segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

BLOGDOROCHA: DROGARIA LEMOS, A MAIS ANTIGA DE MANAUS

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BLOGDOROCHA: COISAS ENGRAÇADAS DE MANAUS – PARTE I

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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

OS GOVERNADORES TOP DO ESTADO DO AMAZONAS


Com a posse do novo governador do Estado do Amazonas, o professor José Melo, ele entra na história como o 47º do período Republicano, sai um e, entra outro, mas, somente três são lembrados até hoje: Eduardo Gonçalves Ribeiro (com construções de prédios públicos como o Teatro Amazonas), Álvaro Botelho Maia (o único governador que morreu pobre, apesar de anos no poder) e Gilberto Mestrinho de Medeiros Raposo (o mentor dos políticos que ainda hoje estão no poder no Amazonas).


Eduardo Gonçalves Ribeiro (São Luís (MA), 18 de setembro de 1862 – Manaus, 14 de outubro de 1900).

Foi militar e político, governando o Amazonas de 2 de novembro de 1890 a 5 de maio de 1891 e de 27 de fevereiro de 1892 a 23 de julho de 1896.

Era conhecido pelo apelido de “Pensador”, em decorrência de ter participado ativamente dos movimentos republicanos e ter editado o jornal "O Pensador", no Maranhão.

O homem era um megalomaníaco, mandou fazer o Teatro Amazonas, o Reservatório do Mocó, a Ponte Benjamim Constant (Terceira Ponte da Avenida 7 de Setembro), o Palácio de Justiça e inúmeras outras obras, transformando Manaus na conhecida “Paris dos Trópicos”; dinheiro não faltava, quanto mais gastava, mais os cofres enchiam, advindos dos impostos da comercialização da borracha.

Alguns historiadores amazonenses relatam que o Governador Eduardo Ribeiro foi assassinado, ao tomar um copo de leite contendo veneno, outros afirmam que o seu charuto continha algumas ervas letais; o local também diverge, a maioria relata que foi na sua chácara (na Av. Constantino Nery, atual Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro), porém a minoria afirma que o homem caiu morto no Largo de São Sebastião (casa que abrigou a Construtora Rayol, atual Café do Largo).

A boca pequena comentava pela cidade que, o homicídio foi encomendado pela família Nery. O médico que examinou o corpo, afirmou alto e em bom tom: - Este homem foi assassinado! Desapareceu da cidade, alguns dias depois; dizem que foi ameaçado de morte - na realidade, a morte do governador foi em circunstancias ainda não bem esclarecidas.


Álvaro Botelho Maia (nasceu em 9 de fevereiro de 1893, no seringal “Goiabal”, rio Madeira, município de Humaitá – Manaus, 4 de Maio de 1969).

Profissões: jornalista, servidor público, advogado, escritor e professor. Era considera “O Príncipe dos Poetas Amazonenses”.

Mandatos políticos: Interventor do Amazonas – 1930 a 1933, Deputado Federal - 1933 a 1935, Governador do Amazonas – 1935 a 1937, Interventor no Amazonas - 1937 a 1945, Senador -1945 a 1951, Governador do Amazonas - 1951 a 1954, Senador – 1967 a 1969.

Segundo o seu amigo Erasmo Lino Alfaia “O que havia realmente de mais forte em Álvaro Maia era a bondade, o sentimento das coisas, a capacidade de não esquecer as suas raízes, de não perder-se do que fora um dia, do seu passado e das suas afeições mais queridas. Tinha a humildade dos gênios e era um padrão de honestidade, com quem tanto aprendi. Quando rareavam os amigos, sofreu o máximo que um homem público pode sofrer. Não se queixava, compreendia. O ostracismo político o engrandeceu na alma. Recebi inúmeras cartas suas – nenhuma revolta, amargura nenhuma nelas encontrei. Nessa ocasião pude sentir melhor o homem digno na exemplaridade de sua conduta na limpidez de sua amizade. Agradeço a Deus por me conceder o privilégio dessa amizade inexcedível. As glórias justas conquistadas por Álvaro Maia, nunca ele as soube explorar em proveito próprio, pois morreu na estreiteza do ambiente de um pobre ermitão.”

