segunda-feira, 29 de junho de 2009

MANAUS ANTIGA

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Alguns leitores do nosso blog gostam de chamá-lo de “Blog da Saudade”, talvez, pelas fotos postadas da Manaus antiga. Publico também fotos da Manaus atual, para que possamos compará-las com as antigas e, de alguma forma despertar nas pessoas o respeito ao nosso patrimônio histórico.

Recebi do leitor Isaac Pinheiro o seguinte e-mail “visitei recentemente o seu blog e gostei muito da atmosfera saudosista, nossa Manaus perdeu muito dessa beleza original. Estou enviando algumas fotos que retratam esse tempo, talvez você já tenham algumas delas em seu arquivo, enfim minha intenção é colaborar”. A “colagem” acima foi feita com base nas fotos enviados pelo Isaac.

domingo, 28 de junho de 2009

NEGRITUDE & MODERNIDADE

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Manaus, em pleno verão amazônico; hoje é domingo na Vila de São José da Barra, fui com a família tomar um café regional da Feira da Avenida Eduardo Ribeiro. Passei pelo Sebo O Alienista, do meu amigo Celestino, encontrei o livro “Negritude & Modernidade”, do saudoso Mário Ypiranga Monteiro, editado em 1990 pelo Governo do Estado do Amazonas, na época o Dr. Vivaldo Barros Frota – o livro relata a trajetória de Eduardo Gonçalves Ribeiro. A apresentação da obra prima é do então governador: “Disse recentemente o eminente amazonólogo Arthur Cézar Ferreira Reis a respeito de Eduardo Gonçalves Ribeiro: “justas, extremamente justas, todas e quaisquer homenagens que possam ser prestadas a esse ilustre administrador”. Imbuído desse compromisso, o governo do Estado do Amazonas traz a público este álbum iconográfico, fruto de minuciosa pesquisa e de dedicado esforço, para traduzir, através de informações consistentes e da excelência gráfica, um justo tributo a quem legou ao Amazonas um leque admirável de realizações que resistiram ao tempo e ao descaso. Refletir sobre a figura de Eduardo Ribeiro e sua magnânima obra a identificar o verdadeiro papel que se espera ver cumprido pelo homem público: o de direcionar para o bem comum a gestão da coisa pública. Não se conhecem aqui tão-somente as obras de peso como o Teatro Amazonas, o Palácio da Justiça, a ponte Benjamim Constant, o reservatório do Mocó, entre tantas. Na capital e no interior do Amazonas, as escolas, os centros de saúde, o abastecimento , o tratamento de água, o apoio ao migrante, obras de infra-estruturas indispensáveis ao desenvolvimento social e econômico, demonstram a aguda sensibilidade de Eduardo Ribeiro pelo interesse da coletividade e das gerações futuras...”. No prefácio, o autor detona “Muita gente detesta ser coberto pela sombra dos mortos ilustres, e a sombra póstuma do capitão de Estado-Maior do Exército, bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas, deputado estadual, inaugurador da República no Amazonas, governador duas vezes, sempre obscurecia a epifania mal-concertada de quantos o sucederam na emulação...”. Irei ler a obra no decorrer da semana, depois publicarei uma resenha.

sábado, 27 de junho de 2009

FILHOS DO AMANHÃ - A SABEDORIA NÃO ENVELHECE

OS FILHOS DO AMANHÃ (A SABEDORIA NÃO ENVELHECE)

Será? Como será?
Viver neste mundo sem água
Sem o ar sem poder respirar
Verá que a impureza lançada nos rios
Vai regar a tristeza e a dor
O que será? O que será?
Da terra mudar
O conceito do homem
Modera o desejo da fera
Olha os filhos do amanhã
A natureza é o encanto da vida
Traz poesia pro meu povo cantar
Como será? Onde será? Quando será?
Liberta meu povo
Um mundo novo
Esperança de mudar
Porque o amor
É um sentimento belo
Na natureza faz amar os animais
Meu Boi Garantido
Será sempre o amor mais bonito
Garantido meu boi
Meu brinquedo de amar
Meu Boi Garantido é amor mais bonito
Meu Boi Garantido será sempre
O amor mais bonito
Garantido meu boi
Meu brinquedo de amar

Paulinho Du Sagrado
CD Garantido 2009 "Emoção"

sexta-feira, 26 de junho de 2009

FUSQUINHA - MEU ETERNO AMOR!

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Comecei a paquerar o meu fusca no ano de 1976, consegui casar em 1979 e, separei em 1989, foram 10 anos de uma bela convivência.

Trabalhei na empresa chamada “Importadora Souza Arnaud”, situada na Rua Marechal Deodoro, centro de Manaus; o fusquinha da minha paixão pertencia a minha colega de trabalho Conceição Kramer; era da safra de 75; depois foi vendido para outro colega de trabalho, o contador José Antonio e, em 79 consegui comprá-lo, sendo uma parte à vista e outra financiada pelo Banco Safra, penei muito para pagar as prestações, por isso passei a chamá-lo de “Suado”.

A placa ZD-1307 serviu de inspiração para um vizinho ganhar uma vez a milhar no jogo do bicho. Foi uma década de grandes emoções a bordo do meu fusquinha; quando era solteiro fui dezenas de vezes para os lupanares “Saramandaia” e “Iracema”, se o deixasse no piloto automático, com certeza iria direto para o bordel!

Trabalhava durante o dia e estuda a noite, serviu de condução para ir e vir da faculdade; namorei nos seus bancos; fui de Paletó e Gravata para o meu casamento, na Igreja de São Sebastião; fui de Beca para a minha formatura, no Teatro Amazonas; levava os meus filhos para passear nos finais de semana e tomar banho no Tarumã e na Ponte da Bolívia.

Na vida real de marido e mulher, as dificuldades financeiras atrapalham o relacionamento do casal; e o meu com o fusquinha foi inegavelmente afetado, não podia mais cuidar da sua aparência física e dos seus órgãos vitais - o motor e a caixa de marcha – fui obrigado a vendê-lo para o meu compadre Acácio, que o recuperou totalmente, trocaram até o numero da placa, em decorrência da inclusão de mais uma letra na sua composição; depois vendeu para um sujeito desconhecido e sumiu da minha vista.

Não sei se ainda roda ou se foi parar no cemitério dos carros, qualquer um dia desses irei contratar um detetive para desvendar o seu paradeiro.

Certa vez, fiquei muito emocionado, com o reencontro do Fusca JWJ-7694 com o seu primeiro amor, o médico Rogelio Casado, no Largo de São Sebastião, fiz até uma curta de 1 minuto.

Estou com muitas saudades do meu fusquinha! Quem sabe num belo dia, ainda poderemos reatar o nosso casamento e curtirmos juntos a nossa aposentadoria, dando umas voltas pela nossa Manaus Antiga, estacionado uma vez e outra no Bar do Armando, para tomar uma cerveja, saborear um pernil e ouvir jazz de vinil na vitrola 3 em 1 do portuga, por sinal, outro apaixonado pelo seu Fusca azul celestial.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O PROSAMIN E AS CASAS DA SETE

