quinta-feira, 28 de agosto de 2008

UM DIA DAQUELES!



O relógio digital da minha cabeceira marca 02 h 31 mim 10 seg., quinta-feira de uma madrugada sem sono! O que fazer com esta insônia? Ler, lembrar do passado, ridicularizar o presente ou viajar para futuro! Não sei o que fazer, estou entediado, talvez seja melhor esperar o sono chegar, mas ele não chega! Terei que fazer alguma coisa, mas o que? Acho melhor escrever, mas escrever o quê e sobre quem? Lá vêm as dúvidas! Acho melhor ligar esta poderosíssima ferramenta - o notebook! Por que não pegar o tradicional papel e a caneta? Não sei, mas quem tem cão, não caça com gato, diz o ditado popular! Será? Não importa, terei que escrever independente dos meios!
Fiquei a pensar: tenho muitos assuntos para escrever, porém, ainda não dominei a nossa língua culta, que vergonha para um caboclo cinqüentão! Vem o consolo: estou no mesmo barco com a grande maioria dos brasileiros, não conhecemos profundamente o nosso idioma; falar é fácil, o coloquial é uma beleza, mas escrever o português de Camões, a coisa toda muda! Lembrei que tenho um blog – diário gratuito na internet – publico fotos da nossa Manaus antiga e contemporânea, escrevo por linhas tortas as minhas travessuras da infância, adolescência, adulta e da idade feliz.
Antigamente, utilizavam-se as cartas manuscritas, o telegrama, a caixa postal dos correios e o telex; na atualidade, a crista da onda é o e-mail, o celular multifuncional, o blog, o messager, o Orkut, a internet e a intranet, et cetera e tal! O importante é escrever, errado ou pouco certo do português culto.
Acredito que, independente dos meios tecnológicos, deveremos expor as nossas idéias, criticas, aplausos, conselhos, etc.; enfim, escrever alguma coisa.
Por falar nisso, o que mesmo que eu ia escrever? Sei lá! Acabei escrevendo sobre nada; mas o importante é escrever, mesmo sem ter assunto.
Sabe de uma coisa, ao escrever voltou o sono; vou dormir, amanhã escreverei alguma coisa interessante ou não; boa noite! Desculpe-me, bom dia!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

ASSOCIAÇÃO DOS EMPREGADOS NO COMMERCIO DO AMAZONAS



(Considerada de utilidade publica pela lei Estadual no. 870 de 17 de setembro de 1918)
(Subvencionada pelos Governos do Estado e do Município)

Sede – Rua Henrique Martins no. 29 – Telefone 300 – Manáos

Associação de classe difunde o ensino entre os seus associados, para o que mantem em sua sede, de acordo com modernos preceitos pedagogicos, a Escola Pratica de Commercio Senador Lopes Gonçalves, que possue cursos primário e secundário cujas disciplinas são regidas por professores de comprovada competência.
Presta todo e qualquer auxilio a seus associados, seja beneficente, medico ou jurídico.

Directoria
Presidente – Dr. João Rodrigues Coelho
Vice-Presidente – Antonio Moreira Junior
1º. Secretario – Demosthenes Costa
2º. Secretario – Jorge de Andrade
Orador – Prof. Felix Valois Coelho
Thesoureiro – Oscar Maia
Adj. Thesoureiro – Ângelo Boatc
Bibliotecário – Amadeu de Castro
Antonio Cunha
Directores
Sócrates Vasconcellos
Francisco J. Garro
Eduardo Prazeres
Julio Viana
Elisiario Vieira
Avelino Rosa e Silva
Thomaz Augusto James Baird

Corpo Docente da Escola Pratica de Commercio SENADOR LOPES GONÇALVES
Director – Dr. Paulo Eleutherio Álvares da Silva
Vice-Director – Dr. Julio Benevides Uchoa
Lente de Português – Professora Herminia Carneiro de Lima
Lente de Francês – Professora Francisca Cavalcante
Lente de Inglês – Professora Esther Mesquita Pinheiro
Lente de Arithmetica e Álgebra – Dr. Julio Benevides Uchoa
Lente de Dactylographia e Stenographia – Professora Aletha Soriano de Mello
Lente de Geographia e Chorographia – Dr. Raymundo Freitas Pinto
Lente de Escripturação Mercantil – Professor Felix Valois Coelho