Morreu Álvaro Maia à 01h15min da madrugada de 4 de maio de 1969, num apartamento do Pavilhão Santana, da Santa Casa de Misericórdia de Manaus, acometido de infarto do miocárdio na manhã da véspera. Assistiram ao desenlace o médico assistente, Dr. Osvaldo Said, acompanhado pela enfermeira Ruth Helena, pela Srtª Maria Helena Paiva Monte (prima) e Dr. Erasmo Alfaia (amigo). Imediatamente a notícia se espalhou e começaram a chegar ao hospital os amigos do morto, que foi velado no hall do Palácio Rio Negro desde o alvorecer. O sepultamento de Álvaro Maia se deu ao fim da tarde de 5 de maio, no Cemitério São João Batista, acompanhado por grande massa humana, sentida e emocionada”. (Dados biográficos de Álvaro Maia, de autoria do Dr. Djalma Batista, publicado no livro “Álvaro Maia – Poliantéia – 1984”).

Foi um dos poucos homens públicos que entrou pobre na política e morreu pobre, uma coisa muito difícil de acontecer, pois a grande maioria dos governadores deixam a vida pública ostentando riquezas.

Gilberto Mestrinho de Medeiros Raposo (Manaus, 23 de fevereiro de 1928 – Manaus, 19 de julho de 2009).

Foi industrial, auditor fiscal e político, tendo sido  prefeito de Manaus e a seguir governador do Amazonas por três vezes, além de Senador pelo PMDB.

Na minha infância, morava próximo ao Palácio Rio Negro, sede do governo  e, sempre ia por lá para receber uns brinquedos, no dia o seu aniversário - esses presentes, apesar de singelos, marcaram muito a nossa geração.

O Gilberto é conhecido pelos apelidos de “Professor” e “Boto Tucuxi” – o escritor e poeta Simão Pessoa, conhece muito bem os meandros da política do Estado do Amazonas, tanto que escreveu “O Folclore Político do Amazonas”; para falar um pouco sobre a trajetória do Governador, transcrevo o seguinte:

“Em 1950, aos 22 anos, Gilberto Mestrinho montou em Manaus o curso Eficiência, preparatório para os concursos dos empregos federais. Ele mesmo passou em quatro: datilógrafo do IAPC, escriturário e oficial administrativo do Ministério da Fazenda e fiscal de consumo da Delegacia do Imposto de Renda, por onde se aposentou. Nos anos seguintes, fez-se amigo e credor do deputado federal Plínio Coelho, a quem ajudou a eleger-se governador em 1954. A primeira tentativa de vida pública foi uma candidatura a vereador, em 1955, pelo PTB. Não se elegeu. Naquela época, os prefeitos eram indicados pelo governador. E lá estava ele, em 1956, aos 28 anos, prefeito de Manaus sem ter tido um único voto. Em 1958, na convenção do PTB, o presidente regional do partido, deputado estadual Edson Stanislaw Afonso – um médico bem conceituado na cidade e que tinha sido um dos deputados estaduais mais votados do Amazonas nas últimas três eleições -, recebeu um rasteira de Plínio Coelho. Pelo seu currículo nas eleições passadas, Stanislaw estava certo de que seria o candidato a governador pelo PTB e foi para a convenção de peito aberto. Na surdina, Plínio obrigou os convencionais a votarem em Gilberto, na época seu secretário estadual de Finanças. Quando o médico soube do resultado, ficou tão indignado que começou a passar mal ainda no local da convenção. Stanislaw faleceu no dia seguinte, de infarto agudo no miocárdio.Ungido pelo padrinho político, Mestrinho elegeu-se governador em 1958, derrotando Paulo Nery, oriundo de uma das famílias políticas mais tradicionais do Estado. A eleição foi uma das mais tumultuadas da história do Amazonas. Apenas um pequeno exemplo: candidato a deputado estadual pelo PTB, com reduto em Benjamim Constant, onde Paulo Nery era o candidato favorito, Nelsonez Noronha foi encarregado de trazer as urnas do município para serem apuradas no Tribunal Regional Eleitoral, em Manaus, mas ele chegou à cidade sem a preciosa carga. Segundo o candidato, houve um banzeiro muito forte no rio Solimões e as urnas caíram na água, perdendo-se para sempre. Para dramatizar ainda mais o acidente, Nelsonez disse que observou um cardume de botos-tucuxis pajeando o local onde as urnas naufragaram, mas que nada pôde fazer. Quando, dias depois, as urnas emergiram na sede do TRE dando a maioria absoluta de votos para Gilberto Mestrinho, a oposição não teve dúvidas: os botos-tucuxis do Nelsonez haviam “emprenhado” as urnas. Para Mestrinho ganhar o apelido de boto-tucuxi foi conta de multiplicar. Gilberto ganhou fama nacional alguns meses depois de assumir o governo, quando mandou prender o amigo, padrinho político e ex-governador Plínio Coelho, àquela altura dono do jornal O Trabalhista, de oposição ao governador.
Mestrinho teve os direitos políticos cassados na primeira lista de pós-golpe militar de 1964. Era Deputado Federal por Roraima, eleito em 1962 – no mesmo ano em que Plínio Coelho se elegeu governador do Amazonas pela segunda vez. Ele sofreu arbitrariedade calado, passou alguns meses escondido em São Paulo, fixou residência no Rio de Janeiro e recompôs sua vida como empresário bem-sucedido. Tinha banco e fábrica em Belém, fábricas de revestimento texturizado no Rio de Janeiro. A ditadura nunca o incomodou e nunca se ouviu dele, nos anos de chumbo, nenhuma declaração sua contra ou a favor dos militares. Dezoito anos se passaram até que mestrinho voltasse a colocar os pés em Manaus, ele voltou em 1982, a bordo do PMDB que resultara da fusão com o PP, e elegeu-se governador, mais uma vez com acusações não comprovadas de fraude eleitoral. Depois que tomou posse, nomeou o empresário Amazonino Mendes prefeito de Manaus. Em 1986, desafiando a ala autêntica do PMDB, indicou o ex-prefeito Amazonino Mendes com candidato a governador pelo partido, provocando a debandada dos deputados federais Arthur Neto e Mário Frota, os deputados estaduais Felix Valois e Beth Azize, e os vereadores Chico Marques e Ivanildo Cavalcante. Em fevereiro daquele mesmo ano, Gilberto Mestrinho sofreu um dos maiores golpes de sua vida, a perda de um filho de 18 anos, José Carlos Mestrinho. Entre os dois casamentos oficiais - com a Maria Antonieta, viveu 45 anos e teve cinco filhos – com a portuguesa Maria Emília, teve dois filhos – com uma roraimense teve três filhas – são dez rebentos, no total, com vários netos e bisnetos”.

