Onde é hoje a conhecida “Manaus Moderna”, existia uma ilha denominada “Ilha de Monte Cristo”, em homenagem a sua homônima situada na região da Toscana, na Itália. Na realidade o local era apenas uma pequena ínsula, que ficava bem em frente às ruas Miranda Leão e Andradas. Com o tempo fizeram a ligação com a terra, deixando de ser uma ilha, porém o nome permanece até hoje.
A cidade de Manaus já foi conhecida como a “Veneza dos Trópicos”, em decorrência de outrora ter uma semelhança com a Veneza dos italianos, por terem em comum uma extensa rede de drenagem, com inúmeros igarapés e rios nas margens dos quais estão inúmeras construções, a segunda continua linda e conservada, enquanto a primeira, foi totalmente aterrada.
Segundo os historiadores, no local da antiga ilha, foi construído a RDC – Rubber Development Company, uma empresa norte-americana que na segunda guerra mundial comprava toda a produção de borracha dos amazonenses, um esforço do governo brasileiro para ajudar aos aliados que tinham perdido a borracha da Malásia para os japoneses.
Para carregar a produção de borracha, os americanos pousavam no Rio Negro os seus imensos aviões anfíbios “Clippers” e depois os “Catalinas” da Panair, entravam pelo Igarapé dos Educandos até a Ilha de Monte Cristo.
Com o término da guerra, o imenso prédio da RDC ficou abandonado, servindo tempo depois, como uma das fábricas do mega empresário Issac Benayon Sabá.
Na década de 70, o local serviu para abrigar uma grande de loja da Moto Importadora Ltda. com vendas de motores de centro e de popa, peças, máquinas e equipamentos.
Um dos mais antigos clubes de Manaus, conhecido como “Monte Christo”, teve a sua origem naquele lugar, segundo o saudoso historiador Carlos Zamith, do blog Baú Velho.
Com a dita “Manaus Moderna”, a Ilha de São Vicente foi aterrada e o grandioso prédio histórico foi derrubado, ficando um enorme descampado até os dias atuais.
Com a dita “Manaus Moderna”, a Ilha de São Vicente foi aterrada e o grandioso prédio histórico foi derrubado, ficando um enorme descampado até os dias atuais.
Depois de algumas brigas com o governo do Amazonas (o local pertencia ao Porto de Manaus e estava sob a tutela do Estado), a Prefeitura de Manaus conseguiu reaver o terreno, tentando implantar um “Camelodrómo” para abrigar todos os vendedores ambulantes do centro de Manaus, mas, não deu certo, depois, transformou-se num grande estacionamento público, na tentativa de desafogar o centro da cidade, não deu certo também.
A Ilha de Monte Cristo serve hoje para estacionamentos de carretas, baús, automóveis das pessoas que vão fazer compras na Feira da Banana, contêineres frigorificados etc.
A única coisa antiga que permanece no local é um tanque de cimento armado com capacidade para 120 mil litros, com serventia apenas para um vigia, ao qual fez uma casa de meia água e monitora todo o local, além de um campo de futebol de chão batido, onde antigamente os jogadores do Monte Christo batiam a sua bola.
A única coisa antiga que permanece no local é um tanque de cimento armado com capacidade para 120 mil litros, com serventia apenas para um vigia, ao qual fez uma casa de meia água e monitora todo o local, além de um campo de futebol de chão batido, onde antigamente os jogadores do Monte Christo batiam a sua bola.
É isso ai.
Fotografias:
Preto e branco: acervo do IBGE;
Coloridas: J Martins Rocha
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