terça-feira, 29 de novembro de 2011

BLOGDOROCHA: ACERVO SÉRGIO FIGUEIREDO

BLOGDOROCHA: ACERVO SÉRGIO FIGUEIREDO: No Centro Cultural Povos da Amazônia, existe uma homenagem aos "Vultos da Amazônia"; emprestei do acervo do Sérgio Figueiredo alguma...

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O BLOGDOROCHA está aberto para divulgação de qualquer evento cultural na cidade de Manaus - sinto-me honrado quando alguém solicita um espaço no nosso humilde blog. Hoje, estou publicando um pedido da minha amiga Raquel Cardoso.

Rocha,
Por favor, preciso da sua força na divulgação desse evento, lembrando que é de grande importância, pois é um assunto ainda raro estudado aqui no Brasil. Para estudantes que queiram, será emitida declaração de horas complementares. Obrigada! Raquel Cardoso raquelcardoso.arte@gmail.com  

A Livraria Valer tem a satisfação de convidá-lo(a) para a palestra Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação, ministrada pelo professor Lúcio Fernandes Ferreira.

Na ocasião será lançado o livro Identificação de Crianças com Transtornos do Desenvolvimento da Coordenação, de Lúcio Fernandes Ferreira e Andrea Michele Freudenheim. O evento acontecerá dia 1º de dezembro, às 19h, no Espaço Cultural da Livraria Valer – Av. Ramos Ferreira, 1195, Centro.

Em sua palestra o professor Lúcio Fernandes Ferreira abordará o Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC), condição que afeta aproximadamente 15% da população infantil, sendo reconhecida tanto pela Associação Americana de Psiquiatria (APA, 1987) quanto pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 1989). O tema é de grande relevância junto aos profissionais que lidam com o desenvolvimento da criança e do adolescente. Com experiência na área de Educação Física, atuando principalmente na aprendizagem motora, controle motor, natação e educação física infantil, Lúcio Ferreira, juntamente com a professora Andrea Michele Freudenheim, publicam o livro Identificação de Crianças com Transtornos do Desenvolvimento da Coordenação: a lista de checagem do teste MABC em foco, que será lançado após a palestra.

O LIVRO

A literatura internacional apresenta grande produção de pesquisas conduzidas por fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas e profissionais de educação física, no entanto, no Brasil, poucos são os pesquisadores que se dedicam ao estudo do referido tema. O livro apresenta aspectos que conferem ao fenômeno características de complexidade e de heterogeneidade tais como: conceitos, etiologia, subgrupos, comorbidades, impacto no desenvolvimento; e etc. Mais especificamente, esta obra discute a adequabilidade da lista de checagem de observação do comportamento motor do teste MABC, um dos instrumentos mais utilizados para identificação de TDC em crianças.

Identificação de Crianças com Transtornos do Desenvolvimento da Coordenação é relevante e fundamental para os profissionais que lidam com a saúde, o desenvolvimento e o crescimento da criança e do adolescente por abordar um fenômeno ainda desconhecido no Brasil, mas, que está presente em uma parcela grande da população escolar, interferindo diretamente na vida social, familiar e acadêmica dessa população. Esta obra vem para suscitar e aumentar o interesse nos estudos e nas pesquisas sobre as diversas particularidades que envolvem o fenômeno.

Mais informações sobre a obra acesse: http://www.editoraschoba.com.br/detalhe-livro.php?id=134

AUTORES:

Lúcio Fernandes Ferreira possui graduação em Licenciatura em Educação Física (1987) pela Universidade de Taubaté – UNITAU; Especialização em Ciência e Técnica da Natação (1991) pela Universidade Castelo Branco – RJ. É Mestre em Educação Física (2004) pela Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo – USP. Atualmente é aluno do curso de doutorado da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo – USP. Tem experiência na área de Educação Física, atuando nos seguintes temas: Educação Física Escolar, Desenvolvimento Motor, Aprendizagem Motora, Natação e Futebol.

Andrea Michele Freudenheim possui graduação em Licenciatura em Educação Física (1983), mestrado (1992) e doutorado em Educação Física (1999) pela Escola de Educação Física e Esporte da USP. É Livre Docente pela Escola de Educação Física e Esporte da USP (2008). Atualmente é professora Associada da Escola de Educação Física e Esporte da USP. Tem experiência na área de Educação Física, atuando principalmente nos seguintes temas: aprendizagem motora, controle motor, natação e educação física infantil.

Evento: Palestra e lançamento de livro
Palestra: Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação
Palestrante: Professor Lúcio Fernandes Ferreira
Livro: Identificação de Crianças com Transtornos do Desenvolvimento da Coordenação
Autores: Lúcio Fernandes Ferreira e Andrea Michele Freudenheim
Editora: Schoba
Data: 1º de dezembro de 2011 (quinta-feira)
Horário: 19h
Local: Espaço Cultural da Livraria Valer – Av. Ramos Ferreira, 1195, Centro.
Entrada franca
Contatos: Valer: (92) 3635-1245 / Lúcio Fernandes Ferreira: (62) 9223-6114 / Raquel Cardoso: (92) 9111-0341

domingo, 27 de novembro de 2011

ANIVERSÁRIO DA DONA ROSANGELA (DONA RO)

Neste final de semana está acontecendo o aniversário da Dona Rosangela Mamulengo, conhecida como Dona Ro, uma mulher excepcional, mãe-avó, esposa do nosso querido Paulo Mamulengo, o Conde de Paricatuba.

Ontem, aconteceu o “RaiveRo”, com o comando do DJ Tubarão, assim estava programado, não sei de deu “capim na palheta”, pois, apesar da Ponte Manaus-Iranduba está em operação, não foi possível eu ir ao evento - estou por fora, não sei o que está acontecendo por lá.

Hoje, deve está rolando muito peixe assado na brasa, muito som e birita de montão - a praia  e o lago de Paricatuba devem está bombando, com muitos amigos comemorando o niver da Dona Ro.

A Dona Ro é uma cabocla-baiana, nasceu na primeira capital federal do nosso país e, veio ainda muito jovem para Manaus – “comeu Jaraqui e, nunca mais saiu daqui, nem com nojo de pitiú de Bodó”! Ficou apaixonada por esta terra e por sua gente – ralou por um bom tempo, estudou muito, tornou-se Terapeuta Ocupacional, chegando a trabalhar com o médico Rogelio Casado, na área de saúde mental.