Segundo o portal www.acritica.uol.com.br   “De forma ininterrupta, o Amazonas é governado há 32 anos por políticos criados e doutrinados na cartilha do lendário “boto navegador”. Oito mandatos perpetuaram o “modus operandi” administrativo, políticos e eleitoral de Mestrinho. Entres eles estão o Amazonino Mendes, Vivaldo Frota, Eduardo Braga, Omar Aziz e o atual José Melo."


Ainda vai passar muita água por debaixo da ponte e, quem sabe um dia apareça outro governador para se ajudar a esse trio, fazendo parte dos tops e, ficar na história do Amazonas. É isso ai.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

SECOS & MOLHADOS

DANDO UM ROLÉ POR MANAUS - Hoje, feriado de terça-feira de carnaval - resolvei dar um rolé pela minha Manaus de Mil Contrastes – passei pelo início da Avenida Eduardo Ribeiro, onde a única boa coisa feita até agora pelo alcaide baré foi fazer um imenso buraco onde pode-se ver o antigo calcamento em pedras de paralelepípedos, depois, entrei no Porto de Manaus, conhecido mundialmente como Roadway. Um segurança perguntou se eu iria pegar algum barco, falei que não, pois a minha intensão era tirar algumas fotos, ele me barrou no baile, falou e disse que o Porto estava em obras e que somente é permitido entrar as pessoas que vão viajar – fui até um quiché e comprei uma passagem para o Cacau-Pirera, entrei e falei para o segurança: - Agora , posso entrar? Ele sorriu e deve ter pensado “Essa cara é foda!” Pois bem, entrei tirei fotos, voltei e, rasquei o bilhete, pois não estava mesmo afim de atravessar o Rio Negro. O segurança ficou espantado e, falou – Já?. Respondi: - Eu sei que o senhor não tem nada a ver, mas, essas obras custaram aos contribuintes setenta e um milhões de reais e até agora não foram entregues a quem de direito: aos manauaras e turistas! Não tem jeito! Acho que vou para a Banda do Cinco Estres e, esquecer toda essa roubalheira! Eu, hein!

