quinta-feira, 30 de julho de 2009

MONUMENTO DA ABERTURA DOS PORTOS


Este Monumento foi construído para comemorar a Abertura dos Portos do Rio Amazonas ao Comércio Mundial, em 1866. D. Pedro II atendeu aos pedidos dos ingleses para explorarem os grandes seringais nativos nos vales do Madeira, Purus e Juruá - os gringos abriram a firma Manaós Habour Limited, tomaram conta dos Armazéns do Rodoway, da produção da borracha e da cidade de Manaus, depois de "sugada", foram embora, deixando apenas uma Manaus Porto de Lenha (isto é uma outra historia!).

Obra de destaque no gênero, revelando a importância daquele acontecimento histórico para a região. Foi inaugurada em 1900, tem a assinatura do escultor italiano Domêncio de Angelis - o estilo é neoclássico, foi feito de mármore, granito e bronze – está localizado no Largo de São Sebastião, bem em frente ao Teatro Amazonas.

Foto: J Martins Rocha

quarta-feira, 29 de julho de 2009

PROJETO CENTRO VIVO DE MANAUS

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A Prefeitura Municipal de Manaus, está levando adiante um projeto que começou em 2006, chama-se CENTRO VIVO, segundo sitio da PMM www.pmm.am.gov.br
o resumo do projeto é o seguinte:

OBJETIVO GERAL
Proporcionar melhorias das condições de conforto ambiental, estética e funcional no Centro da Cidade, através de execução de ações imediatas e de planejamento a médio e longo prazo.
RESULTADOS ESPERADOS
- Melhorias na Qualidade Ambiental;- Melhorias no Sistema Viário; - Recuperação de Espaços Públicos;- Sistematizar as Ações de Limpeza Urbana;- Promoção do Turismo;- Melhorias na Iluminação Pública;- Disciplinar os Espaços Públicos;- Promoção do Resgate do Patrimônio Cultural;- Melhorias na Acessibilidade;- Recuperação das Áreas de Jardins e Mobiliário Urbano.

AÇÕES INICIADAS
Segurança - Instalação de 15 câmeras de segurança de alta definição com zoom de 220x e mobilidade horizontal de 360 graus e vertical de 90 graus;- Aquisição de 10 motos para ronda diária da Guarda Metropolitana;- Instalação de novas luminárias nas ruas do centro – iniciando no dia 08/09 na Rua Marcílio Dias.- Recuperação de áreas degradadas utilizando os espaços através de atividades sociais, culturais e desportivas (Feira Internacional de Gastronomia);- Divulgação do Disque-denúncia – 153;- Criação do Conselho Comunitário de Segurança do Centro.
Redução dos Engarrafamentos - Ordenamento do tráfego de veículos e pedestres na área.- Organização do trânsito na Manaus Moderna;- Redução das calçadas para alargamento das faixas utilizadas para descarga na Manaus Moderna;- Fiscalização do INTRANS;- Sinalização Horizontal e Vertical.- Recuperação Asfáltica das Vias.- Combate ao estacionamento irregular.
Limpeza - Lavagem periódica das calçadas, ruas e praças;- Inclusão de turnos de varrição e limpeza durante o dia;- Mutirão de Limpeza e Pintura de meio-fio;- Recuperação de Sarjetas e meios-fios;- Instalação de novas lixeiras.
Pintura das ruas, calçadas e praças. A rua Marcílio Dias está concluída e a próxima será a rua Marechal Deodoro e a praça Tenreiro Aranha;
Construção do Centro Popular de Compras – Shopping São Vicente
Estacionamentos - Recuperação e reativação do Edifício Garagem previsto para iniciar no dia 10/09;- Instalação de um estacionamento na Manaus Moderna – Monte Cristo.- Criação de vagas nas ruas após a retirada dos calçadões;
Calçadas - Desobstrução de calçadas;- Recuperação de calçadas e meios-fios;- Projeto calçadas para todos;
Praças - Recuperação de todas as praças localizadas no centro da cidade;- Revitalização da Praça dos Remédios;- Recuperação do piso da praça Tenreiro Aranha, e instalação de nova iluminação;- Revitalização da praça IX de Novembro;- Revitalização da praça Dom Pedro II.
Iluminação - Instalação de novas luminárias nas ruas de abrangência do projeto;- Iluminação artística da Av. Getúlio Vargas;

PROJETOS FUTUROS
- Rua Guilherme Moreira- Rua Doutor Moreira- Banheiros Públicos e Outras Atividades
- Trapiche
Segundo relatório da SEMULSP, realizado no ano de 2007, um dos principais problemas enfrentado pelos banheiros públicos existentes é o vandalismo. Para evitar este problema, sugerimos que o banheiro público seja anexado a outras atividades que concentrem pessoas, para que estas se tornem os próprios fiscalizadores do equipamento. Desta forma, o locatário do equipamento público anexado (banca de revista, lanchonete, etc.) ficaria também responsável pela manutenção dos banheiros.
Sinalização de Vias
- Mobiliário Urbano (banca de revista)- Mobiliário Urbano (banca multi-uso)
Ordenamento do Centro
“Centro 2015” - Projeto a longo prazo de zoneamento da área da Manaus Moderna, objetivando melhorar a qualidade de vida da população, proporcionando maior fluidez no trânsito de veículos com novas alternativas de vias e ordenamento da área por atividades de uso do solo (áreas residenciais, comerciais, de serviços e lazer).
Zoneamento do Centro
“A mudança só se dá na continuidade”(Miguel de Unamuno - Escritor e filósofo espanhol).
No papel está uma beleza, vou dar uma de São Thomé - somente vendo para crer!