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O Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus, o famoso Prosamin, está concluindo as "obras", entre as duas primeiras pontes da Sete de Setembro; a área é imensa, vai até a beira da Manaus Moderna, no entanto, os “engenheiros” resolveram demolir “As Casas da Sete de Setembro”, famosas por serem as primeiras a passarem pelo processo de revitalização, com a coordenação do pesquisador Otoni Mesquita. Várias delas já foram para o chão, dizem que ficarão em pé somente a Vila Ninita, o Centro Cultural Palácio Rio Negro e a Fachada de um casa antiga (pertenceu ao pais do ex-prefeito Manoel Ribeiro), o local será destinado a um estacionamento. Que loucura é essa? Derrubar o nosso patrimônio histórico para dar lugar a estacionamentos de automóveis! O governador Eduardo Braga, falou em uma emissora de rádio local que, o projeto já retirou 20 mil casas que ficavam dentro dos rios da cidade de Manaus, caso não tivesse tomado essas providências, com a enchente desse ano, iria aconteçer uma grande catástrofe. Engraçado, os meus pais moraram em uma Casa Flutuante, no Igarapé de Manaus e, conseguiram superar tranquilamente a enchente de 1953. Na época, os ribeirinhos conviviam numa boa com as enchentes e vazantes, não moravam em “palafitas”. As “cabeças pensantes” de Manaus, resolveram construir a “Manaus Moderna”, fizeram barragem, impedindo a entrada das águas do Rio Negro, os igarapés ficaram em eterna vazante, as pessoas de menor poder aquisitivo resolverem fazer as suas casas, substituindo os flutuantes por palafitas, o local ficou totalmente degradado, depois surgiu o “salvador da pátria” – O PROSAMIN! O projeto anterior, consistia em retirar os moradadores do meio do rio, revitalizar o local, deixar os igarapés com o fluxo normal de enchente/vazante, ou seja, conservar a “Veneza dos Trópicos”, como foi outrora. O “SóPraMim” conservou as barragens, retirou todos os casebres, casas de alvenaria e mansões que ficavam nas margens, aterrou os igarapés, fez praças, conjuntos habitacionais e o escambau a quatro! Vamos rezar para que um dia a fúria do Rio Negro, não derrube as barragens da Manaus Moderna, para voltar a encher os igarapés de Manaus, espero que isso nunca aconteça, pois ai sim, haveria uma grande catastrófe; mas a mãe natureza primeiro dá o sinal, não respeitou, o troco virá com certeza!

terça-feira, 23 de junho de 2009

IGREJA DE SÃO SEBASTIÃO

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Aos doze anos de idade fui morar na Rua Tapajós; deixei de frequentar a Igreja Nossa Senhora da Conceição e, passei a ir a Igreja de São Sebastião, em decorrência de ficar na Rua Dez de Julho, bem próxima da minha nova residência. Participei da Juventude Franciscana de Manaus – JUFRAMA, sob o comando do Frei Fulgêncio Monacelli; as nossas reuniões aconteciam no Teatro Juvenil (hoje é uma faculdade da Uninorte). Olha ela aí de novo gente!
Na igreja de São Sebastião fui batizado, fiz a primeira comunhão, crisma e o casório no católico. Participava ativamente das atividades culturais, esportivas e dos eventos religiosos. De fato, eu era um católico, apostólico e romano!
Sempre achei a minha igreja muito bonita, segundo os historiadores a igreja foi construída sob a direção de Gesualdo Marchetti de Lucas, em 1888, tem estilo neoclássico, com alguns elementos medievalistas, seu interior é marcado por painéis e vitrais europeus, bem ao estilo da época. Intactas, as pinturas que cobrem o teto até o altar, incluindo a cúpula e as paredes, trazidas da Itália e afixadas no local, são de autoria de Silvio Centofanti, Francisco Campanella e Ballerini. A maior delas, pintada por Ballerini, no teto, logo à entrada, mostra o martírio de São Sebastião; a base da cúpula retrata os quatro evangelistas; e a própria cúpula a "Glória do Céu", com oito anjos. A fachada da Igreja São Sebastião tem somente um sineiro - o segundo jamais foi construído, alguns afirmam que o mestre de obras teria fugido com o dinheiro destinado à construção. Desde sua fundação, a Igreja pertence aos padres Capuchinhos.
Para conhecer mais a igreja, irei pesquisar o livro "História da Igreja de São Sebastião", editado em 1999, do saudoso Mário Ypiranga Monteiro.

domingo, 21 de junho de 2009

PRAIAS DA PONTA NEGRA E DA LUA / COMUNIDADES NOSSA SENHORA DE FÁTIMA E LIVRAMENTO

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O verão amazônico começou para valer. Sol a pino, a pedida foi ir à Ponta Negra, estava apinhado de gente; resolvi ir mais longe, peguei um barco “a jato”, na Marina do David, fica atrás do Tropical Hotel, o preço é de oito reais (ida e volta); passei pela Praia da Lua, com a cheia do Rio Negro, a praia está tomada totalmente pelas águas, sem chance! Segui para a Comunidade do Livramento, antes do destino final, o barco parou na Comunidade Nossa Senhora de Fátima. Encontrei um grupo de estudantes da Uninorte; estavam fazendo um trabalho de campo, com a supervisão da professora Kasmin. Conversei com várias pessoas do lugar, tirei fotos, tomei banho de rio, almocei jaraqui frito com baião de dois, passei no campo da Oca e, assisti ao jogo de futebol entre os comunitários. O barco retornou às duas da tarde, voltei para a Ponta Negra, deu para assistir o primeiro tempo do jogo Brasil X Itália, show de bola! Os moradores de Manaus precisam freqüentar mais esses lugares, fica tão próximo da cidade, o passeio é uma beleza, natureza pura! Aproveitem o verão!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

MANIFESTO PELA REABERTURA DO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA

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O vereador Mário Frota, lançou um manifesto em prol da revitalização e reabertura da Santa Casa, segundo o edil “construída há 124 anos para prestar bons serviços de saúde ao nosso povo, a Santa Casa de Misericórdia encontra-se hoje de portas fechadas, abandonada, absolutamente esquecida pelo poder público, uma vergonha, levando-se em conta a ausência de hospitais para atender aos que, nesta terra, tem necessidade de assistência-hospitalar. O governo do estado, incentivador de tantos segmentos culturais e esportivos, que constrói uma ponte ligando as margens do Rio Negro, ao preço de R$ 600 milhões, será que não dispõe de R$ 18 milhões para salvar a Santa Casa? O que é mais barato, construir um novo hospital, ou revitalizar essa grande casa que tem a cara de Manaus? Qualquer pessoa medianamente inteligente sabe que a segunda opção é indiscutivelmente mais barato para o bolso do contribuinte...”


O prédio da Santa Casa de Misericórdia de Manaus, data do ano de 1880. Durante longas décadas serviu ao povo amazonense. Segundo o articulista Ribamar Bessa, do jornal Diário do Amazonas, não foram encontradas nenhuma documentação anterior ao ano de 1950, ou seja, não conhecemos a sua história na totalidade. A Santa Casa, foi o local em que eu nasci, incluindo todos os meus irmãos, meu filho mais velho e, praticamente todos os manauenses que vieram ao mundo até a década de 80. Tenho um afilhado, o Jair Tupinanbá, no dia em que ele rompeu a bolsa da sua mãe, fui levá-la a pé até o hospital, resolveu dar o ar da graça bem em frente ao Ideal Clube, passei por uma situação muito difícil; por fim conseguimos chegar até o hospital; estava lotado, não teve jeito, o menino nasceu nos corredores.

No próximo dia 20/06/2009 (sábado) às 09h00, na esquina das Avenidas Eduardo Ribeiro e Sete de Setembro, acontecerá uma MANIFESTAÇÃO PÚBLICA e onde será coletados 100.000 assinaturas em um abaixo assinado.

FESTIVAL FOLCLÓRICO DE PARINTINS

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O grande Festival Folclórico de Parintins, será realizado no período de 25 a 28 de junho, apesar da cheia dos rios da Amazônia, aconselha-se não levar carros ou motos, a pedida será o Jetsky, para trafegar nas ruas alagadas da ilha Tupinambarana.

Por falar em cheia, o Rio Negro já alcançou a marca de 29,56 metros, faltando apenas 13 centímetros para alcançar a marca de 1953; para se ter uma idéia, as águas já chegaram ao centro antigo de Manaus, começou a alagação da cidade.

Voltando aos bois - no dia 25 será realizada a Festa dos Visitantes, tendo como atração nacional o Neguinho da Beija-Flor e a banda baiana Cheiro de Amor, com a vocalista Alinne Rosa, animando a festa com o seu charme e bela voz. As atrações da terra ficarão por conta da velha guarda do Garantido e Caprichoso e David Assayag e Edílson Santana.

