quinta-feira, 30 de abril de 2020

O SIGNIFICADO DE MOCÓ

O meu amigo Carbajal Gomes administrador do Bar Caldeira, centro antigo de Manaus, perguntou-me sobre o significado de Mocó, pois estava desejoso em saber porque colocaram o nome de um reservatório de águas de “Reservatório do Mocó”, uma edificação centenária, construído pelo governador Eduardo Ribeiro.
Prometi pesquisar e publicar na minha página do Facebook e do BLOGDOROCHA.
A palavra Mocó é de origem tupi significado “bicho que rói” – o bichinho Mocó é sem cauda, de pelagem cinzenta, um pouco maior do que o Preá – ele é muito usado como alimento no Nordeste.
O poeta e escritor Simao Pessoa, em seus escritos, gosta de chamar a sua casa de “Mocó” – pois esse termo é utilizado na gíria como esconderijo, local secreto para guardar algo – muitos falam “mocozar”, referindo-se ao ato de esconder desses pequenos mamíferos.
Alguns historiadores amazonenses escreveram que, naquele local existia um pequeno igarapé, conhecido como “Igarapé do Mocó”, onde o presidente da província José Lustosa da Cunha Paranaguá (1882-1884) toma as primeiras medidas para a captação de água para a cidade de Manaus.
O igarapé foi aterrado e, em 1897, o local ficou conhecido como “Bairro do Mocó” – o reservatório de águas foi iniciado no governo do Eduardo Ribeiro (1890-1896) e inaugurado em 23 de setembro de 1899 (um ano antes da morte do governador) – em decorrência disso, foi chamado de “Reservatório do Mocó”.
O animalzinho Mocó é muito encontrado em áreas pedregosas do Piauí até Minas Gerais – ele também é domesticável, em decorrência disso, pode ser que tenha sido trazido para Manaus, habitando a Vila Municipal, dando nome ao Igarapé do Mocó ao Bairro do Mocó e ao Reservatório do Mocó.
É isso ai.

terça-feira, 28 de abril de 2020

O RÁDIO A VÁLVULAS



O aparelho de radiodifusão, o popular rádio, foi uns dos meios de comunicação que fez muito sucesso em décadas passadas, pois era o único meio de entretenimento da população de Manaus - era a válvulas (em torno de cinco) um dispositivo elétrico antecessor dos circuitos elétricos (CI) e, levavam um bom tempo para “esquentar” (conhecido como rabo quente) quando era ligado, o que demandava um pouco de paciência do caboco para poder ouvir a sua emissora e o programa radiofônico preferido.

Um das lojas especializadas em revenda desses aparelhos era a loja Benchimol e Irmãos Ltda. (atual Lojas Bemol) – eles dispunham de todos os tamanhos, porém, o mais desejado era o da marca General Eletric (GE), tinha um nome bonito “Rádio-Transistor de Mesa Espacial G-E”, com um som de ótima qualidade, sem aquele famoso “chiado”, funcionando com energia elétrica ou a pilhas (geralmente com seis pilhas de lanterna), dando para ouvir por uns quinze dias.

O gabinete (o invólucro, a parte externa) era bem trabalhado, com uma beleza de acabamento sem igual, era uma verdadeira “obra de arte” - geralmente juntavam partes de madeira, aço inoxidável, telas e plástico – tinha três botões, para ligar e desligar, sintonizador (somente existia a AM) e de tom (grave e agudo), além de uma antena de quadro (ficava na parte traseira, de madeira enrolado numa bobina em forma de quadro).

Esses rádios eram tão bonitos que, hoje, são ainda disputados pelos colecionadores dessas relíquias – os fabricantes possuíam todo um zelo e bom gosto no acabamento desses aparelhos, pois além da sua funcionalidade, fazia parte da decoração da sala de estar da casa do consumidor.

