sábado, 31 de dezembro de 2022

LOUCURAS DOS LOUCOS DE ANTIGAMENTE


Algum louco escreveu um dia (está na internet) o seguinte: “Talvez as loucuras de hoje serão as boas histórias de amanhã”, é isso mesmo, tanto que as loucuras dos loucos do passado de nossa cidade sempre são lembradas pelos mais velhos e são boas histórias hoje em dia.
Na década de noventa conheci lá pelas bandas do Bar do Armando, o psicanalista (conhecido como médico de doido) Rogélio Casado (o que nunca foi Solteiro), ele escreveu o seguinte em seu blog “Picica”: “A banda da Polícia Militar, nos anos 1950, saia do quartel da praça Heliodoro Balbi em direção à praça dos Remédios tocando marchas e hinos militares, tendo à frente ninguém menos do que Bombalá. Figura da nossa infância. Era ele quem de manhã cedinho acompanhava e "regia" a banda da Polícia Militar. Bombalá, tecnicamente falando, era um portador de Síndrome de Down. Com ele, sob a cuidadosa orientação materna, aprendemos a conviver com "os diferentes". Quando meus pais se mudaram para a rua Frei José dos Inocentes, onde morava Carmem Doida, e por ali transitavam Jaburú e Sapo, eu e minhas irmãs já tínhamos uma bagagem cultural invejável: o respeito à diferença. E como ela foi fundamental para convivermos com toda sorte de diferença existente no lugar! Naquele trecho da cidade ficava a zona de prostituição da cidade. Brincar com os "filhos das putas" (perdoem-me a licença poética) era a coisa mais natural do mundo”.
Segundo o articulista Ribamar Bessa Freire existiam muitos em Manaus “Bombalá é o primeiro de uma longa lista, que tem Carmen Doida, Nega Maluca, Nega Charuta, Neide Pipoca, Tom Mix, Macaxeira, Zé Bundinha, Antônio Doido, Raimundo Mucura, Professor Guilherme, Solaninho, Porca Vadia, Bonitão – primo do governador Álvaro Maia - e tantos outros. É possível mapeá-los bairro a bairro. Cada um com sua mania”.
Quando a nossa cidade era pequena e terminava no Boulevard Amazonas, sabíamos quem eram os doidos de Manaus, pelo menos aqueles que andavam pelas ruas com as suas manias.
Aqui na minha comunidade existia o “Sêo Ulisses”, gente boa da melhor qualidade, mas quando era Lua Cheia ele mudava de comportamento e saia pelas ruas conversando sem nexo com todos que encontrava pela frente, além de gostar de seguir as pessoas que conhecia.
Certa vez, quando eu ainda era jovem, ele me seguiu desde a Rua Tapajós até a Rua Marechal Deodoro, eu olhava para trás e ele se escondia em alguma loja, fiquei um pouco assustado, apesar de saber que ele não era agressivo. Entrei num prédio de lojas que fica em frente ao antigo J. G. Araújo e por lá dei um bom tempo para despistar o “Sêo Ulisses”, sai e olhei para todos os lados e nada do doido, segui o meu caminho até o Mercadão, ao chegar no final da Marechal alguém toca em meu ombro, viro para trás e imagem quem era, isso mesmo, era o “Seu Ulisses”, falou:
- Tu não é o filho do Sêo Rocha?
- Sou, sim – respondi.
- Ah, tu és o Zezinho, né?
Virou as costas e pegou o beco! Caramba! Toda vez em que eu saia de casa olhava para trás para ver se não estava sendo seguido pelo “Sêo Ulisses”, acho que eu já estava ficando doido, também.
O governador Eduardo Ribeiro tinha uma chácara na atual Constantino Nery, onde foi encontrado morto, em 1900, dizem que ele ficou “Pinel” e se enforcou (alguns historiadores escrevem que ele fora assassinado). Em sua homenagem, o governo do Estado do Amazonas construiu no local o “Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro, sendo tempo depois desativado, servindo apenas como um Pronto Socorro para os pacientes com crises agudas.
Certa vez, fui até lá levar uns mantimentos para a minha ex-cunhada que estava passando uns dias internada. Passou por mim uma vizinha bonitona e morena cor de jambo, “peladinha da silva”, andando de boa pelos corredores. Eu não sabia que ela tinha problemas mentais. Ela me encarou e falou:
- Te conheço lá da Cidade Nova! Tu é o Rocha, meu vizinho, né?
Caramba! Pense numa situación!
Tenho um vizinho na Comunidade Paraíso, o Lapão, ele trabalhou durante vários anos no hospício e lembra de muitas passagens dos malucos beleza.
Existia um negão, grandão e barrigudão, que gostava de cantar aos domingos. Ele deitava no chão de barriga para cima e começava a cantar, os outros ficavam sentados ao seu redor, depois, virava e ficava de barriga para baixo e continuava a cantar. Uma maluca beleza, falou:
- Gostei mais do lado A! achava que ele era um disco de vinil.
Por lá existe até hoje uma jaqueira enorme. Um interno que andava mancando, pois era cambota. Conseguiu sabe lá por quem um terçado e subiu na árvore e cortou uma enorme jaca. O Lapão foi avisado e gritou para ele descer. O camarada desceu até o chão agarrado com a jaca. Depois dessa ele nunca mais andou mancando, a jaca e descida foram um santo remédio. Pense.
Depois que o hospital foi desativado e os doidos liberados para ficarem com suas famílias, no entanto, muitos andavam perambulando pelas ruas. E o Lapão foi aposentado. Ele que conta que quando um doido o avistava, corria e passava para o outro lado da rua, achando que o Lapão estava em sua captura para leva-lo de volta ao hospício.
Sempre existirá pessoas com transtornos mentais, mas por nossa cidade ter crescido muito, não sabemos mais das loucuras dos loucos atuais, somente de antigamente.
É isso aí.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

PROMETO NÃO PROMETER MAIS NADA!

 

BLOGDOROCHA

A princípio, parece uma contradição, pois, prometer que não irei prometer, já configura uma promessa em si, tudo bem, então serei um pouco mais claro: não irei mais prometer nada em 2023!

Todo mundo sabe que ninguém é obrigado a prometer nada, porém, prometeu, tem o dever de cumprir, acontece que, geralmente fazemos promessas quando estamos emotivos, numa ocasião especial. 

Quando vem a razão, ai o bicho pega, fica aquele peso na consciência, martelando a nossa cuca: não tinha que prometer, mas agora não tem mais jeito, terei de cumprir.

Quando se faz uma promessa a alguém, fazemos todo o esforço para cumprir, o complicado é quando prometemos para nós mesmos.

