Foi um clube que ficou
para a história, pois sediou o famoso BAR DO BOI, onde reinava o pessoal do “azul
e branco” do Boi Caprichoso – ficava na Avenida Djalma Batista, onde é hoje o
Manaus Plaza Shopping – marcou toda uma geração de jovens que gostavam do “dois
prá lá e dois e dois prá cá” dos bois de Parintins, na década de oitenta.
Antigamente, aquela
avenida chamava-se Rua João Alfredo e, naquele local pertencia a Companhia de Petróleo
da Amazônia – COPAM, empresa do Grupo Sabbá – chamava-se “Caiçara Clube de
Campo”, no local existiam dois campos de futebol de areia, quadra de esporte, uma
grande sede campestre, piscina, além do Igarapé do Mindu passar na parte
detrás, onde os frequentadores tomavam
banho nas suas águas límpidas e cristalinas.
Na gestão do Prefeito
Coronel Jorge Teixeira, os tratores abriram uma grande rua, mudando o nome
para Avenida Djalma Batista e, o clube foi comprado pelo José Azevedo, dono do
Grupo TVLAR, servindo de sede campestre para os seus funcionários, passando a
chamar-se TVLândia ( A Cidade da TV Lar).
O Bar do Boi funcionou,
inicialmente, no Centro de Meteorologia do Ministério da Agricultura, na antiga
Rua Recife – o local ficou pequeno para tanta gente e, na década de noventa, os
organizadores alugaram o espaço na TVlândia, para apresentação, aos sábados, do
Bar do Boi.
Era imperdível o Bar do Boi,
começando sempre às seis horas e terminando às dez da noite – onde todos
dançavam, bebiam, namoravam e curtiam de montão o cantor de toadas Arlindo
Júnior, acompanhado da Marujada de Guerra, com o comando do Didi Readman –
mandando ver as inesquecíveis toadas “Candelabros azuis” (1999), “Lagarta de
fogo” (1995), “Amazônia Quaternária” e “Ritmo Quente” (1997).
As toadas eram dançantes e
empolgantes – os frequentadores dançavam para valer, pois os passos da dança
eram simples, nada desses contorcionismos de hoje em dia – virou uma febre na
cidade, com o pessoal do Boi Garantido se apresentando no Olímpico Clube –
chegavam a ter aproximadamente 10 mil pessoas no local e com a venda de 16 mil
caixas de cervejas em lata.
Na época, eu morava no
Conjunto dos Jornalistas, os meus filhos eram pequenos e a minha mulher não
gostava do evento – eu não perdia uma festa, foi quando comecei a gostar do Boi
Caprichoso (azul e branco) e ter interesse em conhecer o Festival Folclórico de
Parintins.
Aquilo virou um grande
negócio, com lucros fabulosos, sendo uma parte enviada ao Boi Caprichoso, em
Parintins – a coisa cresceu tanto que, resolveram mudar para o Centro de
Convenções, onde obteve um grande sucesso durante anos – com a saturação e a
Lei Seca, o Bar do Boi entrou em decadência, indo se apresentar na Quadra da
Escola de Samba Aparecida, no centro da cidade.
Da TVLândia resta somente
saudades, pois o local ficou supervalorizado e, o dono imóvel mandou construir
um shopping Center. É isso ai.
Um comentário:
Rocha, tua crônica me fez relembrar das caminhadas que fazia na Ponta Negra de antigamente. Só que eu ia de carro e deixava perto do único bar que existia do Sr. Milton se não estou enganado. Era maravilhoso o silêncio, só o cantar dos passaros. Pelo que entendi, tu fostes a pé da Cidade Nova até a Ponta Negra? pelo Tarumã? Haja folego e disposição. Diniz Alexandre Pereira.
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