terça-feira, 28 de julho de 2009

DICIONÁRIO AMAZONÊS

O jornal Diário do Amazonas, edição de 28/07/2009, publicou uma artigo intitulado “AMAZONÊS – Dicionário valoriza a cultura cabocla”, achei muito interessante e, resolvi publicar algumas expressões populares utilizadas pelos amazonenses, constantes no site www.sergiofreire.com.br.
O caboco Sergio Augusto Freire de Souza é amazonense de Manaus, professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Mestre em Letras pela própria UFAM e Doutor em Lingüística pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Vai aí uma pequena mostra do trabalho do Sergio Freire; quem se interessar mais pelo assunto, deve acessar o sitio acima ou então visitar a comunidade ´Amazonês´ do site de relacionamento Orkut.
A
A COMO? loc. adv. – Quanto custa? “A como tá o tucunaré?” “R$ 10 a enfiada”.
A LA VONTÉ exp. id. – Como queira. “Se quiser ir embora, a la vonté! E já vai tarde!”
A PERIGO loc. adv. – 1 Sem dinheiro. “Paga o lanche pra mim, cara, que eu tô a perigo”. 2 Muito tempo sem manter relações sexuais. “O Amaro está a perigo. Está pegando até velha desdentada”.
A PRÓPRIA loc. adj. – A tal, a boa, a melhor. “A Ana Paula comprou um perfume francês e chegou aqui se sentindo a própria”.
A PULSO loc. adv. – Forçado, obrigado, na marra. “Comendo sem gosto… Parece até que está comendo a pulso”.
A RETALHO loc. adv. – No varejo. “Compra um real de cigarro na venda do Zé. Ele vende a retalho, o que é bom para fumante liso como eu”.
ABACABA s. f. – 1 Palmeira que dá frutos oleosos e comestíveis para vinho ou mingau. 2 Mentira. “O Paulinho tava lá contando a maior abacaba. Ele disse que pescou na linha cento e vinte jaraqui numa manhã”.
B
BABÃO s. m. – Puxa-saco. “Esse Mota é o maior babão que eu conheço!”
BABA-OVO s. m. – Ver Babão.
BABAU s. m. – 1 Punição que um grupo confere a alguém por um malfeito. Todos batem com as mãos, ao mesmo tempo, na cabeça do indivíduo. “Fez besteira. Vai levar um babau por isso!” Ver Sabacu 2 Prejuízo total, perda irrecuperável de alguma coisa. “Pagou serviço adiantado prum marceneiro? Tu é leso, é? Aí é babau, mano. É dinheiro perdido!”
BABITA s. f. – Dinheiro, grana. “E aí? Pegou a babita lá?”
BABUGEM s. m. – Resto de comida. “Cheguei tarde. Acabou a comida. Só tem babugem na panela”.
BACABA s. f. – Ver Abacaba.
BACABEIRO s. m. – Ver Abacabeiro.
BACIO s. m. – Urinol.
BACULEJO s. m. – Batida policial com revista geral. “A PM adora dá um baculejo na galera da Zona Leste”.
C
CABA s. f. – Espécie de vespa cuja ferroada produz dor e febre. “Não joga bola aí porque tem uma casa de caba bem nessa árvore”.
CABAÇA s. f. – Recipiente usado para armazenar ou transportar água.
CABAÇO s. m. – O hímen. “Essa aí tem cara de que já perdeu o cabaço”.
CABAÇUDA adj. – Virgem.
CABEÇA-DURA adj. – Teimoso, que ninguém consegue fazer mudar de opinião.
CABIDELA s. f. – Cozido de galinha feito com o sangue da ave, dissolvido em vinagre.
CABIMENTO s. m. – Sentido. “Essa história de viajar sozinha com o namorado não tem cabimento”.
CABOCA s. f. – Mulher. “Aí nós fomos pra festa ver se a gente arrumava umas cabocas pra passar a noite”.
D
DADAU s. m. – Mingau de mamadeira.
DADO adj. – Alguém de fácil trato. “Eu gostei da tua mãe. Gosta de um papo, né? Ela é muito dada”.
DANADO adj. – Endiabrado, malcomportado. “Esse menino não sossega. Égua do menino danado!”
DANÇA DE RATO E SAPATEADO DE CATITA loc. v. – Enrolar, postergar algo. “Deixa de dança de rato e sapateado de catita e vai logo tomar banho que é melhor”.
DAR A CARA A BOFETE exp. id. – Apostar. “Dou minha cara a bofete se ele trouxer o que ele prometeu”.
DAR AS CARAS exp. id. – Aparecer. “Fiquei esperando a noite toda e ela não deu nem as caras”.
E
…É APELIDO exp. id. – É pouco. “Tu viste a cabeça do Fábio? É grande, né?” “Grande é apelido. Aquilo ali é uma cabeça gigante”.
…E MEIA! exp. id. – Mais do que… “Se ela é chata, tu és chata e meia”.
E EU LÁ SABIA… exp. id. – Expressão para eximir-se de culpa. “E eu lá sabia que essa cerveja era da festa? Bebi sem saber…”
É FOGO! exp. id. – Muito bom ou muito ruim. “Cuidado com esse menino que ele é fogo!”, “Prova essa pimenta. Ela é fogo. Melhor que qualquer uma”.
E OLHE OLHE! exp. id. – E olhe lá. “Ele só faz dois abdominais e olhe olhe”.
Ê, CAROÇO! Exp. id. – Usada quando alguém se safa por pouco de uma situação complicada. “Vai bater! Putz! Ê, caroço! Foi por pouco…”
ÉGUA! interj. – Égua pode ser usado em várias situações. Tomou um susto: “égua!” Alguém faz algo que você não entendeu: “égua…”. Uma situação estapafúrdia? “Éééguaa, maninho…”. A entonação faz parte do sentido.
F
FACADA s. f. – Pedido de dinheiro. “O cara não trabalha e vive de dar facada nos outros”.
FACHO s. m. – Animação. “Baixa o facho porque a gente não vai poder sair hoje, não”.
FACULTÁRIO adj. – Quem faz faculdade. “Ele trabalha de dia e de noite ele é facultário”.
FALAR DE BARRIGA CHEIA loc. v. – Falar sem razão. “Tu falas de barriga cheia! Pelo menos tu tens onde dormir e o coitado, que perdeu tudo com a enchente”.
FALSIPAR s. f. – Malária muito violenta.
FANTA adj. – Sem graça, fraco. “Esse filme é muito fanta. Me arrependi de ter vindo”.
FARDA s. f. – Uniforme escolar. “Não vai sujar tua farda, Gilvaney! Só tem essa!”
FARINHA s. f. – Raiz da mandioca triturada e secada até fazer grão ou farinha grosseira. Se come com tudo.
FARINHA-D’ÁGUA – Tipo de farinha fina.
FAROFA s. f. – Farinha preparada com manteiga, gordura ou, às vezes, ovos.
FAROFA-DO-CASCO s. f. – Farinha-d’água assada no casco da tartaruga após a retirada dos ovos, vísceras e carne.
FAROFEIRO s. m. – Contador de histórias.
FAZENDA s. f. – Ver Corte.
FAZER A CAVEIRA loc. v. – Falar mal de alguém. “Ela não gosta de mim. Sempre que puder ela vai fazer a minha caveira”.
FAZER HORA loc. v. – Passar o tempo. “Vou à livraria fazer hora. Depois te pego”.

Segundo o autor “...se cada variante do português espalhada por esse país imenso tem sua nuance é porque também tem sua história particular. E a variante falada no Amazonas tem a sua. Os termos indígenas na linguagem da região são bem marcantes, como igarapé, igapó e bubuia. A linguagem dos soldados da borracha, nordestinos que para cá migraram no fim do século XIX, deixou sua marca, como catinga, abestado e de lascar. O chiado do português de Portugal se manteve no s final da pronúncia dos amazonenses.
Por tudo isso, é bobagem disputar a naturalidade dos termos. O que podemos afirmar é que todos são termos do português brasileiro que, pelo capricho dos movimentos da história, resolveram aparecer e se fixar aqui ou ali. Assim, o dicionário de Amazonês vai certamente trazer marcas, por exemplo, de um cearês por conta do encontro lingüístico dos tempos da borracha. Essas fronteiras lingüísticas são muito tênues e móveis. Estar neste pequeno dicionário não batiza a palavra como amazonense, mas a naturaliza como cidadã do maior estado do país porque ela faz sentido na linguagem dessa região..”.

É isso aí "cabocada"! Estou "vazado" de fome, vou matar a "broca" lá no Largo , antes terei que dar uma "facada" em alguém - vou comer um "Kikão maceta" ou um "X-Kaboquinho" com "Guaraná" até ficar "empachado"!


segunda-feira, 27 de julho de 2009

AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA A IMPLOSÃO DO ESTÁDIO VIVALDO LIMA

A Secretária de Planejamento do governo do Estado do Amazonas está convocando as entidades, pessoas ligadas ao esporte local, empresários, arquitetos, engenheiros e formadores de opinião, além da sociedade civil, para participarem de uma Audiência Pública para ouvir a opinião pública sobre a implosão do Estádio Vivaldo Lima, tendo em vista a construção da Arena Multiuso para a Copa de 2014.

Existe divergência de opiniões, a grande maioria não aceita a implosão, pois alegam que com a reforma do Estádio Vivaldo Lima, haverá uma enorme economia que poderiam ser usados na atenção das carências da população. Outros são favoráveis à implosão – segundo a historiadora Etelvina Garcia “São quase quatro décadas de história e as coisas são assim, termina um capítulo e se inicia outro”. Acho muito esquisita essa declaração da Etelvina, logo ela que é uma fervorosa defensora do nosso patrimônio público.

Para que os senhores tenham uma idéia, o projeto do novo estádio terá 46 mil lugares e foi elaborado pela empresa de arquitetura alemã GTW, a sua execução custará aos cofres públicos a bagatela de R$ 580 milhões.

Segundo os técnicos da SEPLAN a Arena terá a seguinte concepção:"O projeto do estádio procurou uma solução altamente eficiente e funcional, preenchendo todos os requisitos da FIFA e ainda provendo uma imagem muito característica que pudesse refletir a identidade única de Manaus e da Região Amazônica. Inspirado na fascinante diversidade e formas da Floresta Amazônica, o projeto do estádio foi desenvolvido de acordo com os conceitos mais avançados em arquitetura sustentável. O uso de tecnologias inovativas e conceitos como o reuso de águas, resfriamento geotérmico, uso de bioetanol e ventilação natural irão auxiliar tanto na redução dos consumos energéticos quanto no nível das emissões. Para esta finalidade, temos definido um programa de medidas e metas.
Algumas destas medidas e as metas são listadas a seguir:
-Certificação de acordo com o LEED do Conselho de Prédios Verdes dos EUA
(US Green Building Council) e do Conselho Prédios Verdes do Brasil.
-Apreciação dos requisitos da Meta Verde (Green Goal)
-Utilização de sistemas de economia de água
-Utilização de águas de chuvas, infiltração de águas pluviais
-Trocadores de calor altamente eficientes
-Uso da luz do dia
-Simulação de edifício dinâmico
-Sistemas de iluminação altamente eficientes
-Ventilação e refrigeração natural
-Refrigeração Pré-livre
-Uso de energia geotérmica
-Sistemas de controle de edifícios inteligentes
-Planejamento considerando o ciclo do custo de vida”
.
Maravilha! Que Lindo! Porreta! Geniaaal! Desculpe a minha pergunta: E o Povo como fica? Vai dançar de novo na "BICA do Armando"!

Não sou contra o progresso e ao desenvolvimento da nossa cidade, no entanto, não sou a favor dos projetos faraônicos, construção de verdadeiros elefantes brancos e desperdícios de dinheiro público; enquanto isso, na terra de Ajuricaba, o povo ainda passa fome, sem água encanada na maioria das residências, poucas escolas, professores mal remunerados, por aí vai! Vamos participar da Audiência, mostrar para o governo que chega de empurrar de goela abaixo os seus projetos mirabolantes. O povo sempre deverá vir em primeiro lugar! Não à implosão do Estádio Vivaldo Lima!

PRAIA DA PONTA NEGRA DE MANAUS

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É uma praia fluvial banhada pela Rio Negro, fica a 13 Km do centro de Manaus, o acesso poderá ser feito pela Estrada da Ponta Negra ou pela Estrada do Turismo (Tarumã). Para quem não dispõe de automóvel, o local é servido por inúmeras linhas de ônibus; o manauense que mora no centro ou o turista que deseja conheçer este paraiso, deve pegar o 002 (Balneários) e, estar preparado para o sufuco: aos domingos fica totalmente lotado.

