segunda-feira, 28 de abril de 2014

O RÁDIO A VÁLVULAS


O aparelho de radiodifusão, o popular rádio, foi uns dos meios de comunicação que fez muito sucesso em décadas passadas, pois era o único meio de entretenimento da população de Manaus - era a válvulas (em torno de cinco) um dispositivo elétrico antecessor dos circuitos elétricos (CI) e, levavam um bom tempo para “esquentar” (conhecido como rabo quente) quando era ligado, o que demandava um pouco de paciência do caboco para poder ouvir a sua emissora e o programa radiofônico preferido.

Um das lojas especializadas em revenda desses aparelhos era a loja Benchimol e Irmãos Ltda. (atual Lojas Bemol) – eles dispunham de todos os tamanhos, porém, o mais desejado era o da marca General Eletric (GE), tinha um nome bonito “Rádio-Transistor de Mesa Espacial G-E”, com um som de ótima qualidade, sem aquele famoso “chiado”, funcionando com energia elétrica ou a pilhas (geralmente com seis pilhas de lanterna), dando para ouvir por uns quinze dias.

O gabinete (o invólucro, a parte externa) era bem trabalhado, com uma beleza de acabamento sem igual, era uma verdadeira “obra de arte” - geralmente juntavam partes de madeira, aço inoxidável, telas e plástico – tinha três botões, para ligar e desligar, sintonizador (somente existia a AM) e de tom (grave e agudo), além de uma antena de quadro (ficava na parte traseira, de madeira enrolado numa bobina em forma de quadro).

Esses rádios eram tão bonitos que, hoje, são ainda disputados pelos colecionadores dessas relíquias – os fabricantes possuíam todo um zelo e bom gosto no acabamento desses aparelhos, pois além da sua funcionalidade, fazia parte da decoração da sala de estar da casa do consumidor.

A nossa família possuía um desses, ele passava de segunda a sábado na oficina de violões do meu saudoso pai, o luthier Rochinha – aos domingos ficava em nossa casa, para o deleite da família “nas ondas do rádio” – era grande e pesado, do tamanho de um aparelho antigo de TV de 20 polegadas.

Quando dava problema, as pessoas certas para consertá-lo eram dois amigos da nossa família, o português Olavo, ele trabalhou durante anos para o dono da TV Lar - o outro, era o Senhor Anubio (conhecido pelo apelido de Caçapa), um rádio técnico dos mais respeitados de Manaus, ele possuía uma oficina no centro da cidade e, trabalhou no ramo até se aposentar, na Rua Tapajós. Até hoje falo com ele, pois é meu vizinho, inclusive, tenho uma válvula que ganhei para poder lembrar os antigos rádios.

Quem conhece muito bem a história do nosso “rádio a válvulas” é o meu irmão mais velho, o Contador Rocha Filho:

“O rádio era estrangeiro, mas não lembro a marca. Foi comprado de um Diretor da Associação Comercial que não me recordo o nome, ainda na oficina do flutuante na Rua Igarapé de Manaus, pois o rádio que ele possuía não pegava a Rádio Globo, do Rio de Janeiro, nem a rádio Tupy e dos Diários Associados, se não me engano de Recife, que eram as melhores da época. Depois da transação o velho aumentou a caixa de madeira e os auto-falantes, deixando o mesmo com uma nitidez muito boa, embora sintonizado nas rádios de fora do Amazonas. Quando ligava o rádio, demorava uns 5 minutos para entrar no ar, pois era à válvulas, que hoje não existem mais.

Os programas preferidos do velho eram os musicais da época (boleros e sambas canção), notícias pela manhã (muito cedo), Cidade Contra o Crime e o repórter Esso da Rádio Globo. Às 17 horas todo mundo ouvia as novelas radiofônicas, e ia muita gente para a Oficina, principalmente  as mulheres, para acompanhar as grandes novelas da época.

Quando tinha jogo no Rio de Janeiro, tipo FLA x FLU ou Botafogo do Mané Garrincha já na década de 60 (sessenta) eu sintonizava na Rádio Globo, mas o velho desligava, pois não gostava de futebol.

O rádio ainda foi para a Oficina da Huascar de figueiredo, no porão do Sr. Bríngel, depois de alguns anos desapareceu, porém não sei se parou de funcionar de vez, ou se o velho vendeu para alguém, pois o mesmo era muito cobiçado pelas pessoas”.


Os rádios a válvulas ainda podem ser encontrados nos sites de venda, alguns deles chegam a valer mais de mil reais, o preço de um “Home Theater” de qualidade. Por serem bonitos, dando um aspecto retrô ao ambiente e, por lembrar o nosso passado, eles ainda estão na moda! É isso ai.

Foto: Rocha - jornal antigo, comercial da década de 60, acervo da Biblioteca Pública do Amazonas.

ARTISTA PLÁSTICO JORGE PALHETA

BLOGDOROCHA: ARTISTA PLÁSTICO JORGE PALHETA: Conheci o Palheta no Bar do Armando, faz uma década; tive o privilegio de conhecer dezenas de trabalhos realizados pelo grande art...

sábado, 26 de abril de 2014

SAUDADES DO MEU AMIGO RODRIGO - O CARIOCA CABOCLO DE MANAUS


Nasceu na cidade de Três Rios, interior do Rio de Janeiro (alguns falam que foi na Paraíba), veio para um acaso para Manaus e, fixou residência na nossa cidade, ficou aqui por 35 anos, tornou-se um carioca caboclo.



