domingo, 17 de junho de 2012

A NOSSA QUERIDA PRAIA DA PONTA NEGRA



Frequento esta praia desde quando eu era um curumim, era levado pelas mãos do meu saudoso pai, lembro muito bem, era o final da década de sessenta - o acesso era feito por uma estreita estrada asfaltada, toda sinuosa, o que provocava muitos acidentes de automóveis e motos – naquela época, a minha cidade ainda era muito pequena e, aquele lugar era tão longe que as pessoas falavam que lá era o final do mundo, onde diabo perdeu as botas – depois de cinquenta anos, volto novamente ao mesmo lugar, para lembrar dos velhos e curtir os novos tempos. Maravilha!

Lembro-me de vários momentos bons em que passei nesta praia - gostava de almoçar com a minha família num grande restaurante de “chapéu de palha”, pertencia ao Senhor Milton, um amigo do meu velho – a pedida era sempre a mesma: filé com fritas. Beleza!


Certa vez, ainda muito jovem, sofri um sério acidente, dei um mergulho na Prainha e, bati a minha cabeça numa grande pedra, a minha sorte foi que não desmaiei, mas, abriu um rombo no meu couro cabeludo,fiquei banhado de sangue e, fui levado de táxi para o pronto socorro do Hospital da Santa Casa de Misericórdia. Que sufoco!

Quando eu tinha meus vinte e poucos anos de idade, comprei o meu primeiro carro, um fusquinha 75, ai foi graça pro cabocão aqui, unia o útil ao agradável, à noite, levava as gatinhas para tomarmos banho pelados na praia – depois, comecei a namorar sério, acompanhava a amada nos passeios e, curtíamos as belezas do lugar. Tempo Bom!

O tempo passou, estava casado e tinha três filhos, vez e outra, levava os meus guris para curtirem a praia e ao nosso majestoso Rio Negro. Durante muitos anos levei a minha família para passar o réveillon na praia, passávamos a noite por lá, voltando somente no raiar do dia. Porreta!

Os meus filhos cresceram, cada um pegou o seu beco, mas, continuava a frequentar a praia, sozinho ou com os amigos – presenciei muitas reformas no seu entorno, como também a sua destruição – passei um ano sem passar por lá, pois estava bastante abandonada pelo poder público, com a praia servindo de esgoto para os bacanas que começaram a morar de frente para o rio.

Finalmente, a praia foi fechada para reformas, sendo aberta parte dela no final do ano passado. Voltei a frequentar o calçadão, para passear com os meus filhos, nora e dois netos. Tá ficando bom novamente!

O meu negócio mesmo é tomar banho no Rio Negro, pois bem, depois de alguns anos, voltei para a minha praia querida, curti de montão, pode ver as fotografias, o local está uma maravilha, não sei até quando, tudo depende da educação ambiental do povo, acho que a grande maioria já está se mancando e tendo mais cuidado com natureza e dos equipamentos urbanos. Podes crê! 

No próximo sábado, levarei bem cedinho a minha netinha, a caboquinha Maria Eduarda, de apenas de três aninhos incompletos, para pisar na praia pela primeira vez. Olha a nova geração chegando ai, gente!

Por falar em geração, a minha está passando, a dos meus filhos está no auge e, agora inicia a da minha neta - todos curtiram, curtem e curtirão a nossa querida Praia da Ponte Negra. É isso ai.


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