A mãe natureza fez a parte dela: água morna e areias finas e uma paisagem exuberante - muitas árvores, passáros e água até onde a vista possa alcançar. Os primeiros habitantes foram os índios Manaós (mãe dos deuses) - deram o nome a nossa cidade. Os homens dotaram o local de uma excelente infra-estrutura: calçadões em ladrilhos hidraúlicos, iluminação noturna a vapor de mercúrio, anfiteatro, quadras para a prática esportiva, dezenas de restaurantes e bares (todos padronizados). A prefeitura de Manaus irá fazer uma total revitalização do local.

Desde a minha infância que frequento esta praia – na minha juventude curtia muito a Prainha (era um local da praia preferido pelos jovens enamorados), na maturidade ainda dou uns pulos por lá! Falou em Reveillon em Manaus, lembra logo a Praia da Ponta Negra. A poluição sonora foi controlada, a paz e a segurança está garantida.

Este local possui o metro quadrado mais caro de Manaus, a maioria dos bacanas moram por aquelas bandas; o apartamento mais barato custa em torno de 500 mil reais. O Tropical Hotel o mais baladado de Manaus fica no pedaço, sem falar que o Aeroporto Eduardo Gomes fica bem próximo.

Em resumo: o bom e o melhor você encontra na Ponta Negra. Basta conferir!
Fotos: J Martins Rocha (Ponta Negra na Cheia do Rio)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

GOVERNADOR ÁLVARO BOTELHO MAIA



Álvaro Botelho Maia nasceu em 19 de fevereiro de 1893, no seringal “Goiabal”, rio Madeira, município de Humaitá, primogênito de Fausto Ferreira Maia (cearense, falecido em 1932) e Josefina Botelho Maia (amazonense, falecida em 1968).


Foi jornalista, poeta (era conhecido como o príncipe dos poetas amazonenses), escritor, advogado, professor, senador e governador do Amazonas. Publicou vários livros: Cabelos Negros, Na Vanguarda da Retarguarda, Gente dos Seringais, Buzina dos Paranás, Nas Barras do Pretório, Beiradão, Banco de Canoa, Defumadores e Porongas, Tenda de Emaús – Foi uma máquina de produção intelectual: escreveu poesias, crônicas, ensaios, teses, discursos e conferencias.


Em 1918 foi candidato a Deputado Federal; na revolução de 1930, foi nomeado Interventor Federal, governou até o final de 1931; foi escolhido Senador em 1935, logo depois foi eleito indiretamente para Governador Constitucional do Estado, em 1937 foi escolhido Interventor Federal; em 1945 foi eleito com grande margem de votos para a Senatoria Federal e em 1950 voltou novamente para o governo do Amazonas e ainda foi Senador pela terceira vez.

Segundo o seu amigo Erasmo Lino Alfaia “O que havia realmente de mais forte em Álvaro Maia era a bondade, o sentimento das coisas, a capacidade de não esquecer as suas raízes, de não perder-se do que fora um dia, do seu passado e das suas afeições mais queridas. Tinha a humildade dos gênios e era um padrão de honestidade, com quem tanto aprendi. Quando rareavam os amigos, sofreu o máximo que um homem público pode sofrer. Não se queixava, compreendia. O ostracismo político o engrandeceu na alma. Recebi inúmeras cartas suas – nenhuma revolta, amargura nenhuma nelas encontrei. Nessa ocasião pude sentir melhor o homem digno na exemplaridade de sua conduta na limpidez de sua amizade. Agradeço a Deus por me conceder o privilégio dessa amizade inexcedível. As glórias justas conquistadas por Álvaro Maia, nunca ele as soube explorar em proveito próprio, pois morreu na estreiteza do ambiente de um pobre ermitão.”

“Morreu Álvaro Maia à 1:15 da madrugada de 4 de maio de 1969, num apartamento do Pavilhão Santana, da Santa Casa de Misericórdia de Manaus, acometido de infarto do miocárdio na manhã da véspera. Assistiram ao desenlace o médico assistente, Dr. Osvaldo Said, acompanhado pela enfermeira Ruth Helena, pela Srtª Maria Helena Paiva Monte (prima) e Dr. Erasmo Alfaia (amigo). Imediatamente a notícia se espalhou e começaram a chegar ao hospital os amigos do morto, que foi velado no hall do Palácio Rio Negro desde o alvorecer.
O sepultamento de Álvaro Maia se deu ao fim da tarde de 5 de maio, no Cemitério São João Batista, acompanhado por grande massa humana, sentida e emocionada”. (Dados biográficos de Álvaro Maia, de autoria do Dr. Djalma Batista, publicado no livro “Álvaro Maia – Poliantéia – 1984”).
Foi um dos poucos homens públicos que entrou pobre na política e morreu pobre.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

ACERVO SÉRGIO FIGUEIREDO

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No Centro Cultural Povos da Amazônia, existe uma homenagem aos "Vultos da Amazônia"; emprestei do acervo do Sérgio Figueiredo algumas fotos para fazer a colagem acima.

Aparecem o J.G. Araújo, Jonatas Pedrosa, Claúdio Santoro, Carnaval antigo de Manaus, Navio Justo Chermont, Bar Americano, Bondes, Militares do Parasar, Projeto da Fortaleza de São José do Rio Negro, curumim e muito mais) e de Belém Antiga.

Segundo o sitio http://www.povosdamazonia.am.gov.br/ a biografia do Sérgio Alfredo Pessoa Figueiredo é a seguinte:

"Filho primogênito de Magnólia Pessoa Figueiredo e Jose Luiz Figueiredo, nasceu em 14 de dezembro de 1948, nesta cidade de Manaus. Era o irmão amado e querido de Graça, Fátima e Teresa. Casado com Ana Tereza da Silva Figueiredo, teve quatro (04) filhos: Sérgio Alfredo Junior, Renata, Mônica e Fabiano, e dois (02) netos; Beatriz e Sérgio Neto.
Formou-se em Engenharia Civil na Universidade Federal do Amazonas, no ano de dez/1973. Vida profissional marcada pelo seu brilhantismo, dinamismo e saber notório:
 • Professor da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal do Amazonas - UFAM, Departamento de Hidráulica e Saneamento (decano), da cadeira de "Higiene e Segurança do Trabalho (HST)", já tendo ministrado as disciplinas "Mecânica Racional" - de 1977 a 1982 - e "Engenharia de Transito" - de 1983 a 1986.
 • Professor do Curso de Pós-Graduação da UFAM em "Engenharia de Segurança" da Universidade do Amazonas, das disciplinas "Introdução a Engenheira de Segurança" e "Controles de Riscos na Construção Civil".
• Consultor da FGV/ISAE (Fundação Getúlio Vargas/Instituto Superior de Administração e Economia) nas áreas de planejamento estratégico (formulação, metodologia, acompanhamento e avaliação de projetos de desenvolvimento).
• Técnico 1a Classe do Governo do Estado do Amazonas, em fase final de aposentadoria, com ingresso no serviço público estadual através de concurso prestado no Instituto de Cooperação Técnica Intermunicipal - ICOTI, em 01/10/75, no cargo de Assistente Técnico, apos aprovação e classificação em teste de provas e títulos.
• Mestrando de “Desenvolvimento Regional” (Universidade Federal do Amazonas/ Faculdade de Estudos Sociais)".

BELÉM DO PARÁ ANTIGA

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terça-feira, 21 de julho de 2009

ESTAÇÃO DE COLETA DE ÁGUAS DE MANAUS - CACHOEIRA ALTA - BAIRRO DE SÃO JORGE


O que restou deste prédio ainda pode ser visto, basta passar pela ponte que liga ao bairro de São Jorge, entrar à direita – o prédio fica atrás de uma concessionária da Toyota.

Este local chamava-se Igarapé da Cachoeira Grande – no local foi construída uma estação de bombeamento de águas da cidade de Manaus e sua represa. Estava ligado ao reservatório de Castelhana, situado na Avenida Constantino Nery (este prédio ainda está de pé).

Estive no local, tirei algumas fotos; os moradores do entorno chamam as ruínas de “castelinho”. Imaginar que os manauenses eram servidos em suas residências do “precioso líquido” coletado neste local e, hoje é um lamentável “esgoto a céu aberto”.

Não sei se o pessoal do “Prosamin” vai passar por lá, em todo caso, este patrimônio histórico deve ser revitalizado urgentemente!