De Manaus, você pode chegar a Parintins de 02 maneiras: de "asa dura" ou de "bubuia". O povo parintinense utiliza essas duas expressões para identificar os principais meios para chegar à ilha: o avião e o barco. Estou pensando em dar um pulo até a ilha! Parintins fica a 369 quilômetros de Manaus, a viagem de barco regional dura em torno de 16 horas, existe a opção de ir de ônibus até a cidade de Itapiranga, viagem de 4 horas, depois pegar um barco expresso, conhecido por “super ajato”, mais 4 horas de viagem, curtindo as belezas do Rio Amazonas até a ilha encantada. Com a grande dimensão da Amazônia, as viagens são contadas por dias, existem municípios que duram até 15 dias, são as chamadas viagens da fome, acabam todos os mantimentos no trajeto; dezesseis horas de viagem para Parintins é realmente apenas um pulo.

O jornal “Diário do Amazonas” está distribuindo os CD´s do Bois de Parintins; hoje recebi o “Garantido 2009 – EMOÇÃO”, com as seguintes faixas: Emoção Garantido, Sou Garantido, Identidade Encarnada, Vermelho Universal, Mar de Emoção, Tambores da Evolução, Filhos do Amanhã, Menina Apaixonada, Garantido Rei, Canto do Sonho Fantasia, Brinquedo da Emoção, Orquestra Amazônica e a Ópera da Terra, A Cor da Criação, Baiás do Circulo Sagrado, Karajá, O Povo das Águas, Ritual Dení, Kambô, Aldeia Global, Gigante Amazonas e Raça Encantada. No próximo domingo será a vez do meu Caprichoso, com o CD “Caprichoso 209 - Amazonas Onde o Verde Encontra o Azul”, com as faixas Elo Azul, Apogeu Azul, Boi de Parintins, Raça Azul, Grito da Galera, Deusa das Lendas, a Verdadeira Emoção, Tempo de Borboleta, Meu Amazonas, Artesão Parintinense, Wayuri-Kaua, Eu sou a Lenda, Aningal, Ritualística Apurinã, Ritual Mayuruna, Aldeia Subterrânea e Pachamama.

As manifestações da cultura do boi-bumbá e do bumba meu boi floresceram em todas as regiões do Brasil, e ainda persistem em muitos lugares, como no Maranhão e em Parintins. Na Ilha Tupinambarana, o boi-bumbá absorveu influências diversas e se desenvolveu de forma única.

Vamos lá gente!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

BOI DE PANO DE MANAUS (REPLAY)

Ao ouvir a canção “Garrote de Ouro”, umas das faixas do CD “O Lago das 7 Ilhas”, do músico amazonense Antônio Pereira, lembrei dos nossos boizinhos de pano. A cidade de Manaus nas décadas de 50, 60 e 70, possuía uma grande variedade de bois; a brincadeira era muito apreciada pela população. Os principais eram: Corre-Campo (São Francisco), Malhado (Praça 14), Mina de Ouro (não sei o bairro ), Tira Prosa (Santa Luzia), Campineiro (Glória), Luz de Guerra (Matinha), Brinco de Ouro (também não sei ), Rica Prenda (Praça 14) e Caprichoso (Praça 14).A brincadeira era formada pelo Boi de Pano, Batucada do Boi (os surdos eram de couro de jibóia), Amo do Boi, Rapazes, Brincantes, Vaqueiros, Miolo do Boi, Índios, Pajé, Padre, Mãe Catirina e Pai Francisco. As apresentações eram feitos nos Currais, lugar de origem dos bois e, no Campo do General Osório e posteriormente na Bola da Suframa (Distrito Industrial), estes locais serviam para apresentação oficial, concorrendo aos prêmios do festival.Lembro de um causo, narrado pelo compositor Afonso Toscano, foi mais ou menos assim: o miolo do boi do Garrote Luz de Guerra, do saudoso Maranhão, era um negão que trabalhava nos Correios, considerado o melhor de pedaço; num belo sábado quente de Manaus, “secou” todos os botecos da Matinha, não se aguentava em pé, imaginem dançar embaixo do boi! Naquele dia, o boi iria se apresentar na Bola da Suframa, o miolo foi tratado com bastante água de coco, sucos, banhos de cacimba, sono reparador e Sal de Fruta Eno; melhorou bastante, dava para o gasto. Toda a turma foi à pé para o festival; no caminho, o negão começou a tomar umas batidas de maracujá, não deu outra: voltou o porre. Quando chegaram no local da apresentação, estava no palco o grupo folclórico "Tribo dos Andirás"; o miolo aproveitou o tempo de espera para tomar mais uns goles.O Paulo Gilberto, eterno apresentador do festival, fez a chamada: EEE aaagoora com vooocês, é ele, é ele, é elê, ooo Gaarrrrooote Luuuuzzz de Gueeeerrrra! Fogos estourando, a noite virando dia, tambores rufando e a galera delirando! Todos os componentes subiram a rampa do Tablado, que era feito de madeira, na forma cilíndrica e com três metros de altura; o miolo foi ajudado pelos colegas, ficou bem no meio da arena, não conseguiu manter o boi em pé, resolveu dormir embaixo do boi, em plena apresentação. O Amo do Boi foi acordá-lo - deu umas bicudas no boi e gritou: - Acorda negão, acorda negão! Movimenta! Gira! Dança! Porra! Faz alguma coisa caralho! O negão se levantou, girou com o boi e correu direto, passou do Tablado, voou uns três metros e meio, foi direto para o chão! Foi "caco" de boi e do negão para todos os lados! Passou a ser chamado de “O Primeiro Boi Voador de Manaus!”O Brilhante (São José), Garanhão (Educandos) e Corre-Campo (São Francisco) aderiram a “batida” e a megalomania dos bois de Parintins; disputam, atualmente, na arena do Centro Cultural dos Povos da Amazônia. Saudades dos boizinhos de pano de Manaus, do Estádio General Osório e do Tablado da Bola da Suframa!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

PAPO INTERNAUTA SOBRE MANAUS

de: Leonardo Nunes Nunes nunes.dallas@gmail.com
para: José Martins Rocha jmsblogdorocha@gmail.com


Olá!
Eu estava olhando o teu blog sobre a Amazônia, sobre Manaus, e vi a foto da Praça Oswaldo Cruz de 1920.
Tenho uma pergunta a fazer. Como eu não moro em Manaus, nunca fui (por não ter dinheiro, infelizmente - mas gostaria de ir), queria saber se ainda existe essa praça ou se modificaram o nome dela.
Até mais ver
Leonardo N.

Olá Leonardo!
A foto de 1920 foi publicada para mostrar a Manaus antiga. Infelizmente, grande parte do patrimônio histórico, construída com o sangue dos seringueiros, foi destruída pelos governantes e por muitos manauenses. Manaus era considerada a "Paris dos Trópicos". Hoje restam poucas coisas; estamos revitalizando uma parte. Com a copa de 2014 será feito um trabalho de revitalização total da Manaus Antiga, vamos aguardar!
Um abraço,
José Martins Rocha

Opa! Revitalização TOTAL? Olha, além do pessoal de Manaus, será um orgulho (se esse projeto der certo, se esse projeto for cem por cento colocado em prática, se esse projeto não for desviado financeiramente uma parte para os bolsos de alguns governantes...) para todo o brasileiro.
Afinal, como eu não conheço a fundo a história, Manaus (assim como a Amazônia em sua proporção) ainda tem importância, e é questão de identidade.
Eu só torço que governantes injustos, inescrupulosos e sem-vergonhas não lancem mão da verba necessária para esse projeto.
Apenas uma questão fica no ar: por qual motivo esses "muitos" manauenses "destruíram" o patrimônio histórico? Não faz sentido. É como cuspir no prato em que se come. Quanto aos governantes, já imagino qual o motivo.
De todo modo, desejo sorte para os que estiverem engajados nesse projeto. Sorte para os manauenses, que poderão ter de volta todo o "ouro" perdido. "Paris dos Trópicos". Um título orgulhoso por demais, não é?
Leonardo N.

