quarta-feira, 6 de junho de 2012

PEDALA MANAUS



Numa noite de sexta-feira, presenciei um grupo de jovens no Parque dos Bilhares, numa concentração para um grande passeio de bicicletas pela nossa cidade, senti uma alegria imensurável, pois aquilo era um resgate de um esporte que estava esquecido faz bastante tempo – talvez eles estejam cansados da poluição dos automóveis, do trânsito infernal e dos longos engarrafamentos - o carro e a moto não são mais as estrelas principais, apesar de ainda ser objeto de desejo para muitas pessoas.
Os tempos estão mudando, os jovens estão descobrindo que, pedalar numa bike faz bem para a saúde, não polui o meio ambiente, o passeio é mais gostoso, cria mais contado com outras pessoas, aumentando o circulo de amizades, desperta a valorização do meio ambiente, aumenta a autoestima e o amor pela sua cidade.
O nome deriva-se do latim bi (dois) e do grego kyklos (rodas) e adaptado ao castelhano bicicleta – os primeiros desenhos foram feitos pelo genial Leonardo da Vinci, inclusive já previa um sistema básico de transmissão por corrente – no entanto, somente em 1790, quando o Conde de Sivrac, da Franca, idealizou uma primitiva de duas rodas ligadas por um ponte de madeira e acionada por impulso alternado dos pés sobre o chão.
Retrocedendo um pouco ao passado, quando existiam poucos automóveis na cidade de Manaus, a bicicleta era um objeto de desejo para as crianças e os jovens da minha geração, as motocicletas ficavam em outro plano, pois eram importadas e caríssimas.
Lembro-me da primeira bike, aquela do “pé duro” (sem marchas); das pedaladas até a Ponta Negra, Porto da Ceasa e Careiro da Várzea e, dos passeios pelo Tarumã com o meu filho mais velho, o Alexandre Soares – até um pouco tempo atrás ainda me atrevia a passear aos domingos e feriados, mas, com toda essa empolgação que toma conta da cidade, acho que vou voltar para a minha "Caloi" - o coroa aqui vai comprar uma novinha em folha e se enturmar com os mais jovens – se não tiver mais pique, irei comprar aquela importada lá China, uma engenhoca mais feia que um processo, mas é toda elétrica, própria para os velhos barrigudos e fora de forma.
Os jovens estão formando vários grupos, utilizam as redes sociais para marcarem os encontros, alguns gostam de sair na madrugada e, pedalar pela Avenida do Turismo e Ponta Negra – a grande reclamação é o desrespeito dos motoristas e da falta de ciclovias na cidade.
O novo projeto do PROSAMIM que prevê a desapropriação de milhares de residências dos bairros de São Jorge, Gloria e São Raimundo, consta a construção de ciclovias saindo dos fundos do Parque dos Bilhares (bairro de São Jorge) até um mirante do Rio Negro, no bairro de São Raimundo, vai ser um paraíso para os fãs da “magrelinha”.
Por falar em ciclovia, a grande pedida é passear aos domingos na Nova Ponta Negra, pois fica interditado um imenso trecho para a prática de desportos – qualquer um dia desses boio por lá com a minha “bici” para o "Pedala Manaus". É isso ai. 

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