A nossa família possuía um desses, ele passava de segunda a sábado na oficina de violões do meu saudoso pai, o luthier Rochinha – aos domingos ficava em nossa casa, para o deleite da família “nas ondas do rádio” – era grande e pesado, do tamanho de um aparelho antigo de TV de 20 polegadas.

Quando dava problema, as pessoas certas para consertá-lo eram dois amigos da nossa família, o português Olavo, ele trabalhou durante anos para o dono da TV Lar - o outro, era o Senhor Anubio (conhecido pelo apelido de Caçapa), um rádio técnico dos mais respeitados de Manaus, ele possuía uma oficina no centro da cidade e, trabalhou no ramo até se aposentar, na Rua Tapajós. Até hoje falo com ele, pois é meu vizinho, inclusive, tenho uma válvula que ganhei para poder lembrar os antigos rádios.

Quem conhece muito bem a história do nosso “rádio a válvulas” é o meu irmão mais velho, o Contador Rocha Filho:

“O rádio era estrangeiro, mas não lembro a marca. Foi comprado de um Diretor da Associação Comercial que não me recordo o nome, ainda na oficina do flutuante na Rua Igarapé de Manaus, pois o rádio que ele possuía não pegava a Rádio Globo, do Rio de Janeiro, nem a rádio Tupy e dos Diários Associados, se não me engano de Recife, que eram as melhores da época. Depois da transação o velho aumentou a caixa de madeira e os auto-falantes, deixando o mesmo com uma nitidez muito boa, embora sintonizado nas rádios de fora do Amazonas. Quando ligava o rádio, demorava uns 5 minutos para entrar no ar, pois era à válvulas, que hoje não existem mais.

Os programas preferidos do velho eram os musicais da época (boleros e sambas canção), notícias pela manhã (muito cedo), Cidade Contra o Crime e o repórter Esso da Rádio Globo. Às 17 horas todo mundo ouvia as novelas radiofônicas, e ia muita gente para a Oficina, principalmente  as mulheres, para acompanhar as grandes novelas da época.

Quando tinha jogo no Rio de Janeiro, tipo FLA x FLU ou Botafogo do Mané Garrincha já na década de 60 (sessenta) eu sintonizava na Rádio Globo, mas o velho desligava, pois não gostava de futebol.

O rádio ainda foi para a Oficina da Huascar de figueiredo, no porão do Sr. Bríngel, depois de alguns anos desapareceu, porém não sei se parou de funcionar de vez, ou se o velho vendeu para alguém, pois o mesmo era muito cobiçado pelas pessoas”.


Os rádios a válvulas ainda podem ser encontrados nos sites de venda, alguns deles chegam a valer mais de mil reais, o preço de um “Home Theater” de qualidade. Por serem bonitos, dando um aspecto retrô ao ambiente e, por lembrar o nosso passado, eles ainda estão na moda! É isso ai.

Foto: Rocha - jornal antigo, comercial da década de 60, acervo da Biblioteca Pública do Amazonas

segunda-feira, 27 de abril de 2020

AS PÉROLAS DO JOKKA LOUREIRO


Joaquim Loureiro Neto, 62 anos, apelidado carinhosamente por “Jokka”, muito conhecido no meio etílico, musical, gastronômico e libidinoso de Manaus – nasceu em Cajatuba, no município brasileiro de Manacapuru, no Estado Amazonas, filho de uma índia com um lusitano; baixinho, moreno e, muito invocado.

Ele é proprietário da menor e melhor peixaria da cidade, localizada na Rua São José, nº 9, no bairro de São Raimundo, tendo como carro-chefe uma deliciosa “Costela de Tambaqui”, além de oferecer aos clientes uma vista fantástica do Rio Negro.

Faz sucesso em todo o Brasil, em decorrência da sua irreverência e mau humor,   todos comentam sobre as suas pérolas e respostas ríspidas. Segundo o Jokka, ele não é uma pessoa mal-educada, no fundo, tudo é brincadeira.