NÍVEL DAS ÁGUAS DO RIO NEGRO NO RODOWAY

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segunda-feira, 20 de julho de 2009

CATRAIAS & BARCOS A JATO

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A Catraia era uma forte canoa, impulsionada por dois vigorosos remos; era um meio de transporte muito utilizada pelos manauenses, principalmente no período das cheias dos rios - durante as vazantes, os catraieiros construíam pequenas pontes de madeira que cruzavam os igarapés do São Raimundo, Glória e Educandos, agora reduzidos a uma pequena tira de água, e continuava a cobrar dos transeuntes a travessia.
As catraias sobreviveram à poluição, mas não resistiram à construção das pontes, tornando-se obsoletas diante da possibilidade de atravessar os igarapés caminhando com as próprias pernas. Aqueles que sobreviviam dessa atividade tiveram de procurar outra ocupação, deixando suas canoas relegadas à areia, morte inglória a qual nenhuma embarcação deveria ser condenada. Alguns conseguiram sobreviver, equipando as suas canoas com motor de “rabeta”, podendo alcançar lugares mais longínquos.

O Barco A Jato é um tipo de embarcação que irá perder também o seu espaço, em decorrência da construção da Ponte Manaus-Iranduba. Este tipo transporte é muito utilizado pela população e pelos turistas, com saída pelo porto de Manaus (Rodoway) e São Raimundo. A construção de um barco a jato exige muitos recursos, pois é equipado com um potente motor de centro e a manutenção é muito alta. Com a previsão da entrega da ponte para março de 2010, os donos dessas embarcações estão apreensivos com o futuro sombrio para o setor.

A prefeitura municipal de Manaus tem o dever de intervir, chegou a hora de regulamentar o transporte fluvial pela orla da cidade. Os barcos a jato será o tipo ideal para fazer o percurso do centro de Manaus para o porto da Ceasa, servindo também aos bairros de São Raimundo, Glória, Educandos, Colônia Oliveira Machado, dentre outros. Além de ser um transporte barato e de baixa poluição, trará menos estresse para os usuários (imaginem voltar para casa apreciando o nosso majestoso Rio Negro), contribuirá para a diminuição do caos do transporte coletivo da cidade de Manaus, etc.

Não dá mais para salvar as Catraias, pois já estão enterradas pelo progresso, no entanto, ainda há tempo para salvar os Barcos de Rabeta e A Jato.


Fonte: Catraias - Jornal do comércio
Colagem: J Martins Rocha

sexta-feira, 17 de julho de 2009

MUNICÍPIO DE BARCELOS, AMAZONAS

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O governador do Grão-Pará e Maranhão (com sede em Belém) - Francisco Xavier de Mendonça Furtado, criou no ano de 1751, a Capitania de São José de Javari, depois chamada de Capitania de São José do Rio Negro (raiz do futuro Estado do Amazonas), a capital foi fixada na Missão do Mariuá, depois chamada de Vila de Barcelos (aportuguesamento dos lugares da Amazônia), tendo como governador Joaquim de Melo e Povoas.

O povo de Barcelos tem muito o que se orgulhar, listarei apenas dez razões:
1. Foi a primeira capital do Estado do Amazonas (até 1758);
2. É considerado o maior município brasileiro e o segundo do mundo, com uma área de 122.476 Km2;
3. Em Barcelos encontra-se a “Cachoeira do Eldorado”, considerada a maior do Brasil em queda d´água livre, com 400 metros de extensão;
4. Também encontramos em Barcelos o “Abismo Guy Collet” considerado a caverna mais profunda do Brasil;
5. Destaca-se também na grande produção nacional e na exportação de peixes ornamentais;
6. Possui um bom potencial turístico: as mais bonitas praias do Amazonas  estão em Barcelos;
7. Em suas terras, encontramos parte do “Parque Nacional do Jaú”. Fica lá também o “Parque Estadual da Serra do Aracá”;
8. A Área de Proteção Ambiental Mariuá possui 1.400 ilhas, considerado o maior arquipélogo do mundo;
9. É considerado o melhor local do Amazonas para a pesca esportiva: os maiores Tucunarés são encontrados em Barcelos;
10. Para finalizar, Barcelos promove uma belissima festa chamada de “O Festival do Peixe Ornamental” – foi instituido em 1994 e homenageia a cultura do município e a vida dos pescadores conhecidos como "piabeiros". Na época da festa, o pescador expõe espécies raras de peixes e os turistas elegem o mais exótico. A festa costuma atrair milhares de pessoas, cerca de 25.000 visitantes e apresenta uma programação de pesca desportiva, ecoturismo e espectáculos.

No município foi rodado o filme intitulado “A Festa da Menina Morta” - conta a história de uma comunidade no Alto Rio Negro - foi o mais premiado no Festival de Gramado, ainda não tem data da estreia nos cinemas.

O município fica a 396 km de Manaus, em linha reta, por via fluvial sobe para 495 km, a viagem em barco de recreio dura em torno de 26 horas. A cidade possui um aeroporto para aviões de pequeno e médio porte.

Vamos lá, gente! No próximo dia 26 a grande festa vai começar! É isso ai.




quinta-feira, 16 de julho de 2009

IV FESTIVAL AMAZONAS JAZZ

Desde sua primeira edição - vem se caracterizando pela diversidade. Diferentes estilos, artistas, regiões, públicos, áreas de atuação. Por aqui têm passado músicos representando as mais variadas correntes do jazz oriundos das regiões que mais significativamente contribuem para o gênero. Este ano seguimos a trilha de apresentar um programa que mistura desde vanguarda a lendas do gênero, passando por consagrados nomes da cena brasileira de expressão mundial, a par de artistas manauaras. Em 2009 o FAJ expande-se geograficamente, incluindo apresentações no interior e em diferentes pontos da capital, ampliando o espectro de público alcançado. Além das oficinas com os artistas convidados, que sempre despertam enorme interesse, o FESTIVAL AMAZONAS JAZZ oferece em 2009 seminários de cunho pedagógico, e recebe um novo apoio cultural. Desde sua terceira edição o FAJ – através de acordo firmado entre a SEC - SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO DO AMAZONAS e a YAMAHA MUSIC LATIN AMERICA, S.A. - disponibiliza oficinas em TÉCNICAS DE REPARO E MANUTENÇÃO DE INSTRUMENTOS DE SOPRO. Este ano, a YAMAHA MUSIC LATIN AMERICA, S.A. patrocinará também o primeiro módulo do CURSO DE FORMAÇÃO DE MESTRES EM FLAUTA DOCE, visando capacitar pedagogicamente professores de iniciação musical através deste instrumento, o que vem complementar o PROJETO JOVEM CIDADÃO, uma iniciativa do GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS já em curso. Já o apoio cultural da CONTEMPORÂNEA, principal fabricante brasileiro de instrumentos de percussão popular, oferece dois seminários sobre a tão variada gama que compõe este segmento.
No momento em que o AMAZONAS se prepara para enfrentar novos desafios, o FESTIVAL AMAZONAS JAZZ consolida-se no calendário cultural brasileiro e internacional. Contando desde sua primeira edição com o patrocínio “master” da COCA COLA, o FESTIVAL AMAZONAS JAZZ é uma iniciativa do GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS, e sua realização está a cargo da SEC- SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO DO AMAZONAS.
Ao congregar artistas de diferentes lugares e tendências estéticas, este Festival constitui-se cada vez mais em um evento onde diferentes culturas se encontram. É com o espírito fraterno de nosso povo, que nós, aqui no coração da maior floresta do planeta, damos as boas vindas a todos, público e artistas, que participam do 4º Festival Amazonas Jazz.

Rui Carvalho
Diretor Artístico
http://www.festivalamazonasjazz.com.br/

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A GRADE DO TEMPO - AVENIDA EDUARDO RIBEIRO COM A SETE DE SETEMBRO

Por que atravessarmos a grade que nos separa? Porque preencher o tempo que resta com sangue, com pedras, com folhas secas, se o tempo é ainda de poesia? A poesia é o que fica e manifesta o contraponto às atrocidades cometidas em cada século. Os poetas se instalam no campo das contradições, o real e o irreal, revelando o outro lado da vida, o sonho, o desejo, a transcendência e escapam do pragmático. E na palavra encontram forças para resistir, ora à banalidade da vida cotidiana, ora ao jogo da tragédia que se dá na própria condição humana.
Autor: Morphinne

Foto: Avenida Eduardo Ribeiro com a Sete de Setembro, no inicio do século passado. A modificacao foi feito por J Martins Rocha.

terça-feira, 14 de julho de 2009

JORNAL "O PENSADOR"

No Largo de São Sebastião, em Manaus, existe um restaurante chamado “O Pensador”; poucas pessoas que frequentam o lugar, sabem que o nome do estabelecimento é uma homenagem ao Dr. Eduardo Ribeiro - um maluco “beleza”, visionário e megalomaníaco - construiu no meio da selva amazônica, edificações monumentais, tais como: o Teatro Amazonas, o Palácio de Justiça, o Reservatório de Água do Mocó e a Ponte metálica Benjamin Constant. O epíteto vem de um jornal, fundado pelo citado governador, em 10/09/1880, com circulação em São Luís do Maranhão.