Bem novinho foi morar no bairro da Lapa, reduto dos boêmios cariocas, próximo ao Arcos da Lapa (aqueduto do Brasil colonial e serviu como via para os bondinhos que subiam o Morro de Santa Teresa).



O Rodrigo possuía um “gogó de ouro”, cantava e encantava, caso tivesse ficado no Rio, seria reconhecido nacionalmente, em decorrência do seu excepcional talento musical – foi criado junto com os amantes da vida noturna, bem no meio dos intelectuais, políticos e músicos – a sua praia era o samba, curtiu muito os Bares cariocas como o Belmonte, Taberna e Buteko do Juca, Antonio´s e Arcos Irís.

Ele era apaixonado pelo Flamengo, a cerveja Brahma e pela Escola de Samba Mangueira – a sua marca registrada era a “Exaltação à Mangueira”, um samba/carnaval, criado em 1956 por Enéas Brites e Aluísio Costa – tornou-se um hino - quando o Rodrigo canta os primeiros refrões, todos ficavam em silêncio para ouvi-lo: 

“Mangueira teu cenário é uma beleza
Que a natureza criou, ô...ô...
O morro com teus barracões de zinco,
Quando amanhece, que esplendor,
Todo o mundo te conhece ao longe,
Pelo som teus tamborins
E o rufar do teu tambor, Chegou, ô... ô...
A mangueira chegou, ô... ô...”

Sempre foi um frágil no amor, ficava logo apaixonado, certa vez arranjou uma nega velha, ela estava afim de segurar o Rodrigo – fez altos investimentos em bebidas, montou um Bar no AP e o convidou para comemorar o evento:

- Meu amor, olha que lindo bar que eu mandei construir somente para você, aqui tem todo tipo de bebidas, gastei uma grana, não quero mais ver você nos bares da Lapa. O argumento foi forte, mas o Rodrigo não caiu no papo.

- Beleza, meu amor, só tem um probleminha: você sabe muito bem que eu sou Brahmeiro, vou descer e comprar umas ampolas. Desceu e nunca mais voltou!

Certa dia, resolveu pegar um avião e ir até Manaus, foi executar uns serviços contábeis para uma agência bancaria. No primeiro dia da sua estada em Manaus, foi ao Bar Caldeira tomar a sua “loira gelada” - da Brahma, é claro! Deu de cara com uma turma da velha guarda boémia de Manaus – foi amor a primeira vista, resolveu que não iria mais sair de Manaus.

Depois de vinte anos voltou ao Rio, não encontrou mais os velhos amigos, ficou deslocado na sua própria cidade, voltou imediatamente para a sua cidade do coração – a Manaus amada  que o aceitou como fosse um filho seu!

O Rodrigo faz muito falta daqueles momentos bons em que esteve conosco (foi chamado para cantar e encantar no andar de cima): tomando a sua Brahma, cantando o seu amor a Mangueira e ao Mengo e, convivendo maravilhosamente bem com os seus amigos manauaras. É isso ai!
Foto: Jose Rocha

SECOS E MOLHADOS


TIRADENTES - Eu estudava no Colégio Benjamin Constant, na Avenida Ramos Ferreira, cursava o ensino fundamental e, tinha um amigo e colega de rua, o Zé Belchior, deveríamos ter uns quatorzes anos de idade – eu já gostava de escrever e ele era um exímio desenhista – fizemos um trabalho escolar para homenagear o “Dia de Tiradentes” – fiz um texto numa folha de cartolina, copiado da antiga “Enciclopédia BARSA”, pois naquele tempo não existia o Google nem o PC (a fonte de cola da maioria dos estudantes atuais), era uma coleção de 20 livros que poucas famílias possuíam, servindo de fonte de pesquisas para muitos vizinhos - lembro muito bem até hoje do nosso trabalho, onde aparecia o Tiradentes, barbado e com uma corda no pescoço - foi nota DEZ! Quem não se lembra daquele tempo, quando em 21 de Abril, todos os estudantes sabiam “de cor e salteado” (decorado) quem era o Joaquim José da Silva Xavier, o patrono cívico do Brasil, que foi enforcado e esquartejado naquela data de 1792, em decorrência de ter lutado pela independência do Brasil.

BAR DO BOI CAPRICHOSO – Com todo respeito à Quadra da Escola de Samba da Pareca, mas, não colou o Bar do Boi Caprichoso naquele lugar. Não sei quais foram os motivos dos organizadores do evento em mudar do Centro de Convenções para lá – podem ser fortes, porém, para quem estava acostumado em presenciar a grandiosidade da festa, com inúmeras barracas de guloseimas regionais, show pirotécnico, itens do boi, palco imenso e gente, muito gente – pareceu-me o Bar do Boi na Aparecida um tanto esquisito, com tudo reduzido, sem graça nenhuma – está me cheirando decadência da festa!