EM PRIMEIRO LUGAR - Caramba, bastou a socialite (casada) "pular a cerca" com o cara também casado e, mandar detonar uma rival que também era casada que, a nossa cidade ganhou a fama onde os homens e as mulheres são os mais infiéis do Brasil! Tudo acontece aqui nas nossas plagas: a segunda colocada na Miss Amazonas é mais famosa do que a primeira colocada - Manaus foi sede da Copa do Mundo e, possivelmente, das Olimpíadas, deixando muita gente de outras cidades brasileiras com uma ciumeira danada: Por que Manaus? - Construção de uma Ponte de Um Bilhão (feita pelo Dudu), não vale a metade - Bilhões de reais são gastos em carnaval, CarnaBoi e outras festas, enquanto o transporte público e o ensino fundamental é pior do Brasil!

CICLOVIA DO BOULEVARD - Em decorrência de uma labuta, passei seis meses passando todo dia em toda a extensão do Boulevard Álvaro Maia e, pude acompanhar todo o trabalho de construção da tão falada ciclovia. Pois bem, pude verificar “in loco” todo o trabalho de retirada de todo o calçamento do lado direito do canteiro central, inclusive com o avanço de alguns centímetros da pista; colocação de sarjetas e cimento armado; recuperação de toda a iluminação com colocação de novas lâmpadas, bancos, grades de proteção, limpeza, colocação de novas plantas, pinturas e outros serviços. O lado esquerdo ficou reservado aos pedestres. Na realidade, todo aquele logradouro estava abandonado faz muito tempo e, agora, ficou bem bonito. Não sei se foi superfaturado, se não serve ou é inadequado para uma ciclovia, porém, o trabalho foi feito, foram muitos meses de trabalho, não foi apenas um serviço de pintura no chão, como falam por ai. Outra coisa, não pertenço a nenhum partido político, não sou “vaca de presépio” de nenhum político e não tenho procuração para defender quem quer que seja! Estou apenas escrevendo o que presenciei! Achei muito fraca a atuação dos edis da situação, poucos defenderam oArthur Neto!

LINE BUS 016 – Eu tinha que resolver um probleminha lá no bairro da Redenção e, estava sem o meu “Batmovel” - fui informado que, saindo da “New City III” até aquela cercania, eu deveria pegar a linha 016, mais conhecida por “Grande Circular” (lembrei do meu amigo vendedor de discos o Leandro Grande Circular). Fui até o Terminal 3 e, peguei a fera. Quando eu pensei que o danado estava indo para a Zona Centro-Oeste, o motora começou a circular por toda a Zona Norte, boiando no Terminal 4, depois, entrou na Zona Leste, parando no Terminal 5. Entra e sai gente, foi quando uma jovem mãe com uma criança de colo parou bem ao meu lado, gentilmente cedi o lugar e, comecei a ler o meu jornal em pé. Lá pelo bairro do Aleixo, na Zona Centro-Sul, entra um evangélico e, solta o verbo, passou mais de uma hora falando nos meus ouvidos que todos os passageiros iam direto para o inferno! Até chegarmos a Avenida Kako Kaminha pegamos um engarrafamento daqueles! Nessa altura do campeonato, já tinha lido até os classificados de A a Z. No bairro da Compensa, o ônibus circulou de “cabo a rabo” por todo ele! Finalmente, chegamos na Estrada da Ponta Negra, depois, o motora circulou por vários bairros até chegar no Conjunto do Campos Elísios e, em seguida, no Bairro da Redenção. Para os senhores terem uma ideia, sai depois das oito horas e, quando cheguei ao meu destino, muita gente já estava almoçando nos restaurantes do bairro. Caramba! Resolvi a minha bronca e, perguntei a um senhor qual o ônibus que deveria pegar para voltar a Cidade Nova e, ele respondeu: - Tem um que roda um pouco, o numero da linha dele é 016! Agradeci e pensei “Caráio, circular mais três horas no 016, nem pensar, prefiro voltar à pé!”.