Os idealizadores do jornal pregavam o seguinte: Nosso programa é extenso como pode ser a esfera do pensamento humano. Pensamos e pensar é ser livre, e ser livre é ser bom. A Igreja crer e nós pensamos, porque sonhamos a liberdade da espécie humana. Queremos devassar os mundos em que existem os germes dessas grandes idéias que se chamam Direito, Justiça e Liberdade. Vós quereis ser úteis a vós mesmos – nós procuramos sê-lo aos nossos concidadãos. Tal é o programa do Pensador: Pensar é só pensar. Pensar é rasgar os hemisférios do porvir.

Segundo Mário Ypiranga Monteiro “acusados injustamente pela igreja de serem títeres da maçonaria – encarnação viva das proezas do demo – na verdade aqueles jovens representavam a consciência do que se podia conhecer de mais novo a se vislumbrar nos horizontes de um Brasil que já queria ser moderno, guiar-se pela ciência, dessacralizar as “verdades” e afirmar suas possibilidades. Eram ligados à maçonaria, à pregação positivista e aos movimentos liberais”.

Que tal darmos uma parada e voltarmos a pensar? A repensar nas nossas atitudes; deixar de pensar somente no nosso crescimento material, procurando aprofundar os nossos pensamentos na construção do bem estar social, de uma sociedade mais justa e igualitária, pensar também na natureza, na nossa Amazônia, no planeta Terra, enfim, pensar no que será os filhos de amanhã. Ainda há tempo para pensar! Viva os ideais do jornal “O Pensador”! Viva!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

MANAUS - SUB-SEDE DA COPA DE 2014


Para a realização da Copa do Mundo de 2014, a FIFA exigiu que fossem observados os vinte e seis projetos abaixo:

Projeto 1: Estádio
Projeto 2: Entorno do Estádio
Projeto 3: Transporte e infra-estrutura
Projeto 4: Centros de Treinamentos
Projeto 5: Parque de Eventos “Fan Parks”
Projeto 6: Infra-estrutura suporte/ utilidades
Projeto 7: ICT
Projeto 8: Acomodação (hotelaria)
Projeto 9: Turismo
Projeto 10: Comunicação, Marketing e Notícias
Projeto 11: Melhorias no visual da cidade
Projeto 12: Saúde Pública
Projeto 13: Gerenciamento de Desastres
Projeto 14: Eventos da FIFA
Projeto 15: Proteção e Segurança
Projeto 16: Justiça, Leis e Protocolos
Projeto 17: Voluntariado
Projeto 18: Sustentabilidade
Projeto 19: Gerenciamento de Gastos
Projeto 20: Fechamento de Negócios
Projeto 21: Portos e Mercadorias
Projeto 22: Suprimentos
Projeto 23: Comunicação e Cultura
Projeto 24: Legados
Projeto 25: Coordenação do LOC
Projeto 26: World Cup Finance

As últimas notícias sobre os preparativos do evento são os seguintes:

1. O Prefeito Amazonino Mendes sancionou a lei 1.353, concedendo isenção dos tributos municipais a FIFA e as demais entidades vinculadas à realização da Copa de 2014;
2. Estão previstas a demanda por 150 mil trabalhadores nos próximos cinco anos, sendo 50 mil diretos e 100 mil indiretos, com maior ênfase nas áreas de construção civil e turismo;
3. Para a transformação de Manaus em apenas quatro anos - serão direcionadas as atenções para a modernização dos serviços públicos, sinalização turística, construção de estações de city tour climatizados em pontos estratégicos, qualidade da rede hoteleira urbana e de selva, revitalização do Centro Histórico de Manaus e da Ponta Negra (projeto de R$ 30 milhões), sistema de transporte coletivo avançado, dentre outras;
4. O governo do estado fez um contrato de comodato com o clube São Raimundo, para utilizar por vinte anos o Estádio Ismael Benigno (Colina) – será construído um outro estádio com capacidade para 10 mil pessoas, com 750 vagas de estacionamento, 18 salas comerciais, lanchonetes, vestiários confortáveis, dentre outras inovações;
5. Para a construção do complexo desportivo, o governo do estado não pretende fazer desapropriações no entorno do Vivaldo Lima;
6. Será formado um conselho de notáveis para supervisionar a execução das obras e os gastos como um todo.

Fonte: Seplan

sábado, 11 de julho de 2009

GOVERNADOR GILBERTO MESTRINHO


O Gilberto Mestrinho é um político de maior carisma no Amazonas; foi Prefeito, três vezes Governador e Senador pelo PMDB. Já passou da casa dos 80 e, encontra-se um pouco adoentado. Na minha infância, ia até o Palácio Rio Negro, sede do governo, para receber uns brinquedos, no dia o seu aniversário; esses presentes, apesar de singelos, marcaram muito a nossa geração. O Gilberto é conhecido pelos apelidos de “Professor” e “Boto Tucuxi” – ele é realmente “O Cara”!

O escritor e poeta Simão Pessoa, conhece muito bem os meandros da política do Estado do Amazonas, tanto que escreveu “O Folclore Político do Amazonas”; para falar um pouco sobre a trajetória do Governador, transcrevo o seguinte:

“Em 1950, aos 22 anos, Gilberto Mestrinho montou em Manaus o curso Eficiência, preparatório para os concursos dos empregos federais. Ele mesmo passou em quatro: datilógrafo do IAPC, escriturário e oficial administrativo do Ministério da Fazenda e fiscal de consumo da Delegacia do Imposto de Renda, por onde se aposentou. Nos anos seguintes, fez-se amigo e credor do deputado federal Plínio Coelho, a quem ajudou a eleger-se governador em 1954. A primeira tentativa de vida pública foi uma candidatura a vereador, em 1955, pelo PTB. Não se elegeu. Naquela época, os prefeitos eram indicados pelo governador. E lá estava ele, em 1956, aos 28 anos, prefeito de Manaus sem ter tido um único voto. Em 1958, na convenção do PTB, o presidente regional do partido, deputado estadual Edson Stanislaw Afonso – um médico bem conceituado na cidade e que tinha sido um dos deputados estaduais mais votados do Amazonas nas últimas três eleições -, recebeu um rasteira de Plínio Coelho. Pelo seu currículo nas eleições passadas, Stanislaw estava certo de que seria o candidato a governador pelo PTB e foi para a convenção de peito aberto. Na surdina, Plínio obrigou os convencionais a votarem em Gilberto, na época seu secretário estadual de Finanças. Quando o médico soube do resultado, ficou tão indignado que começou a passar mal ainda no local da convenção. Stanislaw faleceu no dia seguinte, de infarto agudo no miocárdio.Ungido pelo padrinho político, Mestrinho elegeu-se governador em 1958, derrotando Paulo Nery, oriundo de uma das famílias políticas mais tradicionais do Estado. A eleição foi uma das mais tumultuadas da história do Amazonas. Apenas um pequeno exemplo: candidato a deputado estadual pelo PTB, com reduto em Benjamim Constant, onde Paulo Nery era o candidato favorito, Nelsonez Noronha foi encarregado de trazer as urnas do município para serem apuradas no Tribunal Regional Eleitoral, em Manaus, mas ele chegou à cidade sem a preciosa carga. Segundo o candidato, houve um banzeiro muito forte no rio Solimões e as urnas caíram na água, perdendo-se para sempre.Para dramatizar ainda mais o acidente, Nelsonez disse que observou um cardume de botos-tucuxis pajeando o local onde as urnas naufragaram, mas que nada pôde fazer. Quando, dias depois, as urnas emergiram na sede do TRE dando a maioria absoluta de votos para Gilberto Mestrinho, a oposição não teve dúvidas: os botos-tucuxis do Nelsonez haviam “emprenhado” as urnas. Para Mestrinho ganhar o apelido de boto-tucuxi foi conta de multiplicar. Gilberto ganhou fama nacional alguns meses depois de assumir o governo, quando mandou prender o amigo, padrinho político e ex-governador Plínio Coelho, àquela altura dono do jornal O Trabalhista, de oposição ao governador.
Mestrinho teve os direitos políticos cassados na primeira lista de pós-golpe militar de 1964. Era Deputado Federal por Roraima, eleito em 1962 – no mesmo ano em que Plínio Coelho se elegeu governador do Amazonas pela segunda vez. Ele sofreu arbitrariedade calado, passou alguns meses escondido em São Paulo, fixou residência no Rio de Janeiro e recompôs sua vida como empresário bem-sucedido. Tinha banco e fábrica em Belém, fábricas de revestimento texturizado no Rio de Janeiro. A ditadura nunca o incomodou e nunca se ouviu dele, nos anos de chumbo, nenhuma declaração sua contra ou a favor dos militares. Dezoito anos se passaram até que mestrinho voltasse a colocar os pés em Manaus, ele voltou em 1982, a bordo do PMDB que resultara da fusão com o PP, e elegeu-se governador, mais uma vez com acusações não comprovadas de fraude eleitoral. Depois que tomou posse, nomeou o empresário Amazonino Mendes prefeito de Manaus. Em 1986, desafiando a ala autêntica do PMDB, indicou o ex-prefeito Amazonino Mendes com candidato a governador pelo partido, provocando a debandada dos deputados federais Arthur Neto e Mário Frota, os deputados estaduais Felix Valois e Beth Azize, e os vereadores Chico Marques e Ivanildo Cavalcante. Em fevereiro daquele mesmo ano, Gilberto Mestrinho sofreu um dos maiores golpes de sua vida, a perda de um filho de 18 anos, José Carlos Mestrinho. Entre os dois casamentos oficiais - com a Maria Antonieta, viveu 45 anos e teve cinco filhos – com a portuguesa Maria Emília, teve dois filhos – com uma roraimense teve três filhas – são dez rebentos, no total, com vários netos e bisnetos”.