O PIRANHA – Quem anda pelos bares de Manaus, principalmente naqueles que possuem “música ao vivo”, conhece ou já deu de cara com um sujeito conhecido por todos como “Piranha”. Não sei o porquê do apelido, mas, ele é notado por todos por parecer mais com o “PORAQUÊ”, o peixe elétrico da Amazônia, pois o cara não pára de jeito nenhum, apesar de já ter passado dos sessenta e poucos anos de idade. Outra coisa: ele dança que não é brincadeira! Ele mesmo conta que, na sua juventude frequentava todos os “puteiros” de Manaus, não deixava as primas em paz, era conhecido como “CANSA PUTA”, um apelido para aqueles que dançam a noite toda sem parar, deixando a parceira cansada de tanto rebolar pelo salão! É gente boa, anima a todos por onde chega, ele é o nosso Piranha!

TA QUI PRA TI - Segundo a revista Veja de abril, a empresa fantasma MO Consultoria pertence ao doleiro preso Youssef, ele recebeu da empresa Sanko-Sider a quantia de 24 milhões de reais, para ela poder continuar fornecendo tubos de aço a Petrobrás. Esse dinheiro foi monitorado pela Polícia Federal e, foi parar nas mãos de políticos e partidos. Esse valor é apenas parte dos 90 milhões que ela faturou nos últimos anos, como forma de pedágio para as empresas fazerem parte do cadastro de fornecedores da estatal. E agora, José? Em outubro que vem, terei que acordar cedo, pegar um busão lotado, entrar numa fila quilométrica e, serei obrigado por lei a votar nesses caras! É eu liso e, eles num boa! Tá qui pra ti!

TAMBAQUI DE BANDA - Domingo passado, resolvi bem cedo, ler um jornal no Largo de São Sebastião – encontrei o meu amigo Wagner, ele é Gerente do Tambaqui de Banda e, esposo da minha amiga Alberta Aguiar. Gentilmente, convidou-me para ir até o empreendimento que estava sendo preparado para ser aberto esta semana, naquele espaço cultural e gastronômico de Manaus. Não foi fácil para eles conseguirem todas as autorizações para abrir o restaurante – infelizmente a burocracia é muito grande em nosso país e, os empresários que desejam fazer tudo “dentro do figurino” sofrem muito para obterem todas as certificações. O pessoal do Tambaqui de Banda passou mais de um ano para poder abrir o seu restaurante no Largo de São Sebastião! Agora vai! Vai dar tudo certo para eles, será um sucesso, com certeza! Outra coisa, o Tambaqui em Pé vai ser show de bola na Arena da Amazônia! Parabéns!

BANHO DE IGARAPÉ – Pois é, em plena Estrada do Turismo, existe um balneário onde é possível tomar banho de água gelada de igarapé, fica no Previdenciário, bem em frente ao Parque Tarumã. Eu já tinha ido lá muito tempos atrás e, em decorrência das praias da Lua, Tupé e Paricatuba estarem cheias, resolvi passar novamente por lá. A entrada é vinte e cinco reais por carro - fui com a minha filha e neta, elas gostaram muito, pois o ambiente é agradável, com poucas pessoas, piscinas naturais de adulto e crianças, bar e restaurante muito bom, com muitas barracas e, bastante natureza.

PASSADO VERSO PRESENTE - Pois é, vira e mexe, lembramos do nosso passado, da nossa infância, das coisas simples daquele tempo bom. Antes: lamparina, rede de dormir, canoa com remo, fogão de lenha, TV em preto e branco, rádio a pilha, água de cacimba, relógio a corda, pote e, por ai vai. Agora: spots, cama Box, Jet Sky, fogão elétrico, TV de LED com internet, smartphone full, água de poço, relógio pilot, filtros com diversas camadas e, por vai. Apesar do saudosismo e, vez e outra nos lembrarmos daqueles tempos bons, não deixamos de forma alguma das benesses, da zona de conforto que os atuais produtos nos proporcionam!

VIAJANDO - Saiu uma pesquisa em que se chegou à seguinte conclusão: os brasileiros que ganham até 4 SM não viajam com frequência em decorrência da falta de GRANA e, os que ganham até 15 SM, não o fazem em virtude da falta de TEMPO! O cara quando é jovem não pode curtir muito a vida por que não tem grana; quando fica velho, tem grana, mas não tem saúde! Égua!

JOGO TESTE NA ARENA DA AMAZÔNIA - Vasco X Resende, foi de fato, o primeiro evento teste na Arena da Amazônia, para a Copa do Mundo, com 40 mil expectadores. Quanto ao jogo, deixou muito a desejar, pois nunca ouvimos falar do time Resende! Quanto ao Vasco, os cartolas mandaram para esse joguinho, somente o time reserva dos reservas, em decorrência da decisão do Campeonato Carioca. Foi mais um jogo em que estava “em jogo” somente a grana, aliás, muita grana, pois a renda foi dois milhões e poucos de reais, ficando apenas 10% para os cofres do Governo do Amazonas!