Todo final de ano é assim, fazemos uma listagem enorme de promessas para o ano seguinte, mais ou menos do tipo: 

prometo que irei concluir a faculdade, farei um curso de inglês, irei parar de fumar, darei um tempo na bebida, irei malhar numa academia, irei fazer um check-up, farei uma visita ao dentista, irei mudar para um apartamento melhor, irei comprar um carro novo, um novo amor vai bem no ano que vem, vou começar a escrever um livro, plantarei muitas árvores na urbe, viajarei de férias para o nordeste e sul do Brasil e, etecetera e etecetera e tal.

Muitas pessoas conseguem cumprir boa parte do que prometeram, outras tantas, nem um pouco. Estou no segundo grupo, não consigo realizar dez por cento das promessas de final de ano, dessa forma, não farei mais lista de promessas que não serão cumpridas.

Mas, afinal, por que não consigo cumprir com as minhas promessas?

Não sei explicar, talvez o nobre leitor possa me ajudar, dando umas dicas. 

No entanto, estou careca de saber que, para se chegar a algum lugar tem que haver a partida, por exemplo, estou querendo conhecer a praia de Açutuba (Iranduba), não basta somente querer, tem de botar os pés na estrada, caminhar, pegar um busão ou dar na partida do automóvel.

Toda promessa para ser cumprida tem de haver ação, ficar somente na vontade, não resolve nada. 

Recebi uma lição de um vendedor do “Shopping Bate Palmas”, da Rua Marechal Deodoro – fui comprar uma camisa branca com motivos de final de ano, nela vinha uma série de palavras importantes, tais como: sucesso, paz, felicidade, amor, muito dinheiro, saúde, etc. 

Ele falou o seguinte: 

- Tudo o que está escrito aqui o senhor poderá alcançar, desde que tenha vontade, fé e ação, sem isso, o senhor jamais alcançará!

Realmente, fiquei a pensar, vontade nunca me faltou, a minha fé anda um pouco em baixa, porém, falta-me esta palavra mágica que é a ação.

Será que é este o motivo maior que faz com que eu não cumpra com as promessas de final de ano? 

Não sei, no entanto, os especialistas dizem que deveremos ter dentro de nós um “Guerreiro”, aquele que vai à luta, que entra no campo de batalha para vencer - ele saberá colocar as ideias em prática, do planejamento à ação, com a necessária convicção de que é possível fazer acontecer, passando do dito ao feito.

Tai uma boa ideia: 

Fazer planos, em vez de promessas. 

Um planejamento é essencial, mas, primeiro terei que aprender a fazer o tal planejamento. 

Não vou prometer mais, conforme o prometido, mas, irei estudar como fazer um plano, conhecer os meandros da minha mente, saber mais sobre o processo de motivação, fazer introspecção para me conhecer melhor e, outros lances mais.

Vou parar por aqui, pois, já comecei a prometer a conhecer como realizar as minhas promessas em 2023! 

Então, o que fazer? 

Não sei, somente sei, que nada sei, estou confuso! É agora, José? Chega de fazer abstrações, vou a ação e pronto! 

Chega de promessas! 

É isso aí.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

ROUBA, MAS FAZ


José Rocha    

Este bordão (palavra, expressão ou frase que um indivíduo repete viciosamente ao falar ou escrever) é usado desde a década de setenta pelo paulista Paulo Junqueira Duarte em depreciação ao seu adversário político e ex-governador de São Paulos Ademar de Barros.

Desde àquela época serviu para “malhar” um governante que, embora sendo corrupto, também é visto como um bom feitor, alguém de certa forma contribui para o bem estar da população.

Aqui, em Manaus e em outras cidades do nosso Amazonas estamos recheados de exemplos no executivo municipal, bem como no estadul, além da área federal, é claro!

Pois bem, o tal “Rouba, mas faz” possui outras vertentes, senão vejamos:

Rouba e pouco faz (grande maioria)

Rouba e nada faz (esse é safado mesmo)

Não rouba e nada faz (existem alguns exemplos)

Não rouba e muito faz (será o ideal, mas, não conheço nenhum)

O ser humano pode até ter uma boa formação, um caráter sólido, cristão e de bom coração, mas, entrou na política partidária e alçou um cargo maior no executivo, o capeta atenta de todos os lados, senão vejamos:

Colegas do Partido ou Coligação

Auxiliares Direto

Empresários

Eleitores

Parentes e Aderentes

Promessas de Campanha

Padres, Pastores, Bispos e Seguidores

Prefeitos

Vereadores

Deputados Estaduais

Deputados Federais

Senadores

Governadores

Presidente da República

Poder Legislativo

Poder Judiciário

Outros

É isso mesmo, a artilharia é muito grande, minando o “pobre coitado” de todos os lados, todos querendo o seu quinhão. Não tem goleiro bom nesta partida, não, pois todos querem ser técnico, o campo, a bola, o passe e fazer gol (a grana, é claro!).

Para agradar “a gregos e troianos” o camarada pelo menos tem de enquadrar em algum bordão político, por exemplo, aquele que “Rouba, mas faz”.

É isso aí.

Fonte:

Wikipédia

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

UM NATAL E ANO NOVO CHEIOS DE AGRADECIMENTOS

 


Ao chegar mais um final de ano, chega de pedir, o momento é de agradecer a Deus e aos homens de boa vontade.


Muitas coisas que eu programei para o ano de 2022 não foram realizadas, não me importo nem pouco, renovarei as esperanças para que aconteçam em 2023.


Ao acordar devemos agradecer todo dia por estarmos vivo, muitas pessoas pensam diferente, fazem as suas orações, pedindo, em vez de agradecer. 


O bem maior é a nossa vida, em segundo, vem a liberdade.


Muitos amigos e colegas meus estão aposentados, usufruindo, numa boa, do merecido descanso.


Trabalhei durante anos e anos e estou aposentado, também, mas ainda trabalho muito.


Não canso de agradecer.


 Jamais lamento da vida árdua que eu levo, mesmo aposentado. 


O trabalho enobrece o homem, pois o ócio é a oficina do diabo!


Uma das coisas belas que aconteceram na minha vida foi ter decidido em montar um blog. 


Por ser um amador, não ganhei nenhum bem material, porém, fiquei rico, espiritualmente. 


É uma alegria imensa receber e-mail das pessoas que gostam do que eu escrevo, por sinal, quero dar um imenso abraço aos seguidores do nosso blog, bem como, aos quase cinco mil amigos virtuais do Facebook.


Apesar dos meus percalços na vida amorosa, quero agradecer a minha ex-companheira por ter compartilhado comigo a bela convivência com os nossos três filhos.


 Agradecer, também, aos meus filhos pelo amor e amizade que eles têm por mim e por eles terem me dado a alegria de ser avô de três netinhos que me permitiram voltar a viver mais intensamente a vida.


