quinta-feira, 27 de julho de 2006

A MINHA PONTE

A minha ponte fica na Sete de Setembro, a famosa 1ª Ponte, possui o nome oficial de Ponte Romana I.
Aos domingos eu e a meninada da Rua Igarapé de Manaus, pulávamos da ponte, alguns se atreviam em pular de cabeça; eu era frouxo, somente saltava de pés, certa vez tentei fazer igual aos outros, porem caí de peito, nunca mais tentei. Na enchente, ficávamos brincando de bóia (tora de madeira), parávamos sempre embaixo da ponte, para escrever algumas coisas no teto; na vazante, ficávamos a observar lá de baixo o que tínhamos escritos, sempre acontecia alguma briga, pois os registros eram sempre zombando de alguém da rua. A nossa brincadeira parava somente ao meio-dia, pois chegava a hora do almoço e de correr para assistir filmes no inesquicivel Cine Guarani.
A minha ponte era famosa, na década de 50 eram realizadas competições de remo, não alcancei esse tempo, conheci somente o Flutuante Clube do Remo; o Bonde Circular passava por lá, também não o conheci, somente os trilhos. O Palácio Rio Negro, a sede do governo estadual ficava lá, permitiam eu entrar somente no Dia das Crianças e no aniversario do governador.
A minha ponte está abandonada, não existe mais enchente, fizeram uma barragem lá na margem do Rio Negro, chamam de Manaus Moderna, acabaram com a Veneza dos Trópicos, restou somente um esgoto a céu aberto, falam em revitalizar o local, pago para ver; desmontaram até a casa da Gaivota (uma senhora solitária que construiu uma obra-prima da engenharia, toda de material reciclado), ficava bem no meio do igarapé. Outro que se mandou foi o governador, foi lá pras bandas do Tarumã, o Palacete virou Centro Cultural.
Falar para os nossos filhos e netos que ali já foi um balneário aprazível, com certeza iriam lamentar muito, pois o mais próximo (sem poluição) fica lá na outra margem do Rio Negro.
Mas, a minha ponte continua sendo a minha ponte, a ponte da minha infância, das minhas brincadeiras, eu era feliz e não sabia.



UNIVERSIDADE LIVRE DO CALDEIRA, MANAUS, AMAZONAS.

quinta-feira, 20 de julho de 2006



MANARIAN *– GEORGE JUCÁ – INSTRUMENTAL

“George Jucá é um musico que tem uma profunda intimidade com as gentes da Amazônia, ele mesmo um caboclo de Carauari com sofisticação e o cosmopolismo de Manaus” – Aldisio Filgueiras.
*Segingal localizado no Rio Juruá, Carauari, AM.
O Cd possui 7 faixas: Amazonhece – Beira de Rio – Manarian – Não Mate a Mata – Cunhã-Poranga – Chegou a Hora e Baião Fluvial.

terça-feira, 18 de julho de 2006


INSTANTES

Seu eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais,
Seria mais tolo ainda do que tenho sido, na verdade bem poucas coisas levariam a serio.
Seria menos higiênico.
Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveram sensata e produtivamente cada minuto da sua vida; claro tive momentos de alegria.
Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter momentos, não percas o agora.
Eu era um desses que nunca ia à parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas; se voltasse a viver, viajaria mais leve.
Seu eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim ate o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram tenho 83 anos.

sexta-feira, 14 de julho de 2006


GRUPO A GENTE – CORRE COMETA, CORRE.

O grupo A Gente era formada por Aldisio Filgueiras, Luiz Carlos Santos, Maurício Pollari, Isabel Valle, Manoel de los Bongôs, Otavio Escobar, Vanderline Caldas e Noval Mello, o Cd foi gravado ao vivo no teatro do Sesc, sob a direção de Mario Toledo, em outubro de 1974. Segundo o diretor, a gravação histórica, sobreviveu a umidade tropical e agora reaparece, remoçada pela mais avançada tecnologia, repleto de nostalgia para uma certa geração, mas uma descoberta musical para as novas gerações.

quarta-feira, 12 de julho de 2006


ADAL – AMAZÔNICO

Adal, cantor e compositor, amazonense de Coari, morou durante décadas em Paris. Lá gravou um vinil, intitulado Amazônico, no ano de 1984, no Studio dês Dames. Em 2005 fez a gravação e mixagem no Estúdio Dance Mix, com apoio da Prefeitura Municipal de Manaus, através da Fundação Villa-Lobos. O Cd possui a seguinte dedicatória: aos meus filhotes Rian, Ronnie & Rosália, um abraço pra rapaziada de Paris “Deus Te Abençoe”.
O Cd possui as seguintes faixas: Amazônico – Carimbo Pra Francês – Açaí do Copeá – Bandeira Salve a Bahia – Meu Sertão – Manual do Muchileiro – Malandragem – Decisão – Volta do Brasa e Balacubau.

AUTOMOVEL PUMA

Desde a minha adolescência tenho a vontade de ter um Puma, cheguei a meia idade e ainda não adquiri um; um dia desses terei o meu! Segundo os dirigentes do Puma Club do Brasil, filial de Manaus, a sensação de dirigir um Puma é a seguinte – “dentro de um PUMA, você fica tranqüilo. Ao sentar-se no banco, você descobre que distancia vira emoção e passa a dirigir com classe, prazer e satisfação. Um conjunto perfeito e raro que só quem tem um pode apreciar”. No ano passado, foi realizada uma exposição de Pumas, na TV Landia Mall, recebi alguns folhetos, segundo Ildefonso Brelaz, a historia do Puma se inicia em 1964, na cidade de Matão, no interior de São Paulo, quando um grupo de aficionados por automobilismo, liderados por Rino Malzoni, resolvem criar um automóvel esportivo. Já em 1965, os primeiros protótipos do “GT Malzoni” eram expostos. Em 1967 o modelo, rebatizado como Puma, entra em produção. Era um cupê esportivo, o segundo produzido no Brasil de vidro (o primeiro fora o Willys Interlagos, clone do Renault Alpine francês). Seu desenho, belíssimo, criado por Anísio Campos, lembrava muito a Ferrari 250 GTO daquela época. A mecânica era DKW 1.0 (sim, os primeiros Pumas tinham tração dianteira). Como a DKW foi comprada pela VW naquele mesmo ano, e a linha Vemag foi retirada de produção, o Puma-DKW teve vida curta: apenas 130 unidades foram produzidas. Em 1968 começam as negociações de Malzoni com VW para a utilização do tradicional conjunto mecânico daquela empresa. Assim, em 1971, é iniciada a produção da linha GTS/GTE (o GTS um roadster e o GTE um cupê). Era o “Puminha”, sem duvida, dentre todos os carros criados por brasileiros com capital nacional, este foi o de maior sucesso. Apesar do raquítico motor 1500 e ar (posteriormente substituído pelos 1600), o carro se tornou desejado. Isso graças ao seu desenho, espetacular, que ate hoje impressiona pela beleza, agressividade e aerodinâmica; e também a ótima dirigibilidade, favorecida pelo chassi bem trabalhado e pela direção pouca reduzida. O carro chegou a ser exportado para paises da Europa e África.

sábado, 8 de julho de 2006



O meu amigo Morango, irmão da nossa Miss Teresinha Gonçalves Morango, presenteou-me com uma flauta doce, de sua fabricação, fiquei muito lisonjeado e, por amizade publico fotos da nossa maior representante da beleza amazonense, eleita Miss Brasil em 1957 e 2a. colocada no Miss Universo, vencida pela peruana Gladys Zender.