENQUANTO ACONTECE A RIO +20 SEMMAS AUTORIZA A EMPRESA CONCRECICLE A DESMATAR UMA APP EM MANAUS
Enquanto o Brasil sedia a “Rio +20”, um evento para definir
a agenda de desenvolvimento sustentável para as próximas décadas e, o
governador Omar Aziz e seu alto escalão estão no Rio Janeiro para participarem
de diversos eventos e palestras – acontece, em Manaus, conhecida como a capital
da Amazônia, um descarado desmatamento, incluindo uma Área de Proteção
Permanente (APP), nos bairros Puraquequara e Colônia Antônio Aleixo.
O Senhor Marcelo Dutra, Secretário Municipal de Meio
Ambiente, deu a licença para terraplanagem de uma área próxima as margens do
Lago do Aleixo e Igarapé Castanheira, no entanto, a empresa beneficiária, a
Concrecicle - Comércio de Materiais Reciclados, Ltda. – resolveu desmatar uma parte
de uma área protegida por lei federal.
Para quem não sabe, segundo a Wikipédia "uma APP é uma área coberta ou não
por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos,
a paisagem, a estabilidade geologia, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna
e flora, proteger o solo e assegurar o bem-esta das populações humanas".
Muito bem, depois de a referida empresa colocar os
seus tratores e, derrubar centenas de árvores, houve uma denúncia geral por
parte dos moradores daquela área, bem como, do Instituto Amazônico da Cidadania
(IACI) que, protocolou, anteontem, no Ministério Público (MPE) uma ação pública
contra a SEMMAS, por omissão de fiscalização ou acompanhamento da empresa
infratora.
Conforme entrevista no jornal A Critica, edição de
ontem, o titular da Semmas saiu-se com a seguinte pérola “Manaus tem 2 milhões de habitantes e 11 mil quilômetros quadrados.
Seria imbecibilidade imaginar que você daria uma liberação e iria monitorar
como se fosse uma babá colocando um
funcionário físico presente dentro”.
E agora, José? Milhares de pessoas de várias partes do
planeta estão reunidos na “Rio +20”, incluindo o governador, secretários,
senadores e outras autoridades do Amazonas, todos estão falando e discutindo sobre
o meio ambiente e a preservação da Amazônia e, em Manaus, um secretário
responsável pelo meio ambiente, deu uma declaração que autoriza, mas, não é babá de ninguém, ou seja, não tem o dever de fiscalizar o desmatamento! É mole!
Foto: Antônio Lima (jornal A Critica)
sexta-feira, 15 de junho de 2012
CAMPANHA AMBIENTAL LANÇADA PELOS FUNCIONÁRIOS DA MIRA PANASONIC
Tendo em vista o desenvolvimento ambiental, uma das
prioridades da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento
Sustentável no Rio Janeiro, a Rio + 20, num gesto plausível para colaborar com
o meio ambiente, os funcionários da Mirai Panasonic (empresa tradicional do
ramo de eletrônicos de Manaus), resolveram dar um basta na utilização de copos
plásticos descartáveis e, passaram a utilizar diariamente copos de vidro e canecas
de porcelana, evitando, dessa forma, jogar na natureza em torno de 100.000 mil
copos de plástico por ano.
Segundo estudiosos, os copos descartáveis demoram de
200 a 450 anos para decompor na natureza, além de sua reciclagem não permitir a
geração de outros copos, pois os resíduos são difíceis de serem eliminados.
O consumo de copos plásticos é tão grande que, se
forem alinhados todos os copos fabricados em apenas um dia, eles farão um
circulo ao redor da Terra – este pequeno gesto dos funcionários da Mirai, com
certeza, será um pingo num mar de copos, mas, servirá de exemplo para outras
empresas que ainda não aderiram ao programa.
Além desse belo gesto, eles estão colaborando com a
direção da empresa, no sentido de adotarem, futuramente, a utilização nas lojas
Mirai de sacolas ecológicas, que são retornáveis, fabricadas com tecido 100%
naturais, pois não degrada o meio ambiente por serem biodegradáveis – a ideia
será utilizar também a nossa juta, com sacolas personalizadas.