Agradeço também aos meus amados pais que estão juntos lá no céu, aos meus irmãos, aos amigos e colegas.


 Um beijo no coração de cada um de vocês.


A todos um Feliz Natal e Próspero Ano Novo.


Um abraço do tamanho da Amazônia!

domingo, 4 de dezembro de 2022

Escadaria do Barão

 https://www.jcam.com.br/noticias/grupo-quer-recuperar-a-escadaria-do-barao-e-criar-ponto-turistico/


Jornal do Comércio

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quarta-feira, 16 de novembro de 2022

JOSÉ ROCHA: PROJETO “ESCADARIA DOS POVOS INDÍGENAS DA AMAZÔNIA”

Aproveito este espaço para agradecer ao meu amigo Carbajal Gomes, por ter cedido, ontem, o espaço da parte superior ao anexo do Bar Caldeira, onde houve uma reunião de amigos que amam a cidade de Manaus. 

Levei um ideia de reunir um grupo de pessoas para trocarmos ideias para fazermos algumas coisas boas em prol da cidade de Manaus. 

A principio, fiz um pequeno projeto para recuperação das Escadarias da Rua Tapajós, ao lado do Instituto Benjamin Constant. Tivemos a presença de vários amigos que abraçaram a ideia, no entanto, fomos mais além, pois estamos dispostos a legalizar a AMA - Associação dos Amigos de Manaus. Uma associação que irá contribuir com pequenas ações e lançar ideias para o Prefeito e o Governador, com relação a preservação do nosso Centro Histórico. 


HISTÓRICO

Quando os portugueses chegaram onde é hoje o centro antigo da cidade de Manaus, para fundar o Forte de São José da Barra do Rio Negro, em 1669, ano considerado pelos historiadores,  como da fundação da cidade, já existiam por estas plagas as seguintes etnias indígenas: Passés, Barés, Tarumãs, Mundurucus, Manaós e outras, tanto que, quando nos referimos a cidade de Manaus e aos nativos, são chamados de “Baré”, pois  os caboclos manauaras da gema, possuem a pele morena, cabelos pretos, olhos amendoados e estatura mediana. Em Manaus, existe o Museu do Índio, uma Praça onde encontra-se um Cemitério Indígena (Dom Pedro II) e poucas ruas e avenidas que homenageie os nossos ancestrais indígenas.                     

O Barão de Leonardo (1817-1894), um homem riquíssimo que foi o 1º. Vice-presidente da Província do Amazonas (1868), era o dono de toda aquela área onde fica a Escadaria. Construiu o Palacete de São Leonardo (atual Instituto Benjamin Constant), com muros altos e uma escadaria para dar acesso a uma Represa que ficava no atual cruzamento da Rua Tapajós com a Avenida Leonardo Malcher, para os moradores retirarem água límpida para saciar a sede (naquele local passa, atualmente, por dentro das tubulações um igarapé que vem lá do Boulevard Amazonas, passando por dentro da Vila Paraíso, onde os moradores chamam de “Vala”). Esta Escadaria presume-se que fora construída em 1868, sendo mais velha do que o Teatro Amazonas (1896) e a da Igreja de São Sebastião (1888). Os atuais primeiro e o segundo patamares (onde se pode descansar na subida ou descida) que ficam em frente da Casa dos Madeira,  foram destruídos com o passar do tempo, sendo construídos de madeiras e, em 1968, em cimento armado pelo Prefeito Paulo Pinto Nery.                                                      

Preocupado com o estado de abandono da atual escadaria, o blogueiro José Rocha (Rochinha), morador antigo da ladeira da Rua Tapajós, teve a ideia de revitalizar a “Escadaria da Rua Tapajós”, evidentemente, contando com o apoio dos comunitários e de amigos que amam de verdade esta cidade, elaboraram um projeto para tornar esta ideia em realidade. Fez um vídeo que está postado no Youtube. Incialmente, abraçaram o projeto: Socorro Papoula (atriz), Maíra Dessana (professora e musicista), Bruno (arquiteto), Júlio (músico dos “Raízes Caboclas”), Bepi Sarto (ex-Presidente do IPHAN), as famílias Madeira Dutra e Garantizado.

A sugestão para homenagear os povos indígenas da Amazônia partiu da atriz Socorro Papoula, onde seriam colocados azulejos em cada lance de escada contendo grafismos indígenas. A inspiração para colocar azulejos em seus degraus, veio da “Escadaria Selerón”, nos bairros de Santa Tereza e Lapa, no Rio de Janeiro, que ficou famoso e virou ponto turístico. A nossa versão Baré quando concluída, também, ficará famosa                e será, com certeza, um ponto turístico, onde os transeuntes, motoristas de automóveis e turistas passarão para tirar fotografias e mandar para o mundo inteiro nas redes sociais, além  da comunidade em geral, que sentirão orgulho daquele lugar, pois ficará muito bonita, pois contará, também, com pinturas indígenas nos paredões, feitos por artistas locais, além de canteiros com plantas com flores resistentes ao calor, sol e umidade.                                                                                                   

Será, sem dúvida, um belo presente à cidade Manaus e ao seu povo manauara e aos turistas que visitarem a nossa cidade. Uma homenagem justa aos nossos ancestrais indígenas, que milhares de anos antes da fundação da cidade já habitavam todo o entorno onde será, brevemente, “Escadaria     dos       Povos      Indígenas      da  Amazônia”. 


LOCALIZAÇÃO

Quem desce a pé ou vem de carro e entra numa depressão após a Avenida Leonardo Malcher, avista, em seguida, a famosa Ladeira  da Rua Tapajós (temida por muitos até hoje pela sua acentuada inclinação, no passado, servia de testes de direção para candidatos do antigo Detran e foi palco de muitos acidentes, pois tinha mão e contramão). Avista, também, ao lado direito, uma escadaria que começa bem em frente à residência da família Madeira (número 345) e vai até o topo (portão de entrada dos alunos  e professores do Colégio Frei Sílvio Vagheggi/Benjamin Constant).


A ESCADARIA

        Possui duas partes distintas, sendo a primeira feita de cimento armado, de forma um pouco irregular em seus 17 degraus, com dois patamares, feitos “na marra”, sem um projeto e a devida preocupação com a metragem de cada degrau, contrastando com a parte superior. São quatros degraus iniciais, um patamar em frente ao portão principal da casa dos Madeira, depois, mais 13 degraus e um patamar em forma de L, na entrada lateral da citada residência. A segunda parte, possui mais 23 degraus, todos largos, bem elaborados e nivelados, com pedras em sua base, uma obra prima feita pelos nossos antepassados, pois naquela época toda construção era feita com esmero e dedicação.                     