POLÍTICA VERSOS POLITICALHA - A POLÍTICA possui várias definições, podendo traduzir como “a arte e a ciência de bem governar” – ninguém pode fugir dela, pois compõe o conjunto de fenômenos e práticas da sociedade, ou seja, faz parte da nossa vida – por outro lado, a POLITICALHA é o ato “político” de exploração através do Estado para beneficiar grupos ou pessoas. Traduzindo para o português claro: utilizar a beleza da política para fazer safadeza com a grana da sociedade. Um exemplo: O nosso Prefeito Arthur Neto (PSDB) anda de “pires na mão” em Brasília, tentando a liberação de verbas para tocar as obras em Manaus, no entanto, tem recebido somente promessas – como estamos em um ano de eleições, está chegando a “hora da Onça beber água” e, o Senador Eduardo Braga (PMDB) líder do governo federal, anunciou que está se aproximando do seu rival político, o Arthur. Vocês sabem o que está por trás disso tudo? Grana, muita grana! Pois é, sem “apoio político” não haverá liberação de recursos! Outra coisa: Eles brigam, brigam e, no final, fazem as pazes, passam o final de semana numa fazenda, bebendo, comendo e se abraçando, quem se "phode" é o boi: vira churrasco!

quinta-feira, 24 de abril de 2014

É O CHUPA-CHUPA!

O Zé Mundão gostava muito de pescar, principalmente, nos logos e rios próximos a cidade de Manaus – na realidade, não curtia muita o ato de pescar, mas o passeio e o contato com a natureza e, um dos lugares preferidos era o Lago do Careiro.

Ele tinha um amigo, o Pedrão, um negão apaixonado por pescarias, ele o incentivava a pescar naquela região, pois tinha uma base por lá, no Flutuante do Mirandolino, um pescador profissional que nos finais de semana dava suporte aos amadores.

Certa vez, formaram um grupo de amigos e foram até o Careiro, chegaram por volta das cinco da tarde de um sábado, pois a ideia era pescar à noite no lago – o acesso era muito difícil durante o dia, imagine na parte noturna – por já conhecer o trajeto, o Zé Mundão ficou receoso em entrar na mata.

O caboco Mirandolino tinha um flutuante típico da Amazônia, com uma sala ampla, um quarto, banheiro fora da casa, pouquíssimos móveis e uma família numerosa, uma verdadeira escadinha. Exatamente quando a equipe estava se preparando para a pescaria, a esposa do Mirandolino resolveu fazer uma “Caldeirada de Acari-Bodó”, exalando um cheiro inconfundível, dando uma enorme água na boca do Zé Mundão, que se rendeu e preferiu ficar, aguardando aquele manjar!

Depois de curtir o bodó, foi passear de canoa com os dois filhos mais velhos do caboco – era uma noite de lua cheia, com boa visibilidade – de repente, apareceu no céu um objeto estranho, ele achou que era um balão gigante, mas um dos garotos falou:

- É o “chupa-chupa”!

- Caramba! É muito esquisito esse objeto voador, ele é redondo, as suas luzes refletem no rio, não faz barulho nenhum e deve estar as uns cento e cinquenta metros de altura da gente!

Um dos meninos falou bem baixinho:

- Fica calado Zé Mundão, pois se a gente for descoberto, eles irão nos levar para a nave!

Ficaram assustados e voltaram para a base – o Zé ficou deitado numa pequena balsa de madeira, olhando para o céu estrelado e, lá pela madrugada deu um vento forte, com uma chuva pesada – ficou preocupado com os meus amigos que estavam no lago.

Lá pelas quatro da madrugada o grupo chegou ao flutuante – eles estavam visivelmente deformados (inchados) e com febre alta – o Pedrão falou do ocorrido:

- Zé Mundão, você se safou dessa, passou por lá um objeto estranho no céu, ficamos apavorados, depois, veio uma forte chuva, caindo das árvores bolos de formigas de fogo, provocando diversas ferraduras por todo o corpo da gente.

Estava feliz por não ter ido:

- Fui salvo pela cadeirada do Bodó! Vi também esse objeto voador, ainda bem que vocês viram, pois quando eu for contar na cidade, podem dizer que é “história de pescador”!

Depois dessa, nunca mais tiveram coragem de pescar no Lago do Careiro!

quarta-feira, 23 de abril de 2014

ATUALIZAÇÕES DO BLOGDOROCHA


Recentemente, recebi com muita honra um e-mail do meu amigo Jomar Fernandes, Muito Digno Juiz de Direito do Estado do Amazonas – ele cobrou atualizações do nosso blog – respondi-lhe que, andava um pouco desmotivado, mas, prometi-lhe atualiza-lo semanalmente.

Comecei a editar o blog em 2006, influenciado pelo meu amigo Rogélio Casado, um médico bastante conceituado na nossa cidade. Pois bem, fazia apenas o Ctrl C e Ctrl V, ou seja, copiava alguma coisa na net e, depois, colava no Blog.

Depois, comecei a escrever “sem pé, nem cabeça”, mas, com a ajuda de alguns leitores, fui “melhorando” um pouco o texto.

Por ter uma paixão muito grande pela nossa cidade e, por ser saudosista, postei centenas de fotografias da “Manaus Antiga” – o que tornou a página conhecida por muitos internautas, pois quando alguém digitava essas palavras no Google, o meu blog aparecia na cabeça, depois, surgiram várias páginas sobre o tema e, fiquei por último.