É FLUMINENSE – A Escolinha do Professor Jersey Nazareno Trindade – Amazonense refere-se ao Estado do Amazonas, a pessoa natural ou que habita naquele lugar e, Amazônida, aquele que é natural ou habita a Amazônia. Agora, Fluminense, refere-se ao Estado do Rio de Janeiro ou aquele que é natural ou habita aquele Estado e, Carioca (tupi "casa de branco"), a capital do Rio de Janeiro e ao natural ou que habita aquela cidade. Por outro lado, os torcedores do time Fluminense, dizem por ai que não existe essa de Flamenguista, Botafoguense ou Vascaíno, pois todos aqueles que nascem no Rio de Janeiro são registrados como “Fluminense” (latim flumine = rio e ense = natural, ou seja, natural do Rio) – está lá no Registro de Nascimento! Sai prá lá Professor Nazareno! Eu, hein! Escolinha do Professor Jersey Nazareno Trindade – Amazonense refere-se ao Estado do Amazonas, a pessoa natural ou que habita naquele lugar e, Amazônida, aquele que é natural ou habita a Amazônia. Agora, Fluminense, refere-se ao Estado do Rio de Janeiro ou aquele que é natural ou habita aquele Estado e, Carioca (tupi "casa de branco"), a capital do Rio de Janeiro e ao natural ou que habita aquela cidade. Por outro lado, os torcedores do time Fluminense, dizem por ai que não existe essa de Flamenguista, Botafoguense ou Vascaíno, pois todos aqueles que nascem no Rio de Janeiro são registrados como “Fluminense” (latim flumine = rio e ense = natural, ou seja, natural do Rio) – está lá no Registro de Nascimento! Sai prá lá Professor Nazareno! Eu, hein!
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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

O MEU NOME É ROCHA



      
O meu nome é José Martins, porém, sou conhecido por muita gente pelo apelido de Rocha, o motivo é simples, mas, a história é longa – tudo começou lá na longínqua cidade de Uruburetama, no Ceará, onde nasceu o meu saudoso pai, o luthier Rocha.

Na década de trinta, o meu avô José Martins, veio de mala e cuia trabalhar na Amazônia, para coletar látex no Alto Juruá, deixando para trás a minha avó gestante, com a promessa de um dia voltar rico.

Pois bem, a criança nasceu numa Sexta-feira da Paixão, sendo logo apelidado de Zé da Paixão – aos cinco anos de idade, o moleque era barrigudinho, moreninho e com o cabelo pixaim, a “cara cuspida” do padre Rocha, o pároco da igreja de Uruburetama (a Terra dos dos Urubus) - foi um pulo para trocarem o seu apelido para Rocha ou Rochinha.

Aos doze anos de idade, veio a Manaus a procura do seu genitor, porém, houve um desencontro, pois o meu avô estava voltando para buscar a família no Ceará – com o seu regresso, foram para o Alto Juruá, onde o meu avô veio a falecer.

O meu pai não tinha lenço e nem documentos, quando houve uma fiscalização na empresa em que ele trabalhava (uma fábrica de castanhas), onde foi obrigado a tirar a certidão de nascimento e a Carteira de Trabalho – com  a ajuda de um advogado amigo da família, colocou no seu nome o apelido Rocha, sendo registrado como José Rocha Martins.

Com o seu casamento com a minha mãe Nely, tiveram quatro filhos: José Rocha Filho (o único que levou Rocha no nome), Graciete Martins, José Henrique e José Martins (o escriba aqui).

Nasci no Hospital da Santa Casa de Misericórdia, exatamente no dia do aniversário do então Presidente da República Juscelino Kubitschek, em decorrência disso, fui inicialmente chamado de Juscelino, mas, recebi na pia batismal o nome de José, para não fugir a tradição de uma família cearense.

Até os meus dezessete anos de idade, era chamado de José, Zé ou Zezinho – quando consegui o meu primeiro emprego, na Central de Ferragens, o meu chefe Hélio era amigo do meu pai e morava na mesma rua da nossa família, no Igarapé de Manaus – ele me batizou de Rocha.

Outra empresa em que trabalhei foi a Importadora Souza Arnaud, fui indicado pelo Lázaro Castro para assumir o seu lugar de chefe de importação – ele também conhecia o meu pai e, passou a chamar-me de Rocha – por lá conheci a Nazaré, com a qual casei e tive três filhos – moramos na Cachoeirinha, Santo Antônio, Glória e no Conjunto dos Jornalistas, em todos esses lugares era chamado de Rocha.

Trabalhei na empresa Mirai Panasonic, por lá não conhecia ninguém, por isso fiquei conhecido apenas de Martins.

