quinta-feira, 29 de outubro de 2020

CHAFARIZ DAS MUSAS

 


Fica na parte central da Praça D. Pedro II, centro histórico de Manaus.


Foi fabricado pela firma inglesa Sun Foundry, em Glasgow, Inglaterra.

Possui várias alegorias representando as musas, os delfins, conchas e meninos, símbolos mitológicos intregado ao mar, terra, ar e água que vem das nuvens.

As Musas:

Caliope (poesia épica) segura um livro;

Erato (amável) a lira;

Clio ( história)o pergaminho;

Thalia (comédia) a coroa de Hera.

As musas eram nove, filhas de Mnemusine (Memória) e Zeus. Moravam no templo chamado de Museion (origem do nome Museu). Cada uma inspirava um setor das artes.

Por extensão temos "A Musa Inspiradora", a mulher amada dos poetas românticos.

A nossa Praça é pura história e fonte de conhecimentos, basta ter tempo para os detalhes e pesquisar.

Fonte: Prefeitura de Manaus.
Foto  : José Rocha

ZONA AZUL - SISTEMA ROTATIVO PAGO DE MANAUS

ESTA LEI É DESDE 2010 QUANDO O AMAZONINO ERA PREFEITO.                                     

EM 2015 O PREFEITO ARTHUR NETO ASSINOU O CONTRATO DE CONCESSÃO COM O “CONSÓRCIO AMAZÔNIA” PARA IMPLANTÁ-LO.                                                                    

EM 2019 FATUROU MAIS DE CINCO MILHÕES DOS MOTORISTAS.                                      

FOI SUSPENSO EM MARÇO DE 2020 EM DECORRÊNCIA DA PANDEMIA DA COVID-19. NÃO ACABOU NÃO! A CONCESSÃO POSSUI VALIDADE ATÉ 2025.                                        

O CANDIDATO A VEREADOR JOAQUIM ALENCAR 51400, CASO ELEITO, IRÁ FAZER PRESSÃO JUNTO AOS SEUS PARES E AO NOVO PREFEITO DE MANAUS, PARA QUE ESTE MANDE LOGO NO INÍCIO DO MANDADO UMA MENSAGEM À CÂMARA MUNICIPAL, ENCAMINHANDO     UM PROJETO DE    LEI,    REVOGANDO   TOTALMENTE ESTA LEI.                

SAIBA TUDO SOBRE ESTE TRISTEMENTE AFAMADO PROJETO - Tudo começou em 2010, quando os VEREADORES elaboraram a lei e o prefeito de Manaus, na época o AMAZONINO MENDES, autorizou a Lei no. 1.534, de 11/11/2010 e regulamentou três anos depois através do Decreto no. 2.420/2013, instituindo este famigerado sistema de estacionamento rotativo pago nas ruas de Manaus, denominado “ZONA AZUL”. Dois anos depois, o prefeito Arthur Neto assina o Termo de Contrato de Concessão no. 014/2015, entre o município de Manaus e o CONSÓRCIO AMAZÔNIA (nome de fantasia), formado por dois empresários de Goiânia, Estado de Goiás, sócios da empresa TETRAM – Soluções Em Tecnologia de Trânsito Ltda. e da empresa EXCEL Segurança Eletrônica Ltda. formado por quatro sócios residentes em Manaus (dois deles são parentes do presidente da CDL - Manaus), os quais formaram uma empresa sediada na nossa capital com o nome de Tecnologias de Trânsito da Amazônia SPE Ltda., permitindo executar o serviço público denominado de ZONA AZUL, no prazo de 10 (dez) anos (ou seja, até 2025), podendo ser prorrogado. Ficou acordado que, do total da arrecadação do mês anterior esta empresa recolheria 11% (onze por cento) para a MANAUSTRANS. A concessão é para toda Manaus, implantando, inicialmente, 2.694 vagas no centro e 629 no Vieiralves. Somente em 2019 este sistema levou mais de Cinco milhões de reais dos motoristas de Manaus. Desde a implantação a reclamação foi geral:     Deixaram centenas de jovens e pais de família sem trabalho, os “Flanelinhas” ficaram na “rua da amargura”, tristes e derrotados. Os clientes fugiram do centro, pois os donos de automóveis tinham pouco tempo para retirá-los do estacionamento, provocando uma gritaria geral dos comerciantes que sentiram na pele a redução de seu faturamento diário. A sede da empresa da Zona Azul fica entupida de pessoas fazendo reclamações das mais diversas possíveis. No Vieiralves foi até instaurado um Inquérito Civil por parte do MP-AM, em decorrência    de     centenas    de   reclamações   dos    moradores  e   comerciantes.

 

PEÇO O SEU VOTO PARA LUTAR E ACABAR DE           UMA                                          VEZ POR TODAS      COM     ESTE    FAMIGERADO  PROJETO  ZONA    AZUL.