Conseguiu passar num concurso público e, está trabalhando na Secretária de Saúde do Estado do Amazonas, o que lhe permitiu dar uma vida melhor para os seus filhos Ruan, Raul e para o netinho, o novo xodó da família Mamulengo.

Ela possui uma história de lutas, sofrimentos, superações, alegrias e de conquistas.

Na companhia do seu marido, moraram por um bom tempo num barco, chamado de “Consciência”, dentro dele, nasceu o seu primeiro filho, o Raul – foram anos difíceis, mas, em compensação, estavam em contato direto com a natureza, inclusive, tornou-se uma incansável defensora da preservação do meio ambiente.

Foi morar na Vila de Paricatuba, no município de Iranduba, interior do Amazonas. Fez um trabalho sério de conscientização dos nativos, para a preservação do lugar – é uma pessoa muito querida e respeitada pela comunidade.

Para conciliar os seus estudos e dos seus filhos, além do seu trabalho em Manaus, optou em ter uma segunda moradia na capital, mas, nunca deixou de visitar a sua bela residência em Paricatuba – uma casa de madeira desenhada e construída pelo seu marido, o Paulo Mamulengo, conhecido mundialmente como o “Conde de Paricatuba”.

Dona Ro, saúde e vida longa! Um abraço do tamanho da Amazônia! É isso.

FAMÍLIA PARÁ

Recebi um e-mail de um amazonense, ele foi embora de Manaus faz bastante tempo e, perdeu o contato com os seus familiares -, recorreu ao BLOGDOROCHA para ajudá-lo a encontrar os seus primos, primos e tios que moram nos bairros da Compensa, Glória e São Raimundo, pois, pretende regressar em Dezembro próximo, trazendo os seus filhos para conhecerem a sua cidade natal e, reencontrar os seus parentes no Natal.  
Olá Rocha!
Sou aí de Manaus, hoje, moro no interior de São Paulo. Estou pretendendo levar meus filhos para conhecerem a minha terra, em especial, o bairro da Compensa. Preciso localizar alguns parentes que moram neste bairro. As minhas duas primas chamam-se Elza e Ednelza, são filhas da irmã do meu pai, o Alberto Luiz de Nazareth, conhecido como Beré – a filha da Elza trabalha na Rádio Difusora FM do Amazonas. Espero que você possa me ajudar, pois pretendo ir ai em Dezembro de 2011. Meus contatos: adriano.para@NOVELIS.com        ar-para@bol.com.br  ou (012) 3642-8827 residência, (012) 3641-9436 trabalho (esta semana meu horário é das 23:00 às 07:00). Desde já meu muito obrigado!

Olá Rocha!
Desculpe esse contato novamente com você! Eu ainda não tive nenhum sucesso na busca pelos meus parentes ai na Compensa. Acho que a Rádio difusora não recebeu o teu e-mail. Tenho também parentes nos bairros da Glória e São Raimundo. Primos e Tios: Rosenilda Pará/Rosineide Pará/Francinei Pará/Maria Pará/Juarez Pará/Ângela Pará – perdi o contato com todos eles. Rocha, muito obrigado e Feliz Natal para você para os seus! Que Deus ilumine seus dias! Pará.
Resposta: Olá Pará! Encaminhei o teu e-mail para a Rádio Difusora, espero que eles retornem com o contato da filha da Dona Elza. O BLOGDOROCHA é visto em média por 400 pessoas diariamente - irei publicar a nossa troca de e-mail – fico na torcida que alguém conheça os teus parentes e, possa se comunicar antes da tua viagem para Manaus. Abraços. Rocha

Quem conhecer alguma das pessoas acima citadas, favor entrar em contato, com certeza, será muito gratificante em ajudar a reencontrar um família. É isso ai.

sábado, 26 de novembro de 2011

REVISTA AMAZÔNIA

Recebi um e-mail do meu amigo Evaldo Ferreira, divulgando a revista "Amazônia", fiz questão de publicar no nosso blog,  em decorrência da belíssima capa e do conteúdo. Vale a pena conferir! É isso ai.

Já está em circulação a nova revista Amazônia
Adquira a sua:
 - Na Galeria Amazônica (no Largo de São Sebastião)
- Na banca do Largo de São Sebastião
- No sebo O Alienista (na praça da Polícia)

Ou solicite através do e-mail:
amazoniaarevistadagente@gmail.com

Veja o site e ouça a rádio: www.voxifm.com.br

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

DONA ADALGIZA, A TACACAZEIRA DE MANAUS.


No dia 30 de Setembro passado fiz uma postagem sobre a Dona Adalgisa – para minha surpresa, recebi um e-mail da assessoria de comunicação do Deputado Estadual Luiz Castro, comunicando que irá fazer uma homenagem a esta senhora. Não sei se a minha postagem serviu de alguma forma para a Assembleia Legislativa do Amazona fazer esta justa homenagem. Parabéns ao nobre Deputado Luiz Castro e a Dona Adalgisa!

E-mail do Deputado Luiz Castro:

"Castro homenageia dona Adalgiza em solenidade no dia 15 de DEZEMBRO - O deputado Luiz Castro vai homeangear dona Adalgiza, a mais tradicional tacacazeira de Manaus, em reconhecimento à bela história de luta dessa mulher que com dignidade criou filhos e netos, trabalhando incansavelmente, até hoje, aos 93 anos, na banca da Praça da Polícia. Dona Adalgisa também é exemplo solidariedade pela adoção de vários filhos e respeito aos idosos. A solenidade de entrega da Medalha do Mérito Parlamentar será no próximo dia 15 DE DEZEMBRO na Assembléia Legislativa - Assessoria de Comunicação/Georgina Andrade/Adriana Rocha/Fred Novaes".



Postagem do BLOGDOROCHA:



Quem passa pela Praça Heliodoro Balbi (antiga Praça da Polícia), centro antigo de Manaus e, para no “Quiosque de Tacacá da Dona Adalgiza”, não imagina que aquela senhora simpática que serve a melhor iguaria da Região Norte passou da casa dos noventa anos e que todo o produto do seu trabalho é destinado a ajudar as pessoas carentes de Manaus.