Olá Leonardo!
Os escândalos estão pipocando todo dia; poucos governantes passam na peneira, dessa forma, não tem como afirmar que parte desses recursos não serão desviados.
Com relação à destruição do patrimônio público, cito os manauenses (não é cuspir no próprio prato, não!), vejamos apenas três exemplos:
1. Com a derrocada da borracha, muitos seringalistas faliram, abandonaram os seus imóveis, deixaram a mercê da intempérie;
2. Os herdeiros não cuidaram da conservação dos seus imóveis, uma grande maioria ruiu;
3. Com o advento da Zona Franca de Manaus, houve uma valorização muito grande dos imóveis do centro antigo de Manaus. Os casarões foram divididos em inúmeros cubículos, foi promovida uma grande descaracterização das fachadas;
O nosso blog foi criado exatamente para mostrar fotos da Manaus antiga e contemporânea, com o intuito de despertar nas pessoas o respeito ao patrimônio público.
Algumas ações foram feitas, por parte do governo estadual e municipal, com revitalização de praças, largos, igrejas, prédios públicos e residências, mas foi pouco, faltava sempre vontade política e verbas; agora com a eleição de Manaus para ser a subsede da Copa de 2014, tudo será diferente, assim espero!
A "Paris dos Trópicos" era chamada a Manaus do início do século passado, na conhecida "belle époque" - em decorrência ser uma das primeiras cidades do país a possuir bondes, luz elétrica, telefone, faculdade de Direito, teatros, rede de água e esgotos, porto, cinemas e construções no estilo arte nouveau - observa a foto anexada. No nosso blog foi postada uma foto, tipo colagem (100 fotos), denominada "Manaus antiga 100%", para ter uma idéia da nossa cidade no passado..
José Martins Rocha


Com esses três tópicos está mais do que explicado. Qualquer dúvida que eu tinha, já sumiu. De certa forma, não errei muito. É questão de identidade. Ou a derrocada da borracha, ou o precário cuidado dos herdeiros, ou a questão da descaracterização das fachadas (e, embora tenha valorizado descaracterização dos prédios, também). Tudo isso serviu para que hoje a Manaus esteja da forma de como está.
Eu só torço que dê tudo certo. Que volte aos tempos áureos, com a graça que Manaus jamais deveria 'perder'.
Acho que você tem condições de me responder: se na época a Praça Oswaldo Cruz era uma das principais (ou a principal), qual praça hoje tem mais importância?
Eu pergunto isso por saber que (geralmente, embora não em todos os casos) são nas praças em que é retratado a beleza da cidade, toda sua história em monumentos, etc.
Olha, a "Paris dos Trópicos" foi ali atrás, um século (em termos de tempo, muito próximo mesmo), eu acho que a "belle époque" pode muito bem ser recuperada, desde que seja feito um projeto sério. Também tem a questão do empenho dos manauenses; espero que o pessoal esteja defendendo essa idéia com unhas e dentes.
Boa sorte aí. Daqui, pode ter certeza, tem alguém que está torcendo que tudo seja feito nos "trinques".
Até mais

Olá Leonardo
A Praça Oswaldo Cruz era o cartão postal de Manaus. Existiam outras praças, todas bem cuidadas, com especial atenção para a Praça da Saudade, Praça do Congresso, Praça de São Sebastião e Praça Heliodoro Balby.
A Praça Oswaldo Cruz virou um terminal de ônibus, uma pequena parte do que restou está em processo de revitalização, com a recuperação de um belo chafariz (fabricado em Glasgow).
A Praça de São Sebastião é atualmente o nosso cartão postal, faz parte do Largo de São Sebastião, composto do Teatro Amazonas, Igreja de São Sebastião, Palácio de Justiça, casarios antigos (todos recuperados).
A Praça Heliodoro Balby voltou a brilhar, está uma beleza, foi revitalizada juntamente com o Palacete Provincial.
A Praça do Congresso está abandonada, porém é a preferida pela turma do Rock e Skate, dos estudantes do IEA e do Colégio Benjamim Constant, além de servir de dormitórios para os mendigos.
A Praça da Saudade está fechada para reformas, voltará a ser o que foi antigamente.
Para finalizar, peço autorização do amigo para publicar no nosso blog está papo sobre o nosso patrimônio histórico.
Um abraço,
José Martins Rocha

Obrigado pelas informações, muito pertinentes.
Apesar de eu não conhecer pessoalmente Manaus (e acho que será muito difícil isso acontecer, sou e estou incapaz financeiramente de viajar), posso agora dizer que conheço Manaus através de suas informações.
Agradeço.
Autorizo, sim. Será um prazer aparecer no teu blog, mas não sei se tenho tanta importância para isso. Realmente interesso-me pela história de cidades importantes no Brasil, sobre a Amazônia (talvez a maior riqueza do Brasil), interesso-me bastante sobre Manaus por já ter tido uma (vaga) idéia de como no passado ela era considerada, e também por nada saber, até o contato contigo, como Manaus está.
Eu torço que o patrimônio seja recuperado tão logo possível, e que seja conservado!
Fico por aqui.
Até mais ver -
Leonardo N.
(Sou gaúcho, formado em administração de empresas, mas desempregado, e também sou escritor - semiprofissional; tenho 25 anos de idade).

terça-feira, 16 de junho de 2009

O SOLAR DOS BRINGEL EM MANAUS.


Ficava na Rua Huascar de Figueiredo, nº.1191, na esquina com a Rua Igarapé de Manaus, centro. O imóvel pertencia ao Sr. João Bringel (1894 – 1987) e Sra. Maria Macedo Bringel (1906 – 1992).

O imóvel era belíssimo, cercado de jardins e de um grande pomar (goiabeiras, mangueiras, abacateiros, limoeiros, abieiros, saputilheiras e coqueiros); com a permissão dos donos, a minha avó Lídia Pires plantou um pé de Mangueira e, com os devidos cuidados, tornou-se frondosa e deu frutos durantes décadas. 


Este lugar permanece vivo na minha memória, pois foi onde passei a minha infância e adolescência - nos porões da residência funcionava a Oficina de Violões, do meu saudoso pai Rochinha.

O Sr. João e a Dona Mariazinha tiveram uma grande prole, lembro do Aurélio, Norma, Mário Jorge, Maury, Mauro, Renato (Pingo), Antonia (Antonina) e Dea, além dos netos Betinha, Titá e Miroco. 


Os filhos herdaram dos pais uma grande formosura, bem como, o gosto pela música e pelos estudos, foram também brilhantes executivos na área bancária e comercial. O meu pai considerava os Bringel a sua segunda família, conviveram juntos durante 30 anos.


Na aposentadoria, o meu pai gostava de passear pela Rua Igarapé de Manaus, para conversar com os antigos vizinhos, bem como, para admirar e matar a saudade da residência dos Bringel. 


Num certo dia, deparou com os escombros do imóvel, falou tristemente o seguinte: - Zezinho, meu filho, vamos embora, acabaram com a nossa memória! Nunca mais voltou ao lugar.

Após o falecimento dos pais, os herdeiros do imóvel resolveram vende-lo, o comprador foi a Universidade do Norte – Uninorte (destruidora dos imóveis antigos de Manaus) - não deu outra, a bela casa foi para o chão, virou simplesmente um estacionamento dos veículos dos seus alunos.

O tempo passa, o tempo voa, mas as lembranças ficam! A residência dos Bringel não existe mais no plano físico, porém ficará guardada num cantinho da minha memória.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

AMARELINHO - BAIRRO DO EDUCANDOS

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O bairro de Educandos é margeado pelo Rio Negro e emoldurado pelo calçadão batizado de Amarelinho, ponto turístico do bairro.