O Jokka é também um grande cantor e compositor, compôs muitas músicas para o "Mega Star Brega" Abílio Farias; gosta de soltar a voz aos domingos no Bar Caldeira, centro antigo de Manaus.

Aviso aos navegantes: o estabelecimento do Jokka é fechado, o portão é de ferro e, somente entra quem ele permitir, mesmo assim, o restaurante fica lotado de clientes (turistas, empresários, políticos, padres e, os pobres mortais) - o pessoal da área do marketing precisa conhecer estas práticas comerciais, ou seja, o “Antimarketing” que deu certo.

Eis as pérolas do Jokka:

• "Gabinete do Jokka Loureiro, só para amigos e convidados. Não entre sem permissão!";

• "Não aceitamos cheques, nem vendemos fiado, para evitar a frequência de liso!"

• "Atendo do estivador ao doutor!";

• "Não toleramos exigências nem frescuras";

• "Se queres tratamento especial, vá para uma casa de massagem ou para o Hotel Tropical!";

• "Seja educado: coma, pague e, pegue o beco!";

• "Jokka Loureiro, formado na França" (Para quem não sabe, a França era um prostíbulo, localizado na Rua Mauá, baixo meretrício do centro de Manaus);

• “Não se empresta CD, Carro e nem Mulher, pois o CD volta arranhado, o Carro amassado e a Mulher toda fodida!”;

• “Criança, Macaco e Balão, somente amarrado!” (foi uma forma de alertar aos pais, com relação ao perigo de uma criança cair morro abaixo);

• “Quem não gosta de musica brega nunca foi a um puteiro, deve ser um cara que não gosta de mulher!";

O Jokka não tolera perguntas idiotas - quem o fizer receberá a devida resposta, na bucha:

- O senhor tem peixe frito? - Não, tenho somente pregos, ferrolhos e serrotes! - responde com irritação.


- Jokka, tu tens peixe ai? (um cara liga para o restaurante) - Não, tenho cerrotes, martelos, pregos, fechaduras e o escambau - porra, tu liga para uma peixaria e pergunta se tem peixe!

- O que é aquilo que estão construindo ali no meio do Rio Negro? (se ferindo a Ponte Manaus/Iranduba) - É o Condomínio Residencial Rio Negro! - responde babando de raiva.

- Jokka, esta Ponte vai sair quando? – Parceiro, esta ponte vai fica ai por cem anos, não vai sair nem com nojo, ela não tem pernas!

- Jokka, quantos metros tem esta Ponte? – Porra, você quer que eu vá sair daqui para medir quantos metros tem a ponte, tenha paciência, o meu negócio é vender peixes e não ficar medindo a Ponte!

- Jokka, o teu peixe é fresco? - Aqui não tem veado, fresco é quem está perguntando!;

- Jokka, você aceita no débito? – Não vendo nem no credito, imagina no débito, não recebo nem cheques para evitar a presença de liso!

- Jokka, lá em cima tem mesas? (referindo-se ao mezanino,  parte superior do restaurante) - Tem até o talo! - responde numa boa. - Jokka, tá tudo ocupado! - o cliente voltando infurecido.  - Você perguntou se tinham mesas e não se estavam desocupadas! - responde na gozação.

- Jokka, você é filho de índio? Sou, sim senhor, pertenço a tribo dos “Comecu”, cuidado comigo, senão, eu te pego! – gozando da cara de um paulista.

- Senhor, qual a sua graça? Há, há, há, há, não posso rir mais porque o Corega está vencendo! – gozando da cara de um carioca.

- Jokka, como é que você escolhe um peixe no mercado? – Deve ter os olhos arregalados igual ao do Rodrigo (um carioca boêmio de Manaus) e a carne dura que nem o meu bilau! – gozando de um caboclo.

Evite fazer perguntas, tipo: - A cerveja está gelada? O peixe vai sair rapidinho? Este peixe tem espinhas? Com certeza, você irá receber uma resposta a altura. Na realidade, o pessoal mais antigo gosta de fazer perguntas idiotas somente para dar gargalhadas das respostas do Jokka. É tudo gozação!