Outra ideia a ser implantada, em médio prazo, será a reciclagem
de todo o papel utilizado nas impressoras, para confecção de cadernos, com a distribuição
para as crianças carentes que moram no bairro da Chapada, local onde está
localizada a administração da Mirai.
Esses pequenos gestos são uma grande contribuição para
as futuras gerações. Parabéns aos funcionários da Mirai! A natureza agradece! É
isso ai.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
VISTA DO RIO NEGRO
Num belo final de tarde na Vila de Paricatuba (Iranduba) tirei esta fotografia do nosso majestoso Rio Negro.
BLOGDOROCHA: BORBA, AMAZONAS - FESTEJOS EM HOMENAGEM A SANTO AN...
BLOGDOROCHA: BORBA, AMAZONAS - FESTEJOS EM HOMENAGEM A SANTO AN...: A Cidade de Borba, interior do Estado do Amazonas, distante 155 km da capital, com uma população de 33 mil habitantes, realiza no período...
terça-feira, 12 de junho de 2012
O IGARAPÉ DO ESPIRÍTO SANTO
Com a grande cheia do Rio Negro, com as águas chegando ao Relógio Municipal de Manaus, atiçou a curiosidade de muitas pessoas, incluindo os turistas, servindo também de chacota para um grupo de artistas de teatro que, montaram no local, todos os apetrechos utilizados numa praia, com pessoas trajando sungas e biquínis, algumas passando bronzeadores e outras sentadas em cadeiras espreguiçadeiras e usando óculos de sol, pousando para fotografias.
A grande maioria, com certeza, não sabe que as águas
do rio estavam apenas voltando mansamente para o local que já fora seu; onde em
nome do progresso, os nossos governantes aterraram parte da natureza, pois ali era
um grande igarapé.
No local onde hoje funciona o prédio da Alfândega, Porto
de Manaus (Rodoway), Obelisco, Relógio Municipal e tantos outros prédios do
inicio da Avenida Eduardo Ribeiro, era tomado, na enchente, pelas águas do Rio
Negro e, na vazante, passava uma lâmina de água que vinha de alguma fonte –
podia se dizer que naquele local era realmente o que o nossos antepassados
chamavam de “caminho de canoa” (ygara
= canoa e, pé = caminho).
Segundo os historiadores, a partir de 1892, os governadores
(Eduardo Ribeiro e Ramalho Junior) da época áurea da borracha tentaram agradar
as elites, com o deslocamento das pessoas pobres para os locais mais afastados
e, o aterramento do Igarapé do Espirito Santo, para dotar o lugar de uma “vitrine”
para atrair mão de obra e capital estrangeiro.
Na colagem acima, aparece a Ponte da Imperatriz, em
1880, era onde desembocava o Igarapé do Espirito Santo, muito antes da
construção do Rodoway – pode-se observar também, uma pequena ponte no
cruzamento da atual Avenida Eduardo Ribeiro e a Sete de Setembro, além da
Avenida Eduardo Ribeiro após o aterro do igarapé.
Com a construção da praça que fica ao redor do Relógio Municipal, foram feitas algumas escavações e, para surpresa de poucos felizardos, foi possível visualizar uma galeria onde está um marco da época do aterro do igarapé - o acesso está fechado para os curiosos, mas, alguns historiadores sabem exatamente onde é o local.
Com a construção da praça que fica ao redor do Relógio Municipal, foram feitas algumas escavações e, para surpresa de poucos felizardos, foi possível visualizar uma galeria onde está um marco da época do aterro do igarapé - o acesso está fechado para os curiosos, mas, alguns historiadores sabem exatamente onde é o local.
O aterro dos igarapés de Manaus, uma insanidade que
ainda paira na mente dos nossos governantes – com certeza, um dia irá acabar,
quando a natureza der o troco e, voltar ao seu local de origem – o primeiro a submergir será o Igarapé do Espirito Santo, depois, o Igarapé de Manaus –
não serão mais necessários os artistas de teatro fazerem cenas engraçadas, pois,
poderão curtir de verdade as belezas dos nossos igarapés.
Devemos ter mais respeito a terceira pessoa da Santíssima
Trindade e, ao igarapé que leva o seu nome, o nosso aterrado Igarapé do Espírito
Santo. É isso ai.