Lá encontramos diversos bares, com a apresentação da Quarta Cultural, o famoso restaurante Panorama e o Cural do boi-bumbá Garanhão. A Vista é uma beleza, falta somente uma guaribada no local. Na vazante, surge toda faceira a praia do Amarelinho, também é uma boa opção de lazer, oferecendo uma vista imperdível do Rio Negro.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

AVE MARIA

Ave Maria à moda da casa

Ave Maria, Gratia plena!
Ave Maria dos mutilados, enganados
iludidos
Ave Maria do povo humilde
pobre sofrido
Ave Maria dos desNUTRIDOS
FAvelados
Ave Maria dos mal vestidos
esfomeados
desvalidos
Ave Maria do coro imenso
cheira incenso, reza missa
brada alto, pede clemência
Ave Maria, Cheia de Graça
quanta desgraça há neste circo
quanta falácia do diplomata que
nos comanda do picadeiro
Ave Maria do mundo inteiro
Ave Maria do estrangeiro
anistiado
exilado
brasileiro
Ave Maria, Cheia de Graça,
bendito é o fruto, virgem bendita
Ave Maria do povo astuto
do povo artista equilibrando na corda
bamba que o poder dita
Ave Maria, Cheia de Graça
Gratia Plena
Quanta pirraça sofre este povo
Quanta falácia do diplomata
de punho firme
de voz amena
rosto suave
nos comandando de
grande ARENA

Poema: Joao Bosco Seabra da Silva

COLÉGIO BARÃO DO RIO BRANCO - MANAUS

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Assim como ninguém esquece da primeira namorada, o primeiro beijo, a primeira “zagaiada”, também não esquecemos do primeiro colégio. O meu foi o Colégio Barão do Rio Branco, localizado na Avenida Joaquim Nabuco, no. 1152, centro, em Manaus.
O nome do colégio deu-se em homenagem a José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, nasceu no Rio de Janeiro em 20 de abril de 1845, foi diplomata , Ministro de Estado, geografo e historiador brasileiro.
Sua maior contribuição ao país foi a consolidação das fronteiras brasileiras, em especial por meio de processos de arbitramento ou de negociações bilaterais, dos quais se destacam três questões de fronteiras: Amapá, Palmas e Acre.
A minha avó Lídia Pires, era a encarregada dos assuntos educacionais; fez a minha matrícula no “A” Forte, apesar de ainda não saber ler e escrever. Lembro da professora Genoveva, portuguesa dos olhos azuis, mandou a turma fazer uma cópia do que estava escrito na lousa, como não sabia ler, pedi ajuda ao colega Nascimento, o cara era canhoto, pegou o meu caderno virou de ponta cabeça e mandou ver. Fiquei feliz da vida, levei para professora, ela me detonou: – Faz outra cópia, esta não serve, você fez de cabeça para baixo! Levei um ralho daqueles!
O choro foi inevitável, fui transferido para o “Alfa”; achei uma moleza cobrir o abcedário! Sou daquela época da palmatória, do castigo, da alfabetização e do A e B fraco/forte, além da prova de admissão para o ensino médio. A merenda era o famoso “leite de posto”, feito de soja, não entrava nem com nojo; o jeito era levar a lancheira, com sanduíche de pão com pão ou bolacha da Padaria Modelo e Kisuk.
Um dos alunos mais ilustre do colégio, foi o saudoso senador Jéferson Péres. Um leitor do nosso blog mandou o seguinte e-mail: Eu também estudei aqui. Foram minhas professoras: Rosa Maria Oliveira Leão, Maria de Lurdes Bandeira, e a tão importante dona Rita que fazia a merenda. Onde estarão os colegas de escola, muitos dos quais ainda lembro os nomes completos?
Segundo os historiadores, a Avenida Joaquim Nabuco, era um dos lugares mais bonitos de Manaus. Infelizmente, os governantes e o próprio povo manauense não tiverem a sensibilidade para conservar o seu patrimônio histórico. Para os senhores terem uma idéia da destruição, somente a Uninorte, para fazer as suas faculdades, derrubou dezenas de prédios antigos, no trecho entre as Ruas Huascar de Figueiredo e Ramos Ferreira, todos com autorização do poder publico.
Restou apenas uma pequena amostra do que foi a Manaus chamada “Paris dos Trópicos”, ainda bem que ficou conservado uma casa de um seringalista, onde hoje é o nosso querido e amado Colégio Barão do Rio Branco.




MANAUS & SUA GENTE

terça-feira, 9 de junho de 2009

FESTA DE SANTO ANTONIO DE BORBA - 1 A 13 DE JUNHO

A Cidade de Borba, interior do Estado do Amazonas, distante 155 km da capital, realiza no período de 1º a 13 de junho, a festa religiosa em homenagem ao padroeiro Santo Antônio, que existe há mais de 200 anos.A festa de Santo Antônio de Borba já é considerada uma das maiores festas religiosas do Estado do Amazonas, atraindo milhares de romeiros todos os anos. Para este ano são esperadas cerca de 40 mil pessoas.
A programação conta com procissão, trezena, missas, além de homenagens ao Santo e arraial com bingos, prendas e venda de comidas regionais e várias iguarias.

PROGRAMAÇÃO:
1. Programa Religioso
- 24/05, depois da Missa das Crianças, a imagem de Santo Antonio visitará a comunidade de Acará.
Resp. Sr. Luiz Graça, Sr. Roberto Oliveira e Sr. Cassiano.
- 01/06 CANOA DE ENTRADA - Resp. Sr. Antonio José Muniz Cavalcante.
- De 01 a 12/06, Trezena em honra de Santo Antonio, como se faz em Borba a mais de 253 anos, às 18:30 horas.
- Celebração da Missa às 06:30 e 19:00 horas. Nos domingos 07/06 e 14/06 às 07:30 e 19:00 horas, no dia 13 às 08:00 e às 14:30 horas.
- BATISMO: Nos dias 07 a 12/06. No dia 13/06 não haverá batismo. Obs: Os interessados devem trazer registro de nascimento e transferência da Paróquia de residência.
- CASAMENTO: Os noivos devem trazer documentos pessoais e a transferência da própria Paróquia. Procure o Padre tão logo cheque a Borba.
- PROCISSÃO DE SANTO ANTONIO: Trezena e bênção do Santíssimo: dia 13, as 16:30 horas.

2. Programa Cultural
01 a 13/06 arraial de Santo Antonio, Praça da Basílica.
- JUIZES DA FESTA: Sr. Antonio José Muniz Cavalcante e Dra. Luciana Herculano Cattebeke Cavalcante, *Sr. Alcy Hagge Cavalcante e Sra. Edméa Cavalcante, * Sr. Antonio Mardson de Paula e Sra. Isabel Lima de Paula, *Sr. Raimundo P. Valente e Sr. Zeneuda, *Sr. Paulo Batista da Silva, *Sr. Mailton Lopes.
- JUIZES DE ENTRADA: Sr. Antonio José Muniz Cavalcante, Sr. Francisco G. Medeiros, Sr. Gracy Graça e Sra. Conceição Maciel, Sr. Oziel Mustafa dos Santos.
- JUIZES DE PROMESSA: Sra. Geny Souza, Sr. Sebastião Pantoja, Sra. Petty de Paula, Sr. Sebastião Barroso.
- AGRADECIMENTOS: A Dom Frei José Afonso Ribeiro, T.O.R., Irmã Vilma Padilha e a todos os Grupos, Movimentos, Pastorais e Benfeitores, que voluntariamente ajudam para maior êxito e brilho da Festa. Nosso muito obrigado.
- HOMENAGEM PÓSTUMA: Ana Guteres Pantoja, João Paulino da Palma, Julite Brasil Fadoul.
COORDENADORES DOS FESTEJOS - CONSELHO ECONÔMICO