A Dona Adalgiza nasceu no Seringal Concórdia, no Alto Juruá, Estado do Amazonas, veio ao mundo em 15 de Julho de 1918, exatamente quando a 1ª. Guerra Mundial estava terminando.

Passou poucos anos no local onde nasceu, indo morar por pouco tempo na Comunidade do Jaraqui, depois, foi para o município de Nova Olinda do Norte e, chegou à cidade de Manaus com apenas doze anos de idade.

- Passei todos esses anos em Manaus, a minha cidade, pretendo somente sair daqui direto para o Cemitério do Tarumã! – fala com orgulho da cidade que o acolheu.

Morou na “Cidade Flutuante”, a sua casa ficava por detrás da loja “Uirapuru Ferragens”, próximo onde é hoje a “Loja do Baiano”. Com a demolição das casas que faziam parte desse complexo de moradias, o governo doou um terreno no bairro de São Jorge, na Rua São Pedro, onde construiu a sua nova moradia, local em que está até hoje com os seus filhos, netos e bisnetos.

Casou e teve cinco filhos, foi abandonada pelo marido quanto tinha apenas vinte e seis anos de idade. Ele arranjou outra mulher e foi morar em Santarém, no Pará. Tempo depois, ficou doente, voltou para Manaus e, pediu perdão da ex-mulher, ela não o perdoou, não o fez por ter arranjado outra mulher, mas, por ter abandonado as cinco crianças.

Ela conta que passou muitas necessidades, chegou até a desmaiar de tanta fome, sofreu muito para sustentar os seus filhos menores. Quando começou a ganhar dinheiro com a venda de tacacá, além de dar uma boa vida a sua prole, começou a criar os filhos dos outros, ao todo foram quarenta filhos adotivos.

Trabalha mais de cinquenta anos na Praça da Polícia, atual Praça Heliodoro Balbi. Com a venda do tacacá ajudou a criar os filhos, netos e bisnetos.

– Quando eles ficavam adultos e iam se casar, sempre comprava uma casa e dava para eles! – diz com orgulho.

– Hoje não posso mais fazer isso, dou apenas uma boa educação, quando ficam adultos, estão preparados para arranjar emprego e se virar na vida!

Antes da reforma da Praça da Polícia, ela revela que faturava alto com a venda de comidas, guloseimas, bebidas e o tradicional Tacacá.

- Muita gente circulava por aqui, tinham os soldados do quartel da polícia militar, o “Café do Pina” era apinhado de gente, eu tinha uma imensa clientela, o faturamento era ótimo. – lembra com saudade dos tempos bons.

– Atualmente, dá somente para sobreviver, com a nova praça a clientela foi embora, caiu o movimento, além de me proibirem de vender comidas, até o refrigerante não posso oferecer aos meus clientes. Este quiosque foi feito pelo governo, não cobram taxa, luz nem água, ainda bem! O nome foi em homenagem a Dona Zita, a primeira tacacazeira da praça. – fala lamentando uma pouco das decisões equivocadas da Secretaria de Cultura.

– Para ser ter uma ideia, pago uma pessoa para fazer as compras no Mercado Adolpho Lisboa, preparo o Tacacá em minha casa, tenho um contrato com um taxista de confiança, pago para ele R$ 900,00 por mês, somente com o transporte do material até a banca, ainda tenho que pagar uma diária para um ajudante. – desabafando novamente.

– Tem mais, ainda estou criando cinco filhos adotivos, o mais velho tem vinte anos e, o mais novo tem apenas seis anos de idade. Dividi o meu terreno, fiz uma casa grande ao lado, outra no fundo, a minha tem dois pavimentos, moro na parte de cima com os cinco filhos, nas outras casas e na parte debaixo moram os meus filhos mais velhos e suas esposas e filhos. A minha netinha me ajuda na venda do meu tacacá, no próximo ano ela irá estudar de manhã e a tarde, não terei mais a sua ajuda, no tem problema, o mais importante será o seus estudos!

Esta senhora guerreira e mãe adotiva de muitas crianças, ainda têm planos para o futuro:

- O meu desejo é alugar uma casa bem grande e cuidar dos velhinhos que estão abandonados no centro de Manaus, fico muito triste em ver uma pessoa sofrendo e abandonada pela família. – fala revelando o seu imenso lado humano.

Perguntei o que ela queria ganhar de presente no seu próximo aniversário, respondeu:

- Quero ganhar uma Camionete, para passear e transportar o meu tacacá e, um noivo para casar antes de completar os cem anos de idade! – falou dando uma tremenda gargalhada!

Juro que não tinha encontrado nos últimos anos uma pessoa tão humana quanto a Dona Adalgiza – uma guerreira, com quase cem anos de idade, trabalhadora, ativa, lúcida, com dois lindos olhos de bondade, um grande coração, uma sofredora que venceu na vida com muito esforço, criou os seus filhos e mais quarenta adotivos e, ainda quer construir o abrigo para cuidar dos idosos abandonados de Manaus!

- Trabalho de segunda a segunda, paro somente um dia por mês quando vou ao cardiologista, para o médico examinar o meu coração que começou a dar uns probleminhas! - falando do seu gosto pelo trabalho e do seu coração doente.

No dia 24 de Outubro a cidade de Manaus completará 342 anos -, bem que a Secretaria de Cultura poderia fazer uma homenagem toda especial para a Dona Adalgiza. Pode ser uma medalha de honra ao mérito, ou melhor, liberar o quiosque para que ela possa vender refrigerante e quitutes, quanto mais dinheiro ela ganhar, com certeza, mais crianças e velhinhos ela irá ajudar!

Enquanto isso, os políticos ficam fazendo honrarias para muitas pessoas que não merecem, esquece-se de homenagear a Dona Adalgiza! Após a eleição, a grande maioria não anda mais a pé pela cidade, não conversam com o povo, não querem saber que existe uma tacacazeira na Praça Heliodoro Balbi que é a cara de Manaus, que tem uma história de sofrimentos, vitórias e amor ao próximo!

Enquanto tomava o delicioso tacacá e conversava com a Dona Adalgiza, ao saber da sua história de vida e do seu imenso amor pelas pessoas, os meus olhos marinaram! Ela é uma mãezona, o brilho do seu olhar parece com a da minha saudosa mãe!