Vida longa e saúde ao governador Gilberto Mestrinho!
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Obs. Esta postagem é de uma semana atrás; no dia 19 de julho de 2009, falece o governador Gilberto Mestrinho.
O meu pesar à familia Mestrinho.
Os amazonenses estão orfãos!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

SBPC - CIÊNCIA E CULTURA SE ENCONTRAM NA AMAZÔNIA


A SBPC-Cultural mostrará diversidade de manifestações culturais existentes naregião. O evento ocorrerá paralelamente à 61ª Reunião Anual da SBPC.

Além de ampliar o conhecimento científico sobre a Amazônia brasileira, o público participante da 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) também terá a oportunidade de ter contato direto com a diversidade cultural da região. Ao término das atividades científicas, nos dias 13 a 17 de julho, a ciência dará lugar à cultura no campus da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em Manaus, com a realização da SBPC Cultural.
Composta por uma série de atividades, com ênfase na produção artística e cultural da região, o evento deverá reunir cerca de 500 artistas, de diversas expressões culturais, reunidos pelo projeto cultural Uakti - um movimento criado no final da década de 80 no Amazonas com o objetivo de possibilitar a expressão e a construção da identidade dos artistas amazonenses.
“A programação está fantástica e digna de receber os participantes. Terá uma diversidade de manifestações culturais da região, abrangendo, entre outras, música, dança, artes plásticas e teatro”, conta o coordenador da SBPC Cultural, William Gama.
Destaques – Distribuídas por núcleos temáticos, um dos destaques da programação cultural é o show de música popular brasileira “Encontro das águas e dos poetas”, que será realizado nas noites dos dias 13 a 15 de julho. Reunindo 27 canções, de autoria de poetas, cantores e intérpretes amazonenses, a cada três músicas executadas serão recitados poemas com o mesmo tema das composições: a água.
Na quarta-feira, 15 de julho, os grupos indígenas das etnias dessana e saterê também apresentarão parte do repertório de músicas de suas tribos, de forte conteúdo ritualístico e muito associadas à dança, na “Mostra de Música Instrumental”. Já na sexta-feira, dia 16 de julho, o aclamado violonista Sebastião Tapajós subirá ao palco para dar uma mostra do virtuosismo musical que tem encantado platéias no Brasil e no exterior.
Ao final das apresentações, nos dias 13 a 17, serão realizados shows dançantes mostrando toadas de boi-bumbá de Parintins, músicas do beiradão – uma mistura de ritmos e influências musicais que buscam resgatar a cultura dos caboclos - e sambas de enredo compostos por escolas de samba da região em homenagem aos 100 anos da UFAM e aos 50 do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Para fechar a programação, no dia 17 de julho, se apresentarão cinco grupos folclóricos que se destacaram na última edição do Festival Folclórico do Amazonas, reproduzindo uma quadrilha de festa junina, o cangaço nordestino e a ciranda, entre outros.
De acordo com o agente cultural, o entusiasmo dos artistas se deve à oportunidade de mostrar ao público participante da 61ª Reunião Anual da SBPC a diversidade cultural da Amazônia e desmistificar a imagem que a região tem em outros lugares no País e no exterior. “O discurso sobre a Amazônia na mídia internacional e brasileira é geralmente ligado às questões ambientais. Como o próprio tema escolhido para a Reunião da SBPC este ano é ciência e cultura na Amazônia, queremos mostrar no evento que, além de fazermos ciência, também temos uma cultura muito rica e diversificada”, ressalta.
Serviço: A SBPC Cultural integra a programação da 61ª Reunião Anual da SBPC que será realizada a partir do dia 12 em Manaus (AM), no campus da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). O evento, cujo tema é “Amazônia: Ciência e Cultura”, contará com 175 atividades, entre conferências, simpósios, mesas-redondas, grupos de trabalho, encontros e sessões especiais, além de apresentação de trabalhos científicos e minicursos. Veja a programação em http://www.sbpcnet.org.br/manaus.
ATENDIMENTO À IMPRENSA
Acadêmica Agência de Comunicação
Angela Trabbold
(11) 5549-1863 / 5081-5237 / 9912-8331
mailto:angela@academica.jor.br; mailto:imprensa@sbpcnet.org.br

JARAQUI PSICODÉLICO

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Olha o peixe ai minha gente!
Curimatã, Piranha Preta e Jaraqui
Traz o Tambaqui
Pra comer com Farinha e Tucupi
Venha logo!
Embarca nesse grande canoa
Que acordou o sapo
Um cantor de lagoa
Larga a batida do som Play Tecno
E vem dançar o Jaraqui Psicodélico
Elon Veleiro
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Na terra do Jaraqui
Ninguém me contou
Eu mesmo vi
Sinal da globalização suicida
Um curumim Baré
Comendo Yakissoba com Hashi
No lixo da Feira, Nossa Senhora!
Da Aparecida
Marcos Santos
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Fonte: Revista Sirrose VII
( com"s" mesmo! - UM ESPAÇO PARA OUSADIA, IRREVERÊNCIA E PROTESTO - O editorial da revista Sirrose é um alerta aos leitores desavisados, “o certo e o errado aqui não nos interessam”. É assim que seus idealizadores apresentam o conteúdo da publicação e reafirmam sua, já conhecida, inquietude sobre qualquer tema que consideram relevante. Impressa pela Coordenadoria de Serviços Gráficos da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), a revista Sirrose chega a sua sétima edição e pode ser adquira pelo preço de R$ 7,00, com os integrantes da revista ou na Livraria da Universidade Federal do Amazonas (LUA/UFAM), ao lado do Centro de Convivência do ICHL, setor norte do Campus Universitário da UFAM.).

quarta-feira, 8 de julho de 2009

CONSTRUÇÃO DA ÁRVORE GENEALÓGICA DA FAMÍLIA PORTAL



O nosso blog publica fotografias da Manaus antiga, em decorrência disso, recebo diversos e-mail de pessoas que moram no Brasil e no exterior, procurando informações sobre os seus antepassados.

No ano passado, publiquei algumas fotos do imóvel do Sr. Justino Francisco Portal (um português que morou em Manaus no inicio do século passado), enviadas pelo Sr. Bernardo Portal Madeira. Um leitor leu a postagem e trocamos os e-mail abaixo:

Olá Sr. José Martins Rocha!
Primeiramente, meu nome é Wagner Hartmann Portal e, encontrei seu blog, enquanto pesquisava a internet em busca de maiores informações sobre a minha família.

Fiquei bastante entusiasmado quando soube que o senhor se comunica com um suposto parente meu em Portugal, o Sr. Bernardo Portal Madeira, e gostaria de pedir-lhe que me passasse o e-mail dele, pois gostaria de entrar em contato e descobrir mais coisas sobre meus antepassados.
Desde já grato pela atenção.

Olá Sr. Wagner Portal!
As trocas de e-mail com o Sr. Bernardo Portal, eram realizados através do "hotmail". O meu endereço foi "invadido" não consegui mais abri-lo, perdi todos os contatos que estavam armazenados. Em todo caso, poderei publicar o teu e-mail no blog, caso for autorizado; quem sabe ele possa ler e entrar em contato.
Um abraço,

Olá José!

Pode publicar sim, diz que eu estou procurando por descendentes e ascendentes meus, da família Portal! Coloca também que estou buscando construir a árvore genealógica da nossa família. Acredito que se alguém vai se interessar.
Muito obrigado e forte abraço!
Wagner H. Portal

Portanto, quem estiver interessado em construir a árvore genealógica da família Portal , favor entrar em contato com o fone (51) 9957-0080 ou e-mail do Wagner Portal
tchebas@gmail.com