3. NOITÁRIOS
01 DE JUNHO - SEGUNDA-FEIRA
Tema: Caminhar com Santo Antonio sendo discípulos e missionários. Apostolado da Oração, Escola Municipal Vivina Cantalice, Moto-taxistas, Bairros: São Sebastião e São José Comercial Almeida, Moradores da Trav. Getulio Vargas, Borba Loteria.
02 DE JUNHO - TERÇA-FEIRA
Tema: Buscar a paz por meio da justiça, com amor e perdão. Pastorais: da Criança, Círculo Bíblico, Catequese, Juventude, Visitação, Infância, Adolecência e Juventude Missionária, Ministério da Música; Moradores da Rua 13 de Maio, Trav. Santo Antonio, Posto Rio Madeira; Restaurantes: Uirapuru, Beira Mar, Bons Amigos; Sapataria Passo a Passo.
03 DE JUNHO - QUARTA-FEIRA
Tema: Construir um mundo de paz. Os Santos foram homens de paz. Escola Municipal São Miguel Arcanjo, Escola Estadual Prof. Lourenço R. da Motta, Sen. Álvaro Maia; Moradores da Rua Cônego Bento, Floriano Peixoto.
04 DE JUNHO - QUINTA-FEIRA
Tema: São Paulo ouviu Cristo e mudou de caminho. Converteu-se. Escola Municipal Dr. Auzier Moreira, Moradores da Rua Marechal Deodoro, Av. 7 de Setembro, Sorveterias, Padarias, Cartório Eleitoral, Colônia dos Pescadores Z-26.
05 DE JUNHO - SEXTA-FEIRA
Tema: Ardor Apostólico de Paulo como discípulo e missionário. Esc. Est. Benedito Gumercindo de Souza, Centro Maternal Infantil: Cidade da Crianças; Moradores da Rua Silvério Nery, Constantino Néri, José Muniz de Castro; Loja Maçônica, Supermercado Samily
06 DE JUNHO - SÁBADO
Tema: Maria, Mãe Missionária, caminheira com o seu povo. Esc. Munic. Dr. Adelino Costa, Marly de Castro Maciel, Bradesco, B. Brasil, Moradores da Rua Coronel Pedro de Souza, Comercial AM de Paula, CM Supermercado
07 DE JUNHO - DOMINGO
Tema: A missão da família. Esc. Munic. Alcides Brandão de Sá, Hotéis, Supermercado e Distrib. Lana`s Bella, Irmandade N.Sra. do Perpétuo Socorro, Moradores da Rua Efigênio Sales Metalúrgicas, Tenda dos Milagres, Dizimistas, Marcenarias.
08 DE JUNHO - SEGUNDA-FEIRA
Tema: A catequese e a palavra de Deus. Esc. Est. Monsenhor Coutinho, Unidade Hospitalar de Borba, Farmácias, Comercial Lobo, Feirantes, Cristo Rei e Comunidades, Açougue Santo Antonio, Moradores da Rua Tupinambá.
09 DE JUNHO - TERÇA-FEIRA
Tema: O Domingo, o dia do Senhor, dia da igreja, dia da Eucaristia. Esc. Est. Balbina Mestrinho, Manaus Energia, IDAM, Comercial Beleza, Supermercado Rodrigo, Superm. Veneza, Comercial Maciel, Comercial du Primo.
10 DE JUNHO - QUARTA-FEIRA
Tema: O pecado, desvio do caminho, confissão: retorno para Deus. Esc. Est. Lothar Sussmann, Câmara Munic. de Borba, Caiari Agro-Industrial, Fáb. de Gelo N. Sra. Aparecida, Mercadinho Mailton Paraíba, Mercadinho D. Lindáuria, JGR Distribuidora. Expresso Manicoré
11 DE JUNHO - QUINTA-FEIRA
Tema: Eucaristia – Vida da igreja. Esc. Est. Cônego Bento, FUNASA, Açougues, Superm. Shalom, 1º Batalhão da Polícia Militar, Fáb. de Gelo “La Barca”.
12 DE JUNHO - SEXTA-FEIRA
Tema: Os compromissos cristãos com a família, igreja e sociedade. Prefeitura Munic. de Borba, Centro Materno Infantil Cidade das Crianças, Secretarias Municipais, Municípios de Manaus, Autazes, Nova Olinda do Norte, Novo Aripuanã, Manicoré, Humaitá, Maués, Urucurituba Itacoatiara, Boa Vista dos Ramos, Parintins, Careiro da Várzea, Lancha Rosa Holanda, Navios Motores: Amazônia Hum, Tio Gracy, Elizabeth I, Sérgio Neto, Dona Célia, Frei Galvão, São Francisco, Cometa Halley, Dona Carlota, Cidade de Manicoré, Vovô Orlando Cidade, R.N, Antonio Alecrim, Mestre João Fonseca, Com. Paiva II, Iate Cardoso, Radiante, Recreios em Geral.
13 DE JUNHO - SÁBADO
Tema: Os desafios do cristão para viver a fé e ser fermento e luz no mundo de hoje. Comércio em Geral, Devotos de Santo Antonio, Promesseiros, Bairro do Recreio, Bairro Bela Vista Distribuidora Santo Antonio, Benfeitores anuais: Luiz Graça, Luiz Buzaglo, Romualdo Maciel e Paraíba, Comercial Medeiros Anônimos, Motores: D. Lindáuria, Cidade de Canindé, D. Flor, Dom Adriano, Seu Raimundo, Mãe Diva, Barão, Gustavo, D. Antonia, Arco Íris, Cidade de Jerusalém, D. Leda, Comunidades Rurais e o Povo em Geral.

Fonte:
Fernanda Galvão - Assessora de Comunicação
http://www.prefeituradeborba.am.gov.br/

segunda-feira, 8 de junho de 2009

PASSEIO NO MUNICÍPIO DE RIO PRETO DA EVA - AMAZONAS

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Neste final de semana estive no Rio Preto da Eva, a convite do meu amigo Manoel Cruz, um dos mais destacados empresários de Manaus do ramo de panificação, leia-se Santarosa Indústria de Panificação.


Viajei em companhia de um amigo e a sua família; saímos de Manaus embaixo de uma grande chuva; na estrada o clima estava ameno, apesar de encontrar um buraco aqui e outro acolá (qual a estrada brasileira que é totalmente um “tapete”?). A paisagem é muito bonita, existem inúmeras residências e fazendas ao longo do caminho, em decorrência da proximidade de Manaus.

Ficamos alojados no Sítio Santa Rosa, uma maravilha! Os familiares do Cruz são muito amáveis. A noite foi de lua cheia, ouvimos bastante musicas da velha guarda, regada a suco de cevada e churrasco ao bafo; comemoramos muito a vitória do Brasil (4X0 no Uruguai). Alguns dormiram em Barracas, preferi “atar a minha rede de dormir”, fez muito frio, inclusive amanheceu com uma forte cerração.

