quarta-feira, 28 de maio de 2014

EXPLORAÇÃO DOS TRABALhADORES DO PIM


O jornal "A Critica", edição de hoje, estampou a seguinte manchete: “Sobram Vagas”. Motivo: Segundo a direção do SINE-AM, os candidatos ao emprego, na sua grande maioria, não se enquadram dentro das exigências dos empresários do Distrito Industrial. Por exemplo: um jovem formado em Administração e, sem nenhuma experiência, não é aceito. Aquele que possui experiências, porém já passou dos trinta anos de idade, também não é aceito, por já ser considerado “velho”. O que eles querem: jovens talentosos, com curso superior, estando na faixa de 24 a 28 anos de idade e, com relativa experiência.

A realidade é a seguinte:

1. Jovens formados e sem experiência, representa custo com treinamentos e, somente irão dar retorno em médio prazo;

 2. Jovens com trinta anos de idade ou mais, com experiência comprovada, desejam ganhar mais e, os empresários não estão dispostos a pagar;

3. Os “felizardos” são aqueles jovens talentosos que estão com todo o pique, pois irão dar tudo de si, fazer o melhor possível, trabalhar feito um escravo e, se contentar com até dois salários mínimos.

O Karl Max já escreveu sobre isso faz muitos anos, mas, continua atual: A exploração do capitalista sobre o trabalhador!

Os empresários do Distrito Industrial ganham “de graça” grandes lotes de terra para construírem suas indústrias. Gozam de incentivos fiscais de toda ordem. Importam componentes de países asiáticos, por produzirem muito e, a um custo bem baixo, exatamente por explorarem a mão-de-obra.

Obtêm lucros fabulosos e, se alguma coisa adversa diminuir os seus ganhos, os primeiros a “pagarem o pato” são os trabalhadores, cinicamente chamado por alguns de “colaboradores”.

Para aprovação da prorrogação da ZF por mais 50 anos, está sendo feito “um esforço concentrado” de políticos, com uma “romaria” de governadores e prefeitos da região norte, levando a reboque assessores e empresários em direção a Brasília, tudo em prol da prorrogação e futura perenizarão do modelo, pois ele é bom e dar lucro, aliás, muito lucro – explorando o trabalhador é muito fácil obtê-lo!

Somente para exemplificar: Existe uma empresa sul-coreana que, vira e mexe ameaça fechar as suas fábricas do PIM e mudar para São Paulo – eles conseguem tudo o que reivindicam. Recentemente, foram autuados pelo MPT-AM por forçarem os seus “colaboradores” a trabalharem oito horas em pé na linha de produção!

A SUFRAMA não manda mais no dinheiro que é arrecadado, tudo vai para Brasília – em decorrência disso, os “sanguessugas” do erário público não fazem mais questão nem de participar do Conselho que aprova os projetos - sem dinheiro e sem poder, a autarquia não fiscalizar a contento as indústrias, permitindo essas barbaridades contra o trabalhador. É isso ai.

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