sábado, 28 de maio de 2022

VIAGEM À VELHA CERPA COM VELHOS AMIGOS

 Hoje, uma bela última sexta-feira de maio de 2022, reencontrei velhos amigos na nossa amada Rua Tapajós, centro de Manaus, onde tive a oportunidade ímpar de voltar ao passado, pois foram personagens, em tempos idos, de uma viagem à Pedra Pintada (Itacoatiara, em tupi guarani), a nossa amada e querida “Velha Cerpa”.

Era o ano de 2000 e não seu quanto, estava descasado e motorizado, com uma máquina conhecida como “Santanão” que dominava o quarteirão, no entanto, era uma refinaria que torrava a gasosa de montão.

Na minha rua, o mecânico mais famoso era o “Louro Isaac”, um cara que ficava somente na espreita dos automóveis que desciam de ré a ladeira, para chegar perto do motora e falar:

- O teu carro não sobe a ladeira em decorrência da sujeira do carburador!

Aí era graça. Tantos fez e aconteceu que os amigos falavam:

- Se o pneu do teu carro furou, chama o Isaac que é carburador!

Mudando de pneu para carburador, vamos voltar ao Santana cheio de força e de dor e amor:

Pois bem, o Isaac deu um grau no carburador, no chão e encheu o tanque de montão, para uma viajem longa até a famosa e querida cidade de “Pedra Pintada”, distante de Manaus 270 quilômetros, com viagem de carro em torno de quatro horas durante o dia e seis pela noite.

Resolvemos sair à meia-noite de uma sexta-feira. O motora era eu, pois tinha passado a noite tomando uma cerveja sem álcool (uma tal de Kronenbier), o Luís Carlos (Carlão), Isaac Louro, sua esposa Nete e seus filhos capetas menores, o Mizaque e o Adriano.

Ao sair, senti que estava um pouco tonto, meio bêbado, talvez. Como é que pode? Somente tomei cerveja sem álcool. Será que era psicológico ou tinha um pouco de álcool naquela Kronenbier? Propaganda enganosa, sei, não, parente! Só sei que estava de boa!

Peguei o “Santanão” no timão, somente não entrei na contramão. Passamos de boa na “Barreira da BR-174”, pois o motora estava sóbrio até chegarmos a um Posto de Gasolina, onde fui tomar cerveja “de verdade” e passei o comando para o Isaac, que conhecia a estada como “a palma da mão”.

Os filhos do Louro Isaac, o Mizaque e o Adriano, passaram a noite na algazarra geral, sem chance de dormir, aliado aos solavancos da buraqueira general.

Chegamos ao alvorecer da madrugada. Coisa linda e bonita a cidade de Itacoatiara!

Meus pensamentos voltaram ao passado, dos tempos bons de minha juventude recatada, onde passei momentos bons e belos naquela cidade tão bela e encantada.

Foram dois dias de encantos, cheia de pessoas boas e remansos.

Sou manauara, sinto orgulho de minha cidade histórica, assim como sinto o mesmo prazer e felicidade das cidades históricas de Parintins, Manacapuru e Itacoatiara.

Nunca mais voltei à Itacoatiara e das minhas estórias.

Passados muitos anos, agora, voltei ao passado, ao reencontrar velhos amigos que viajaram comigo para Itacoatiara!

É isso aí.

sábado, 7 de maio de 2022

DIA DAS MÃES



Cadeira de Palinha da minha mãe Nely Fernandes.


Muitos anos escondida e abandonada.


Ressurgiu novinha em folha.


Um trabalho do meu amigo Edsonleal Leal , o Rei da Palinha.




Um presente à memória de minha mãezinha.

Feliz Dia das Mães!

— em Rua Tapajos


terça-feira, 3 de maio de 2022

EM ALGUM LUGAR DO PASSADO

 



   Dias desses, resolvi voltar ao passado, revirando e tirando o pó dos meus discos de vinis, um deles me chamou atenção, era da Trilha Sonora do Filme “Em Algum Lugar do Passado”, uma composição do John Barry, de 1985, fiquei louco para ouvi-lo novamente, mas faltava um Toca Discos.

Deixei o disco separado em uma estante, para um dia voltar a viajar no tempo ao ouvir a bela composição da trilha sonora do filme, na esperança de comprar um legítimo “Prato” SL-MK1200 Silver marca Technics, que por sinal vale uma fortuna, peça que no passado já tive um e o vendi por “preço de banana”.

Hoje, coloquei o referido disco em frente ao meu computador e abri o aplicativo YouTube Music (sou assinante) e digitei o nome do filme, para minha surpresa apareceu igualzinho ao meu velho vinil.

      Passei a ouvir e a escrever este texto, pois sou saudosista e sempre gosto de voltar ao passado, para lembrar da minha infância, adolescência e o início de minha vida adulta.

Segundo o site https://www.adorocinema.com/filmes/filme-42156/       a Sinopse é a seguinte:

“Universidade de Millfield, maio de 1972. Richard Collier (Christopher Reeve) é um jovem teatrólogo que conhece na noite de estreia da sua primeira peça uma senhora idosa, que lhe dá um antigo relógio de bolso e diz: "volte para mim". Ela se retira sem mais dizer, deixando-o intrigado. Chicago, 1980. Richard não consegue terminar sua nova peça, decide viajar sem destino certo e se hospeda no Grand Hotel. Lá visita o Salão Histórico, repleto de antiguidades, e fica encantado com a fotografia de uma bela mulher, Elise McKenna (Jane Seymour), que descobre ser a mesma que lhe deu o relógio.”


   Muitas coisas passaram pela minha cabeça, lembrando como era a minha cidade quando eu era criança, quando andava sozinho pela Avenida Eduardo Ribeiro, onde ficava admirando as lojas, os prédios antigos, o Cine Avenida e o Odeon, além do Largo da Matriz e do Aviaquario, do Relógio Municipal, os ônibus antigos, o Tabuleiro da Baiana, a Praça do Congresso, Ideal Clube, Palacete Miranda Corrêa, além de ficar admirando as pessoas bem vestidas e educadas e muito mais.

   Continuei ouvindo a música, voltando a lembrar do meu amor juvenil, uma mulher que foi para o Rio de Janeiro, voltando quando eu já estava preste a casar, partiu novamente e nunca mais voltou – se estiver viva deve ser uma sessentona com os cabelos brancos. Não sei.

   De algum lugar do passado viajei, mas não nada encontrei, apenas as lembranças da minha Manaus antiga e do meu primeiro amor.

   É isso ai.