O nome da avenida foi em homenagem ao pernambucano Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, político, diplomata, historiador, jurista, jornalista e um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.
Foi considerada uma das mais belas de Manaus - na época áurea de borracha - os barões construíram casas de alto padrão, como exemplos, temos o Palacete dos Nery, um dos mais bonitos da cidade, encontra-se abandonado pelos proprietários e pelo poder público e, o prédio da Beneficente Portuguesa, felizmente, todo restaurado, pintado, uma beleza!
A Joaquim Nabuco juntamente com a Getúlio Vargas, Sete de Setembro, Eduardo Ribeiro, Ramos Ferreira, Leonardo Malcher, Boulevard Álvaro Maia, Saldanha Marinho, Epaminondas e João Coelho (parte da atual Constantino Nery), constituem as principais ruas e avenidas do centro antigo de Manaus, fazem parte da infância e adolescência dos manauaras das décadas de 40, 50 e 60, pois a nossa cidade era muito pequena e tudo girava em torno desses locais. Todo mundo conhecia todo mundo! Que tempo bom!
Por lá existia a Padaria Frankfort, demoliram e virou estacionamento dos donos do CO; a Fábrica de Guaraná Andrade, o prédio abriga várias lojas do ramo de refrigeração; a Casa Renascença, o dono era o Sr. Armindo, virou um restaurante popular; Bar Janela, na esquina com a Rua Huascar de Figueiredo, foi ao chão, virou estacionamento da Uninorte.
Abro o espaço para fazer uma denúncia e mostrar a minha indignação: um dos maiores destruidores das casas centenárias da Avenida Joaquim Nabuco chama-se Uninorte, na pessoa do seu fundador, o professor Waldery Areosa, mesmo assim, ainda foi homenageada pela Câmara Municipal de Manaus, com a medalha de Ouro Rodolpho Valle, pelos relevantes serviços prestados na área educacional – para se ter uma idéia, o homem destruiu vários quarteirões, desde a Rua Huascar de Figueiredo até a Avenida Ramos Ferreira, para construir as suas faculdades.
Apesar de tudo de ruim que fizeram com a nossa Avenida Joaquim Nabuco, não dá para esquecer o Russo, um famoso fabricante de Papagaios de Papel; dos meus colegas e professores do Colégio Barão do Rio Branco; da Escola de Música da UFAM, hoje DCE, onde levava os instrumentos de cordas consertados pelo meu saudoso pai; do pão nosso de cada dia das padarias Modelo e Frankfort, das Mangas Rosa e dos curativos feitos na Beneficente; da trágica morte do meu coleguinha Rofe, na esquina da Huascar de Figueiredo com a Joaquim Nabuco; das caixas (de pinho) de bacalhau, utilizados nos tampos do violões e, dos ranchos fiado feitos na Renascença, naquele tempo era muito comum usar uma “Caderneta de Crédito”; da loja onde comprava as minhas moedas antigas; dos ranchos que a vovó pegava lá na LBA; dos ônibus de madeira que circulavam por lá, das matinês no Cine Popular, apelidado de Cine Poeira, enfim, tenho muitas lembranças da Avenida Joaquim Nabuco.
Ainda resistem no tempo a Casa Bolo Confeitado, Ferro de Engomar, Cine Popular, Colégio Barão do Rio Branco (onde fui alfabetizado), Colégio Nilo Peçanha, Colégio Santa Dorotéia, Hospital Beneficente Portuguesa, Legião Brasileira de Assistência (atual Tribunal de Contas de União), Padaria Modelo, Canto do Quintela, Hotel Sombra; Arquidiocese de Manaus; Residência do Sr. J. Cruz, fundador do Guaraná Magistral; a Residência do Anísio Mello; a Fábrica de Velas (virou um a loja de material de construção); O Prédio da Búfalo; Hospital da Criança e, muitos casarões, apesar das descaracterizações das fachadas.
Esta avenida, outrora, uma beleza, está, atualmente, com uma boa parte descaracterizada, com alguns prédios abandonados e, uma parte dela, ainda prolifera a prostituição, motéis e drogas, apesar disto, o comércio ainda é intenso, principalmente na área de refrigeração, construção civil e material elétrico; existem muitos colégios e faculdades; clínicas médicas, drogarias e hospitais; muitas famílias ainda moram em toda a sua extensão.