AS PEDRAS DE LIOZ

As calçadas da Manaus antiga eram feitas com as Pedras de Lioz, chamadas assim porque foram trazidas de Portugal, da vila que lhe empresta o nome. Os navios de arribação colonial chegariam vazios se não trouxessem pedras em seus porões, flutuariam sem lastro, pois levavam mais do que traziam.Hoje ainda encontramos essas pedras no entorno do Teatro Amazonas, Palácio da Justiça, Palácio Rio Negro, Mercado Municipal, Prefeitura de Manaus e em algumas ruas do centro de Manaus.Segundo o geólogo Frederico Cruz, não existem informações sobre a localização das jazidas de onde foram retiradas, mas provavelmente ficavam em regiões banhadas no passado por grandes mares. Explica também que tanto mármores quanto calcários são formados por sais marinhos, sendo que os primeiros foram submetidos a grandes temperaturas, provavelmente por terem entrado em contato com lava vulcânica. “É por isso que os mármores têm essa aparência vítrea e lustrosa, diferente das pedras calcaria que são mais opacas”, diz Fred. O aquecimento dessas pedras também fez com que a forma circular dos estromatólitos ficasse deformado, mas internamente permanecerem intactas, sendo um campo de estudo valiosíssimo para paleontólogos. “Poucos lugares do mundo têm isso”.O ilustre pesquisador foi contratado pela PMM, assessorar os técnicos que estavam reformando o Paço da Liberdade, antiga sede da Prefeitura, para indicar qual a outra pedra que poderia substituir as pedras de Lioz que estão bastante desgastadas. Ele conta que ao fazer um exame químico com acido clorídrico na amostra colhida na praça, a área avermelhada não regia, enquanto a borda, clara, reagia, como era de se esperar de um pedaço de calcário, explica o geólogo. “Levei a amostra ao microscópio e descobri o estromatólito, além do valor histórico, agrega um valor turístico e paleontológico, portanto, essas pedras não podem ser retiradas dos locais”.O jornal A Crítica fez uma reportagem com o pesquisador em 2004, e chegaram a este fabuloso achado, segundo o reporter, “as pedras de Lioz usadas n calçamento de boa parte do Centro histórico de Manaus esconderam por dois séculos um tesouro paleontológico raríssimo, são estromatólitos , estruturas organo-sedimentares que serviam de casa para algas cianofíceas, os primeiros seres vivos a habitar a Terra, há aproximadamente 3,5 bilhões de anos”. “Estas descobertas agora, contudo, são do período paleozóico, entre 800 milhões e 200 milhões de anos atrás”, explica o geólogo.

terça-feira, 7 de julho de 2009

FACULDADE DE DIREITO DO AMAZONAS

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Edifício de arquitetura eclética e apurada decoração nas fachadas, foi construído entre 1904 e 1907 e tombado pelo Patrimônio Histórico do Estado em 1988. Nesse prédio funcionou o grupo Escolar Silvério Nery, a sede da reitoria da Universidade Federal do Amazonas entre 1962 e 1965 e Faculdade de Direito até 2005. Atualmente o prédio abriga o Núcleo de Práticas Jurídicas da UFAM, que ministra as aulas práticas dos formandos em Direito e presta atendimento jurídico gratuito à população. Endereço: Rua Coronel Sérgio Pessoa, 147 - Praça dos Remédios- Centro.
A história da Universidade Federal do Amazonas inicia em 17 de janeiro de 1909, quando um grupo de homens, idealistas e ousados, irmanados de um forte espírito de construção coletiva, fundou a primeira universidade brasileira, a Escola Universitária Livre de Manáos, mais tarde denominada Universidade de Manáos, no coração da Amazônia, enfrentando todas as hostilidades que o amazônida aprendeu a vencer.
Essa grande empreitada, que para muitos parecia temerária e inexeqüível, exigindo grandes sacrifícios de seus fundadores, revelou-se uma iniciativa de sucesso e um exemplo de busca de melhor qualidade de vida para o nosso povo pela socialização do conhecimento.
A nova universidade, concebida por Eulálio Chaves, já nasceu alicerçada no espírito democrático que hoje permeia a comunidade universitária, com respeito à pluralidade de idéias, elegendo diretamente Astrolábio Passos como seu primeiro diretor geral.

DIGNA CEDRO 1


Morreu o Pensador! É o dolorido
grito que se ouve em toda parte aflito,
no lar, na rua, como um eco, o grito
da revolta na dor humana unido.

O silêncio da cova abscôndito
guarda um mistério e o impune olvido
dos seus cruéis algozes, mas duvido
que o remorso se afaste do precito.

Era um justo e amou a terra estranha
que embelezou com seu trabalho insano,
dos maus ganhamos a invejosa sanha.

A mão que o fulminou não tem memória,
mas a ultima aguarda lá no arcano
“a Justiça de Deus na voz da História” 2

Poema de Tecelino de Almeida

1 Cedro – de imortalidade, porque os antigos costumavam untar os livros, para não corromperem, com o licor que destila o cedro, por cuja razão em provérbio diz “digna cedro” de alguma coisa, que se deseja eterna;

2 Essa “chave de ouro” emprestada é de um soneto antológico de Dom Pedro II no exílio, colocada na ortografia moderna – Mário Ypiraga Monteiro.

sábado, 4 de julho de 2009

BAIRRO DE SÃO RAIMUNDO


A ocupação da área onde hoje está localizado o bairro do São Raimundo teve início em 1849, quando o governo do estado doou ao Seminário São José o terreno que foi incorporado ao patrimônio da instituição religiosa. Na época, o bispo Dom Lourenço da Costa Aguiar resolve lotear uma parte das terras para pessoas de baixa renda, que construíram as primeiras casas nos terrenos, pagos com quantia mensal denominada de "foros da igreja", cuja administração e cobrança, em nome da diocese, estava a cargo de Belmiro Bernardo da Costa. Os primeiros moradores sanaram as dívidas com a diocese em cerca de trinta anos. Segundo o livro de tombo da paróquia de São Raimundo, uma das primeiras famílias a se estabelecer na área do bairro foi a de Bernardino de Sena e Cândida Maria Anunciação, ambos do Ceará, que vieram para Manaus a procura de trabalho e, posteriormente, trouxeram também seus filhos Elizardo, José, Antônio, Joaquim, Martino, Tereza, Luis e Joana. A princípio construíram suas casas à beira do rio Negro. Naquela época já existia a família de João Caboclo, o pescador Manuel Salgado, o embarcadiço José Olímpio e o ajudante Lucas. Distante de suas casas, eles construíram um depósito de lenha para abastecer os navios que atracavam no porto próximo a rua da Boa Vista. Essas famílias também praticavam a caça e a pesca para o próprio sustento e a venda nos mercados e feiras de Manaus. Ainda conforme registro do livro da paróquia, em 1877 chega para morar no bairro o senhor Bernardino, juntamente com sua filha de nome Luzia, que permaneceu solteira e se dedicava às causas sociais das pessoas carentes, falecendo em 1938, aos 98 anos. Aos poucos foi crescendo o número de casas e habitantes. Bernardino, católico fervoroso começou a solicitar a presença de sacerdotes para a celebração do santo sacrifício do altar. Nas datas festivas, Luzia se encarregava dos preparativos do grande evento e o local se tornava um grande arraial iluminado pelos lampiões de gás. Os religiosos participavam do evento pedindo donativos emprestados de outras localidades para armarem o altar num barracão onde guardavam ferramentas para derrubada das matas. Foi nesta ocasião que, a pedido de Bernardino, apareceu na comunidade o recém ordenado padre Raimundo Amâncio de Miranda, filho do município de Maués, trazendo consigo a imagem de São Raimundo Nonato, medindo cerca de 40 centímetros. Imagem que Luzia colocava sempre no centro do altar nos dias de festas e celebrações.Quando o padre Raimundo Amâncio deixou a comunidade, esta ficou sob a responsabilidade de Raimundo Limão, com a missão de dar prosseguimento às reverências ao santo. A presença da imagem estava tão forte e impregnada na pequena comunidade que logo o cemitério também foi batizado com o nome do santo. Aproveitando o ensejo, o bairro logo em seguida recebia também a mesma denominação, ou seja, São Raimundo.
Urbanização - Padre Amâncio continuou ainda em Manaus e fundou também a Irmandade do Santíssimo Sacramento em 1890, sendo em seguida ordenado monsenhor da igreja católica e faleceu em 27 de novembro de 1901. Em 1933, o novo pároco da comunidade, padre Carlos recuperou a imagem e colocou permanente nas reuniões festivas do curato. Na virado do século XX, o bairro entra em processo de urbanização, com abertura de novas ruas, onde novas casas foram sendo construídas por moradores, em sua maioria, vindos do interior ou de outros estados brasileiros. Nesta época, segundo consta no livro tombo da paróquia, os terrenos tinham o aval da diocese e, afastado do Centro da cidade, eram próprios para pessoas menos "civilizadas". Até 1919, continua os registros da paróquia, "o lugar era mal afamado devido os constantes conflitos, povo inculto e sem profissão fixa. Os homens eram tidos como os valentões do lugar, sempre com revólveres na cintura e facas à mostra". Os mais temidos eram Chico Preto, Manuel Francisco e Lezarrão que enfrentavam os vigilantes da polícia constantemente.Matadouro municipal antecipa mudanças e atrai moradoresAs mudanças no bairro começam a acontecer mais rapidamente a partir de 1912, quando é construído o matadouro municipal, em terras onde hoje está localizado o bairro da Glória. A chegada do matadouro, também conhecido por Curre, serviu para atrair mais pessoas para o bairro, agora capaz de oferecer emprego aos seus moradores. O local sofreu uma expansão demográfica tão acelerada que imediatamente surgiu um novo bairro, o do Matadouro, depois Glória.Fim das desordensAinda de acordo com documentos em posse da paróquia, por volta de 1920, reinava no bairro a pobreza e a miséria. As mulheres lavavam "buchos" para ajudar no sustento da casa e revendiam pela cidade, ganhando por isso o apelido de "bucheiras", que até hoje é relacionado aos moradores do bairro. Nesta época, o governo decidiu acabar com as desordens no bairro e estabeleceu uma intendência de polícia e os valentões foram desaparecendo. Foi grande o esforço do clero e das religiosas com a finalidade de elevar o nível moral e intelectual da comunidade.Anos depois, as moças e os rapazes já mostravam determinadas mudanças no comportamento. Era comum se ver passar os pescadores no final de tarde e o maior entretenimento eram as festas de bailes organizadas nos pequenos clubes. Por ocasião do Carnaval todos caiam na folia deixando o bairro em clima de alegria e festa. Na quarta-feira, todos compareciam à igreja para tomar às cinzas como sinal de penitência. Já o escritor Áureo Nonato, em "Os Bucheiros", conta que por volta de 1930, os moradores utilizavam as várzeas do igarapé do São Raimundo, durante a época da vazante do rio, para plantar melancia, maxixe e mandioca e também cavavam cacimbas, de onde se abasteciam de água potável. Por volta de 1937, foi criado um bloco de carnaval "Os Magnatas do Amor", que desfilava pelas ruas do bairro e também do Centro, arrastando grande número de simpatizantes.
Abrigo para refugiados - Durante a década de 1950, o bairro sofre sua segunda onda de expansão populacional, com a chegada dos interioranos fugidos da grande enchente de 1953. Mais moradores vão buscar abrigo no bairro quando se espalhou a notícia de que os padres estavam prestando assistência aos desabrigados. Anos mais tarde, já no final da década de 1960, muitos dos moradores da Cidade Flutuante, que se estendia do Rodway até a foz do igarapé do São Raimundo, se instalaram no bairro quando foram obrigados a deixar suas casas montadas em balsas. Novamente a paróquia distribuiu terras aos desabrigados, aumentando assim ainda mais a população do bairro.Sessões de matinêsO bairro usufruiu por muito tempo os serviços do Cine Ideal, onde os moradores do São Raimundo assistiam sessões de matinês e também a shows de artistas famosos da "Era do Rádio". O cine estava localizado na rua 5 de Setembro e encerrou suas atividades no final da década de 1970. Em 1982, o São Raimundo é finalmente ligado a Aparecida pela ponte Senador Fábio Lucena, construída para diminuir a distância da Zona Oeste até o Centro da cidade. Com a construção da ponte, o meio de transporte tradicional do bairro, as catraias, deixa de existir por falta de passageiros, que cruzavam agora a pé o igarapé do São Raimundo.Porto da balsaO São Raimundo possui pouca atividade comercial, com os estabelecimentos se reduzindo a pequenas tabernas e mercadinhos. A maior parte dessa atividade está concentrada nas proximidades do porto da balsa que liga o bairro ao município do Iranduba. Nos finais de semana e feriados, as ruas ficam congestionadas pelo grande fluxo de carro que buscam esta saída de Manaus. No bairro também está localizado o estádio da Colina, único campo particular da cidade e também uma quadra poliesportiva, no ponto final da linha 101. É atendido na área de educação pelas escolas estaduais Marquês de Santa Cruz, rua Virgílio Ramos; Pedro Silvestre, rua Rio Branco; São Luiz Gonzaga, rua 5 de Setembro; escolas particulares: centros educacionais Mônica, na rua 5 de Setembro; Lamarão, na avenida Presidente Dutra; e Amazônia, também na rua 5 de Setembro.O bairro está ligado com o centro da cidade a menos de 15 minutos pela ponte até o bairro de Aparecida.Extensão de perímetroO bairro de São Raimundo ocupa uma superfície de 115.32 hectares. Tem como início de seu perímetro urbano o igarapé homônimo com o Rio Negro, seguindo à margem esquerda até o ponto final da rua São José até a avenida Presidente Dutra, passando pela 5 de Setembro. Com a chegada cada vez de interioranos a procura de terras e oportunidades de emprego, o perímetro urbano do bairro São Raimundo foi ampliado surgindo no período da década de 60 a comunidade da Glória com seu ponto inicial na avenida Presidente Dutra
Peculiaridade - Um detalhe curioso deste período contado no registro, foi que certa ocasião apareceu na comunidade certo político fazendo campanha à sua candidatura e prometeu água à população. Após ganhar as eleições, não cumpriu sua palavra. Por ocasião de uma grande festejo na comunidade quis o político voltar e recebeu o seguinte aviso: "As mulheres de São Raimundo esperam-no a vassouras". O recado foi tão incisivo que nunca mais apareceu na comunidade o referido político.
Fonte: Jornal do Commércio