VÉSPERA DE SANTO ANTÔNIO
Hoje é véspera de Santo Antônio (O Santo Casamenteiro), dia para comemorar com fogueiras, pau de sebo, quentão e dançar quadrilhas – tudo depende do lugar, na cidade de Manaus praticamente não acontece mais isso, talvez na periferia. Por outro lado, em decorrência de Junho ser um mês muito fraco para o comércio em geral, o publicitário João Dória, teve uma ideia genial para alavancar as vendas, bolou em 1949, o famoso “Dia dos Namorados”, um dia totalmente diferente dos outros países, em que comemoram em 14 de Fevereiro, no dia de “São Valetin” (o padre casamenteiro) que matrimoniava os casais enamorados deste a Roma Antiga. Para unir o útil ao agradável, os casais devem pular a fogueira, tomar um quentão, dançar a quadrilha (olha a cobra ai, é mentira!) e, brincar de pau de sebo até o amanhecer.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
SOCORRO PAPOULA, A GUERREIRA DO AMAZONAS.
Um dos objetivos do BLODOROCHA é destinado a comentar
sobre as pessoas que contribuem ou que deixaram algo sólido para nosso
engrandecimento social, econômico e cultural – neste particular, nada mais
justo do que homenagear a Socorro Papoula, uma figura conhecidíssima nos
movimentos sociais do nosso Estado - pois ela está deixando a sua marca de luta
pelo bem estar das pessoas mais humildes; pelo trabalho em defesa dos direitos
das mulheres, principalmente, das indígenas, prostitutas, negras e todas
aquelas que sofrem preconceitos e violências na nossa sociedade – tornou-se
também uma das mais participativas na militância partidária, além de ter dado
uma enorme contribuição para o teatro, pois nasceu com a veia artística de
atriz.
Nasceu em Manaus, capital do Estado do Amazonas, no inicio
da década de 60, foi registrada em cartório com o nome de Maria do Socorro
Ferreira da Silva, mas, recebeu dos colegas de teatro o nome artístico de
Socorro Papoula, a principio, ela não gostou, mas, foi o qual ficou para sempre conhecida por todos os seus familiares, amigos,
colegas de trabalho e fãs – sempre foi uma mãezona dos seus filhos e avó exemplar - no vindouro dia 08 de Agosto, ela estará entrando
na fase de ouro da idade, será uma grande festa, com certeza.
Segundo o cientista social e médico Rogélio Casado “Em todas as manifestações dos movimentos
sociais ocorridos na cidade de Manaus - alguns no interior do estado - em que
pude estar presente, lá estava ela: Socorro Papoula; para mim, e para
inúmeros companheiros, uma das musas dos movimentos populares. Foi assim, em 1984,
quando fotografei a memorável campanha pelas "Diretas Já". Foi assim,
em 1989, quando participei da produção do vídeo-documentário "Balbina no
país da impunidade", numa manifestação pública no município de São
Sebastião do Uatumã, que contou com o saudoso bispo do município de Itacoatiara
Dom Jorge Marskell, em que denunciávamos o desastre ecológico provocado pela
construção da hidrelétrica de Balbina. Foi assim, por todos os anos 1990, e
continua sendo assim nesses anos 2000".
Na condição de coordenadora da Articulação de Mulheres
do Amazonas (AMA), fez a seguinte declaração pela descriminalização do aborto “Infelizmente, vivemos em um país conservador que
discrimina a mulher que faz isso e a trata com preconceito. Muitos homens
não se responsabilizam pelos filhos. Essa é uma luta constante e difícil porque
lutamos contra as igrejas, mas isso não é caso de religião e sim de saúde
pública porque são as mulheres que estão morrendo”, declarou.
Lutou muito pela efetivação da Lei Maria da Penha (Lei
nº 11.340/2006), desenvolvendo um trabalho contra a violência da mulher,
esclarecendo nas comunidades a referida lei, bem como, monitorando os poderes
públicos na sua aplicação.
Trabalha como pedagoga na Secretaria Municipal do
Trabalho e Desenvolvimento Social (SEMTRAD), lutou muito em prol do
desenvolvimento da Comunidade Nossa Senhora de Fátima, onde foi instalada na
Cooperativa Rural, uma câmara frigorífica com capacidade de armazenamento de 40
toneladas de polpas de frutas, para serem consumidas nas escolas municipais e,
futuramente, pelos trabalhadores do Polo Industrial de Manaus.