Depois de dois anos, fiquei fissurado pelo blog, postava feito um louco, além de incluir as minhas fotografias, aliás, em decorrência disso, descobri que tinha sensibilidade para “escrever com a luz”.

Para ser ter uma ideia, em 2009, fiz 372 postagens, muito mais do que os dias do ano! Em compensação, em 2014, em quatro meses, postei apenas 47, contando com os “repetecos” – muito pouco, não é mesmo?

Certo dia, a minha amiga Graça Silva, competentíssima Delegada de Polícia, falou-me que o blog estava “bombando”, pois muita gente gostava das minhas postagens, principalmente dos causos, contos, piadas e outras coisas mais – a partir dai, instalei um contador de acesso gratuito, o StartCounter, foi quando pude monitorar o blog, fiquei sabendo que além de Manaus, era muito acessado no Rio de Janeiro e São Paulo, a grande maioria eram amazonenses que tinham saudades da Amazônia e da sua cidade.

Uma coisa leva a outra – fiquei motivado a ler jornais e revistas antigas - passei a frequentar a Biblioteca Pública do Amazonas e o Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), para “desenterrar defunto”, o que me deixou mais apaixonado pela história da nossa cidade.

Certo dia, o meu amigo Roberto Pacheco, jornalista dos bons – falou que eu postava muito sobre a minha vida particular – a partir dai, criei um personagem, o Zé Mundão, um manauara que apronta todas (o que eu faço, ele leva a culpa!) – ele serviu como personagem para um arremedo de livro que acabei de escrever, porém, ninguém quer saber de ler os originais, imagine se um dia for editado, vai criar traças nas prateleiras!

Voltando ao assunto – o blog pertence ao poderoso Google e, o pessoal lá dos Estados Unidos entrou em contato comigo por e-mail, pedindo para autorizar a inserção de comerciais que eles controlavam – em compensação, eu receberia uma grana preta! Os senhores sabem quanto eles já me pagaram? Apenas USD 350,00 durante todos esses anos! Outra coisa, a grana veio através de um Banco fuleiro, pois comeram a metade das minhas verdinhas a título de taxas e comissões! É mole ou quer mais?

Brincadeiras a parte, mas, o nosso blog já alcançou a marca dos 860 mil acessos, com 15 mil por mês, com 311 seguidores e 60 no G+, além de vídeos no Youtube e milhares de fotografias baixadas no mundo inteiro. As postagens mais populares são: Elevação do Amazonas à categoria de província – A influência da Lua – Colecionador de moedas antigas – Boa Vista, Roraima – Túnel do Tempo: Sucessos musicais internacionais das décadas de 70 e 80 – Construção da Ponte Manaus/Iranduba – Fotos atual da cidade de Manaus – O significado de 05 de Setembro para o Amazonas e Dia da Nossa Senhora da Conceição.

Sempre fiz questão de frisar que não sou jornalista, pesquisador ou historiador – apenas um blogueiro amador! Recebi centenas de e-mail dando-me parabéns pelas postagens e, tantos outros, largando o pau no “meu português ruim” –sempre digo que, o mais importante é o conteúdo, aquilo que emociona e serve para alguma coisa, pois um texto bem escrito, dentro do figurino, mas, sem emoção, nada vale! Para aqueles que sabem conciliar os dois (conteúdo e forma) dou meus parabéns!


Pois é, mano velho, mesmo desmotivado, irei continuar postando, mesmo que seja uma vez por semana! É isso ai.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

A MALHAÇÃO DE JUDAS


A tradição de “malhar Judas” vem de muitos tempos atrás, uma herança da colonização portuguesa, representando o julgamento popular contra o Judas Iscariotes, o Apóstolo que traiu Jesus, em troca de dinheiro. Em decorrência do crescimento populacional, com o distanciamento das pessoas, essa e outras tradições vão aos poucos desaparecendo em nossa cidade – gosto dessa manifestação desde a minha infância e, para não deixar morrê-la, irei reviver em minha imaginação, malhando o Judas “Sugismundo”.

Na minha infância da Rua Igarapé de Manaus, o sábado era especial e às vezes temido, pois quando aprontava na Semana Santa, pegava a minha merecida surra dos meus pais somente nesse dia, por outro lado, era o dia de malhar os políticos e os vizinhos ranzinzas, com direito a leitura do “Testamento do Judas” - o que ocasiona sempre gozações e desavenças por parte daqueles que eram homenageados nesse dia.

Certa vez, participei da malhação de um Judas que estava de sandálias tipo havaiana, quando pegou fogo, parte dela colou no meu pé - sai em disparada pela rua, gritando de dor – todos achavam que eu estava tirando onda e não me ajudaram, passei maus momentos naquele dia.

Lembro do último Judas em que tive a oportunidade de confeccioná-lo, contando com a colaboração de vários colegas da “Ladeira da Rua Tapajós”, no centro da cidade – chamava-se “Pedrão”, uma homenagem a um morador da nossa rua - iniciamos pela parte da tarde e, conseguimos terminá-lo somente depois da meia-noite, quando foi amarrado num poste – cedo da manhã a galera pulou da cama e, ao chegarmos ao local, surpresa geral: tinham roubado o nosso Judas!