Atualmente, encontra-se em péssimo estado de conservação, cheia de matos e lixos em toda a sua extensão, além de buracos e deslocamentos de algumas pedras da parte superior e com o muro de pedras (sujo e abandonado, dando um visual feio e deprimente    ao local, forçando os alunos, idosos e transeuntes a andarem pela rua, que por sinal é bastante movimentada por carros de médio porte e até caminhões, colocando em risco a vida de muitas pessoas que não desejam encarar o lixo que se encontra na Escadaria.


O QUE SE PRETENDE FAZER

A ideia inicial será começar pela frente da residência do Zigomar Madeira/Salete Sarapeão (número 365, antiga casa onde morou a família do escritor Márcio Souza e que foi também o local de ensaios da banda musical Raízes Caboclas), indo até o início da Escadaria (em frente à casa onde mora, atualmente, o Chiquito Madeira) com o calçamento de pisos hidráulicos (são bem resistentes) que poderão ser confeccionados em uma fábrica que fica localizada na Avenida Nilton Lins (em direção à Avenida das Torres) ou outro fornecedor que possua um trabalho de qualidade e preço bom.              Os desenhos serão de grafismos indígenas. Após a casa do Zigomar Madeira (existe uma entrada para um estacionamento rotativo de carros dos moradores e trabalhadores da redondeza), a partir daí até o início da Escadaria, continuar com os pisos hidráulicos e fazer um Canteiro (ao lado do muro) para abrigar algumas plantas que lá estão, como a Crista de Galo e outras, além de plantar novas espécies, por um profissional da área.  

A Casa dos Madeira é datada de 1906, construída por uma tradicional família portuguesa. Possui em seu interior uma frondosa Mangueira, com frutos saborosos, recanto dos Periquitos na época da safra, além de criação de galos e galinhas de raças, o que dá um charme todo especial a Rua Tapajós. No muro da frente (todo em pedras) será contratado um profissional do grafite para fazer um mural com temas indígenas (existe um que fez um belo trabalho num muro da esquina da Rua 10 de Julho com a Rua Dona Libânia.                    

Nos 13 primeiros degraus o trabalho deve, também, ser entregue a um profissional que saiba trabalhar com azulejos, fazendo grafismos indígenas. Na parte superior, existe um grande muro de pedras (zero no primeiro degrau e vai até chegar aos seis metros de altura na segunda patamar, nele cresceram quatro pés de plantas que durante anos são cortados os seus galhos pela garis da prefeitura, mas sempre volta a crescer), onde, novamente, haverá um grande painel, também, com tema indígena.  Nesta parte superior, onde está a Escadaria histórica, somente será feito o trabalho de colocação de azulejos caso não houver impedimentos por parte do IPHAN, evidentemente, que será feita uma consulta prévia, pois o IBC é tombado como patrimônio histórico. Caso não for autorizado, será feita a restauração de acordo o que determinar o IPHAN, bem como, a Prefeitura de Manaus. Entre a sarjeta e a Escadaria da parte superior existe uma parte de terra que será transformada em um Canteiro de Plantas. A última fase da execução do Projeto será a confecção de grades em ferro fundido para serem chumbados na lateral para servir de apoio e proteção para a pessoas que subirem ou descerem a Escadaria. 

A ideia inicial será fazer esta revitalização por um grupo de moradores e de pessoas que amam a cidade de Manaus, no entanto, iremos levar o Projeto até os vereadores       de Manaus, para tentarem a execução por parte da Prefeitura de Manaus. Caso não obtivermos este apoio ou for postergado por muito tempo, iremos entrar em ação, fazendo sorteios de bingos, Livro de Ouro (para quem quiser doar dinheiro e/ou material de construção), além de pedirmos apoio dos colégios e entidades que estão localizados próximo a área. Será formado um Grupo de Trabalho, para elaborar o Projeto, com todos os custos e despesas, autorizações etc.


FORMAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO

Inicialmente, o Grupo de Trabalho será formado pelas seguintes pessoas: José Rocha, Socorro Papoula, Maíra Dessana, Bruno, Bepi Sarto e Júlio Raízes. As senhoras Conceição e Suely Garantizado e o arquiteto Tony Garantizado, estão dispostos a colaborar – eles possuem um local ideal para reuniões e eventos sociais (bingos e festas de confraternizações). O autor da ideia, o José Rocha, possui uma sala em sua residência dotada de computador e impressora multifuncional, novos, além de uma internet de fibra ótica de alta qualidade, que poderá ser utilizado pelo Grupo de Trabalho para fazer toda a parte burocrática. A primeira reunião está marcada para o dia 16 de novembro, às 20 horas, no Largo de São Sebastião. Levarei esta parte impressa, contendo diversas fotografias da atual Escadaria. A pedido da Socorro Papoula, o Carbajal Gomes, cedeu o espaço superior ao anexo do Bar Caldeira, para a nossa Primeira Reunião. Foi muito promissora, com muitas ideias, união, amor à Manaus e ao nosso Centro Histórico. No próximo sábado, iremos visitar a Escadaria da Rua Tapajós e tomar umas cervejas na humilde casa de madeira (do saudoso luthier Rochinha) para lembrar dos velhos tempos e partir para ação. 

Gratos aos homens e mulheres de boa vontade!

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

OS TURISTAS ESTÃO CHEGANDO E PRECISAMOS ARRUMAR A SALA DE ESTAR DA NOSSA CIDADE


Estão previstos chegarem a Manaus em torno de 25 mil turistas 

É a Temporada de Cruzeiros.

Isto será muito bom para cidade, pois haverá um movimento muito grande na economia local

Sabemos que a primeira imagem é a que fica.

Imaginem essa turma de turistas de alto poder econômico sair do porto e dá de cara com a Praça da Matriz toda quebrada, suja , cheia de moradores de rua dormindo nos bancos, depredando tudo o que foi deixado pelos nossos antepassados.

Essa imagem vai ficar.

É uma pena.

Quando você vai receber uma visita em sua casa, pelo menos uma vassourada é dado e uma arrumação na sala de visita é feita, é o mínimo que se faz para causar uma boa impressão. 

Não é isso?

O Prefeito Davi promete tantas coisas para o centro e nada faz!

Só papo furado.

Ele bem que poderia amenizar esse vexame, mandando asfaltar todo o centro, dar uma geral na praça da matriz, colocar os guardas municipais para controlar o centro, dentre outras pequenas ações que podem amenizar este impacto negativo da nossa porta de entrada de Manaus.