Ela é muito conhecida na Comunidade Rural do Pau Rosa,
situada no KM 21 da Estrada BR-174, em decorrência do seu empenho juntamente
com outros técnicos da Prefeitura de Manaus, pelo trabalho social e de apoio
aos produtores rurais – graças a esse trabalho, quase toda a produção dos produtos regionais é
vendida diretamente aos consumidores na Feira da SEPROR, no Parque de
Exposições Agropecuárias.
A nossa guerreira Papoula foi uma das fundadoras do
Partido dos Trabalhadores (PT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT),
sendo uma militante de tempo integral – ainda não chegou a disputar a
vereança, apesar de ter declinado várias vezes aos pedidos dos seus pares, o
que não foi muito bom para a nossa cidade, pois teríamos, com certeza, uma
grande vereadora.
Por ser uma atriz de renome, chegou a ser duas vezes
presidente e vice-presidente da Federação de Teatro do Amazonas (FETAM).
Participou, recentemente, das filmagens do longa-metragem “A Floresta de
Jonathas”, um drama de 98min, rodado em locações rurais e ambientes de
florestas próximas a Manaus, com a personagem de “Mãe do Jonathas”. Está um
pouco afastada dos palcos em decorrência de suas inúmeras atividades nos
movimentos sociais e profissionais.
Tem mais, ela é Vascaína roxa, inclusive fez questão
de morar na Rua Vasco da Gama, no bairro da Compensa. Adora conversar com os amigos nos botecos
tradicionais de Manaus, com maior frequência no Bar Caldeira, Bar do Armando e
ET Bar, sendo frequentadora assídua da BICA. Não perde os eventos do Tacacá na
Bossa, dos Festivais de Ópera, Música, Filme e Teatro. Ainda possui tempo para
participar dos eventos dos movimentos sociais “Projeto Jaraqui” e “SOS Encontro
das Águas”, além de fazer visitas de lazer às comunidades “Vila de Paricatuba”,
“Nossa Senhora de Fátima”, “Vila Felicidade” e “Pau Rosa”.
Somente por ser uma guerreira, trouxe para si tantas
atividades, todas voltadas para o bem estar social, econômico e cultural do
nosso Estado. Viva a Papoula, a guerreira do Amazonas! É isso ai.
Fotocolagem: J Martins Rocha
Fotografia principal e da preto e branco: Rogélio Casado
Fotocolagem: J Martins Rocha
Fotografia principal e da preto e branco: Rogélio Casado
quinta-feira, 7 de junho de 2012
A ROTUNDA DA PRAÇA DA POLÍCIA
Ao abrir o álbum de
família, fiquei a observar atentamente uma fotografia em preto e branco, acredito
que deva ser do início da década de quarenta, onde aparece a minha mãezinha
ainda muito jovem, sentada num dos degraus da imponente Rotunda da Praça da
Polícia – aproveitei o feriado de Corpus Christis para visitar e admirar esse
importante monumento - tirei fotografias e, sentei exatamente no mesmo local
onde a minha genitora esteve setenta anos atrás.
Passei milhares e milhares
de vezes por aquele local, porém, nunca tinha antes parado para admirar e
pensar sobre a importância daquela construção, mas, sempre existe o primeiro
dia.
Mas, afinal, o que é uma
Rotunda? Segundo os especialistas, o nome vem do latim rotundus, significando “redonda”, ou seja, em arquitetura é uma
construção circular terminada em cúpula – as mais famosas são a Rotunda do
Capitólio dos Estados Unidos e o Panteão de Roma, possui um grande valor
histórico e arquitetônico - muitas igrejas dos séculos 9-11 foram construídas
dessa forma.
E qual a sua utilidade
numa praça? Por ser redonda, com uma visão de 360 graus, ela é própria para alguém
fazer um discurso, mandar uma mensagem para todos aqueles que estão naquele
ambiente – serve também para as pessoas sentarem, baterem papo ou se abrigarem
do sol ou da chuva, além de ser um elemento que dar um charme todo especial a
praça.
E a nossa Rotunda Baré? De
acordo com os nossos cronistas, a sua construção foi no governo municipal do
José Francisco Araújo Lima (1924-1924 e 1926-1929), fica na Praça Heliodoro
Balbi, antiga Praça da Polícia, possui cinco degraus, quatro colunas e uma belíssima
cúpula, passou, recentemente, por uma grande reforma.