JOAQUIM ALENCAR 51400

CORONEL MENEZES 51


sábado, 24 de outubro de 2020

MANAUS 351 ANOS - TUDO COMEÇOU AQUI NO FORTE DE SÃO JOSÉ DA BARRA DO RIO NEGRO


 O Sargento-Mor (hoje Tenente-Coronel) Pedro da Costa Favela, um temido matador de índios, fez várias viagens pelo Rio Negro, chegando até a aldeia dos Tarumãs, relatando a suas viagens ao governador do Maranhão e Grão-Pará (o Amazonas fazia parte e era subordinado), o Albuquerque Coelho de Carvalho. Este ficou sensibilizado com os seus argumentos: era preciso controlar o movimento da mão-de-obra escrava (índios) e das drogas do sertão (produtos de origem extrativista, como castanha, canela, pimenta etc), atentar para os holandeses que estavam confinados em Suriname (ex Guiana Holandesa), com os quais os índios do Rio Negro mantinham um relacionamento amistoso.

Os estudiosos afirmam que a data do início de sua construção foi em 1669, ano considerada como o da fundação de Manaus. A obra foi erguida pelo capitão maranhense Francisco da Mota Falcão. Com a sua morte a empreitada foi concluída pelo seu filho Manuel da Mota Siqueira, em 1697. O local escolhido foi na margem esquerda do Rio Negro e a sete milhas da sua foz, num local aprazível, numa elevação a 44,9 metros do nível do mar.

A planta do forte era no formato de um polígono quadrangular (figura que determina a forma geral de uma praça de guerra), sem fosso. Estava artilhado com quatro peças de calibres 3 e 1, contando com uma guarnição de 270 homens, tendo como primeiro comandante o Capitão Ângelo de Barros. Era muito pequeno recebendo o nome, inicialmente de Forte, depois de Fortim e por último, de Fortaleza. Segundo alguns estudiosos a edificação não merecia o nome pomposo de Fortaleza, pois esta pressupõe uma fortificação enorme, de grandes dimensões, o que não era o seu caso.

A fotografia acima é de um prospecto (vista de frente) da Fortaleza do Rio Negro, constituindo-se no único registro visual conhecido, datado de 7 de Dezembro de 1754, feito pelo engenheiro alemão Schwebel, quando por aqui passou fazendo parte da comitiva do governador e capitão-general Francisco Xavier de Mendonça Furtado, vindos de Belém em direção a Mariuá (Barcelos). É o local onde teve inicio a cidade Manaus, mostrando o forte e algumas casas de palha ao seu redor, além de uma pequena igreja, com a seta da flecha para a direita (descida das águas) indicando que a cidade fica na margem esquerda do Rio Negro. 

Segundo os historiadores, ele recebeu várias denominações, foi chamado de Forte de São José da Barra do Rio Negro, Fortim de São José, Forte do Rio Negro, Fortaleza de São José do Rio Negro e Fortaleza do Rio Negro. Foi desarmado em 1783, perdendo importância tática e em 1823 (154 anos depois) o vigário-geral José Maria Coelho descreveu a fortaleza como um quadrado quase perfeito, com paredes bastante grossas e de altura equivalente a dois homens, estava destituída de artilharia e tinha apenas duas peças de bronze e ferro.

No ano de 1875 foi abandonado e virando ruínas. Existem alguns relatos que parte do material foi destinada para a construção do Palácio do Governo (atual Paço da Liberdade e Museu da Cidade, na Praça D. Pedro II). Existe uma sala no museu com o piso em vidro onde aparecem ao fundo umas urnas indígenas e alguns pilares de pedra, caso estiverem corretos os relatos acima, aquilo ali é a parte do Forte. No seu lugar foi construído o edifício da Tesouraria da Fazenda, um prédio que foi totalmente reformado para abrigar a "Casa de Leitura Thiago de Melo".

Os administradores do Porto de Manaus cometeram um crime contra o patrimônio público ao destruírem todo um quarteirão conhecido como “Casas da Boothline”. Comenta-se que apareceram vestígios do forte e que o IPHAN junto com outros órgãos federais conseguiu embargar a obra. Mandaram aterrar para evitar a presença de curiosos e depredações do que restou da nossa memória. 

Esperamos que um dia seja revitalizado e que parte do Forte seja mostrada ao público, caso exista, realmente. Afinal, naquela área é o berço da cidade de Manaus.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

PRÉDIO CENTENÁRIO DA FAMÍLIA LOUREIRO - UM PRESENTE PARA OS 351 ANOS DE MANAUS

 

Fica na Avenida Eduardo Ribeiro, quase em frente ao Ideal Clube, pertence à família Loureiro. É belíssimo, muito imponente, está bem conservado, com os jardins bem cuidados, possui dois pavimentos, com escadas na lateral direita e garagem com detalhes em madeira, saída pela Rua 10 de Julho, imagine como deve ser o interior, com certeza, deve ser uma maravilha!