Falaram que foi o Felipe Viriato, um morador da Avenida Getúlio Vargas, todos correram para lá e, o encontramos pendurado em frente à Mercearia Aroeira – estava todo detonado, por lá ficou, mas, até hoje ele me pede desculpas pelo ocorrido.

Todo o ano gostava de andar pela cidade, registrando esse evento, mas, com o tempo foi acabando a tradição, sendo muito raro encontrar Judas pendurando nos postes – passei, então, a frequentar o Bar Cipriano, onde existia uma confraria que se cotizava para a confecção de vários bonecos, todos satirizando os políticos – no ano passado estive lá e, para minha surpresa, o Braga tinha deixando de coordenar os trabalhos – deixaram morrer a tradição, infelizmente.

Não sei se esse ano eles irão retomar a tradição, em todo caso, irei conversar com o meu amigo Rogério Português (um dos coordenadores), caso positivo, irei até lá para tirar fotografias e publicar no nosso blog.

Hoje, caso eu tivesse meios para poder confeccionar um Judas, o homenageado seria aquele cidadão que suja as ruas, um personagem de uma campanha publicitária levado ao ar faz algum tempo atrás “O Sujismundo” – seria uma forma de malhar essas pessoas que na maior cara dura, jogam nas ruas garrafas pet, copos plásticos, paus de picolés, papeis, restos de alimentos e tudo o mais, deixando a cidade feia, suja, com uma aparência de um povo mal educado, sem respeito ao próximo, ao meio ambiente, ao Rio Negro que recebe toda essa carga e, a novas gerações.

Não quero ser melhor do que ninguém, mas, sempre me policiei com relação ao lixo, ao cuidado com a minha cidade, com o meio ambiente – sou capaz de ficar horas com uma garrafinha de água na mão, para somente descartá-la na lixeira, pois não jogo de forma alguma na rua.


Eduquei os meus filhos a não jogarem lixo nas ruas e, eles estão agora educando os seus filhos a respeitarem a cidade. Semana passada, fiquei a observar um grupo de jovens que saíam de um colégio público, eles simplesmente jogaram latinhas de refrigerantes no meio rua e, davam gargalhadas daquilo – esses moleques não recebem uma educação adequada em casa e na escola, eles e outros que sujam a nossa cidade são os "Judas Sugismundo" do "Sábado de Aleluia". É isso ai. 

quinta-feira, 17 de abril de 2014

MINHA CONTRIBUIÇÃO PARA OS ESTUDANTES DA FACULDADE FMU DE SÃO PAULO


Ao publicar a seguinte postagem:
                          
Recebi o e-mail do leitor Erick:


Boa Noite José Martins,

Meu nome é Erick e estou cursando o curso de produção em audiovisual na faculdade FMU de SP.

Meu grupo e eu estamos fazendo um trabalho sobre horta vertical e gostaríamos de saber se podemos fazer uma entrevista com você? Temos algumas perguntas que podemos enviar e você responder para nós ou se possível fazermos uma entrevista por skype.

No aguardo por uma resposta e desde já agradeço a atenção.

1-   O que é a horta vertical e de onde surgiu a ideia de fazer horta vertical?

R – Tradicionalmente, as hortas são feitas em propriedades onde existem terras suficientes, no entanto, com o crescimento das cidades, essas áreas vão dando lugar aos conjuntos habitacionais, novos bairros, edifícios e área comercial, levando o produtor a procurar lugares cada vez mais afastados.

Os pequenos produtores vão sumindo com o tempo, pois perdem lugar para os grandes, que detém o capital, o conhecimento e abastecem as centrais de abastecimento e supermercados, no entanto, para aumentar a produtividade e combater as pragas que atacam as lavouras, utilizam insumos que são prejudiciais ao ser humano.

 Em decorrência disso, as pessoas que moram em lugares reduzidos, por exemplo, em apartamentos e, que possuem uma consciência ambiental, aliada ao desejo de consumir produtos sadios, livres de agrotóxicos, tem optado cada vez mais em construir hortas verticais em sua própria residência, aproveitando ao máximo os espaços. Somos sabedores que as garrafas PET Levam 400 anos para se degradarem e, sendo utilizadas em hortas verticais, será evitado, em parte, ir para os lixões e poluição dos igarapés e rios. 

A horta vertical é feita utilizando essas garrafas, amarradas com cordas de nylon, aproveitando ao máximo o espaço das residências, dando uma parcela de contribuição ao planeta Terra, reduzindo a poluição, bem como, ter a qualquer momento um produto orgânico em sua mesa, além de servir como uma terapia, diminuindo o estresse.