MARCO DA INAUGURAÇÃO DA RUA JOÃO COELHO (1906), ATUAL AV. CONSTANTINO NERY

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DETALHES DA PONTE DOS BILHARES

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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

SABOR AMAZÔNICO




SABOR AMAZÔNICO
Amazonas, tens a beleza natural
Com as cachoeiras, tuas matas
Teus rios, teus igapós, tua rica fauna
Embrenhadas na floresta
Gorjeios mil enflauteados
Que nos embalam
Como se fosse uma canção de ninar
O encontro das águas
Do Solimões e o negro
Embelezam os olhos dos turistas
Pro almoço saboroso
Tacho de pirão
O moqueado do gostoso tucunaré
O jaraqui brm frtinho a esperar
A calderada do tambaqui
Na panela e barro
Amazonas
Tens o cheiro do cupuaçu
O sabor da graviola
O cheiro do tapereba
Tens a cabocla cheirosa de
Cheiro cheiroso
A dança do boi bumba, com seu
Bailado e a ciranda pra cirandar
O encontro das águas,
Do Solimões e o negro
Embelezam os olhos dos turistas
Pro almoço
Um saboroso tacho de pirão
O moqueado do gostoso tucunaré
O jaraqui bem fritinho a esperar
A calderada do tambaqui
Na panela de barro

Nonato Fonseca
CD SEGUNDAS NO PALCO

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

OLIMPÍADAS DE PEQUIM 2008


Está chegando o final das Olimpíadas de 2008, refletindo mais uma vez o descaso das autoridades brasileiras, com relação aos nossos jovens atletas. O quadro de medalhas do Brasil é simplesmente ridículo.

Os jovens abnegados que conseguiram chegar ao pódio, serão recepcionados em Brasília, pelo presidente Lula, o responsável maior pelas nossas derrotas em Pequim.

No Amazonas, precisamente em Manaus, existe um complexo desportivo, com uma Vila Olímpica de fazer inveja aos chineses, um Centro Cultural “Sambódromo”, um Estádio de Futebol “Vivaldão”, uma Arena Poliesportiva “Amadeu Teixeira” e uma Pista de Kart; obras de milhões de reais, é uma loucura! Esqueceram somente dos atletas! É mole!

O esporte não traz retorno imediato para um governo corrupto, nem para os empresários fantasmas; obras de grande porte, sim!

Enquanto isso, a minha vizinha do Conjunto dos Jornalistas, fica próxima aos semáforos, na intempérie, vendendo rifas, lutando para comprar passagens aéreas para os filhos competirem Judô no Rio de Janeiro e São Paulo. Outro exemplo vem da minha colega de trabalho, fica madrugando na entrada da sede do governador, no afã de conseguir passagens aéreas para o filho competir em Boa Vista.


Os jovens do nosso país deveriam ser tratados com muito carinho, respeito, com equipamentos, alimentação, saúde, educação e tudo o mais; não precisa passar por esses vexames, humilhação, mendigar para conseguir uma passagem aérea!

Para os senhores terem uma idéia do descaso do governo estadual, a piscina da Vila Olímpica está abandonada, cheia de larvas do mosquito da Dengue, a pista de Kart está até o talo de mato, por aí vai!

Desse modo, o que poderemos esperar dos nossos atletas? Somente resultados medíocres, uma, somente uma medalha de ouro!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

DIA MUNDIAL DA FOTOGRAFIA




Comemora-se hoje o Dia Mundial da Fotografia. Tenho vários amigos fotógrafos profissionais e amadores; todos se renderam as digitais. A fotografia ficou muito difundida no nosso meio, com o advento dos celulares, máquinas digitais e outros equipamentos com tecnologias de ponta, permitindo a qualquer pessoa e em qualquer lugar, bater um clik e enviar a sua fotografia, via e-mail, para qualquer lugar do planeta terra. Apesar de toda a tecnologia, ainda lembro das fotos em preto e branco, tiradas no século passado; inclusive, faço questão de publicá-las no nosso humilde blog. Lembro também dos "lambe-lambe", no centro de Manaus; continuam ainda na labuta nos arredores da Igreja da Matriz. Em homenagem a esse dia, publico duas fotografias, uma antiga e outra bem recente.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