O café da manhã foi um dos melhores dos últimos tempos. Fiz uma caminhada de uns dez quilometros, encontrei um igarapé escondido dentro da mata. Almoçamos churrasco e peixes. Passei rapidamente no principal balneário da cidade, fizemos algumas compras e, partimos de volta para Manaus. Vale a pena conferir o que diz o site www.portalamazonia.globo.com.br:

“o município de Rio Preto da Eva é um dos mais novos do Amazonas, emancipado de Manaus no ano de 1981. Ocupa uma área total de seis mil quilômetros quadrados e uma população em torno de 22 mil habitantes. A cidade desponta como opção de lazer para os manauenses, devido a sua proximidade, cerca de 80 quilômetros. A origem do nome da cidade não deixa dúvida. O Rio Preto da Eva, que banha o município, possui águas escuras e é acessível e navegável apenas para as pequenas embarcações. As águas do Rio Preto da Eva desembocam no Paraná da Eva. Daí o nome Rio Preto da Eva. Opções de lazer: Cachoeiras e balneários fazem a diferença nos dias de calor. A Cachoeira do Soval fica a apenas 27 quilômetros do centro da cidade. Possui quatro metros de altura por oito de largura. Próximo ao local há outras duas cachoeiras, ambas acessíveis por caminhada de cerca de uma hora: Cachoeira do tucumã e Cachoeira Nova. Como ficam em área militar, é necessário uma autorização para visitas. Outra alternativa é o Paraíso do Manu, a cerca de minutos do centro, é o mais bem estruturado, com estacionamento, restaurantes e banheiros. O horário de funcionamento é das 8h às 17h, diariamente. Já o Gonzagão tem a mesma estrutura do Paraíso do Manu, só que menor. O horário de funcionamento também é o mesmo. Outros balneários são: Recanto dos Buritis, na estrada da cidade, às margens do Rio Preto da Eva; Nova Jerusalém; Água Verde, a cerca de 20 minutos do centro, é considerado um dos mais bonitos da região. Serviço Informações: (92) 3328.1225 Como chegar: O acesso é feito pela rodovia AM-010. Os ônibus partem de Manaus diariamente e a duração da viagem é de uma hora. Clima: Equatorial, quente e úmido. Temperatura: 28oC”.

Vamos lá gente! Aconselho o passeio.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

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Sérgio Luiz de Carvalho

No dia 05 de junho como acontece todos os anos estará sendo comemorado o dia mundial do meio ambiente, data extremamente importante para a conservação da natureza. A preocupação com a conservação da natureza vem se acentuando nos dias atuais em função das atividades humanas, as quais têm ocasionado seríssimos problemas de degradação ambiental, a ponto de comprometer, caso não sejam tomadas medidas emergenciais, os recursos naturais, as condições de vida e consequentemente, toda a vida futura no planeta. O amor à natureza e o desejo de que ela seja preservada ou utilizada racionalmente pelo homem já podem ser verificados nos primeiros livros sagrados. Praticamente todos eles mencionam a vida das plantas, dos animais silvestres e do homem, como elementos integrantes do meio ambiente. Entre outros podem ser mencionados os Vedas, a Bíblia e o Corão. Diversos são os textos escritos, alguns deles, há quase 2.500 anos atrás na India cujos relatos mencionam uma preocupação acentuada com a conservação da natureza e vários são os líderes espirituais, entre eles Shiddarta Gautama, o Buda que demonstraram esta preocupação. Curioso é que São Francisco de Assis, tanto tempo depois, abraçaria os mesmos princípios, certamente sem conhecimento das crenças e filosofias pregadas pelos homens daquelas longínquas paragens. Além dos princípios religiosos, os homens santos veneravam o ar, a água, a terra (alimento) e o fogo (energia), todos considerados como partes integrantes do Cosmos e sem os quais não teríamos condições de vida. Procuravam demonstrar a inter-relação de todos os seres vivos e dos elementos abióticos que os cerca. Isso identifica a disciplina que hoje estudamos nas universidades sob o nome de Ecologia. O amor de Francisco de Assis demonstra abrangência universal. Poucos terão se irmanado tanto com o universo como ele, ao contemplar em seus retiros para meditação os elementos naturais, que chamava de “irmãos” – o sol, o ar, a água, as estrelas, as plantas e os animais. No seu extraordinário “Cantico al fratte Soli” louva a grandeza do Criador e todas as criaturas. Muitos anos depois, mais precisamente no ano de 1854, em resposta a uma proposta do presidente dos Estados Unidos Ulysses Grant, de comprar grande parte das terras de uma nação indígena, oferecendo, em troca, a concessão de uma outra “reserva” obteve-se como resposta do Chefe Seatle, aquele que tem sido considerado através dos tempos como um dos mais belos e profundos pronunciamentos já feitos a respeito da defesa do meio-ambiente. Neste pronunciamento, o chefe indígena faz um alerta contra a exploração predatória feita pelo homem branco, ao provocar desflorestamentos, a poluição da água, do solo do ar e ao dizimar populações animais, inclusive a do bisão americano, que quase foi levada à extinção pela caça indiscriminada. Enfatizava as conseqüências negativas desta degradação provocada pelo homem branco. Entre outras afirmações dizia o Chefe Seatle o seguinte : “O que ocorrer com a Terra recairá sobre os filhos da Terra. Há uma ligação em tudo”. Vale ressaltar que a visão “profética” do grande Chefe Indígena, acabou se confirmando com precisão admirável, demonstrando um profundo conhecimento das leis que regulam a natureza pois através das atividades do homem moderno ocorre hoje um processo de intensa degradação do meio ambiente. Em 1962, uma nova obra veio a causar grande impacto no meio científico e social, isto é, o livro Silent Spring (Primavera Silenciosa) escrito por Rachel Carson nos Estados Unidos que foi o primeiro brado de alerta, contra o uso indiscriminado de pesticidas e que teve repercussão mundial, contribuindo para que práticas conservacionistas como o Manejo Integrado de Pragas (MIP) passasse a ser implementado.Nesse processo de evolução das idéias e de comportamentos, surge a Declaração sobre o Ambiente Humano que foi estabelecida na Conferência de Estocolmo em 1972, cujos princípios tinham o objetivo de servir de inspiração e orientação à humanidade para a preservação e melhoria do ambiente humano, a qual foi seguida 20 anos depois, pela Conferência do Rio de Janeiro, a Rio 92, e mais recentemente pela de Joanesburgo na África do Sul, a Rio +10. Tudo isto, mostra que ocorreu uma grande evolução da sociedade, na forma de encarar os processos de desenvolvimento. Todavia, as mudanças nesta percepção ocorrem num ritmo mais lento do que seria o desejável para o não comprometimento dos nossos recursos naturais. Atualmente o chamado desenvolvimento sustentável é o único capaz de propiciar condições de preservar os recursos naturais e condições de vida saudável para as gerações futuras. Para que isto ocorra a educação ambiental tem uma importância extraordinária porque conscientiza e altera os padrões de comportamento do ser humano em relação à natureza. Segundo o conservacionista inglês Broad, “Na educação, reside a única esperança de se evitar a total destruição da natureza”. Que ela possa ser portanto, implementada maciçamente, em todos os locais de forma a conscientizar a todas as pessoas porque a educação ambiental reveste-se no mais importante instrumento para a preservação da natureza.
Sérgio Luiz de Carvalho - Prof. Dr. da UNESP de Ilha Solteira