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

AVENDA GETÚLIO VARGAS

 




É uma das principais vias do centro de Manaus, começando na Avenida Tarumã terminado na Avenida Sete de Setembro, possui um intenso movimento de trânsito, onde praticamente todos os ônibus das linhas do centro retornam no sentido bairros – é a mais arborizada avenida da nossa cidade, refletindo no microclima daquela área – ela é recheada de histórias, possuindo um valor sentimental muito grande para os manauaras sessentões e setentões. No final do século dezenove aquela artéria era conhecida como Rua 13 de Maio, uma homenagem a Lei Áurea, de 13 de maio de 1888, que aboliu a escravidão no Brasil. Em seu seio corria o Igarapé dos Remédios (passava por dentro da Vila Paraíso), possui este nome em decorrência de se estender até os arredores da Igreja dos Remédios (via Rua Floriano Peixoto). Era praticamente um pântano, com muitos mosquitos, ocasionando muitas doenças aos moradores das imediações, o que motivou aterra-lo a partir de 1900, em plena belle époque manauara. No início, os trabalhos eram feitos em pequenas carroças, depois, foram utilizados os sistemas de trilhos, com vagões da Manaus Harbour Company, empresa inglesa que administrava o Porto de Manaus (Roadway). Os trabalhos de aterramento foram interrompidos em 1912, no governo do Agnello Bittencourt, no final da época de ouro da comercialização da borracha – foram várias interrupções nos trabalhos decorrentes dos altos custos, tanto que o povo não mais chamava de Igarapé dos Remédios, mas de Igarapé do Aterro, sendo concluído uma parte somente em 1930. Na década de quarenta, o interventor federal no Amazonas era o Álvaro Botelho Maia, o Prefeito era o seu irmão, o Antônio Botelho Maia – para homenagear o Getúlio Vargas, Presidente da República, mudou nome de Avenida Treze de Maio, para Avenida Getúlio Vargas. Em 1942, em plena Segunda Guerra Mundial, os norte-americanos vieram para Manaus, onde fundaram a empresa RDC (na Ilha de Monte Cristo) para comprar toda a produção de borracha que eram levadas por navios e aviões anfíbios. Para pousar os grandes aviões da Panam, vieram de navios muitas máquinas pesadas para construção do Aeroporto de Ponta Pela, depois de inaugurado, esses maquinários foram doados para a Prefeitura, que o utilizou na finalização da Avenida Getúlio Vagas. Aos doze anos de idade foi morar na Vila Paraíso, com entrada pela Rua Tapajós e Avenida Getúlio Vargas – em decorrência disto, possuo todo um carinho especial pela nossa “Getúlio”, pois por lá permaneci até a vida adulta, saindo apenas quando casei e fui morar no Conjunto dos Jornalistas, duas décadas depois, separado, voltei para a casa de meus pais. Por lá marcaram tempo o prédio da Camtel, depois Telamazon e atual Samel. A Casa Aroeira até hoje está aberta ao público. O Bar do Gordo ficava bem na esquina da Ramos Ferreira, ponto de encontro dos jovens antes de adentrarem ao Cheik e Bancrevea. As residências dos polícias Dr. Klinger Costa e do Delegado do Diabo, personagens folclóricas que metiam medo em todo mundo, até nos jovens inocentes daquele tempo. Tinha Também: Galera Selvagem, Bateria Unidos da Getúlio, Boate Porão, Curso Dinâmico do Mestre Nestor Nascimento, Esquina do Chope, Hospital das Crianças, Casa A Ferreira Pedras, Hospital da Cruz Vermelha, Posto do Inamps, Café do Pina, Bar Garfo de Ouro, Muro da Bené, Bar do Alex, as Quadras de futebol dos colégios Doroteia e Estadual, os cinemas Polyheama e Guarany e outros. Sem dúvida o que mais marcou a minha juventude e dos meus irmãos e vizinhos foi sem dúvida o Cheik e o Bancrévea Clube, pois estávamos com os hormônios a mil por hora, doidos para dançar, beber, extravasar e pegar com todo gás as minas do pedaço. O lugar era ali mesmo próximo as nossas casas, com bailes todos os finais de semana, onde podíamos tomar uns drinques, paquerar, dançar solto (rock nacional e Internacional) ou agarradinho (músicas românticas, deixando o cidadão naquela situação vexatória), enfim, fazer o que todos os jovens gostavam na minha época.
Tinha alguns jovens que faziam “pegas” (corrida de velocidade), participavam de galera do mal e gostavam de brigas e confusões, fumavam dirijo (maconha), pegavam até os caras alegres para conseguir uma grana extra para gastar com seus vícios. Não foi o meu caso, pois sempre fui um cara maneiro, contido e nunca fui chegado a esses extremos, sempre trabalhei, tinha o meu fusquinha setentinha, gostava mesmo era de beber Montilha com Coca-Cola na Rolha e correr a mil por horas atrás de uma mulher. Apesar da cidade de Manaus ser um pingo no “oceano” de mata da Amazônia, não é uma cidade muita arborizada, o que é muito lamentável, refletindo a falta de sensibilidade dos administradores públicos para com o meio ambiente. Esta avenida, contrastando com as demais, possui o privilégio de esbanjar verde em toda a sua extensão. Faz alguns anos, foi feito um estudo pelos técnicos da Prefeitura de Manaus, sobre o efeito da arborização no clima da cidade, foi constatado que há uma diminuição em torno de dois graus centígrados, inclusive beneficiando a Avenida Joaquim Nabuco. Esta Avenida é a principal via de passagem dos milhares de ônibus, no sentido centro/bairros e apesar das toneladas de gás carbônico jogados pelas descargas dos veículos, o impacto é minimizado pelas dezenas de árvores do local. Atualmente, a Avenida Getúlio Vargas continua bonita e arborizada, no entanto, precisa de uma atenção maior por parte da Prefeitura de Manaus, para manutenção do Canteiro Central, recuperação das calçadas laterais e incentivar os moradores a recuperarem as fachadas das residências mais antigas, além de maior segurança pública por parte da Polícia Militar.

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

FORTE DE SÃO JOSÉ DA BARRA DO RIO NEGRO

 

Foto: Prospecto modificado. José Rocha


O Sargento-Mor Pedro da Costa Favela, um temido matador de índios, fez várias viagens pelo Rio Negro, chegando até a aldeia dos Tarumãs, relatando a suas viagens ao governador do Maranhão e Grão-Pará, o Albuquerque Coelho de Carvalho. Este ficou sensibilizado com os seus argumentos: era preciso controlar o movimento da mão-de-obra escrava (índios) e das drogas do sertão, atentar para os holandeses que estavam confinados em Suriname (ex Guiana Holandesa), com os quais os índios do Rio Negro mantinham um relacionamento amistoso.

