quarta-feira, 11 de março de 2009

RUA MARECHAL DEODORO, CENTRO DE MANAUS

A Rua Marechal Deodoro, situada no centro antigo, foi recentemente, palco de muita peleja entre o Ministério Público do Estado (MPE), a Prefeitura de Manaus (PMM), os comerciantes e os eternos camelôs.

O MPE por meio de uma Ação Civil Pública com pedido de liminar, determinou a PMM/Implurb a retirada de 330 metros de cobertura de policarbonato, com a justificativa de que a “obra” realizada pelo então prefeito Alfredo Nascimento, desfigura e mutila os prédios históricos, além de criar sérios entraves para a entrada de carros dos bombeiros para debelar um incêndio. Bato palmas pela iniciativa!


Trabalhei na área, o meu primeiro emprego foi na loja Central de Ferragens, depois fui para a Importadora Souza Arnaud. Conheço muito bem a esperteza de certos comerciantes, detonavam as suas lojas falidas com o famoso “turco-circuito”; muitos prédios viraram cinzas; lamento muito o que aconteceu com o prédio do J. G. Araújo - Quem da época não lembra do Pague & Lev, Salão Fígaro Del Rey, a Calçada de Borracha e da Galeria Avenida? Foi tudo consumido pelo fogo. Uma das fotos acima, mostra somente a "casca" de um dos prédios do JG.

Vamos falar de saudade, com a ajuda de um colega amazonense Dr. Fernando Marques, conseguimos enumerar alguns empreendimentos antigos da nossa querida Rua Marechal Deodoro: Drogaria Rosas, Banco Ultramaniro (foto), AABB, J. G. Araújo (foto), J. Leite, High Life Bar, Antônio M. Henriques (foto), Souza Arnaud, Central de Ferragens (foto), Correios, I. B. Sabá, Eletro Ferro, Andrade Santos, C. Goulart, Matos Areosa, Casa Carioca, etc.

Passei por lá após a retirada do trambolho, o local está mais atraente, apesar da sujeira. Não consegui visualizar totalmente os prédios antigos, em decorrência da poluição visual das fachadas das lojas (lixeira publicitária). É chamado de “Shopping Céu Aberto Bate-Palmas” (foto), nome bastante sugestivo ou não?

Louvo novamente a ação do MPE e, aproveito para chamar a atenção dos governantes e dos empresários para atentarem com maior cuidado e respeito ao nosso patrimônio histórico; estou de olho!