PERSONAGEM - SIMÃO PESSOA



Simão Pessoa (Simão Pessoa)
1956 Manaus, AM
Poeta. Jornalista. Escritor. Nascido no bairro de Cachoeirinha, em Manaus, pertence à geração de poeta, escritores e músicos que inclui Zémaria Pinto, Arnaldo Garcez, Aldisio Filgueiras, Cileno e Anibal Beça. Atuou como colunista sobre literatura para os jornais "Amazonas em Tempo" e "Correio Amazonense". Publicou em 1986 a antologia de poemas "Brinca comeu brinco" reunindo seus livros "Ócio dos Ofídios" (1978), "Carajó" (1979), "Miss Heartbreak" (1980) e "Contraste" (1981). Publicou poesias em diversos fanzines, periódicos e revistas por todo o país. Publicou o livro "Folclore político do Amazonas" (2001) e ainda as revistas "Folclore político do amazonas" volumes 1, 2 e 3 entre os anos de 2003 e 2004. Em produção ligada à música publicou pela série Coletivo Gens da Selva, da Editora Valer, "Rock: A música que toca" (1996), "Funk: A música que bate" (2000) e "Reggae: A música que pulsa" (2002). Editou também "Causos de bamba - A história do carnaval brasileiro" (volume 1/2003).

RUAS DE MANAUS



Rua Barão de São Domingos

Domingos Monteiro Peixoto, o Barão de São Domingos, foi Presidente da Província do Amazonas, nomeado em 31 de maio de 1872.

Avenida Carvalho Leal

Alexandre Carvalho Leal, nasceu em Manaus, em 13 de janeiro de 1890, filho de Domingos Theóphilo de Carvalho Leal, grande político, tendo sido Governador do Amazonas, no período de 21 de novembro de 1889.

Rua Comendador Clementino

Clementino José Pereira Guimarães, O BARÃO DE MANAUS, nas em Belém, a 14 de novembro de 1838, filho do Capitão Marcelo Pereira Guimarães. Foi agraciado com titulo de Oficial da Ordem da Rosa. Político de grande projeção em Manaus.

Rua Costa Azevedo

José da Costa Azevedo, nasceu no Rio de Janeiro, em 20 de novembro de 1825. Almirante de Ladário, participou da comissão que traçou os limites entre Brasil e o Peru.

Rua Dr. Moreira

Antônio José Moreira, nasceu na Bahia, formou-se na Escola de Medicina de Salvador. Entrou nas Forças Armadas e destacado para servir em Manaus. Foi o primeiro grande articulador político do Amazonas, juntamente com seus irmãos, Guilherme Moreira e Emílio Moreira.

Rua Ferreira Pena

Henrique Ferreira Pena, nasceu em Manaus, em 20 de janeiro de 1854, filho de Herculano Ferreira Pena, foi Senador do Império e 2ª. Vice-Presidente da Província do Amazonas.

Rua Frei José dos Inocentes

Frei José dos Santos Inocentes, da Ordem dos Carmelitas, foi juntamente com o Comandante do Destacamento de São Joaquim, representante das autoridades brasileiras, perante as autoridades inglesas na Guiana, quando tivemos problemas de fronteiras.
Fonte: A História do Amazonas nas Ruas de Manaus, Luiz Carlos de Carvalho