Palmas para a Dona Adalgiza, a tacacazeira de Manaus, a mãe de quarenta filhos adotivos e, protetora dos idosos abandonados! É isso.

Foto: J. Martins Rocha



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

PASSEIO AO CAREIRO DA VÁRZEA



Domingo passado resolvi sair um pouco da cidade e, dei um pulo até o Careiro da Várzea – para quem não conhece, ele é um município brasileiro do Estado do Amazonas, pertencente à Região Metropolitana de Manaus e, como o próprio nome o define, ele é tipicamente de várzea (95%).

Para quem não dispõem de automóvel, existem varias linhas de ônibus que dão acesso ao Terminal Fluvial Manaus-Careiro da Várzea - as mais conhecidas são da “Vila Buriti e Mauazinho”.

A travessia pode ser realizada em Balsas (Ferryboat), para automóveis, cargas e pessoas ou, em pequenas embarcações conhecidas como “A Jato”, somente para pessoas, ao preço de R$ 10,00 para ida e volta.

Com a desativação da travessia Manaus-Cacau Pirêra, em decorrência da construção da Ponte Manaus-Iranduba, as autoridades declararam que todas essas balsas iriam servir a travessia do Rio Negro - Solimões - não vi nenhuma por lá, mas, o transporte estava normal, sem grandes filas de espera.

Para quem quer passar pelo famoso “Encontro das Águas”, este passeio é o mais barato que existe – ao fazer o trajeto de ida, fiz uma pequena filmagem da passagem do Rio Negro para o Solimões, a emoção foi muito grande, apesar de já ter perdido a conta das vezes em que passei por lá.

Ainda no Terminal, percebi que a oferta de peixes era enorme, com muito Pacu, Sardinha, Tambaqui, Bodó, Tamoatá e Jaraqui. Na chegada, notei também a venda de muito peixe – fiquei com água na boca e, resolvei parar num “Bar-Flutuante” para almoçar o meu manjar: “Jaraqui Frito com Baião de Dois”, acompanhado de farinha, pimenta, azeite e limão, além de uma cerveja bem gelada.

Antes de me aboletar num tamborete do restaurante, dei uma pequena volta pelo entorno da cidade – visitei o Mercado Municipal e, fiquei admirado com uma obra de grande porte que o governo do Amazonas está executando, trata-se do Porto do Careiro da Várzea, uma obra de 26 milhões de reais – acredito que a construção foi motivada em decorrência dos trabalhos de recuperação da BR-319, ligando Manaus-Porto Velho.

Este município possui 95% da sua área formada de Várzea, um terreno que fica às margens do Rio Solimões, ficando inundado em época de enchente, deixando ai o Húmos, rico em adubo natural que permite o cultivo com alta fertilidade para os ribeirinhos. A areia da beira do rio possui um brilho todo especial, em decorrência de um minério que não sei definir o seu nome, acredito que já foi estudado por algum pesquisador – anda não vi outra igual.

No flutuante, pedi um refrigerante, pois estava fazendo muito calor, aproveitei para terminar de ler o meu jornal preferido – não deu para me concentrar na leitura, em decorrência do som muito alto de um CD de uma dupla sertaneja. Resolvi tomar uma atitude: dei um pulo no Rio Solimões -, nadei um pouco, mas, com medo da “Piraíba”, um peixe de grande porte que, uma vez e outra, gosta de morder a perna de um caboco e levá-lo para o fundo do rio – eu, hein!

Chegando à hora do almoço, fiz logo o meu eu pedido: - Um “Jaraco” frito, por favor! A dona estabelecimento respondeu: - Não temos peixe de qualidade alguma! Fiquei indignado: - Mas, tem um montão de peixes no mercado e nas bancas, dando na cara que nem papeira! Ela, na maior: - Pois é, por isso que não tenho para vender, o pessoal está enjoado até talo de peixes, o negócio por estas bandas é churrasco de carne e frango! – Tô fora, vim lá da casa do carvalho pra comer um peixe aqui e, nada! Fui!

A Volta foi muito legal, também pudera, poucos são os privilegiados que podem passear pelo “Encontro das Águas” e curtir as belezas da Amazônia. Ao me dirigir ao Ponto de ônibus, um Taxi-lotação parou e ofereceu os seus serviços, apenas cinco reais para deixar no centro de Manaus, topei na hora. Fui a um restaurante da Avenida Getúlio Vargas esquina com a Rua Dez de Julho, encontrei uma variedade de comidas, tudo a quilo -, fiz o meu pedido: um pedaço de Surubim (liso, mas, cheio de pinta!) com farofa e feijão. Tava de bom tamanho!

Para finalizar o passeio, dei um pulo até o “Bar Caldeira”, para encontrar com os amigos, jogar conversa fora, ouvir uma boa música e, entornar umas geladas de leve. É isso ai.

sábado, 19 de novembro de 2011

VIOLÃO DO MESTRE ROCHINHA


O meu saudoso pai era um luthier dos bons, um mestre que dominava a arte de fabricar instrumentos de cordas – na década de setenta fez parceria com o Instituto Nacional da Amazônia (INPA), para descobrirem tipos de madeiras bem resistentes, com elevada grau de sonoridade e beleza, próprias para o fabrico de violões e cavaquinhos.

Esta parceria deu certo por muito tempo, tanto que os cientistas e a própria instituição de pesquisa adquiriram diversos violões do meu pai. Eles chegaram a ensaiar um desenho de uma nova estrutura interna do instrumento e, estavam tentando fazer um violão nos moldes do famoso “Gibson” dos Estados Unidos da América.

Em 1985 o meu pai sofreu um acidente vascular cerebral, deixando-o com sequelas, não podendo mais fazer os seus maravilhosos violões e, vindo a falecer em 2007.

A grande maioria dos seus instrumentos foram sendo destruídos por falta de manutenção, pois faltava alguém que entendesse do assunto – poucos violões fabricados pelo Rochinha ainda resistem até os tempos atuais – tenho ainda dois exemplares guardados com muito carinho.