Vale à pena conferir o estabelecimento do Jokka e as suas pérolas e respostas! Vá lá! Você vai se divertir, detonar o melhor peixe de Manaus e, curtir o nosso majestoso Rio Negro. Diga lá, Jokka Loureiro! É isso ai.

domingo, 26 de abril de 2020

A MÁSCARA

A utilização da máscara remota há séculos, na Grécia antiga, em festas em homenagem ao Dionísio, divindade do vinho e das festas (origem do carnaval); nos rituais sagrados na África e de tribos indígenas e como símbolo do teatro, pois os contadores de histórias usavam algumas vezes as máscaras para dar mais vida às suas narrativas. Atualmente, tornou-se um acessório estritamente necessário para os diversos profissionais, principalmente para os da área de saúde e para o povo em geral, como forma de prevenção de doenças causadas pela corona vírus.
Tempos atrás as máscaras eram utilizadas somente para fins específicos, com uso mais acentuado por alguns em clinicas e hospitais e quando o paciente recebia uma alta hospitalar e estava com a sua imunidade baixa.
Passou a ser comum o seu uso em países com alta poluição do ar e para proteção de infecções respiratórias, aquilo eram coisas que assistíamos pela televisão e achávamos tudo uma paranoia. Vocês se lembram do cantor Michael Jackson que usava luvas e máscaras pretas? Pois é, falavam que ele era excêntrico.
Nos tempos atuais o camarada ao sair de casa faz um check list: óculos, chaves, documentos, celular e, máscara! A grande maioria não sai sem ela de forma alguma, pois já está fazendo parte do acessório diário.
A partir do momento em que comecei a usá-la, alguns vizinhos me debochavam, achava aquilo um exagero, falando que este vírus somente pegava em gente de alto padrão, nos bacanas cheios da grana.
Quando o bicho começou a pegar para valer, levando muita gente para o buraco, a grande maioria acordou, com exceção de poucos que relutam em usá-la, pois ainda acham isso uma coisa inventada e somente alguns podem ser contaminadas.
O uso da máscara tornou-se tão comum que, quando saio da minha casa e vejo alguma pessoa sem esta, acho diferente, alguma coisa está errada, sendo o mesmo de um camarada entrando numa loja sem camisa, fica estranho.
Vejo alguns absurdos quando ando por ai, gente com toalha de rosto amarada para proteger a boca e o nariz. Vi um cara com uma máscara de proteção de gases, aquela utilizada para os pintores de automóveis. Existe uma infinidade delas, de confecção caseira, com estampas de times de futebol, marcas de cervejas etc. Teve até um cidadão que colocou uma calcinha de mulher na cara, acho que levou uma surra da patroa quando chegou a sua casa.
Tem aquele ditado popular: Gato escaldado tem medo água fria! Pois é, mesmo passado essa pandemia, muitas pessoas continuarão utilizando álcool em gel e máscaras!
É isso ai
Foto: Self do meu irmão Henrique "Boca fechada não entra mosquitos nem o civid.