2– Quais as principais vantagens e desvantagens da horta vertical? Em comparação a hortas de grande escala?
R – Vantagens:
1.  É uma parcela de contribuição do cidadão para o meio ambiente, pois uma garrafa PET leva 400 anos para se degradar, evitando o acumulo de lixões e poluições ainda maiores dos nossos igarapés, onde todos despejam diariamente toneladas de lixos no Rio Negro (onde volta para os nossos lares através da água encanada);
 2.  Economia na compra de hortaliças, legumes e verduras, pois produz o ano todo e, está ali na parede da sua casa;
 3. Saúde para todos da família – a grande maioria dos alimentos agrícolas contém agrotóxica (prejudiciais à saúde) e, os produzidos em sua casa são orgânicos;
 4. Ao fazer a horta, plantar e colher - proporciona uma paz de espírito muito grande, diminuindo o estresse, evitando a depressão e outras doenças da mente.
Desvantagens:
1.   Exige esforço e dedicação constante, pois são pequenos seres vivos que necessitam de cuidados diários, igualzinho a uma criança – hoje em dia com a vida atribulada e estresse, muitos desistem na primeira tentativa;
2.   A produção é reduzida, não atendendo a uma família numerosa, pois necessitaria de mais espaço;
3.   Toma espaço na área de serviço, prejudicando a secagem ao Sol das roupas lavadas em máquinas;
4.   Não está imune a doenças e pragas, exigindo compra de produtos de combate, além de adubos, terra preparada, etc.

2-   Como funciona o seu projeto de horta vertical?

1. Sementes: comprar pacotinhos nas casas que vendem produtos agrícolas. As minhas adquiri em uma loja que fica ao lado da Feira da Banana (na Manaus Moderna) – chicória, cebolinha, coentro e couve. As da marca Isla Park do Rio Grande do Sul,  são originais e sem defensivos;
 2.Terra: encontrado nas casas que vendem mudas de plantas – o saco contém 25 quilos e a grande maioria vem preparada, ou seja, contém NPK e calcário, ao preço de sete a dez reais. Misturei com cinco quilos de esterco curtido - esse material é suficiente para seis ou mais fileiras verticais com quatro garrafas cada;
 3.  Fileiras: pode ser de duas a seis garrafas – fiz de quatro, com dois metros de altura, com trinta centímetros entre uma garrafa e outra;
 4.  Outros materiais:  dois parafusos com gancho e buchas de 10” – cabo plástico de amarrar roupas (dez metros) – oito tampinhas plásticas de garrafa PET – luvas, estilete e uma pá de jardinagem;
Como fazer:
 1. Cortar com o estilete a parte central da garrafa (de dois litros), no tamanho de 14 cm horizontal por 9 cm na vertical;
 2. Fazer furos nos dois lados, próximos ao gargalo e ao fundo, para passar o fio – abrir também três furos por onde vai escorrer a água em excesso – as oito tampinhas devem conter um furo bem no centro;
 3. Montagem: com a furadeira fazer dois furos para colocar as buchas e os parafusos - começar de baixo para cima, colocando duas tampinhas para cada garrafa, com um nó no fio para segurar as garrafas – deixar um espaço de trinta centímetros entre as garrafas - amarrar os dois lados dos fios nos parafusos;
 4. Colocar terra até a tampa, fazer pequenos buracos com os dedos e colocar as sementes – regar uma vez de manhã ou a tarde;
 5. Entre sete a vinte dias começarão a brotar, deixar crescer e consumir um alimento bom e de qualidade.
4 – Como você começou com essa iniciativa?
R. Fui morar num novo apartamento e, senti a necessidade de ter uma atividade ambiental nele, pois tinha tempo, paciência, recursos e um grande amor pelo verde, pois nasci e sempre vivi na Amazônia – comecei a plantar em vasos e, como já tinha feito um curso, por correspondência, de agricultura orgânica, pelo Centro de Produções Técnicas (CPT) da INCAPER (Viçosa/MG), comecei a plantar tomates em vasos, ficando o espaço pequeno, quando pesquisando no YouTube, resolvi fazer uma horta vertical.
5 – Há algum cuidado especial que se deva ter com os alimentos para evitar possíveis doenças transmissíveis por esses alimentos, já que o cultivo não é feito por profissionais?
R – Toda horta vertical feita em casa deve ser totalmente orgânica, ou seja, comprar sementes com selo verde, adquirir terra preparada e de boa procedência, não utilizar de forma alguma de produtos agrotóxicos, dessa forma, teremos na nossa mesa um produto sem doenças. 
6- O que o cultivo da horta vertical mudou em sua vida?
R – Mudou muito, pois ao acompanhar todos os estágios das plantas, adquiri mais conhecimentos sobre a sua fisiologia, além de começar a respeitá-las ainda mais, pois são seres vivos. Preenche o meu tempo ocioso. Outra coisa: motivei muitas pessoas a fazerem o mesmo, pois com a publicação no meu blog www.jmartinsrocha.blogspot.com  a minha horta vertical ficou famosa, inclusive foi a responsável em estar respondendo a esses questionamentos por parte de vocês.
7 – Existe alguma restrição de lugar ou cuidado que temos que tomar antes de plantar e o que pode ser cultivado em uma horta vertical?
R – Em qualquer lugar externo da casa ou apartamento em que receba diretamente a luz do Sol, pode-se fazer uma horta vertical, pois dará um novo ambiente no lar, sobrando elogios quando as pessoas o visitam. Como ficarão fortemente amarradas por buchas, parafusos e linhas de nylon, pode ficar até nas sacadas dos apartamentos. Tem de ter cuidado em plantar somente aquelas que crescem muito pouco, por exemplo: salsinha, chicória e cebolinha.
8 – O processo de cuidado e de plantação é similar ao que temos nas plantações tradicionais ?
R – Não tenho experiência em plantações tradicionais, mas, acredito que o processo é o mesmo. Na horta vertical, tudo é feito em menor escala.
9-Qual a influência da horta vertical na sua alimentação diária? Ou seja, o quanto do que você come, você cultiva? 
R – Sem dúvida, foi a confiança que estava consumido um produto de qualidade, sem doenças e, principalmente, sem agrotóxicos. Por ter um espaço bem reduzido, a produção não é suficiente para o meu consumo, tenho que comprar uma parte na feira. 
10-Considerando que hoje em dia as pessoas mal tem tempo para se alimentar bem, você acredita que a horta vertical seja uma solução viável para substituir o imediatismo de consumo por alimentação "rápida" ? 
R – Não, de forma alguma! As pessoas têm que trabalhar, estudar, cuidar da saúde e do lazer, tudo é rápido e corrido e, a alimentação “rápida” é a solução, infelizmente! Agora, nos finais de semana ou quando a pessoa é aposentada, a horta vertical contribui em parte para uma alimentação mais saudável.
11-Quais os cuidados a se ter ao criar uma horta em casa?
R- Todo cuidado é pouco! Ela atrai insetos, formigas e doenças para as plantinhas. Todo dia deve-se fazer uma vistoria e, regar, colocar adubos, terras, colher, retirar os excessos, etc.