Postei uma fotografia no FaceBook, um trabalho do meu amigo poeta Marcos Gomes, onde eu apareço mostrando um dos violões do meu pai, tendo ao fundo o nosso querido Teatro Amazonas – dias atrás recebi um e-mail de uma pessoa que viu o violão:


“Prezado José Rocha. Fiquei muito feliz por encontrar seu blog na internet e, reconheci logo o violão da sua foto muito parecido ao meu. Ganhei o violão quando cheguei a Manaus, em 1990, para estudar no INPA. Ele estava quebrado e quem fez um reparo "mais ou menos" foi o Jair do CPPF do INPA. Tentei várias pessoas quem pudessem repará-lo e cada um deixava o violão melhor do que estava, mas o braço continuava empenado como está até hoje. E ainda não encontrei quem o reformasse. Eu moro em Natal hoje, e as pessoas que trabalham com lutheria aqui não querem mexer no violão. Gostaria de saber se em Manaus você conhece alguém que possa consertá-lo. Poxa vida! E pensar que morei em Manaus até 2002 e não consegui encontrá-los! Quem sabe em alguma ida minha a Manaus eu leve para você ver e deixar para o conserto. Ricardo Andreazze”

Respondi:

Desculpe-me em não ter respondido antes. O teu violão foi feito pelo "Bandolim Manauense"? Caso positivo, ele poderá ser consertado em Manaus, pela OELA - Escola de Luteria do Amazonas - www.oela.org.br  Que surpresa! Este violão foi fabricado pelo meu saudoso pai - a assinatura é dele! Este violão é uma raridade, para você ter uma ideia, o meu pai faleceu faz quatro anos, porém, passou vinte e dois anos doente e, não fez mais nenhum outro violão.

É isso ai! Viva o “Violão do Mestre Rochinha”!
















sexta-feira, 18 de novembro de 2011

DEOCLECIANO (DECO) BENTES DE SOUZA



Um amazonense dos bons, jornalista, professor universitário aposentado, presidente eterno da Banda Independente da Confraria do Armando (BICA), duas vezes presidente do Sindicato dos Jornalistas, amante da sétima arte (cinema) e, conhecedor profundo da vida política e social de Manaus (décadas de 60, 70 e 80)

Estudou no famoso Colégio Estadual do Amazonas, na época em que o ensino público era de qualidade superior; passou no concorrido vestibular de jornalismo da antiga Universidade do Amazonas. Antes de seguir a sua brilhante carreira de jornalista, trabalhou em agências de publicidade, a primeira, foi na empresa “Quarteto Propaganda”, como diretor de arte, depois, foi chamado para fazer parte dos quadros da “Saga Publicidade”.

Ainda muito jovem foi chamado para implantar um sistema de impressão off-set (fora do lugar) no “Jornal do Commercio”, sendo pioneiro neste tipo de impressão (a tinta passa por um cilindro intermediário, antes de atingir a superfície, este método tornou-se principal na impressão de grandes tiragens).

Na qualidade de professor da Universidade Federal do Amazonas, formou várias gerações de jornalistas – chegou a trabalhar também em jornais de renome nacional. Certa vez, deu uma entrevista a um jornal de Manaus e, fez a seguinte declaração: “Eu fui professor do curso de Jornalismo na Ufam por muitos anos e cheguei também a conhecer alguns cursos em faculdades americanas. Lá as próprias empresas de comunicação financiam os cursos de Jornalismo. São elas que têm interesse em ter nas redações mão-de-obra qualificada, por isso fazem tudo para que o ensino de Jornalismo seja o melhor possível. Ainda como aluno, o futuro jornalista passa pelas três mídias, rádio, televisão e jornal, exercitando e praticando tudo aquilo com que vai se deparar quando efetivamente chegar ao mercado de trabalho. Aqui no Brasil isso só acontece com a Faculdade Cásper Líbero e a Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) em São Paulo. Na Cásper Líbero os alunos, depois de alguns períodos, têm a sua disposição a TV Gazeta, a Rádio Gazeta, o jornal Gazeta e a Gazeta Esportiva, que é um jornal diário. Os alunos depois de formados chegam ao mercado de trabalho prontos para disputar com todas as condições favoráveis possíveis. Isso acontece também na Faap – foi lá que estudei depois que transferi meu curso para São Paulo. Para mim foi bom, porque enquanto estudava eu também trabalhava nos grandes jornais, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário da Tarde e Diário da Noite, entre outros. Nas faculdades particulares o problema é bem maior. Os alunos só têm a parte teórica e quando chegam ao mercado de trabalho, são um total fracasso, não tem a mínima condição de permanecerem nas redações”.

O Deocleciano, Deco para os amigos, não chegou ainda a lançar nenhum livro, ao contrário do seu irmão Márcio Souza, um escritor consagrado nacionalmente – dizem que ele está escrevendo o seu primeiro livro, o título é “Por trás das Rotativas”, aguardado com muita expectativa pelos estudantes de jornalismo e profissionais do ramo.

Por ser fissurado por filmes, chegou a trabalhar na cenografia do filme “A Selva”, um longa-metragem de ficção lançado em 1972, foi uma adaptação para o cinema do romance homônimo de Ferreira de Castro. Este filme foi dirigido pelo seu irmão Márcio de Souza, tendo a participação do sei pai, o Jamaci Bentes.

Na sua residência, mantêm um pequeno cinema – o “Cine Yayá”, uma justa homenagem à proprietária do extinto Cine Avenida (atual Loja Bemol, da Avenida Eduardo Ribeiro).

O Deocleciano sairá em longas férias, fará um cruzeiro pela Europa e, chegará a tempo de organizar o mais famoso carnaval de Rua de Manaus, a “Banda da BICA”. Boas Férias Deco! É isso.


Fonte: Rogélio Casado - rogeliocasado.blogspot.com/
Fotos: Rogélio e Luiz


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O CÉU DA BANDEIRA BRASILEIRA


Era madrugada do dia 15 de Novembro de 1889, quando o Marechal Deodoro da Fonseca dirigiu-se à Praça da Aclamação (atual Praça da República), no Rio de Janeiro, estava montado em seu cavalo, quando tirou o chapéu e, proclamou (anunciou em público e em voz alta): “Viva a República!” – o aspecto do céu do Rio de Janeiro, correspondente às 8h30min desta memorável data ficou marcado para sempre na história do Brasil.