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

SALA DE CIRURGIA, 1913

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CARVALHO & BARROS

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BAZAR SPORTIVO




NO DIA DE SEU ANNIVERSARIO NATALÍCIO

MARIO... Bôa tarde...Recebi teus ricos presentes, que são verdadeiros mimos, agradam a todos, unicamente, Filoca e Laura, é que ficaram assim um pouco pensativas, assim com cara de aborrecidas... Não sabes por que foi minha filha? Ellas receberam do Sul uns presentes, e julgavam que aqui em Manáos, ninguém tinha o direito de poder adquirir novidades, mas como sabes o BAZAR SPORTIVO, que é a única casa do gênero, recebe constantemente, da Europa as ultimas novidades, pois ainda hoje eu tive occasião de apreciar em seus mostruários, a mais rica e variada collecção em Jarras de cores, bellissimos estojos de manicure, carteiras e bolsas, tanto para Senhoras, como para Cavalheiros, os mais modernos modelos, em leque, biscuit e mil outros artigos, todos próprios para presentes, um sortimento colossal. Não esquece de avisares ao PABLO, pelo Telephone no. 238, para que te diga a hora que deves ir tirar o retrato, pois já te convencestes que os retratos tirados no BAZAR SPORTIVO, além do gosto artístico, são de duração indefinida.
É na
Avenida Eduardo Ribeiro no. 17
Telephone no. 238 – A Casa da Estrella de Ouro
De
Pablo Novoa Rodriguez

AMIGO SACY DA APARECECIDA, CUIDADO COM A ONÇA! PARINTINS 2006

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terça-feira, 12 de agosto de 2008

OS PRIMEIROS AUTOMOVEIS DE MANAUS

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BANGALÔ RÚSTICO DO TARUMÃ, 1929

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CACHOEIRA GRANDE DO TARUMÃ, 1929

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GRUPO ESCOLAR PRESIDENTE BERNARDES, 1929

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DOIS IRMÃOS, MILTON HATOUM

DOIS IRMÃOS, OBRA DO ESCRITOR MILTON HATOUM SERÁ ENCENADA EM SÃO PAULO EM OUTUBRO.

Este é título da matéria publicada no caderno Bem Viver, do jornal “A Crítica”, edição de 12 do corrente.
Ao ler a matéria, lembrei dos contatos, via e-mail, com a Paula Valéria, figurinista da produção; tentei ajuda-la, não deu para colaborar com efetividade; de qualquer forma, leiam os contactos:

Date: Sat, 28 Jun 2008 06:53:18 +0000
Prezados Sr.Martins,Participo como figurinista da produção de uma montagem teatral a ser realizada no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) aqui de São Paulo, do texto de Milton Hatoum, "Dois Irmãos", sob a direção de Roberto Lage e com elenco de alto padrão, que tem data de estréia para dia 14 de Agosto de 2008.Entro em contato pois busquei materiais de fotos antigas de Manaus e Belém entre as datas de 1914 e 1945 e quase não encontrei acesso às fotos de famílias (seus vestuários e objetos) para que este material iconográfico fosse a base de minhas pesquisas para que os desenhos de vestimentas e figurinos ficassem adequados e fiéis à reconstituição de época que pretendo fazer para valorizar a cultura local Amazonense.Vi seu blog em minha busca e fiquei animada.Gostaria de saber se posso contar com sua colaboração em compartilhar e nos enviar alguns arquivos de fotos de famílias, ou passantes da época para referência.E que caso possa nos ajudar/enviar, seu nome constará nos créditos do programa desta montagem do BB que pretende ser fiel a esta cultura tão rica deste lado do Brasil.Agradeço desde já e fico no aguardo de seu retorno,Atenciosamente,Paula Valéria Andrade
Date: Tue, 1 Jul 2008 19:04:40 +0000Boa Tarde Paula! Farei uma pesquisa; mandarei as fotos para você. Um abraço, José Martins Rocha.
Date: Tue, 1 Jul 2008 21:30:29 +0000Boa tarde José Martins,Agradeço muito desde já.O mais importante seriam as fotos 'a partir de 1945, com as roupas claras,de linho, renda ou tecidos leves usadas nesta época.Os cabelos e os tipos de sapatos também, e principalmente o tipo Libanês vivido por Halim no livro, além do de Zana.Fico no seu aguardo,Um abraço e obrigada !Paula Valéria
Date: Wed, 2 Jul 2008 18:32:17 +0000Paula,Não sei se você já entrou em contato com a Secretaria Estadual de Cultura do Amazonas. Caso negativo, irei procurar a pessoa certa, para você solicitar estas informações. Favor confirmar. José Martins
Caro José Martins,Ainda não entrei em contato com eles não.Mas tudo o que pesquisei em sites de museus, não tinha fotos de época, somente as fotos modernas.Talvez a Secretaria de Cultura tenha, mas escrevi para algumas instituições e ninguém me respondeu ainda .Por isso me interessei por seu blog e por sua resposta rápida.O fato é que precisamos disso para a semana que vem, estamos já em fase de iniciar os desenhos de criação dos cenários e figurinos na próxima semana.Será que daria tempo ? Eu realmente gostaria de valorizar a região e não apenas criar um estilo baseado na moda francesa, do Rio e de São Paulo da época, por falta de fotos de Manaus e do estilo Amazônico entre 1945 e 50.Como mencionei, fotos de famílias, de mulheres em casa, das cunhatãs da época e de homens de ternos claros, ou enfim, a vida doméstica ou das festas de ruas.Fico no aguardo,Agradeço muito seu interesse em nos ajudar desde já,Paula Valéria