Os estudiosos afirmam que a data do início de sua construção foi em 1669, ano considerada como o da fundação de Manaus. A obra foi erguida pelo capitão maranhense Francisco da Mota Falcão. Com a sua morte a empreitada foi concluída pelo seu filho Manuel da Mota Siqueira, em 1697. O local escolhido foi na margem esquerda do Rio Negro e a sete milhas da sua foz, num local aprazível, numa elevação a 44,9 metros do nível do mar.

A planta do forte era no formato de um polígono quadrangular (figura que determina a forma geral de uma praça de guerra), sem fosso. Estava artilhado com quatro peças de calibres três e um, contando com uma guarnição de 270 homens, tendo como primeiro comandante o Capitão Ângelo de Barros. Era muito pequeno recebendo o nome, inicialmente de Forte, depois de Fortim e por último, de Fortaleza. Segundo alguns estudiosos a edificação não merecia o nome pomposo de Fortaleza, pois esta pressupõe uma fortificação enorme, de grandes dimensões, o que não era o seu caso.

A fotografia acima é de um prospecto (vista de frente) da Fortaleza do Rio Negro, constituindo-se no único registro visual conhecido, datado de 7 de Dezembro de 1754, feito pelo engenheiro alemão Schwebel, quando por aqui passou fazendo parte da comitiva do governador e capitão-general Francisco Xavier de Mendonça Furtado, vindos de Belém em direção a Mariuá (Barcelos).

É o local onde teve inicio a cidade Manaus, mostrando o forte e algumas casas de palha ao seu redor, além de uma pequena igreja, com a seta da flecha para a direita (descida das águas) indicando que a cidade fica na margem esquerda do Rio Negro.

Segundo os historiadores, ele recebeu várias denominações, foi chamado de Forte de São José da Barra do Rio Negro, Fortim de São José, Forte do Rio Negro, Fortaleza de São José do Rio Negro e Fortaleza do Rio Negro. Foi desarmado em 1783, perdendo importância tática e em 1823 (154 anos depois) o vigário-geral José Maria Coelho descreveu a fortaleza como um quadrado quase perfeito, com paredes bastante grossas e de altura equivalente a dois homens, estava destituída de artilharia e tinha apenas duas peças de bronze e ferro.

No ano de 1875 foi abandonado e virando ruínas. Existem alguns relatos que parte do material foi destinada para a construção do Palácio do Governo (atual Paço da Liberdade e Museu da Cidade, na Praça D. Pedro II). Existe uma sala no museu com o piso em vidro onde aparecem ao fundo umas urnas indígenas e alguns pilares de pedra, caso estiverem corretos os relatos acima, aquilo ali é a parte do Forte. No seu lugar foi construído o edifício da Tesouraria da Fazenda, um prédio que foi totalmente reformado para abrigar a "Casa de Leitura Thiago de Melo".

Os administradores do Porto de Manaus cometeram um crime contra o patrimônio público ao destruírem todo um quarteirão conhecido como “Casas da Boothline”. Comenta-se que apareceram vestígios do forte e que o IPHAN junto com outros órgãos federais conseguiu embargar a obra. Mandaram aterrar para evitar a presença de curiosos e depredações do que restou da nossa memória. Esperamos que um dia seja revitalizado e que parte do Forte seja mostrada ao público, caso exista, realmente.

Afinal, naquela área é o berço da cidade de Manaus.

Fonte: Livro E-book "Mana Manaus, José Rocha".


Fotos do Aniversário de 353 Anos de Manaus.
José Rocha




domingo, 16 de outubro de 2022

RESTAURAÇÃO DA IGREJA DE SÃO SEBASTIÃO – PRÊMIO: FUSCA AZUL CELESTIAL DO SAUDOSO ARMANDO

 


No dia 26 outubro de 2022, às 20h, no Tacacá na Bossa, localizado no Largo São Sebastião, no Centro de Manaus, acontecerá o sorteio da rifa, tendo como prêmio o Fusca Azul Celestial, safra 1973, que pertenceu ao saudoso Armando Dias Soares, do Bar do Armando.
A família do Armando, sensibilizada com os apelos da Paróquia de São Sebastião, no sentido de arrecadar fundos para a restauração da igreja e dar continuidade às obras sociais, doou este precioso e histórico automóvel.
Na minha juventude, participei de muitas atividades da Igreja de São Sebastião, inclusive fui membro da Juventude Franciscana. Foi onde eu fiz a primeira comunhão, casei e batizei a minha neta.
Passados alguns anos, afastei-me da igreja, pois não gostei do fechamento do Centro Social (situado na Rua Tapajós, ao lado do Colégio Adalberto Valle), onde existia o Clube de Mães, Narcóticos Anônimos, Estacionamento para os comunitários, Quadra de Esportes para os jovens comunitários, além de servir para a Equipe de Voleibol de São Sebastião, simplesmente, para ser alugado para uma faculdade (atualmente é alugado para o Coren).
Na realidade, a igreja possui muitos imóveis, todos alugados, o que gera muitos recursos para a paróquia. Antigamente, os fieis mais abastados quando chegavam próximo à sua morte doavam os seus imóveis para a igreja, como forma de zerar os seus pecados aqui na terra e irem direto para o céu. Hoje em dia, os fiéis são mais espertos e caem nessa artimanha.
Não sei, de fato, a real situação financeira da igreja, muito menos o valor total necessário para a sua restauração, além de não saber quais são as obras sociais desenvolvidas, no entanto, afirmo que, somente irei adquirir a rifa para quem sabe, ser o sorteado com o Fusca do Armando.
É isso aí.

sábado, 15 de outubro de 2022

BLOGDOROCHA: 15 DE OUTUBRO, O DIA DO PROFESSOR.

BLOGDOROCHA: 15 DE OUTUBRO, O DIA DO PROFESSOR.: Hoje, 15 de Outubro, dia comemorativo do “lente”, professor e mestre, aquele que no mesmo dia e mês do ano de 1827, o D. Pedro I, editou ...

O SÁBIO BERNARDO RAMOS

 Por José Rocha

Foto-Reprodução. Foto incluída em seu Livro. José Rocha

Bernardo de Azevedo da Silva Ramos, nasceu em Manaus, no dia 13 de novembro de 1858, falecendo no Rio de Janeiro, em 5 de fevereiro de 1931, foi um destacado arqueólogo, linguista e numismata, além de ter exercido vários cargos públicos de relevância, sendo considerado pela imprensa nacional como um grande sábio.

Era filho de Manoel da Silva Ramos (considerado o fundador da imprensa em Manaus) e Jesuína Maria de Azevedo da Silva Ramos – perdeu o seu pai quando ainda era criança, forçando-o a trabalhar muito jovem, tendo como primeiro emprego na agência dos Correios e Telégrafos (Rua Marechal Deodoro esquina com a Rua Teodoreto Souto e Avenida Eduardo Ribeiro).