Este céu ficou conhecido como “O Céu da Bandeira Brasileira” – em decorrência de estar representado no nosso pavilhão nacional, onde cada estrela está representando um Estado da federação – sendo considerada a mais completa ilustração celeste já imaginada para uma bandeira nacional.
Toda vez em que um Estado é extinto retira-se sua estrela; quando ocorre uma fusão, apenas uma permanece e, novas estrelas podem ser acrescentadas, na medida da criação de novos Estados, sempre obedecendo à configuração original do céu de 15 de novembro de 1889.
Região Norte - as estrelas e os Estados correspondentes: Amazonas (Prócion), Pará (Spica), Acre (Hya), Roraima (Muliphen) e Rondônia (Wezen). A mais fácil de identificar é a do Pará, ela fica isolada, bem acima da faixa branca – a divisa positivista “ORDEM E PROGRESSO”; a do Amazonas fica ao lado esquerdo, bem abaixo do “OR” – todas as duas são de primeira grandeza (as mais brilhantes), são aquelas que primeiros se veem após o pôr do Sol.
Uma curiosidade: o Distrito Federal é representado por sigma do Oitante, uma estrela que na prática está no limiar da visibilidade a olho nu, a escolha se justifica plenamente ao verificarmos sua posição bem próxima ao polo celeste Sul, desse modo, ela nunca nasce ou se põe vista do território brasileiro (está sempre no céu, em qualquer dia e horário).
Viva a República! Viva o céu brasileiro do dia 15 de Novembro de 1889! Viva! É isso.

sábado, 12 de novembro de 2011

PROFESSOR LÁZARO DO CURSINHO EINSTEIN DE MANAUS

Na década de setenta, um grupo de jovens professores da rede estadual de ensino, descobriram um grande filão na área educacional e, resolverem montar, em Manaus, um curso preparatório para o concorridíssimo vestibular da antiga Universidade de Manaus (UA), era o Pré-vestibular Einstein, com a sede na Rua Barroso, centro – dirigido pelo Waldery, na área de física e matemática; o Edivaldo (índio), de história e geografia e, do nosso querido Lázaro, de Língua Portuguesa e Literatura, uma figura que tinha uma forma toda especial de lecionar.

Os dois primeiros foram sócios por muito tempo, formando, tempo depois, o Curso Objetivo e, na atual Uninorte/Laureate, uma imensa universidade de graduação e pós-graduação, com ramificações em todo o Brasil e no exterior.

O professor Lázaro seguiu por longo tempo a “carreira solo” -, formando um bom tempo depois, o Colégio e Pré-vestibular Camões.

Ele era muito querido pelos seus alunos, pois apostou na descontração como uma excelente forma pedagógica de ensinar.

A grande maioria dos brasileiros possui uma grande dificuldade em absorver os ensinamentos da língua portuguesa, faço parte dessa massa, mesmo assim, com um ano de aula do professor Lázaro, consegui passar no vestibular.

Ele lecionava contando piadas, gesticulando bastante e, chamando até palavrões – a turma ia ao delírio com as suas aulas, ela deixou de ser maçante, para tornar-se prazerosa.

Foi o responsável em colocar muita gente na UA, pois motivava aos jovens a estudarem com mais afinco – o sucesso imediato do cursinho foi em decorrência do seu excelente desempenho e carisma, sem sombra de dúvidas!

Tinha um pequeno defeito de fábrica: era um apreciador inveterado de uma “loura gelada”, aliás, de várias e diversas, tanto que servia até para motivos de zombaria por parte dos alunos.

Passou um bom tempo abstêmio, chegando a frequentar e presidir a irmandade dos Alcoólicos Anônimos do Porto de Manaus – segundo o artista plástico Inácio Evangelista, ele foi muito amigo do Lázaro, os dois secaram muito bar em Manaus e, foram também irmãos do AA.

Certa vez, o Inácio me contou uma proeza dos dois, foi mais ou menos assim: num belo sábado caliente de Manaus, os dois amigos se encontraram no "Canto do Fuxico" (esquina da Avenida Eduardo Ribeiro e da Rua Henrique Martins), o Inácio propôs uma caminhada até a esquina da Rua José Clemente, chegando lá, resolveram pegar a esquerda e pararam bem em frente ao Bar Caldeira, resolveram tomar um guaraná Baré, papo vem, pago vai, pediram outro guaraná, papo vem, papo vai, tomaram o terceiro guaraná, antes de pedir o quarto, o Inácio propôs o seguinte:

- Companheiro Lázaro, está fazendo um calor danado, que tal tomarmos somente um copo de cerveja? - perguntou na brincadeirinha para o professor - se colar, colou!

- Companheiro Inácio, faz logo o pedido, aproveita e pede dois maços de Hollywood e Tira-Gosto de Queijo Bola com Salame, manda o Adriano separar uma dúzia de ampolas véu de noiva, eu não sou homem de tomar somente uma, estou até o pescoço com a porra desse guaraná, vamos secar o boteco, Companheiro Inácio! - respondeu na maior - quem manda cutucar Onça com vara curta!

- Paranananam, paranananam - Ó abre alas que eu quero passar, eu sou da lira não posso negar! Vou-me embora para Pasárgada, lá sou amigo do rei, lá tenho a mulher que eu quero, na cama que escolherei!

Os dois companheiros passaram a tarde bebendo, cantando e declamando, estavam “mais feliz do que pinto no merda”! Depois da bebedeira, os dois ainda foram abrir os trabalhos no AA, não deu outra, foram expulsos pelos estivadores, embaixo de socos e pontapés.

O Lázaro fechou o Curso Camões e, foi para Boa Vista (Roraima), continua lecionando e dirigindo um cursinho, não sei se ainda é apreciador de suco de cevada.



Parabéns ao professor e, muito obrigado pelos seus ensinamentos. É isso ai.







BLOGDOROCHA: BEIRA DE RIO - GEORGE JUCÁ - FOTOS: J MARTINS ROCH...


Clique no Link abaixo para assistir ao video.