sábado, 25 de abril de 2020

A VILA DE PARICATUBA

Algum amigo colocou-me em um grupo que curtem Casarões Antigos do Brasil afora. Fiz uma postagem sobre as ruínas de Paricatuba, em três horas fu visitado por quase 400 pessoas, uns 50 comentários e outros 50 compartilhamentos.
A Vila de Paricatuba está localizada no Município de Iranduba, próximo à Manaus, capital do Estado do Amazonas, margem direita do Rio Negro, distante 40 minutos via terrestre pela AM-070, estrada Manoel Urbano e também por via fluvial, 30 minutos em lancha rápida. Integrante da Região Metropolitana de Manaus está ligada a Manaus pela Ponte Jornalista Phelippe Daou, popularmente conhecida como Ponte Rio Negro.
A entrada fica bem em frente a um restaurante no KM-21, pega um ramal à direita, percorrendo cerca de 10 quilômetros até a vila.
O melhor período para visitar as praias é na vazante, quando as águas do rio secam e a extensão de areia fica maior.
No auge da enchente muitas praias ficam totalmente submersas. É uma área de lazer para visitantes, turistas mundanos e aventureiros dispersos.
No final do século dezenove, exatamente em 1898, o governo iniciou a construção de um enorme edifício para abrigar uma hospedaria para imigrantes italianos. Não fora utilizado para o objetivo inicial, pois os italianos não vieram. Sobre a história das Ruínas de Paricatuba escrevi muito sobre este prédio com parte aproveitado para o site Manaus de Antigamente.
Em conjunto escrevemos: Era um prédio suntuoso e imponente, um luxo e sofisticação, com janelas em estilo colonial, vasos de louça inglesa e tijolos e vigas portugueses de alta durabilidade. Segundo a Dona Rosângela Barbosa, moradora e uma das lideranças do lugar: “Era uma construção que foi feita para durar a vida toda. Todas as paredes internas eram revestidas com azulejos, os assoalhos eram de pinho, as calhas eram de cobre, as descargas de ferro, o material era muito caro e de ótima qualidade, foi tudo jogado fora, um grande desperdício do dinheiro público”.
Servindo como Liceu de Artes e Ofícios de padres franceses, Casa de Detenção e Hospital para hansenianos, ficou abandonado por longos anos, sendo conhecido como Ruínas de Paricatuba.
No governo do Constantino Nery, em 1900, foi oferecida para a instalação de uma obra educacional. Em 1904/5 os espiritanos franceses montaram uma escola agrícola e profissionalizante, não vingou.
O marco histórico foi em 1906, com a criação do Instituto Afonso Pena, contou a presença do Dr. Afonso Pena, presidente do Brasil.
O governador Efigênio Sales resolveu visitar o local acompanhado do embaixador japonês Schichita Tatsuké e de uma grande comitiva, a qual estava adido Silvino Santos, que filmou o evento. A viagem foi feita a bordo do navio Ayapuá, no dia 6 de maio de 1926. Dela resultou a ideia de que melhor seria transformar o local em uma hospedaria de imigrantes japoneses e poloneses, que entrariam aos milhares nos próximos anos.
Paricatuba foi aumentada e os hansenianos receberiam um novo hospital onde hoje se situa a Estação Naval, o que também não ocorreu, pois foi transformado em Escola Agrícola.
Foi criada a Profilaxia Rural do Amazonas, para a instalação de um leprosário, foram transferidos em 1930 e, em 1962 foi desativado e os doentes foram para a Colônia Antônio Aleixo, em Manaus.
Em 1970 foi instalada a Missão Pistoia, com missionários italianos liderados pelo Padre Humberto Guidotti, eles reconstruíram parte do prédio, depois, ficou abandonado e virou ruínas




Ademir Ramos Ramos, Nubia M Silva e outras 7 pessoas

sexta-feira, 24 de abril de 2020

TEREZINHA MORANGO

TEREZINHA MORANGO, A NOSSA ETERNA MISS

Tereza “Terezinha” Gonçalves Morango, nasceu em 26 de Outubro de 1936, na Fazenda Canavial, no município de São Paulo de Olivença, no Estado do Amazonas, foi a primeira amazonense a ganhar o concurso de Miss Brasil, em 1957, no Hotel Quitandinha, em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro.

Filha de Manoel Ferreira Morango, um português nascido na cidade do Porto - e Emir Gonçalves Morango, uma cabocla amazonense do interior. O casal teve oito filhos: José, Getúlio, Tereza, Maria Antonieta, Marieta, Gloria, Maria das Dores e Manoel.

O seu pai era dono de um Bar e, morava na Rua Comendador Alexandre Amorim, nº 354, no bairro de Aparecida (antigo bairro dos Tocos) – ainda muito jovem foi morar com um dos tios ricos.