O portal principal foi construído na França, na empresa Guillot Pelletier Constructeurs. Orléans. Acredito que somente os membros da família sabem da origem do portão e talvez poucos historiadores. Hoje é muito difícil encontrar uma serralheria que faça um portão com arte. Os atuais duram apenas alguns anos. Esse ai pode durar centenas de anos!

Faz gosto passar pela Avenida Eduardo Ribeiro e ficar admirando aquela obra de arte tão bem conservada pela família Loureiro, pois as fachadas das residências no inicio do século passado eram trabalhadas com esmero, faziam um trabalho artístico nos seus frontispícios, ficava, realmente, uma obra de arte.

O entorno é muito arborizado, dizem que as árvores que ficam bem em frente ao prédio foram plantadas pela Dona Chloé, sendo que uma delas foi envenenada e teve que ser cortada pelo Corpo de Bombeiros.

O imóvel foi construído em 1912, pertenceu ao Senador Aristides Rocha (1882-1950). Segundo os historiadores, assim que terminou o Tenentismo (em 28 de agosto de 1924) iniciaram-se várias disputas pelo controle político do Estado entre grupos e facções. Com isso Aristides apresentou ao senado federal um projeto pedindo a intervenção Federal no Amazonas, alegando ausência dos poderes Executivo e Legislativo no Estado. O pedido foi aceito, e o mineiro Alfredo Sá foi nomeado ao governo com a missão de acalmar as disputas políticas, feito que conseguiu através da unificação partidária.

Após a morte do Senador Aristides Rocha, o imóvel foi adquirido pelo empresário Thales de Menezes Loureiro, o fundador da empresa comercial T. Loureiro & Companhia.

A sua esposa era a Dona Chloé Souto Loureiro (faleceu em 2017 aos 94 anos de idade), acreana de Sena Madureira matriarca de uma das famílias mais tradicionais de Manaus, com o qual tiveram nove filhos, incluindo o famoso historiador Antônio Loureiro. Ela foi fundadora da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas (ALCEAR), escritora de mão cheia, faz muito sucesso com as suas receitas de bolos e quitutes. Lançou dois livros que fizeram o maior sucesso no Brasil afora “Doces lembranças” e “Ao Sabor das lembranças”.

Os seus filhos sempre primaram em conservar os imóveis da família, inclusive, mantiveram as fachadas dos antigos prédios comerciais de sua propriedade, apesar de todo o apelo comercial reinante entre a maioria dos empresários do centro antigo de Manaus que fazem uma verdadeira poluição visual no local.

Este imóvel da família Loureiro servirá de exemplo para os proprietários dos demais prédios históricos do centro da cidade, pois fez cem anos em 2012 e continua bonito e muito bem conservado, um exemplo de amor e um presente para a cidade de Manaus que completa agora 351 anos.

É isso ai.

Foto: José Rocha



terça-feira, 13 de outubro de 2020

CINEMAS UNDERGROUND DE MANAUS

 


Apesar do progresso e do fechamento das salas de exibição de cinema do centro de Manaus, por incrível que pareça ainda existem três delas em plena atividade, porém de forma que foge aos padrões comerciais atuais.

Quem é das décadas de cincoenta a setenta lembra muito bem do cinemas do centro de Manaus: Odeon, Polytheana, Guarany e Avenida. Com o tempo foram todos fechados, mas sempre lembrados.

Muitas pessoas lamentam o fechamento desses cinemas, pois as salas migraram para os shopping center, onde existe conforto e segurança, porém sai caro para levar a família: estacionamento caríssimo, pipoca, refrigerante com preço estratosférico e entrada com preços somente para quem dispõe de muita grana.

Para suprir esta demanda dos desafortunados e adultos, existe no centro de Manaus três salas de exibição de filmes pornos pirateados.

O mais famoso funciona onde foi o Cine Renato Aragão, na Rua Dez de Julho. Lá não existe nenhuma placa, pois está de forma "pirata". Conserva todas as cadeiras (140 ao todo) de antigamente, com o ingresso único de oito reais.

Segundo o administrador, muitas pessoas perguntam se no local passa os filmes que rodam nos shopping, pois estão ansiosos para a volta dos cinemas no centro. Ele lamenta muito, pois a firma está travando uma guerra homérica para se regularizar junto ao fisco e as distribuidoras de filmes.

Os outros dois, segundo relato de um morador do centro, funcionam na Avenida Ramos Ferreira, sendo um onde era o antigo Cine Oscarito e o outro próximo a agência da Caixa Econômica.

Os nossos vereadores e o prefeito de Manaus deveriam apoiar esses empresários, editando leis para a remissão de tributos, além dos bancos financiarem a juros modestos para se reerguerem das cinzas e voltarem a funcionar normalmente, para o deleite das famílias do centro da cidade.

É isso ai