BLOGDOROCHA: BEIRA DE RIO - GEORGE JUCÁ - FOTOS: J MARTINS ROCH...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

FRATERNIDADE ROSA CRUZ


Gosto de caminhar pela minha cidade e, de fotografar o que acho interessante para publicar no blog - no feriado do “Dia dos Finados” dei um pulo até o bairro Nossa Senhora das Graças, tive uma grata satisfação de encontrar um prédio com uma fachada totalmente diferente do que já vi em Manaus, depois, fiquei sabendo que se tratava da Loja Rosa Cruz Manaus AMORC, situado na Rua Rosacruz, 305, no Conjunto Vieralves.


Uma semana depois de ter tirado a fotografia, bati um papo com um músico conhecido por Moisés, fiquei sabendo que ele é um Rosacruciano iniciado; mostrei a referida foto e, fui convidado para participar de uma reunião com os seus membros.


Ainda não aceitei, pois gosto mesmo é de frequentar as missas de domingo na Igreja de São Sebastião, mas, estou curioso em conhecer o interior do prédio e da palestra inicial.


Sobre a Rosa Cruz fiquei sabendo que se trata de uma Fraternidade (irmãos, irmandade) que ficou conhecida no século XVII através de três Manifestos "Chamado da Fraternidade da Rosacruz", “Confissões da Fraternidade Rosacruz" e “Núpcias Alquímicas de Christian Rozenkreuz”.


Com relação ao Christian Rosenkreuz, os historiadores dizem que ele nasceu em 1378 na Alemanha, foi educado numa abadia, aprendeu grego, latim, hebraico e magia; em 1393 visitou Damasco, Egito e Marrocos, onde estudou artes ocultas, ao retornar a Alemanha, em 1407, teria fundado a “Fraternidade Rosa Cruz”.


Dizem que Christian Rosenkreuz é apenas um nome simbólico, guardando segredos e mistérios, pois o nome tem um paralelo com Cristo ou Christos, Rosen ou Rosa e, Kreuz ou Cruz. Os Rosacruzes dizem que são herdeiros de tradições antigas (alquimia medieval/gnosticismo/ocultismo/hermetismo/cabala e neoplatonismo).  Sobre a rosa tem uma frase “O coração do cristão permanece em rosas, quando ele permanece sob a cruz”.


Afinal, quais são os princípios e objetivos dos rosacrucianos? Dizem que eles defendem a fraternidade universal entre todos os homens, levando-os ao autoconhecimento e à manifestação de sua real natureza espiritual, a fim de contribuir para a evolução de toda a humanidade. 


Existem várias organizações – a de Manaus é a “Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis (AMORC)”, fundado no Antigo Egito e organizado pelo Faraó Amenhotep IV, por volta de 1500 a. C.
 

Depois desses conhecimentos iniciais, deu para ligar as figuras egípcias que estão na fotográfia acima, com a “Fraternidade Rosa Cruz”. É isso.

VIRADA CULTURAL MANAUS 2011

Tudo começou em Paris em 05 a 06 de Outubro de 2002, com a Nuit Blanche (noite branca, crepúsculo permanente), tendo como objetivo fazer arte acessível a todos, melhorar o ambiente urbano através da criação moderna, criando um momento de convívio – em 2005 a moda pegou no Brasil, com a Virada Cultural de São Paulo, com o intuito de promover na cidade 24 horas ininterruptas de eventos culturais – a cidade de Manaus aderiu ao movimento e já está na sua segunda edição.

Em Manaus, o evento será no dia 12 e 13 de novembro, com 11 palcos espalhados pelos quatros cantos da cidade: Praça do Amarelinho – Parque dos Bilhares – Ferreira Pena – Museu Luso Brasileiro – Jorge Teixeira – Cidade Nova – Eldorado – Paço da Liberdade – Praça da Saudade e Ponta Negra.

Haverá diversas atrações nacionais, com destaque para Preta Gil/Pitty/Erasmo Carlos/Biquini Cavadão – além de todas as bandas e artistas de peso da nossa cidade. Serão rodados mais de 50 filmes na virada. Para os evangélicos haverá um palco voltado somente para música gospel, será no Centro de Convenções Canaã, na Rua Rodrigo Otávio.

Fiz o meu roteiro com a minha galera, iremos para o Palco Paço Municipal, onde teremos as atrações: Adriano Lima/Lucinha Cabral – Luso Neto – Nícolas Junior – Cordão Marambaia – Zeca Torres – Tucumanos – Cristina Oliveira – Chico da Silva – Eliana Printes e Cabocriolo.

Vamos todos prestigiar o evento! Reúna a sua turma e curta 24 horas de cultura na cidade de Manaus! E isso ai.

Comentários:

José Ribamar Mitoso - literaturapanamazoni​co@gmail.com Nuit Blanche, em Paris, Virada Cultural, em São Paulo, e, em Manaus, a psicopatologia da dependência, como dizia o professor Paulo Graça, poderia chamar-se ...Madrugada Cabocona, né, não, mano?
Grande Mitoso!
Realmente, a "Madrugada Cabocona" seria um nome bem sugestivo, bem ao nosso modo de ser, mas, a grande maioria está sempre copiando e, valorizando o que vem de fora.
Abraços,
Rocha

www.blogdoalienista.blogspot.com  - LIVROS NA VIRADA -  Apesar de não está sendo divulgado juntamente com a programação oficial da Virada Cultural 2011, que ocorrerá nos dias 12 para 13 de novembro (sábado para domingo) em vários palcos espalhados pela cidade, também foi reservado um espaço para os livros. O Sebo O Alienista que participou da primeira edição do evento, agora juntamente com o Sebo Livros e Leitores, a Livraria Valer e a EDUA (editora da Universidade do Amazonas) estarão expondo parte de seus acervos em barracas localizadas na Praça D. Pedro II (Paço Municipal, onde era a sede da antiga prefeitura).

Grande Lê!
No ano passado passei parte da noite na tua barraca. Este ano irei repetir a dose no Paço da Liberdade. 
Abraços,
Rocha



ttp://issuu.com/d24am/docs/06829 
Foto: A Crítica   

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

BLOGDOROCHA: TRINDADE, UMA FIGURA DE MANAUS

BLOGDOROCHA: TRINDADE, UMA FIGURA DE MANAUS: Ele é uma figura de pessoa, um homem polivalente, formado em Direito, foi policial civil, chegando ao posto de Delegado, onde conquistou a ...

terça-feira, 8 de novembro de 2011

BLOGDOROCHA: COISAS ENGRAÇADAS DE MANAUS – PARTE I

BLOGDOROCHA: COISAS ENGRAÇADAS DE MANAUS – PARTE I: Em todas as cidades existem coisas engraçadas, pessoas folclóricas, lugares com nomes esquisitos, expressões populares, enfim, coisas que sã...