Estou pensando fazer o mesmo que o meu pai fez no passado, incluir no meu nome oficial o apelido de Rocha, conforme a Lei 9.708/98, que modificou a Lei de Registros Públicos, em que prevê essa possibilidade - é possível substituir o primeiro nome pelo apelido, acrescentar o apelido antes do primeiro nome ou inseri-lo entre o nome e o sobrenome – serei José Rocha Martins, igualzinho ao meu pai. É isso ai

domingo, 8 de fevereiro de 2015

A BICA É DEZ!


Cara, estou muito feliz por ter ajudado na organização e apresentação da nossa Banda Independente da Confraria do Armando. A Ana Cláudia Soeiro Soares (hoje é o aniversário dela) e o Roberto (administradores do Bar do Armando) estão de parabéns, pois foram para lá aproximadamente setenta mil foliões e não vimos nenhuma briga ou confusão.

Fiquei feliz também por ter conhecido o pessoal da Escola de Samba do Morro da Liberdade, a Bateria Nota Dez deu um show.

Outra banda que me surpreendeu foi a Cauxi Eletrizado, um grupo de jovens amazonenses e amazônidas que fazem sucesso no Brasil afora e até nos Estados Unidos, com o meu irmãozinho Clóvis fazendo um show à parte.

Emyle Araújo, a nossa Porta Estandarte deu um show, estava linda!

Tinha tanta gente que, muitos turistas estrangeiros se perderam, sendo que um francês e um suíço até agora estão procurando por eles, brincadeira a parte, acho que eles estão bem agarradinhos com as caboquinhas do pedaço.

Tinha um cara que estava se lamentando por lá “Poxa, sai para o carnaval e deixei a mulher sozinha em casa, quando voltei, disseram que ela tinha saído para entrar na BICA!” Pode, mermão? Perdeu!

Estamos felizes com a ajuda e colaboração do Governo do Estado do Amazonas, através da Secretaria de Cultura, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar e, da Prefeitura de Manaus com as devidas autorizações, inclusive o Prefeito Arthur Neto esteve presente ao evento em companhia da sua esposa.

Sai de lá de madrugada, sem nenhum cansaço, apenas alegre e satisfeito com o trabalho que fizemos – outra coisa, a BICA contratou uma cooperativa de catadores, eles passaram a madrugada adentro recolhendo todas as latinhas e garrafinhas de plásticos para reciclagem! É isso ai.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

OS BONECOS DA BICA


A mais famosa e escrachada banda de Manaus, chama-se Banda Independente da Confraria do Armando, popularmente conhecida como BICA, surgiu em decorrência do fim dos desfiles de carnaval na Avenida Eduardo Ribeiro, quando um grupo de frequentadores assíduos do Bar do Armando, resolveram fazer uma banda nos moldes da Banda de Ipanema, onde somente toca as velhas marchinhas de carnaval e, dos desfiles carnavalescos de Recife (PE), com bonecos gigantes.

Segundo o nosso irmãozinho, o poeta e escritor Simão Pessoa “A banda possui (ou deveria possuir) 12 bonecos: Armando, Deocleciano (Deco), Petrolina, Frei Fulgêncio, Leomar Salignac, Celeste Pereira, Lourdes Soeiro, Charles 5 Estrelas, Antônio Paula Graça, Eliezer Leão, Nestor Nascimento e Alberto Aleixo”.

Desses doze, somente resistiram ao tempo o Armando, Dona Lourdes, Petrolina e o Deco (ficam no Bar do Armando, no Largo de São Sebasião).

Os bonecos do Charles e do Doutor Eliezer (ficam no Bar Cinco Estrelas, na Avenida Getúlio Vargas, ao lado da Academia do Sheik Clube).