sexta-feira, 3 de julho de 2009

VÁRIOS MOTIVOS PARA ORGULHAR-SE DE SER AMAZONENSE!

1. Poder ir de carro ao Caribe;
2. Não ter que analisar muito os candidatos ao governo, porque são sempre os mesmos;
3. Não se sentir sozinho de férias em Fortaleza, porque a maioria dos turistas veio de Manaus;
4. Ter a maior família do planeta, os amazonenses se tratam de “mana, mano ou maninho”;
5. Poder chamar os outros de leso, pomba-lesa e derivados;
6. Poder tomar banho de cachoeira em Presidente Figueiredo, fica menos de 60 min de carro;
7. Ouvir “O Cheiro da Minha Cabocla - Raízes Caboclas”, “ Naquele Tempo de Menino - Chico da Silva”, “Sou Caboquinha - Lucinha Cabral” e “Porto de Lenha – Torrinho e Aldizio Filgueiras”;
8. Ter o Teatro Amazonas, o mais bonito do Brasil e a Praça de São Sebastião, com a calçada que imita o '”encontro das águas”, e que ficou famosa em Copacabana por um acaso do destino;
9. Comer bala (bombom) de cupuaçu, castanha da Amazônia, sanduiches X-Jaraqui, X-Caboquinho e tomar Açaí;
10. Comer Jaraqui, Pacu, Pirarucu, Cuiú-cuiú (haja cuiú), Calderada de Piranha e Bodó Assado;
11. Ter a maior parte da maior floresta do mundo em nosso território (98% preservada) e o maior reservatório de água doce do planeta;
12. Morar em Palafita, mas ter TV banda larga, home theater, DVD, Notebook com acesso à internet e Celular MP11 (viva a Zona Franca!);
13. Sermos responsáveis por uma das maiores e mais bonitas festas culturais do mundo - o Boi Bumba de Parintins;
14. Ir à praia (de rio, sem onda, no máximo uma pororoca, no mínimo um banzeiro);
15. Poder escolher (ou ir a todos) entre blocos, bandas, festa à fantasia, Carna-Boi ou descer nas Escolas de Samba, no Sambódromo;
16. Ouvir os desinformados de outros Estados nos chamarem de índios, sem saberem que os primeiros índios foram encontrados no Litoral e Sudeste;
17. Saber que fomos uma das primeiras cidades do Brasil a ter Energia Elétrica, Correios, Bondes e a Primeira Universidade de Direito (UFAM-1850) e, mesmo assim, ainda somos chamados de não civilizados;
18. Ser a representante da Regiao Norte, como Subsede da Copa do Mundo de 2014;

Fonte: Internet - Uma parte de autor desconhecido e J Martins Rocha
Foto: J Martins Rocha

quinta-feira, 2 de julho de 2009

O ATLETA GODOT E A CORRIDA PEDESTRE HENRIQUE ARCHER PINTO


O Godot era afro-descendente, baixinho, com a barriga saliente e os cabelos grisalhos; tinha um jeito desengonçado de correr, chegava sempre em último lugar, ninguém arredava o pé, todos aguardavam ele chegar, era mais festejado do que os primeiros colocados, aliás, era recebido com toda a pompa, com direito a retreta da Banda da Polícia Militar, fogos de artifícios, banhos de mangueira pelos Bombeiros, além de receber troféus e medalhas. Era a alegria da molecada e dos mais velhos! O que motivava esse senhor a participar da competição? Não sei responder, talvez aquela máxima se enquadrasse muito bem: “O Importante não é ganhar, mas Participar”. A chegada triunfal do Godot, mesmo sendo o último colocado, era na Avenida Eduardo Ribeiro, em frente ao “O Jornal”, próximo ao “Cine Odeon e A Gogô”.

O jornalista Henrique Archer Pinto, natural do Maranhão, chegou ao Amazonas e fundou o “O Jornal”, no dia 30 de outubro de 1930, o matutino de maior circulação, na época, tornando-se dentro de pouco tempo o líder da moderna imprensa amazonense. Passado seis anos, pôs em circulação o “Diário da Tarde”, vespertino de maior receptividade na opinião pública amazonense. Em 1955 foi realizada a 1ª. Edição da corrida, em comemoração ao Jubileu de Prata do “O Jornal”. A Rede Amazônica de Televisão deu continuidade ao evento; em 2005 foi comemorado o Jubileu de Ouro.

Ficam para a história, os exemplos dessas duas pessoas. Parabéns Godot e Henrique Archer Pinto!