Por ter uma beleza fora do comum, ganhou o primeiro concurso como Miss Rio Negro, do Atlético Rio Negro Clube. Depois, ganhou como Rainha dos Estudantes de Manaus, Rainha das Calouras, Miss Cinelândia (1956) e Miss Brasil, em 1957.

Disputou o concurso de Miss Universo, no dia 19 de Julho, em Long Beach (Califórnia) nos Estados Unidos, ficando em segundo lugar, perdendo para a peruana Gladys Zender.

Casou-se com o empresário Alberto Pittiglaini (16/4/1918 Imbituba, SC/ 2/8/2003 Rio de Janeiro, RJ), dono das empresas Cia. Brasileira de Discos (vendido à Phillips), Seagrams (Campari) e Tibrás (titânio), tiveram dois filhos, Alberto e Andréa Pittigliani. Ficou viúva e, mora num apartamento da Praia do Leblon, no Rio de Janeiro – este mês estará completando 75 anos de idade. Parabéns, vida longa a nossa eterna miss! 

As Fotografias:

• Na cor sépia, ela aparece com a tripulação do avião da Panair do Brasil, na volta para Manaus após a sua vitória no concurso Miss Brasil 1957.

• Colorido, uma fotografia de 2010, do Sebastião Marinho, para o blog da Hidelgard Angel, famosa jornalista do Rio de Janeiro.

A sua trajetória serviu para o lançamento de um livro chamado “Terezinha Morango – Cinderela Amazônica”, do saudoso Demosthenes Carminé.

SOU MAIS O BRASIL E O POVO BRASILEIRO

Sexta-feira, enclausurado, direto do meu “Home Buteko”. Depois da saída do Moro e de ter tomado umas e várias geladas comecei a escrever as minhas verdades, pois segundo o filósofo Jersey Nazareno, a pessoa bêbada somente fala a verdade. Pelo sim, pelo não, lá vai:
Quem me acompanha nas redes sociais sabe muito bem que não sou chegado a declarar o meu apoio a esse ou aquele governante.
Esporadicamente dou uma zagaiada nos políticos de minha terra.
Não gosto de expor-me em demasia, pois não tenho preferencias por A ou por B, nem por cores partidárias, muito menos por ideologias esquerdistas, direitistas ou qualquer outra.
Não sou de ofender uma pessoa, simplesmente, porque posta sobre as suas preferências ou o que acha o que é melhor para ele, sua comunidade, seu estado ou para o nosso país.
Nunca postei nada enaltecendo ou esculhambando com os governos do Lula ou da Dilma, muito menos do atual presidente Bolsonaro.
Já votei no Lula, trabalhei para colocar no poder a Dilma, tendo muitas decepções com ambos. Votei no Bolsonaro para mudar esse estado de coisas. Dois anos depois comecei a me decepcionar, novamente.
Alguém poderá falar: Então, Rocha, você é um zero a esquerda, um cara que não toma partido em nada, não fala nada, aceita tudo caladinho, não comenta e não participa de nada que acontece em nosso país?
Pode ser. Mas, como todo bom brasileiro, dou os meus pitacos, de leve, no futebol, religião e na política. A minha formação, o meu caráter, a minha visão de vida foi sempre voltada para o bem comum, da união, do consenso, da paz e da concórdia.
Alguns poderão falar que sou um fraco. Pode ser. Conheço as minhas limitações. Não sou de partir para a agressão física ou moral, mas tudo tem um limite, pois não sou um panaca de pegar uma tapa na cara e ficar sorrido. Quem me conhece sabe muito bem que, pode passar anos, mas um dia darei o troco em quem me humilhou e destratou. Tenho esse defeito, reconheço.
Voltando um pouco a política: a nossa arma é o voto. A grande maioria não sabe usa-la corretamente. Dos atuais políticos, desde aquele vereador lá de Iranduba ao Senador da República do Amazonas, quem passará na peneira da ética e da moral? Poucos passarão.
Pois bem, depois dessa enrolada toda, eu quero mesmo é falar para vocês o seguinte:
No fundo sou um cara a favor do crescimento social-econômico com responsabilidade ao meio ambiente, incluindo ai a nossa Amazônia, no respeito as nossas diferenças culturais e no melhor para a nossa gente. Não estou nem ai para os caras que estão ou passaram pelo poder, pois SOU MAIS O BRASIL E O POVO BRASILEIRO!