ARMANDO

Armando Dias Soares, nasceu em Coimbra, Portugal, mudou-se para Manaus na década de 50, veio com a intenção de trabalhar com o seu tio Armindo Dias, proprietário da Casa Dias, na Rua Luiz Antony e, da Casa Renascença, na Avenida Joaquim Nabuco.
Desde cedo, aflorou o seu espírito empreendedor – resolveu desvincular-se do seu tio e seguiu a sua “carreira solo”. Foi magarefe no Mercado Municipal Adolpho Lisboa, depois abriu o seu próprio negócio na Rua Xavier de Mendonça, no bairro de Aparecida, era uma venda de secos e molhados e um açougue.
Em sociedade com outro portuga conhecido por Maravalha, abriram um bar chamado Micro Bar, tamanho 10 por 100 m, na Avenida Eduardo Ribeiro, no local existiam diversas mesas de sinuca e era vendida uma famosa batida (bebida); o estabelecimento foi fechado em decorrência da venda do Cine Odeon (o bar ficava ao lado do cine, pertencia ao mesmo dono).
O Armando conheceu a portuguesa Lourdes Soeiro, foi amor a primeira vista, casaram e foram trabalhar juntos no famosíssimo Bar do Armando, no Largo de São Sebastião. Tiveram duas filhas, a Ana Cláudia, pedagoga e administradora dos negócios dos pais, casou com o Roberto e tiveram dois filhos e, Ana Lúcia, advogada, casada com um português, mora atualmente em Portugal, ela já deu um netinho para o Armando.
Com o projeto do então vereador Francisco Praciano, em 1998, foi considerado “Cidadão de Manaus”, na Câmara Municipal, passou a ser conhecido por Armando Brasileiro. Chegou a ser cogitado para assumir o Consulado de Portugal, em Manaus, mas ideia não vingou, não era a sua praia ficar carimbando passaportes, o forte dele sempre foi vender sanduíches de leitão e cervejas.
A Escola de Samba Reino Unido da Liberdade, fez uma justa homenagem ao português, com o tema “Armando Brasileiro”, foi consagrada campeã do carnaval de Manaus de 1999. No seu Bar, acontece toda ano o maior e melhor carnaval de rua de Manaus, a famosa Banda Independente da Confraria do Armando - BICA.
O meu amigo Armando faleceu no dia 12 de abril de 2012, no hospital da Beneficente Portuguesa do Amazonas.

DECO


Um amazonense dos bons, jornalista, professor universitário aposentado, foi durante muitos anos o General da Banda Independente da Confraria do Armando (BICA), duas vezes presidente do Sindicato dos Jornalistas, amante da sétima arte (cinema) e, conhecedor profundo da vida política e social de Manaus (décadas de 60, 70 e 80)
Estudou no famoso Colégio Estadual do Amazonas, na época em que o ensino público era de qualidade superior; passou no concorrido vestibular de jornalismo da antiga Universidade do Amazonas. Antes de seguir a sua brilhante carreira de jornalista, trabalhou em agências de publicidade, a primeira, foi na empresa “Quarteto Propaganda”, como diretor de arte, depois, foi chamado para fazer parte dos quadros da “Saga Publicidade”.
Ainda muito jovem foi chamado para implantar um sistema de impressão off-set (fora do lugar) no “Jornal do Commercio”, sendo pioneiro neste tipo de impressão (a tinta passa por um cilindro intermediário, antes de atingir a superfície, este método tornou-se principal na impressão de grandes tiragens).
Na qualidade de professor da Universidade Federal do Amazonas, formou várias gerações de jornalistas – chegou a trabalhar também em jornais de renome nacional. Certa vez, deu uma entrevista a um jornal de Manaus e, fez a seguinte declaração: “Eu fui professor do curso de Jornalismo na UFAM por muitos anos e cheguei também a conhecer alguns cursos em faculdades americanas. Lá as próprias empresas de comunicação financiam os cursos de Jornalismo. São elas que têm interesse em ter nas redações mão de obra qualificada, por isso fazem tudo para que o ensino de Jornalismo seja o melhor possível. Ainda como aluno, o futuro jornalista passa pelas três mídias, rádio, televisão e jornal, exercitando e praticando tudo aquilo com que vai se deparar quando efetivamente chegar ao mercado de trabalho. Aqui no Brasil isso só acontece com a Faculdade Cásper Líbero e a Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) em São Paulo. Na Cásper Líbero os alunos, depois de alguns períodos, têm a sua disposição a TV Gazeta, a Rádio Gazeta, o jornal Gazeta e a Gazeta Esportiva, que é um jornal diário. Os alunos depois de formados chegam ao mercado de trabalho prontos para disputar com todas as condições favoráveis possíveis. Isso acontece também na Faap – foi lá que estudei depois que transferi meu curso para São Paulo. Para mim foi bom, porque enquanto estudava eu também trabalhava nos grandes jornais, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário da Tarde e Diário da Noite, entre outros. Nas faculdades particulares o problema é bem maior. Os alunos só têm a parte teórica e quando chegam ao mercado de trabalho, são um total fracasso, não tem a mínima condição de permanecerem nas redações”.
O Deocleciano, Deco para os amigos, não chegou ainda a lançar nenhum livro, ao contrário do seu irmão Márcio Souza, um escritor consagrado nacionalmente – dizem que ele está escrevendo o seu primeiro livro, o título é “Por trás das Rotativas”, aguardado com muita expectativa pelos estudantes de jornalismo e profissionais do ramo.
Por ser fissurado por filmes, chegou a trabalhar na cenografia do filme “A Selva”, um longa-metragem de ficção lançado em 1972, foi uma adaptação para o cinema do romance homônimo de Ferreira de Castro. Este filme foi dirigido pelo seu irmão Márcio de Souza, tendo a participação do sei pai, o Jamaci Bentes.
Na sua residência, mantêm um pequeno cinema – o “Cine Yayá”, uma justa homenagem à proprietária do extinto Cine Avenida (atual Loja Bemol, da Avenida Eduardo Ribeiro).