Paula Valéria! Favor entrar em contato com a Sra. Célia da Mata - tel. (92) 3622-1880 e 3622-2420. Esta senhora trabalha na Secretaria de Cultura do Estado do Amazonas, está lotada no Museu do Teatro Amazonas; eles possui um vasto material, inclusive tem muita experiência em montagem de peças teatrais, anualmente fazem diversos festivais, tais como: teatro, cinema, opera e jazz. O que eu conseguir de fotos mandarei para você. José Martins

sábado, 9 de agosto de 2008

HOMENAGEM A TODOS OS PAIS DO NOSSO AMADO BRASIL

Pai
Fábio Jr
Composição: Fábio Jr.
Pai!
Pode ser que daqui a algum tempo
Haja tempo prá gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho talvez...Pai!
Pode ser que daí você sinta
Qualquer coisa entre
Esses vinte ou trinta
Longos anos em busca de paz...Pai!
Pode crer, eu tô bem
Eu vou indo
Tô tentando, vivendo e pedindo
Com loucura prá você renascer...Pai!
Eu não faço questão de ser tudo
Só não quero e não vou ficar mudo
Prá falar de amor
Prá você...Pai!
Senta aqui que o jantar tá na mesa
Fala um pouco tua voz tá tão presa
Nos ensine esse jogo da vida
Onde a vida só paga prá ver...Pai!
Me perdoa essa insegurança
Que eu não sou mais
Aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu...Pai!
Eu cresci e não houve outro jeito
Quero só recostar no teu peito
Prá pedir prá você ir lá em casa
E brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar
Ah! Ah! Ah!...Pai!
Você foi meu herói meu bandido
Hoje é mais
Muito mais que um amigo
Nem você nem ninguém tá sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz
Pai! Paz!...

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

E AGORA, JOSÉ?

E Agora José?
Paulo Diniz
Composição: Carlos Drummond de Andrade
E agora, josé?
A festa acabou,
A luz apagou,
O povo sumiu,
A noite esfriou,
E agora, josé?E agora, você?
Você que é sem nome,
Que zomba dos outros,
Você que faz versos,
Que ama, protesta?
E agora, josé?
Está sem mulher,
Está sem carinho,
Está sem discurso,
Já não pode beber,
Já não pode fumar,
Cuspir já não pode,
A noite esfriou,
O dia não veio,
O bonde não veio,
O riso não veio,
Não veio a utopia,
E tudo acabou,
E tudo fugiu,
E tudo mofou,
E agora, josé?
Sua doce palavra,
Seu instante de febre,
Sua gula e jejum,
Sua biblioteca,
Sua lavra de ouro,
Seu terno de vidro,
Sua incoerência,
Seu ódio - e agora?
Com a chave na mão,
Quer abrir a porta,
Não existe porta;
Quer morrer no mar,
Mas o mar secou;
Quer ir para minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
Se você gemesse,
Se você tocasse,
A valsa vienense,
Se você dormisse,
Se você cansasse,
Se você morresse...
Mas você não morre,
Você é duro,
josé!
Sozinho no escuro,
Qual bicho-do-mato,
Sem teogonia,
Sem parede nua,
Para se encostar,
Sem cavalo preto,
Que fuja a galope,
Você marcha, josé
!José, para onde?
Você marcha José,
José para onde?
Marcha José,
José para onde?
José para onde?
Para onde?
E agora José?
José para onde?
E agora José?
Para onde?

