O jornal "A Critica", edição
de hoje, estampou a seguinte manchete: “Sobram Vagas”. Motivo: Segundo a
direção do SINE-AM, os candidatos ao emprego, na sua grande maioria, não se
enquadram dentro das exigências dos empresários do Distrito Industrial. Por
exemplo: um jovem formado em Administração e, sem nenhuma experiência, não é
aceito. Aquele que possui experiências, porém já passou dos trinta anos de
idade, também não é aceito, por já ser considerado “velho”. O que eles querem:
jovens talentosos, com curso superior, estando na faixa de 24 a 28 anos de
idade e, com relativa experiência.
A realidade é a seguinte:
2. Jovens com trinta anos de idade ou mais, com
experiência comprovada, desejam ganhar mais e, os empresários não estão
dispostos a pagar;
3. Os “felizardos” são
aqueles jovens talentosos que estão com todo o pique, pois irão dar tudo de si,
fazer o melhor possível, trabalhar feito um escravo e, se contentar com até
dois salários mínimos.
O Karl Max já escreveu
sobre isso faz muitos anos, mas, continua atual: A exploração do capitalista
sobre o trabalhador!
Os empresários do Distrito
Industrial ganham “de graça” grandes lotes de terra para construírem suas indústrias.
Gozam de incentivos fiscais de toda ordem. Importam componentes de países asiáticos,
por produzirem muito e, a um custo bem baixo, exatamente por explorarem a mão-de-obra.
Obtêm lucros fabulosos e, se alguma coisa adversa diminuir os seus ganhos, os
primeiros a “pagarem o pato” são os trabalhadores, cinicamente chamado por alguns de “colaboradores”.
Para aprovação da
prorrogação da ZF por mais 50 anos, está sendo feito “um esforço concentrado” de políticos,
com uma “romaria” de governadores e prefeitos da região norte, levando a reboque assessores e
empresários em direção a Brasília, tudo em prol da prorrogação e futura perenizarão
do modelo, pois ele é bom e dar lucro, aliás, muito lucro – explorando o trabalhador é
muito fácil obtê-lo!
Somente para exemplificar: Existe uma empresa sul-coreana
que, vira e mexe ameaça fechar as suas fábricas do PIM e mudar para São Paulo – eles conseguem
tudo o que reivindicam. Recentemente, foram autuados pelo MPT-AM por forçarem os seus “colaboradores” a trabalharem oito horas em pé na linha de produção!
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