Por ter uma mente privilegiada, conseguiu, aos 21 anos de idade (1879), exercer o cargo de Vereador de Manaus. Fundou o Clube Republicano do Amazonas.

Teve uma carreira de sucesso, exercendo vários cargos públicos, conseguindo, também, a patente de Coronel.

Foi comerciante em Manaus, onde fundou a Associação dos Proprietários de Manaus.

Possuía muitos recursos financeiros, o que o permitiu viajar pela Europa e Oriente Médio, percorrendo a Palestina e Egito, onde aprendeu as línguas hebraicas, fenícia e o sânscrito – o domínio desses idiomas o permitiu a leitura de diversas moedas.

Foi um colecionador voraz de moedas, cédulas, medalhas e documentos históricos – todo este acervo foi vendido para o governo do Estado (4 de setembro de 1899), sendo a base do Museu de Numismática do Amazonas (atualmente, está no Centro Cultural Palacete Provincial, na Praça da Polícia), com mais de dezessete mil peças, incluindo raridades como moedas gregas, etruscas e bizantinas (700 a.C.), feitas de ouro, vidro, conchas e porcelanas (antigo Sião), além de coleções moedas brasileiras espanholas do século XIX, entre de medalhas da França, Vaticano e Japão.

Em 25 de março de 1917, fundou o Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, situado na Rua Bernardo Ramos/Rua Frei José dos Inocentes) – uma instituição tutelada pelo Estado do Amazonas – contém um Museu, Biblioteca com uma Hemeroteca (coleções de jornais, revistas e outras obras em série), muito importante para quem se dedica a pesquisa da Amazônia.

 Foto-Reprodução. Capa do livro. José Rocha

O seu livro mais importante foi publicado post mortem “Incripções E Tradições da America PreHistorica – Especialmente do Brasil”, em dois volumes, Rio de Janeiro, 1939 – disponibilizo um linque abaixo para os interessados baixarem os Volumes I e II.

Para os senhores terem uma ideia do magnifico pesquisador, no livro existe uma transcrição do Jornal Imparcial, de 5 de Maio de 1919, sobre uma conferência que ele fez no IGHA “Adduzlndo ainda argumentos comprobativos do estabelecimento de gregos, phenicios, arabes e chaldeus no Brasil, o illustre conferencista decifrou o modo pratico, ao alcance de todos, as inscripções até hoje encontradas em pedras, no paiz, o que prova que taes gravuras não são obra do acaso, como ainda alguns archeologos têm afirmado”.

É isso mesmo que os senhores leram: O Coronel Bernardo Ramos afirma em seu livro, após muitos estudos que, no Brasil Pré-histórico, os gregos, fenícios, árabes e os caldeus, passaram pelo nosso país, deixando suas impressões em pedras, todas decifradas por ele!  

Prosseguindo a matéria do citado jornal “Com relação ás das Lages e á de Itacoatiara, no nosso Estado, disse que, nas primeiras encontrou os nomes históricos Nebe, Galaad, Belial, Neze, Gaal e Belus escriptos em caracteres phenicios e, em caracteres arabicos, a seguinte maxima: Fortuna rapida dá ruína; na segunda alcançou também a significação das gravuras nellas inscriptas, a qual com a seguinte: Juramos aqui reunidos em grande numero aqui tomamos posse expulsos das delicias â Tingis, salvos dos filhos de Heber. Delicias encontramos nós filhos do vento e do mar.”

O Bernardo Ramos decifrou o que foi encontrado inscrito nas Pedras das Lages (Manaus) e em Pedra Pintada (Itacoatiara), além do alto Rio Negro, basta ler o primeiro livro.

Em 10 de agosto de 2022, o colunista Hiran Reis e Silva, do site “Gente de Opinião”, republicou uma matéria do jornal “O Acadêmico” - Manaos, Segunda-feira, 31 de Dezembro de 1927, chamando o Bernardo Ramos, de “O Champollion Amazonense”:

“O Amazonas, grande em tudo, possui em seu seio uma alta individualidade que uma vez conhecida nos grandes centros científicos, tornar-se-á uma celebridade mundial. Queremos nos referir ao sábio amazonense Coronel Bernardo Ramos, tradutor das inscrições lapidares, não só do Brasil, como de diversas partes do mundo. Pelos estudos do paleógrafo amazonense, ficamos sabendo que muito anterior à Cristo passou pelo nosso Continente uma grande civilização. Entre as decifrações do Brasil, figuram como muito importantes as da Gávea, no Rio de Janeiro, dando notícia da passagem por ali de navegantes fenícios, [887-856 antes da nossa era] e da Pedra Lavrada, na Paraíba do Norte, cuja inscrição em grego antigo datando cerca de mil anos a.C., representa 708 signos, emblemas, astros, constelações, etc. Além disso, o reputado sábio amazonense tem traduzido outras inscrições que se encontram em pedras do Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.”

Em sua homenagem, a antiga Rua São Vicente passou a chamar-se Rua Bernardo Ramos, além do Museu de Numismática levar o seu nome.

Foto Casa do Bernardo Ramos. 2022. José Rocha

Em outubro de 2022, o CETAM e AADC (órgãos do governo do Estado) iniciaram a Revitalização da Casa Bernardo Ramos, situada na Avenida Tarumã. No. 379, centro, para abrigar o Centro Cultural de Gastronomia.

Depois de quase cem anos de sua morte, o Bernardo Ramos ainda é muito lembrado. Um sábio amazonense.

É isso ai.  

 

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bernardo_de_Azevedo_da_Silva_Ramos

http://museubrasil.org/pt/museu/museu-de-numismatica-bernardo-ramos

https://idd.org.br/iconografia/museu-de-numismatica-bernardo-ramos/

http://www.ipatrimonio.org/manaus-instituto-geografico-e-historico-do-amazonas/#!/map=38329&loc=-3.1338259999999973,-60.029171,17

https://www.gentedeopiniao.com.br/colunista/hiram-reis-e-silva/a-terceira-margem-parte-cdlxviii-bernardo-de-azevedo-da-silva-ramos-1930-o-champollion-amazonense

https://archive.org/details/inscripcoes-e-tradicoes-da-america-prehistorica-especialmente-do-brasil-vol-1/page/98/mode/2up?view=theater

file:///C:/Users/Usuario/Downloads/45000010119_Output.o.pdf




quarta-feira, 5 de outubro de 2022

A ESCADARIA DA RUA TAPAJÓS

 