HIGH LIFE BAR - RUA MARECHAL DEODORO ESQUINA COM A RUA MARQUÊS DE SANTA CRUZ

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GRANDE HOTEL - AV. SETE DE SETEMBRO ESQUINA COM A RUA MARECHAL DEODORO

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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

AMIGO OLAVO.



O Olavo, Rochinha e o Abdias “Bodó”, formavam o trio da “CM & P10”, ou seja, cachaça, mulher e Parque 10 de Novembro. Todos os finais de semana reuniam na Oficina do Velho, na Rua Huascar de Figueiredo com a Rua Igarapé de Manaus; lá armavam as estratégias, faziam a cotização para comprar as ampolas de cervejas XPTO, a cachaça Cocal para a batida de limão e os “bributes”; depois rumavam em direção ao balneário do P10.

O meu velho pai era um famoso “rabo-de-saia”, tinha um papo muito doce com a mulherada, um exímio dançarino “pé-de-valsa”; a minha mãe fingia que não sabia de nada; não esquentava mais. Era mestre na confecção de instrumentos de cordas, sabia conciliar muito bem o trabalho, a família e o lazer.

O Olavo, português da gema, iniciou os seus trabalhos numa portinha na Rua Henrique Martins, consertava radinhos à pilha, juntamente com outro portuga, o Sr. José Azevedo, este montou um império em Manaus, aquele sempre teve uma vida financeira remediada.

O “Bodó” era um cara muito brincalhão, quando aparecia na nossa casa, a vovó fazia o sinal de cruz – Lá vem o Satanás! E se mandava para a casa dos vizinhos. Vestia-se de mulher, expulsava a mamãe da cozinha e, enquanto tomava aqueles “birinaites”, fazia as suas estripulias e um excelente almoço; o cara era muito bom no preparo de qualquer prato.

O trio se desfez na década de 80 (houve uma desavença entre o meu pai e o Olavo); o Rochinha sofreu um AVC e o "Bodó" falaceu em seguida.

Depois de um longo inverno, comecei a tomar umas louras geladas com o Olavo; era muito ligado na nossa Manaus antiga; bati longos papos com o gajo, sempre lembrava dos velhos amigos. Sou grato ao Olavo, sempre ajudou o papai na nossa criação, comprou diversas vezes material escolar para os nossos irmãos; chamava-o de pai, na brincadeira. Ele tinha um Fusca 60, cor verde abacate; era um cozinha ambulante – sempre levava um fogão, botija de gás, panelas, pratos, talheres, peixes e carnes, fazia a festa! Era um pouco folclórico, atribuíam a ele as seguintes perólas: 1. Sou do tempo “sêo colega” em que o encontro das águas ficava nas imediações do Rodoway, depois mudaram lá pras bandas do Mauazinho! 2. Peixe pega malária, sim senhor, eu provo! 3. Assisti de binóculos ao jogo do Brasil 4 a 1 na Itália, na Copa de 70, lá de cima do edifício IAPTEC! Por aí vai! É mole!

Faz duas semanas que tive um contato com o Olavo, foi numa tarde caliente de verão amazônico, tomamos algumas geladas no Bar Caldeira, centro antigo de Manaus; propus leva-lo até a sua residência, pois estava um pouco pesado; quando fui surpreendido com a declaração do meu amigo:
- Amigo Rochinha! Não sei se ainda vamos nos ver até a próxima semana, de qualquer forma, me despeço de você; estou indo embora no domingo que vem; estarei indo de vez para Portugal; a minha esposa não está bem de saúde, vou financiar uma casinha no interior e passar o resto da minha vida por lá!
Dei um abraço e chorei! Tchau amigo Olavo!