quinta-feira, 18 de março de 2010

ZÉ MUNDÃO NA QUARTA CULTURAL DE MANAUS

A quarta cultural do Zé Mundão estava prometendo desde cedo; o cara é antenado, não pode passar sem a Internet nem com nojo, apesar de não termos a banda larga, somente a banda podre, começou logo cedinho da manhã a blogar, twitar, abrir e-mail e atualizar as correspondências eletrônicas, visitar os blogs do Holanda, do Rocha, do Simão Pessoa, da Floresta e do escambau a quatro; começou a se preparar fisicamente e psicologicamente para as inaugurações da Casa Museu do Eduardo Ribeiro e do Parque Igarapé de Manaus; de repente a internet foi para o espaço sideral, o roteador da Embratel pifou - É agora, Zé Mundão? Sem a internet, começou a filosofar sobre a vida virtual: O desktop, o notebook, o palm da vida, o celular com wi-fi, o netbook e o resto das fuleiragens tecnológicas do mundo moderno, não tem a menor graça sem a bendita internet! Não se fez de rogado, correu para o Amazonas Shopping, na praça de alimentação a internet é aberta, porém é fechada para alguns sites, como estava com bala na agulha, resolveu ir ao Ciber Café InternetNow, pediu logo duas horas de internet, a funcionária cobrou o olho da cara, pediu na maior, a bagatela de seis reais a hora, Zé Mundão ficou puto, achou que era a hora mais cara do Brasil, pois no centro de Manaus é apenas 1 conto e cincoenta centavos, no shopping paga-se mais caro devido ao que eles chamam de “padrão shopping”, Zé Mundão não entendeu nem um pouco o que era aquela porra de padrão, mas, mesmo assim começou a fuçar a internet que nem um tarado, sai pra lá Zé Mundão, eu hein! Depois de algum tempo ficou entediado, não queria mais saber de internet e de shopping, teve vontade de jogar conversa fora, molhar o bico lá pelas bandas do Caldeira, pegou um buzinho chamado de Alternativo, pagou três contos, a outra alternativa é o Buzão da máfia dos paranaenses que se estalaram em Manaus, os pilantras fizerem um consorcio de empresas fantasmas, mandaram para Manaus toda uma frota capenga, mais rodada do que a Geni Foló (aquela que de vez em quando quebra o galho do Zé Mundão), e ainda cobram a tarifa mais cara do país; chegando em campo, mandou logo abrir umas ampolas véu de noiva, começou o preparo físico para visitar o prédio onde morou o governador Eduardo Ribeiro, pois o bar fica bem na ilharga; foi bater um pago com um amigo historiador e restaurador, papo vai e papo vem, o cara falou para o Zé Mundão que o governador nunca morou naquela casa, declarou na maior que o dito cujo era chegado a uma macaxeira e gostava também de tomar no cupuaçu, Zé Mundão já ficou invocado com as declarações do amigo, ficou mais puto quando falaram que a inauguração foi adiada mais uma vez; resolveu se mandar, passou pelo Largo de São Sebastião, o Tio Joaquim tinha autorizado a volta do Tacacá na Bossa, o Zé Mundão ainda assistiu ao show da gata Kátia Maria e do carrapicho Zezinho Corrêa; tava na hora do seu Mengo jogar, mas tinha que assistir a inauguração do Parque Igarapé de Manaus, resolveu matar os dois coelhos com uma só cajadada, foi assistir a peleja num bar de um antigo morador chamado Triunfo, bateu papo com as filhas do Goiaba Nacionalino, com Helio, Sérgio, Tico e Neno, antigos moradores do Igarapé de Manaus, ficou com um olho no jogo e outro no Palco Armado (era o palanque político do Omar e do Cadeirudo) na Major Gabriel; decepção total para o Zé Mundão, o Mengo tremeu mais do que um terremoto de 7,5 graus, pegou uma peia de um time do Chile, lamentou também do aterro que fizeram no Igarapé de Manaus, tava tudo bonitinho, cheio luzes, praças, quadras de futebol, mas acabaram com os igarapés do Zé Mundão - Será que chega por hoje, para o Zé Mundão? Que nada, o cara tem mais fôlego do gato siamês, foi à pé para o Bar do Armando, pois iria comemorar a aprovação pela Câmara Municipal de Manaus, de um projeto audacioso do vereador Carijó, que irá beneficiar toda a população de Manaus, foi aprovado por unanimidade “O Dia do DJ”, é mole, Zé Mundão! Chega de atividades culturais para o Zé Mundão, ele vai descansar e esperar pela próxima “Quarta Cultural do Zé Mundão!” Eu hein, Zé Mundão!

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