12-Você considera que esta seja uma atitude sustentável? Por quê?

R – Sim. Pelos menos algumas garrafas PET não foram para os lixões, contribui um pouco com o meio ambiente, pois deixei de poluí-lo um pouco, além de  mostrar para as pessoas que existem outras formas de ter um alimento em sua mesa, sem agrotóxicos, além de ser prazeroso e de ter diminuindo um pouco a minha ansiedade e estresse do dia-a-dia, graças a minha HORTA VERTICAL! É isso ai. 

ARTISTAS AMAZONENSES

 
Esse painel do artista plástico Euros Barbosa, ficava exposto na entrada do Restaurante Allegro, na Praça de Alimentação do Amazonas Shopping.


Nele aparecem da direita para a esquerda:

Célio Cruz, cantor e compositor, com um violão nas costas;
Lucinha Cabral, cantora, a nossa caboquinha da pátria amada e farinha;
Zezinho do Carrapicho, cantor, dançando os dois prá lá e dois prá dos Bois de Parintins;
Thiago de Melo, o nosso poeta maior;
Pereira, cantor, viajando pelas estrelas em cima de um violão;
Eliana Printes, a cantora amazonense que faz sucesso no Rio de Janeiro;
Chico da Silva, cantor e compositor, saindo da boca de um violão;
Moacir de Andrade, artista plástico, pintando as belezas da nossa Amazônia;
Mário Ypiranga, escritor e professor, devorando dezenas de livros;
David Assayag, levantador de Toadas dos Bois de Parintins;
Arlindo Júnior, apresentador do Boi Caprichoso;
Cileno, cantor e compositor, saindo de uma tulipa de chope;
Antônio Pizzonia, automobilista, comemorando mais uma vitória;
Aníbal Beça, poeta e compositor, devorando uma macarronada;
Felicidade Suzy, cantora, com um chapéu verde.

sábado, 12 de abril de 2014

CENTRO COMERCIAL DO NORTE – MANAUS SHOPPING CENTER

Neste local funcionava o “Cine Odeon”, construído em 1913 e demolido em 1973, para dar lugar ao primeiro centro de compras de Manaus, conhecido como “Shopping Center”, na Avenida Eduardo Ribeiro esquina com a Rua Saldanha Marinho.

A construção, incorporação e vendas ficaram a cargo da “Construtora Adolpho Lindenberg S.A. (CAL)”, situada a Rua Floriano Peixoto, 218 1º. Andar, centro antigo de Manaus.

Era o progresso chegando a nossa cidade, com a destruição de estabelecimentos do início do século passado, para darem lugar aos espigões, o mesmo foi feito para construir o edifício Cidade de Manaus.

Este empreendimento foi iniciado em 1974 e terminado em 1976, com 20 andares, com lojas nos primeiros andares, de 26 a 157 metros quadrados, com escadas rolantes e ar condicionado central.

Os escritórios eram de 35 a 60 metros quadrados, dotados de modernos elevadores e muitas comodidades, com vista para o Rio Negro.

Tinha uma arquitetura avançada para a época, com pontos para telefones nas lojas e escritórios, dotados de “brise soleil” (francês = quebra sol), caixilhos de alumínio e vidros em cristal temperado “fumér”.

A entrega foi em 24 meses, com pagamento em dois anos, preço fixo, sem reajustes e sem correção monetária.


É isso ai.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

BLOGDOROCHA: PATRÍCIA MENDES DO BOI CAPRICHOSO

BLOGDOROCHA: PATRÍCIA MENDES DO BOI CAPRICHOSO: O povo brasileiro é um gozador por natureza e, sempre nas eleições, procura lançar o seu próprio candidato, geralmente é uma “figura”, o a...