Segundo o poeta e escritor amazonense Rogel Samuel "A nossa Rotunda é uma cópia do Temple de l´Amour (Templo do Amor), dos Jardins de Versailles, France. É possível comparar com as imagens acionando o Google".
Este bonito espaço,
permaneceu durante muitos anos sem ser utilizado, ficando bastante ociosa, servindo
apenas de banco e de abrigo, isso refletia que o povo estava acomodado,
aceitando passivamente os desmando dos governos municipal e estadual, além de engolir sem reclamar da roubalheira e da atuação pífia da maioria dos políticos amazonenses.
No ano de 2012 a nossa
Rotunda voltou a brilhar, a ser utilizando para os fins em que foi construída: para
o povo discutir sobre o seu destino, da administração da pólis e da atuação dos nossos representantes no parlamento.
Eis que ressurge das cinzas o “Projeto Jaraqui”, sob a batuta do antropólogo Aldemir Ramos – com reuniões todos os sábados de manhã, onde todos têm vez e voz para falar livremente sobre um tema previamente acordado - É a Rotunda da Praça da Polícia servindo novamente ao povo de Manaus. É isso ai.
Fotografia: J Martins Rocha
Eis que ressurge das cinzas o “Projeto Jaraqui”, sob a batuta do antropólogo Aldemir Ramos – com reuniões todos os sábados de manhã, onde todos têm vez e voz para falar livremente sobre um tema previamente acordado - É a Rotunda da Praça da Polícia servindo novamente ao povo de Manaus. É isso ai.
Fotografia: J Martins Rocha
quarta-feira, 6 de junho de 2012
BLOGDOROCHA: VIAGEM DE BARCO COM UM JAPONÊS PARA ASSISTIR AO FE...
SERIE REPLY
BLOGDOROCHA: VIAGEM DE BARCO COM UM JAPONÊS PARA ASSISTIR AO FE...: Para falar a verdade, já perdi a conta das vezes em que fui a Parintins, todas, sem exceção, para brincar de boi-bumbá, com a viagem sempre...
BLOGDOROCHA: VIAGEM DE BARCO COM UM JAPONÊS PARA ASSISTIR AO FE...: Para falar a verdade, já perdi a conta das vezes em que fui a Parintins, todas, sem exceção, para brincar de boi-bumbá, com a viagem sempre...
PEDALA MANAUS
Numa noite de sexta-feira, presenciei um
grupo de jovens no Parque dos Bilhares, numa concentração para um grande
passeio de bicicletas pela nossa cidade, senti uma alegria imensurável, pois aquilo
era um resgate de um esporte que estava esquecido faz bastante tempo – talvez eles
estejam cansados da poluição dos automóveis, do trânsito infernal e dos longos engarrafamentos
- o carro e a moto não são mais as estrelas principais, apesar de ainda ser
objeto de desejo para muitas pessoas.
Os tempos estão mudando, os jovens estão
descobrindo que, pedalar numa bike
faz bem para a saúde, não polui o meio ambiente, o passeio é mais gostoso, cria
mais contado com outras pessoas, aumentando o circulo de amizades, desperta a
valorização do meio ambiente, aumenta a autoestima e o amor pela sua cidade.
O nome deriva-se do latim bi (dois) e do grego kyklos (rodas) e adaptado ao castelhano bicicleta – os primeiros desenhos foram
feitos pelo genial Leonardo da Vinci, inclusive já previa um sistema básico de
transmissão por corrente – no entanto, somente em 1790, quando o Conde de
Sivrac, da Franca, idealizou uma primitiva de duas rodas ligadas por um ponte
de madeira e acionada por impulso alternado dos pés sobre o chão.
Retrocedendo um pouco ao passado, quando
existiam poucos automóveis na cidade de Manaus, a bicicleta era um objeto de
desejo para as crianças e os jovens da minha geração, as motocicletas ficavam
em outro plano, pois eram importadas e caríssimas.