Fotos: J Martins Rocha

quinta-feira, 4 de junho de 2009

CINE GUARANY

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Frequentava religiosamente o Cine Guarany, de preferência aos domingos, na sessão das 12h45min, passava sempre dois filmes, um de bang bang e outro romano. Pela parte da manhã, eu e a molecada da Rua Igarapé de Manaus ficávamos tomando banho e pulando da Ponte Romana I, quando dávamos conta do horário já passava das 12h. Corria até a minha casa, tomava um banho rápido para tirar o cauxi, vestia a minha roupa domingueira; não dava mais tempo para almoçar; saía correndo para assistir aos filmes no saudoso Cine Guarany.Enquanto estava na fila para comprar o bilhete de ingresso, aproveitava para saborear um famosíssimo sanduíche de cachorro quente, servido com refresco de maracujá.Ficava observando um mendigo chamado Jaú.- uma esmolinha para o cego, uma esmolinha, por favor! Conseguia desviar-se dos homens; das mulheres nem tanto, era o famoso mão boba. Gostava de ficar no lugar de cima, chamado de Poleiro; quando as luzes se apagavam era o momento certo para xingar e cuspir no pessoal que ficava no térreo, algumas vezes pegava alguns cascudos, outras vezes era advertido pelo lanterninha “Farias”, era tudo diversão!O sinal sonoro, o barulho dos ventiladores laterais, o fechamento das portas de madeira, a escuridão, a abertura das cortinas, o ataques dos veados em cima da macharada, os gols da rodada e a gritaria da molecada enxotando o urubu, tudo isso marcaram nossa infância. Estou procurando um filme chamado Cine Paradiso, somente para matar a saudade do Guarany.
Destruiriam o prédio do Cine Guarany, no seu local construiram um prédio feio, sem graça; os banqueiros não tiveram o menor respeito pelo povo de Manaus. Resta somente chorar pela morte do nosso querido e amado Guarany.
Segundo a Carmelita Esteves “o Cine Guarany tombou, transformando-se em escombros. Originalmente, Cine Olympia, depois Cine Teatro Alcazar, de estilo arquitetônico inspirado no Oriente (Mouro/Mourisco) e somente, muito tempo depois, Cine Teatro Guarany. Localizado na confluência da Rua Leovegildo Coelho (Intendente Municipal) que dá prosseguimento para a atual avenida Getúlio Vargas, com a Rua Municipal (hoje Av. 7 de Setembro). Sob a última denominação (Cine Teatro Guarany, cujo último proprietário, Adriano Bernardino, tendo na gerência, o Vovô Vasco, da garotada dos agora na faixa de 50 anos, dia 6 de agosto de todos os anos, as 6h da manhã era saudado com salvas de fogos de artifício, e entoada a ópera "O Guarany" ( do maestro Carlos Gomes), com "Cinema ao Ar Livre" (com tela, bem alta, montada no Pina, espaço de efervecência cultural e política, que dividia a rua em duas mãos), Matinal às 9h para o público infanto-juvenil e Matinê das 13h, para o juvenil, bem como o das 16h para os mais velhos, além da sessão de gala às 20h para o público adulto. O "Cinema ao Ar-Livre", reunindo centenas de aficcionados (pelo Cinema e pelas películas), começava às 19h, indo até às 19h e 30min. Aí eram apresentados, via de regra, desenhos animados do tipo "Tom e Jerry" e "Lady e o Vagabundo", possivelmente responsáveis pelos inúmeros romances e enlaces matrimoniais que se dissolveram ao longo do tempo ou se perpetuaram até nossos dias. Na Matinal e Matinê das 13h, eram distribuídas centenas de brindes, miniaturas de sabonetes e pasta de dente, até revistas infantis, passando por balões e bombons – rapidamente substituídos por chicletes, devidamente mascados e pregados nos cabelos compridos das menininhas (maldade "curtida" intensamente pelos meninos da época). Agora, o espaço é ocupado pelo Banco Itaú, a revelia dos movimentos intentados pelos distintos segmentos sociais: intelectuais de todas as áreas do conhecimento humano, estudantes e o seu público final, os párias: prostitutas, homossexuais, desocupados, mendigos... Estes últimos, de acordo com a vertente de caracterização do Patrimônio Cultural, não oficial, movidos pela afeição, quando de sua derrubada, sem desprender nenhum fragmento, aplaudiam. Quando no entanto, o primeiro grande bloco se soltou, salientes, encetaram a marcha fúnebre do desespero e da impotência, pela perda do referencial cultural.”

(*) Carmelia Esteves de Castro é Escpecialista em História pelo CADES-MEC, exerceu Magistério no Colégio Dom Pedro II e IEA e Direção e Vice-Direção no Colégio Comercial Ruy Barbosa e Colégio Comercial São Luiz Gonzaga, respectivamente.
Fotos: J Martins Rocha - Colagem: Foto Antiga e Atual do Cine Guarany, Farias "O Lanterninha", Busto do Carlos Gomes, Interior de um cinema antigo.

PRAÇA DO ÍNDIO DE MANAUS

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Fotos: J Martins Rocha

MANAUS ANTIGA CEM POR CENTO

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Fotos: J Martins Rocha - Colagem de Fotos Antigas de Manaus.

terça-feira, 2 de junho de 2009

RODOWAY 2009

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Fotos: J Martins Rocha
Exposição Múltipla de 3 fotos do Porto de Manaus (Rodoway).
Clique na foto para observar melhor.

BAR DO METAL

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Localiza-se na Rua Lima Bacury, 382, centro antigo de Manaus, funciona num prédio datado de 1907, tombado pelo patrimônio histórico. É fácil de encontrar, está bem em frente da famosa escola de samba Balaku Blaku.


Fui a primeira vez ao Bar do Metal, quando ainda estava situado próximo a beira do rio (foi indenizado pelo Prosamim), estava acompanhado do coronel Benfica e do advogado Inácio Barros (assíduos frequentadores do lugar), conheci o famoso Metal (proprietário) e, detonei um Jaraqui Frito com Baião de Dois (uma delícia!).

O estabelecimento é o ponto de encontro de intelectuais, políticos, advogados, sambistas e moradores do entorno. A pedida é a Sardinha frita, guarnecida de feijão, arroz, farinha, molho vinagrete e limão, além do famoso Jaraca; para molhar a goela é servida a cerveja mais gelada e barata de Manaus.

Aos sábados, a turma gosta de jogar um dominó, ouvir músicas da velha guarda, bebericar, beliscar os mais variados tira-gostos e jogar conversa fora. Á noite é só atravessar a rua e participar dos eventos musicais da escola de samba.

Na terça-feira de carnaval, o local se transforma na Banda do Metal, com muita animação dos foliões, com direito a muitas marchinhas, confetes, serpentinas e bastante cevadas.

Uma coisa esquisita é que um dos patrocinadores do evento carnavalesco e da confecção das camisas é exatamente a "Funerária Canaã"! Será porque a maioria dos frequentadores já estão chegando a terceira idade? Sei, não!

Um brinde ao Bar do Metal!
Fotos: J Martins Rocha - colagem: Menino Metal, Barcos Antigos, Carro Abre Alas da Balaku Blaku, Foto Aérea de Manaus, Tira-Gostos e Frequentadores.





segunda-feira, 1 de junho de 2009

CANOAS & FLUTUANTES

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MANAUS - SUB-SEDE DA COPA DE 2014

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Estou felicíssimo com a indicação de Manaus para ser a sub-sede da Copa de 2014. A decisão foi a mais difícil para a FIFA; pesou muito a atuação do governador Eduardo Braga, com os seus projetos mirabolantes, além do Amazonas ser o Estado que mais preservou as suas matas, em detrimento ao Estado do Pará, considerado o maior devastador da Amazônia.

Os gestores públicos anunciaram altos investimentos na cidade, falam em implodir o Estádio Vivaldo Lima, construir um dotado das mais modernas tecnologias, além da construção de um “Metrô de Superfície”. Outros mais afoitos prometeram fazer a capital amazonense crescer 40 anos em apenas quatro!

E a Manaus antiga, como ficará? Não fará sentido, termos todos esses equipamentos com o centro “feio e desprezado”.

Não alcancei os Bondes, porém, andei de Carroças, Carapetas, Kombis Lotação, Ônibus de Madeira, Manecos, Alternativos, Ônibus de Ferro, Ônibus Articulados, Táxi Lotação e Moto Táxi, agora terei a “oportunidade” de desfrutar do tal “Metrô”.

Fui ao “Tartarugão” (apelido do Vivaldo Lima) assistir ao jogo da Seleção Brasileira de 70 X Seleção Amazonense, tinha apenas 14 anos de idade, foi uma oportunidade impar ver o bolão jogado pelo Pelé, Tostão, Rivelino e Jairzinho. O estádio estava ainda em construção, existia somente o campo de futebol protegido por tapumes; agora irão implodi-lo, vai perder a graça!

Ficarei na torcida da revitalização da Manaus Antiga, vou acompanhar o desenrolar das “obras” e postar as fotos no nosso humilde blog.

Fotos: J Martins Rocha - colagem: Metrô Lusitano, Casca do Prédio da "Booth Line", Vivaldo Lima atual, Manáos, Maquete Digital do futuro Vivaldo Lima.