Vamos torcer para que os proprietários dos imóveis e o Poder Público façam um trabalho de revitalização em toda aquela artéria, ainda é possível recuperar muito coisa.
Nunca será tarde para restaurar! As famílias devem também recuperar a sua autoestima e, voltarem a amar e a morar no centro antigo de Manaus!
Espero um dia olhar, a nossa Avenida Joaquim Nabuco,
voltando a brilhar! É isso ai!
Fotos/Colagem: J. Martins Rocha (foram tiradas domingo, na maior tranquilidade, pois de segunda a sexta-feira é uma loucura aquela Avenida).
10 comentários:
posso tranquilamente dizer que vc. sr
rocha...fez uma enorme besteira vendendo suas moedas...poderia ao menos ter guardado a de 40 o pior é que eu tenho uma grande coleção e
logo terei que vende-la tambem,já tenho 64 anos e a coleção deveria ficar com meus filhos só que eles
nao se interessam por coleções.
cesar- email-castilhomarilza@hotmail.com
cara deixa de viagem!!!
o mundo estar em processo de evolução a todo momento, não se pode viver sempre na mesma época, nada do que foi sera de novo do geito que ja foi um dia, as coisas, o tempo, as pessoas mudam. você fala do centro universitário uninorte dessa maneira porque não é você que depende daquele lugar para fonte de conhecimento. devemos sim preserva e restaurar alguns monumentos hitóricos, mais isso não significa que devemos viver na época aurea da boracha né filho? cultura para mim é importante sim, mais passado tem que ficar na História ou museu, nem todo prédio, birosca, quitanda tem que ser preservado, bonito e cultural é preserva monumentos históricos como o Beneficente Portuguesa, Nilo peçanha, colégio Barão do Rio branco, até porque pessoas importantes da História estudaram lá, e isso contribui para o turismo na cidade. se desejar me criticar pelo meu comentário e só deixar um recado no meu e-mail.
thayanecaroline@yahoo.com.br
tenho mais ou menos umas 34 moedas antigas sendo brasileiras,uruguaia, fracensa, argentina, americana, republica da polonia e belga, sendo todas heranças de bisavos e avos.
Gotaria de saber se estas moedas tem valor para coleçao.
por favor entre em contato.
dkengerski@pop.com.br
051 84130587
Tenho uns 200 moedas antigas nacionais e estrageras, quero vendê-las. Interessados entrar em contato. (85) 8704.5116 ou leozinho_kerubim@hotmail.com
Achei interessante, mas gostaria que você me ajudasse a saber o valor das minhas moedas...dilamuniz@hotmail.com
tenho uma moeda de 1848 italiana
sabe aonde posso vender?
abraço
Ô Caroline.
Um povo vive do memórias. Você fala de cultura.. que cultura?? Para comentar asneiras é melhor você não ter se manifestado. Não vou contatar você pelo seu email porque você não irá me acrescentar nada importante.
Será perda de tempo. Uma coisa é certa: São cabecinhas iguais as suas que estamos perdendo os valores!!!
CRESÇA!!!! Tchau!
Caroline
estou usando o mesmo Blog que voce usou, para fazer a minha crítica e mandar o meu recado: Não somos contra o processo de evolução do mundo e nem alienados, nossas memórias estão preservadas e gostamos disso. Não vivemos no passado, mas sabemos da importãncia da história da nossa querida Cidade como um todo, e não porque "pessoas importantes da História estudaram lá". Infelizmente tem muita gente GANANCIOSA que está detonando com MANAUS. A PUNIÇÃO virá...é só aguardar.
Caroline
Vê se toma JEITO e baixa a tua bola. Falar como você falou de alguém que defende a memória da nossa querida Cidade, pegou mal NÉ FILHA? O ROCHA faz um ótimo trabalho de informação no seu BLOG e você vem dizer que o cara tá viajando? A crítica sobre o seu comentário..., vai aqui mesmo.
Caroline
Por favor, assista e compartilhe com seus amigos,o documentário produzidp por Rodrigo Ribeiro IGARAPÉ DO MINDU - Documentário - YOU TUBE.
Meu desejo é que toda MANAUS também assista e veja o que o processo de evolução,desordenado e ganancioso, está fazendo.
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