quinta-feira, 23 de abril de 2020

SECOS & MOLHADOS


O CHORO DO ARTHUR

Esse Arthur é um artista, sabe representar muito bem! Quem não o conhece, acabando comprando essa mercadoria (votando e o colocando no poder). Segundo a FVS-AM no dia 21 foram oito mortes no Amazonas por Covid-19. Neste mesmo dia, foram enterrados em vala comum 136 corpos. O prefeito chorou e a foto espalhou mundo afora. O Arthur está chorando para obter verbas federais, mais e mais, o cara tem um apetite voraz! Esse Arthur é um artista, sabe representar muito bem! Quem não o conhece, acabando comprando essa mercadoria (votando e o colocando no poder). Segundo a FVS-AM no dia 21 foram oito mortes no Amazonas por Covid-19. Neste mesmo dia, foram enterrados em vala comum 136 corpos. O prefeito chorou e a foto espalhou mundo afora. O Arthur está chorando para obter verbas federais, mais e mais, o cara tem um apetite voraz!

É A GRANA, É A GRANA!

Está circulando nas redes sociais o caso de um apresentador de televisão manauara, na qual sua esposa foi contratada pelo governador Wilson Tinga Lima, ganhando nove mil reais, sem a obrigação de bater o ponto no trabalho (home office). Pelo o que eu sei e suponho, esse não é um caso isolado. Tanto programas de rádios, tevês, jornais, blogues, portais e demais mídias sociais, em alguns casos, os responsáveis são pagos com dinheiro público para não "tocar o pau" no prefeito ou governador, bem como, falar somente as boas ações desses governantes. Isso é fácil de detectar, basta acompanhar o desenrolar do programa ou a matéria do responsável. Tem outros que largam o pau a torto e a direita, aguardando somente a entrada do famoso "cala boca". Isso acontece também na política, pois existe uns do contra e da oposição, bastando ganhar um cargo ou vários deles para distribuir, que mudam logo de feição! É o dinheiro que tudo compra e muitos corrompem e são corrompidos. Evidente que existem muitos profissionais, na sua grande maioria fazem um jornalismo de verdade e são imparciais. Muitas da vezes a ordem vem lá de cima, da direção, mandando o camarada descer o pau ou se calar para sempre. É a grana, é a grana!

TIRADENTES


Eu estudava no Colégio Benjamin Constant, na Avenida Ramos Ferreira, cursava o ensino fundamental e, tinha um amigo e colega de rua, o Zé Belchior, deveríamos ter uns quatorze anos de idade – eu já gostava de escrever e ele era um exímio desenhista – fizemos um trabalho escolar para homenagear o “Dia de Tiradentes” – fiz um texto numa folha de cartolina, copiado da antiga “Enciclopédia BARSA”, pois naquele tempo não existia o Google nem o PC (a fonte de cola da maioria dos estudantes atuais), era uma coleção de 20 livros que poucas famílias possuíam, servindo de fonte de pesquisas para muitos vizinhos - lembro muito bem até hoje do nosso trabalho, onde aparecia o Tiradentes, barbado e com uma corda no pescoço - foi nota DEZ! Quem não se lembra daquele tempo, quando em 21 de Abril, todos os estudantes sabiam “de cor e salteado” (decorado) quem era o Joaquim José da Silva Xavier, o patrono cívico do Brasil, que foi enforcado e esquartejado naquela data de 1792, em decorrência de ter lutado pela independência do Brasil.