Lembro-me da primeira bike, aquela do “pé
duro” (sem marchas); das pedaladas até a Ponta Negra, Porto da Ceasa e Careiro
da Várzea e, dos passeios pelo Tarumã com o meu filho mais velho, o Alexandre
Soares – até um pouco tempo atrás ainda me atrevia a passear aos domingos e
feriados, mas, com toda essa empolgação que toma conta da cidade, acho que vou voltar para a minha "Caloi" - o coroa aqui vai comprar uma
novinha em folha e se enturmar com os mais jovens – se não tiver mais pique,
irei comprar aquela importada lá China, uma engenhoca mais feia que um processo, mas é toda elétrica, própria para os
velhos barrigudos e fora de forma.
Os jovens estão formando vários grupos,
utilizam as redes sociais para marcarem os encontros, alguns gostam de sair na
madrugada e, pedalar pela Avenida do Turismo e Ponta Negra – a grande
reclamação é o desrespeito dos motoristas e da falta de ciclovias na cidade.
O novo projeto do PROSAMIM que prevê a desapropriação
de milhares de residências dos bairros de São Jorge, Gloria e São Raimundo,
consta a construção de ciclovias saindo dos fundos do Parque dos Bilhares
(bairro de São Jorge) até um mirante do Rio Negro, no bairro de São Raimundo,
vai ser um paraíso para os fãs da “magrelinha”.
Por falar em ciclovia, a grande pedida é
passear aos domingos na Nova Ponta Negra, pois fica interditado um imenso
trecho para a prática de desportos – qualquer um dia desses boio por lá com a
minha “bici” para o "Pedala Manaus". É isso ai.
terça-feira, 5 de junho de 2012
BLOGDOROCHA: RELÓGIO MUNICIPAL DE MANAUS
SERIE REPLAY
BLOGDOROCHA: RELÓGIO MUNICIPAL DE MANAUS: Foi inaugurado em 1927, na administração do prefeito nomeado José Francisco de Araújo Lima (autor de Amazônia – A Terra e o Homem...
BLOGDOROCHA: RELÓGIO MUNICIPAL DE MANAUS: Foi inaugurado em 1927, na administração do prefeito nomeado José Francisco de Araújo Lima (autor de Amazônia – A Terra e o Homem...
sábado, 2 de junho de 2012
VAZANTES & CHEIAS DO RIO NEGRO
Dizem que todo recorde é para ser quebrado um dia, isto aconteceu com a vazante e a cheia do Rio Negro, provocando problemas de toda ordem para os moradores das cidades banhadas por este rio – ainda não sabemos explicar muito bem este fenômeno, mas, acredita-se que a natureza está dando o troco por ter sido sistematicamente agredida – no próximo dia 05 do corrente o Brasil será a sede do “Dia Mundial do Meio Ambiente” e, será de bom alvitre refletirmos um pouco mais sobre o que acontecendo com o nosso Rio Negro.
A cheia de 1953 foi de 29,69m, permaneceu durante 56 anos com a maior
marca, porém, foi superada em 2009, chegando aos 29,77m e, no curto espeço de
três anos, em 2012 ultrapassando a barreira dos trinta metros.
Por outro lado, a maior marca da vazante foi no ano de 1963, alcançando
13,64 metros e, em 2010, depois de 47 anos, o recorde foi quebrado, chegando aos
13,63 m.
O que mais chama a atenção são os recordes quebrados em apenas dois anos,
ou seja, a maior cheia em 2012 e a maior seca em 2010.
Nas fotografias da grande cheia de 1953, mostram algumas pessoas
passeando de botes ao redor do prédio da Alfândega, era um lazer para as
famílias, enquanto nas de 2012, as pessoas evitam tocar nas águas, pois exala
um fedor horrível, constituindo-se num esgoto a céu aberto - na foto da
vazante, mostra parte do Porto de Manaus (Rodoway), aparecendo ao fundo o Navio
Justo Chermont, encalhado totalmente.
Os técnicos ainda não tem um estudo completo sobre estes fenômenos, mas,
uma coisa é certa: caso persistirem os recordes nos próximos anos, com cheias e
secas cada vez maiores, a mãe natureza estará dando apenas um aviso do que
poderá vir num futuro próximo, com a destruição do homem por ter destruído,
sistematicamente, a própria natureza. É isso ai.
Fotografias: Primeira e segunda: J Martins Rocha - Terceira: blog do Bau Velho - Quarta: Portaldoholanda.
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