RARIDADES DE MANAUS


1. Quartel da Polícia (em construção), atual Palacete Provincial – fotografia da “Stab. Armanino – Genova”;

2. Bilhete de Bonde - Serie 2B 3742 “Rs. 200 PASSAGEM Uma Seçcão”, da “The Manaos Tramways And Light Co. Ltd”, emitido pela Auto Ticket Printing Co. Ltd., Liverpool;

3. Hotel Cassina & Alberto Cassina (Manáos) – foto colagem de italianos mostrando “Sale da Pranzo/Facciata Genarale/Visto Dalla Plaza”;

4. Projecto de Saneamento do Igarapé de Manaus , feita pela “Commissão de Saneamento de Manáos”;

5. Barco de venda de combustível, no Rio Negro – “Vende-se Gazolina, Querozene e Combustol”.

BLOGDOROCHA: PRAÇA D. PEDRO II - MANAUS

BLOGDOROCHA: PRAÇA D. PEDRO II - MANAUS: Recebi um e-mail de uma leitora do nosso blog, solicitando que escrevesse sobre a Praça D. Pedro II, fiquei a conversar com os meus botões: ...

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O HOSPITAL DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MANAUS CONTINUA FECHADO



Recebi um e-mail de um leitor, questionando sobre a situação da Santa Casa de Misericórdia de Manaus: - “Por falar em Santa Casa, continua fechada? Se ainda está, há alguma iniciativa em reabri-la? Qual a real causa de seu fechamento?” Respondi com esta postagem.

Lamento informar ao nobre leitor que, o hospital continua fechado, sem nenhuma luz no fundo túnel para a sua reabertura. Segundo comentários de algumas pessoas ligadas ao poder, o motivo do fechamento foi uma péssima administração do Provedor, ocasionando dívidas de todas as ordens, ficando a instituição no vermelho, mesmo recebendo doações de particulares e, transferências do governo do Estado do Amazonas e do SUS.

No governo passado, houve uma tentativa de “salvar” a Santa Casa, mas, não houve acordo, pois o Provedor aceitou receber um montante de recursos para quitar todas as dívidas, porém, não abriu mão da administração do hospital, ou seja, aceitou a grana, mas não queria deixar de forma alguma de morder o osso.

A sociedade amazonense está indignada, leia dois comentários dos nossos leitores: “Como médico, trabalhei na Santa Casa de Manaus entre 1969 e 1981. Dela só tenho excelentes lembranças. Além de seu valor como hospital, tem valor histórico e arquitetônico. É claro que o valor como hospital, para a população, supera tudo o mais. Concordo com seu texto. É preciso reabrir a Santa Casa. Roberto Góes Monteiro".

 “Nojo” é o que sinto dessa política amazonense suja e injusta, para gastar com óperas, boi Manaus, festivais caríssimos, obras mal acabadas e empreendimentos que deveriam ser postos em segundo plano, estes malditos falsos administradores não perdem tempo, mas em se tratando de uma necessidade urgente para população local, como o da saúde, se quer movimentam esforços. A Santa Casa merecia sim privilégios porque é um hospital e todos sabem o quanto esta cidade necessita de postos de atendimento médico, fora isso, este hospital faz parte da história da cidade. Realmente a saúde pública neste país é uma vergonha, tantas pessoas morrendo nas fileiras de hospitais lotados e a Santa Casa simplesmente é ignorada pelos sempre alienados políticos amazonenses. Sim, é preciso e necessário reabrir a Santa Casa. Anysha”.

O vereador Mário Frota, lançou um manifesto em prol da revitalização e reabertura da Santa Casa, segundo o edil “O Hospital da Santa Casa foi construída há 124 anos para prestar bons serviços de saúde ao nosso povo, encontra-se hoje de portas fechadas, abandonada, absolutamente esquecida pelo poder público, uma vergonha, levando-se em conta a ausência de hospitais para atender aos que, nesta terra, tem necessidade de assistência-hospitalar. O governo do estado, incentivador de tantos segmentos culturais e esportivos, que constrói uma ponte ligando as margens do Rio Negro, ao preço de R$ 1 bilhão de reais, será que não dispõe de R$ 18 milhões para salvar a Santa Casa? O que é mais barato, construir um novo hospital, ou revitalizar essa grande casa que tem a cara de Manaus? Qualquer pessoa medianamente inteligente sabe que a segunda opção é indiscutivelmente mais barato para o bolso do contribuinte”.

Segundos os historiadores “o nome Misericórdia era uma das antigas invocações da Virgem Maria, que foi utilizado entre 1240 e 1350 para nomear uma irmandade em Florença - Nossa Senhora da Misericórdia, segundo alguns estudiosos, esse fato teria influenciado Portugal ao criar uma irmandade de mesmo nome; a bandeira de todas as Misericórdias, através de sua pintura, representava a igualdade com que a Mãe de Deus favorecia e recolhia todos debaixo do seu manto. A necessidade de internação de pacientes destituídos de recursos ou recém-chegados ao Brasil, sem família e moradia, acarretou logo no século XVI, a criação das Santas Casas da Misericórdia, segundo os moldes da estabelecida em Lisboa”.

O prédio da Santa Casa de Misericórdia de Manaus, data do ano de 1880. Durante longas décadas serviu ao povo amazonense. Segundo o articulista Ribamar Bessa, do jornal Diário do Amazonas, não foram encontradas nenhuma documentação anterior ao ano de 1950, ou seja, não conhecemos a sua história na totalidade.

A Santa Casa foi o local em que eu nasci, incluindo todos os meus irmãos, meu filho mais velho e, praticamente todos os manauenses que vieram ao mundo até a década de 80.

Outro leitor pediu para enviar este texto para a primeira dama do Estado, pois, segundo o que demonstram os jornais, ela está comprometida com a saúde e o bem-estar da população – estou encaminhando para a sua assessoria de comunicação.

Não custa nada tentar! Mesmo sabendo que as esperanças de ainda ver a Santa Casa reaberta é quase nula! É isso.