LISURA E OS 600 NA CONTA

ESTAMOS VIVO EM CASA, A RUA ESTÁ MORTA!
O SOBREVIVENTE É O CORONA, DESEJOSO DE PEGAR OS VIVO-MORTOS QUE ESTÃO SAINDO DE CASA!
SE FICAR EM CASA SEM TRABALHAR, MORRE DE FOME, SE SAIR, PODE MORRER!
QUEM É RICO, FICA EM CASA COM O BUCHO CHEIO, NO ENTANTO, ESTÃO SENDO CONTAMINADOS PELOS PARENTES RICÕES QUE VIAJARAM PARA NEW YORK, PARIS OU MILÃO.
E AI MESTRE PINHEIRÃO, SAIR OU NÃO SAIR DE CASA, ÉS A QUESTÃO!
O cara tá liso, passando necessidades, ao cair os 600 na conta, ele não irá contar até dois, sairá correndo para a CEF. Depois, passará na farmácia (álcool gel, máscaras e remédios), na lotérica (fazer a fezinha), na padaria (pão nosso de cada dia) e no supermercado (rancho e caixinhas de puro malte), pega um UBER e virá curtir de bucho cheio a quarentena em casa. Numa situação dessa, o camarada não ficacá em casa nem pelos caralhos! Outra coisa, o auxílio emergencial nos USA é de 9 MIL REAIS, lá é outra situação, aqui seiscentão serve de montão.

terça-feira, 21 de abril de 2020

ENQUETE: Quais as primeiras coisas que você pretende fazer, caso saia vivo dessa pandemia?


Uma amiga, respondeu:
- Irei correndo para o salão fazer manicure, pedicuro, sobrancelhas, cortar e pintar os meus cabelos de loiro, pois as mechas brancas já estão aparecendo!
Outra amiga:
- Vou para os botecos tomar umas e outras com os amigos e, como não posso ir ao Rio, Londres ou Paris, irei “viajar” sem sair de Manaus. Sacou?
Um amigo evangélico:
- Irei direto para a minha igreja, orar e louvar junto com os irmãos, pois culto on-line não tem graça!
Outro, festeiro:
- Irei convidar todos os familiares e amigos para uma grande churrascada no meu sítio, com muito forró, brega e boi.
Um vizinho CDF:
- Voltar correndo para a faculdade, reencontrar com os colegas, assistir aulas, estudar e estudar, ir à biblioteca, ficar o dia todo na facu!
Um deles, perguntou:
- É tu, Rocha, vais fazer o quê?
Respondi:
- Irei a Igreja de São Sebastião rezar, depois, abraçar e brincar com os meus netinhos e, na boca da noite irei para a bagaceira nos botecos, para finalizar, irei dar uma visita nas “primas”, sabe como é que, um solteiro muito tempo enclausurado não é fácil, não!
Ai, eu pergunto:
E você nobre amigo e amiga do Face o que farão?
tários



  • VOU SAIR DA SECA

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  • AÍ ROCHINHA A QUARENTENA PRA QUEM É CASADO, NÃO É TÃO RUIM. MAS ESSA

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  • ESSA PANTOMINA, COMO DIZIA MEU PAI, TEM QUE ACABAR LOGO. SELVAAAA!!!!

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    • Lembro do Velho Boa, gente boa, o filho, também! Selva!

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  • Continuarei isolada, não quero mudar isso.

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    • É bom. A enquete é apenas uma brincadeira, mas, devemos levar a sério, as coisas não serão as mesmas!

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  • Vou pensar mais no próximo e continuar me resguardando

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    • Agora, não devamos partir para a fobia social com medo de contaminação em excesso, vira doença mental.

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  • Orar muito e agradecer a Deus por tudo. Amém

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    • Tem que agradecer, pois muitos partirão.
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  • Ir à igreja, pedir perdão e agradecer ao Divino Pai Eterno!

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  • Vou no Tupé.

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