Quem vem a pé ou de carro e entra numa depressão logo após a Avenida Leonardo Malcher, avista em seguida uma ladeira e ao lado direito uma escadaria que vai até o topo. No dicionário informal “escadaria” significa série de lances de escada separada por patamares onde se pode descansar durante a subida ou a descida. Ela inicia-se em frente a Casa dos Madeira, com um patamar bem em frente ao portão principal da residência. São 13 (treze) lances de escadas, com um total de 10 (dez) metros de comprimento. Acima existe mais um patamar com outro acesso (com um portão pequeno para mais um acesso a moradia dos Madeira). Na década de sessenta esta escada era de madeira, exigindo reparação constantes, pois se deterioravam rapidamente. Na década de setenta, com a ligação viária com a Avenida Leonardo Malcher foi construída uma de cimento armado (que dura até os dias atuais). A partir do terceiro lance de escada encontramos mais 23 (vinte e três) lances de escadas, estas foram bem elaboradas e largas, com 30 (trinta) metros de comprimento. Não sabemos quando foram construídas, presume-se que seja da época do Barão de São Leonardo (1817-1894), um homem riquíssimo que foi 1º. Vice-presidente da Província do Amazonas (1868) e construiu o Palacete de São Leonardo (atual Instituto Benjamin Constant) – ele era dono de todas àquelas áreas, incluindo onde é hoje a Rua Tapajós. Não sabemos ao certo quem o mandou construir, caso tenha sido feita pelo Barão, ela tem mais de 150 anos, mais velha que o Teatro Amazonas (1896, 126 anos em 2022) e a Igreja de São Sebastião (1888, 134 anos em 2022). O total da escadaria é de 36 (trinta e seis) lances de escadas e 3 (três) patamares, num total de 40 (quarenta) metros de comprimento. O estado atual é de total abandono, com muito mato e lixo em toda a sua extensão, além de buracos e pedras soltas, sem contar o muro de pedras que está sujo e pintado (pedra não se pinta!). Preocupado com esta situação de abandono, pensei em revitaliza-la, colocando azulejos em seus degraus, alusão da “Escadaria Selarón”, nos bairros Santa Tereza e Lapa, no Rio de Janeiro. A atriz Socorro Papoula, a sua filha Maíra Dessana e o seu namorado, o arquiteto Bruno, estão abraçando a ideia. O Bruno vai fazer um projeto e entraremos em campo. Caso não recebermos o apoio da Prefeitura de Manaus, o jeito será fazermos feijoadas, bingos e pedir ajuda dos amigos e comunitários para fazermos este trabalho. Primeiro, irei consultar o IPHAN para sabermos se poderemos fazer este trabalho, pois o IBC está tombado pelo Patrimônio Histórico. Fiz um vídeo e já está no Youtube endereço   https://www.youtube.com/watch?v=rkV3TGGlixk

DESTRUIÇÃO DO PLANETA TERRA

 Por José Rocha

 Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1940) surgiu a Guerra Fria (1947-1991), uma disputa entre os Estados Unidos e a União Soviética, chamava-se assim por não ter tido um confronto armado direto, no entanto, essas duas potências começaram a ser armar “até os dentes” com armas nucleares, uma apontada para a outra – passados trinta e três anos, com a Guerra Ucrânia X Rússia (ex-líder da URSS), a Terceira Guerra Mundial pode estar começando, com ameaças de utilização de arsenais nucleares por parte da Rússia, pois novamente os USA estão apoiando a Ucrânia e, ameaçando, também, utiliza-las caso aquele país inicie a sua utilização.

 

Sabemos que, além desses dois países, existem muitos outros com armas nucleares prontas para serem utilizadas em caso de um primeiro país disparar contra outro.

 

Isto é uma realidade e poderá acontecer, talvez não agora, assim espero, mas basta um louco apertar um botão vermelho e colocar em xeque (em risco) a humanidade do planeta Terra.

 

Como existe esta probabilidade de acontecer, alguns países e suas agências espaciais, além de gênios multimilionários e suas empresas voltadas para este setor, já estão em pleno desenvolvimento de foguetes e planos para, num futuro próximo, colonizar o Planeta Marte.

 

Faz alguns anos eu já postava no BLOGDOROCHA essa possibilidade, e, muitos achavam que eu “viajava na maionese” (sem lógica, sem sentido, um absurdo).

 

O que eu pensava antes, continuo com o mesmo pensamento, pois tudo caminha para este fim, senão vejamos:

 

1.   Alguém já falou que dois corpos não podem ficar no mesmo lugar, sendo umas das leis da física. Haverá, num futuro próximo uma superpopulação, ocupando cada metro quadrado da Terra;

2.   Por outro lado, o crescimento populacional se dá numa razão geométrica, demandando mais casas, ruas, urbanização, luz, água, comida, plantações, gados, peixes, frangos etc. Para ocupar esses espaços, quem é o mais fraco que irá ceder? As árvores, as florestas, os recursos naturais;

3.   O planeta terra não cresce e se expande que nem um bolo, o espaço, sim. Não teremos mais espaço e o jeito será ocupar o espaço e outros planetas;

4.   O problema é a mentalidade de poucos, que destroem muito em nome da ganância em obter montanhas de bens materiais, sem ter um mínimo de sentimento com o próximo.

5.   Em nome da ganância e da perpetuação da espécie humana, somos destruidores, por natureza.

6.   As guerras são ocasionadas por vários interesses, mas, na atualidade, são por razões ideológicas, econômicas, espaços cada vez maiores (terra, mar e espaço aéreo);

7.   Esses interesses poderão antecipar a destruição do planeta Terra, mesmo antes de superpopulação.

8.   Creio que viemos de um lugar longínquo do espaço sideral, que foi devastado bilhões de anos atrás (pela ganância e superpovoação) e chegamos a Terra para povoa-la e ficaremos aqui até a sua destruição.

9.   Construímos uma Estação Espacial Internacional, Foguetes cada vez mais potentes e Planos para, no futuro próximo, os poucos sobreviventes do Apocalipse, procurarem viver em Marte ou outro planeta para continuarmos tudo, novamente!

10.              Caso o Planeta Terra não for destruído totalmente, surgirá, novamente, o Homem da Caverna, sem nenhum conhecimento (fogo, roda, plantação etc.), com algumas edificações que acharão que foram feitas por alienígenas (outros humanos que foram morar no espaço sideral, que vez e outra fazem as aparições em momentos e lugares especiais).

11.              E tudo começa, desenvolve, destrói, vai para o espaço, volta e começa um novo ciclo.

 

Alguns poderem estar rindo ou achando que sou louco e/ou tomei vários litrões de cervejas. Nada não, é apenas um momento de reflexão sobre a Destruição do Planeta Terra.

 

É isso ai.