PETROLINA



A Petrolina, “Petrô” para os amigos, foi e sempre será a nossa rainha do carnaval da BICA
Ela é uma católica fervorosa, assistia à missa na Igreja de São Sebastião, todo santo dia e, após a celebração da eucaristia, passava no Bar do Armando, para tomar uma cerveja e agasalhar um sanduíche de porco, o famoso X-Pernicioso.

A banda escolheu uma jovem para ser a princesa do carnaval, mas quem é rainha jamais perderá a majestade, a dona do pedaço ainda é a Petrolina, apesar de não desfilar mais em decorrência da sua idade avançada.

A Petrô está um pouco adoentada, não tem aparecido na confraria do Armando; estamos com saudades da nossa rainha; quem sabe no dia D (dia 14 de fevereiro – sábado magro de carnaval) ela aparece por lá para “empunhar o cetro” e reinar novamente.

DONA LOURDES


Esposa do saudoso Armando Soares, do Bar do Armando, trabalhou durante anos na administração do bar, ficou por lá até o falecimento do seu marido, deixando o comando para a sua filha Ana Claudia e o marido Roberto.
Ela era muito divertida, esquentada, não levava desaforo para casa, falava alto e gostava de chamar alguns palavrões – apesar disso, todos os frequentadores do bar a admiravam e se divertiam muito com a sua forma de ser.
O saudoso Armando e a Dona Lourdes eram os responsáveis em fazer o melhor e mais famoso sanduiche de leitão de Manaus - um tira-gosto muito apreciado pelos pobres mortais que frequentavam o Bar do Armando – a procura era tão grande que, diariamente, diversos leitões eram assados num forno elétrico que ficava na parte de detrás do bar.
O preparado e assado ficavam por conta da Dona Lourdes, dizem que ele era feito a base de vinho branco seco, sucos de laranja e limão, alho, cebola, folhas de louro, azeite de oliva, salsa, cebolinha, manjericão, vinagre, margarina e pimenta-do-reino – quanto ao modo de preparar, a Lourdes não fala para ninguém e, também não gosta de ensinar, aliás, ninguém se atreve a ser aluno dela.

Para o Carnaval de 2015, os bonecos da BICA passaram por um novo visual – eles foram confeccionados tempos atrás pelo Paulo Mamulengo, um morador famoso da Vila de Paricatuba, no município de Iranduba.

O visual foi renovado, com direito a um novo figurino, esse trabalho ficou a cargo do artista Adroaldo Pereira, sendo a confecção da Sibele Gomes (artista visual e figurinista).

Segundo o artista “O Armando será inspirado no que sempre foi, com o seu jaleco azul, porém com um toque mais carnavalizado. Dona Lourdes virá com a sua batinha, mas uma batinha mais carnavalizada. A Petrolina virá bem colorida, arrumadinha como sempre, com sua linda bolsinha, de batonzinho e maquiada, aquela figura que sempre foi”.


A BICA trouxe de volta a sua antiga diretoria, tanto que estiveram presentes ao último esquenta o Dr. Jomar Fernandes (Juiz de Direito), Pedro Paulo Pepê (tabelião) e o Klain (Juiz Federal) e este escriba, pois fui convidado para ser um dos apresentadores da banda. É isso ai.

Fotos: A Critica/UOl/G1/Blogdorocha.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

BLOGDOROCHA: FRATERNIDADE ROSA CRUZ

BLOGDOROCHA: FRATERNIDADE ROSA CRUZ: Gosto de caminhar pela minha cidade e, de fotografar o que acho interessante para publicar no blog - no feriado do “Dia dos Finados” ...