quinta-feira, 30 de julho de 2020

A DANÇA DE RATO E SAPATEADO DE CATITA


Os caras entraram na política falidos e lisos, com o tempo chegaram a Lista Forbes.

Começaram na vereança, pularam para Deputado estadual e depois federal. 

O objetivo maior sempre foi o cofre médio da Prefeitura de Manaus e depois o cofre grande do Amazonas.

Alguns dão um tempo no Senado, mas sem tirar os olhos nos cofres públicos.

Ficam dançando e sapateado, sempre enganando o pobre eleitor.

Alguns se contentam somente em serem eternos edis, bajulando o burgomestre e aprovando tudo que o mestre mandar.

Outros passam décadas no baixo clero de Brasília, apenas fuçando a liberação de verbas para as prefeituras do interior, um maná para a malandragem de paletó e gravata.

Estão quarenta anos no poder.

São sempre os mesmos.

 Brigam entre si em público, depois se reúnem dentro das mansões bem longe das pessoas que o elegem e riem da nossa cara de otario.

Tudo dança de rato e sapateado de catita.

Acorda cidadão! 

Chega desses fuleiros.

Vamos renovar.

A hora é agora!


domingo, 19 de julho de 2020

COMANDANTE VENTURA E OS BOMBEIROS CIVIS DE MANAUS


O português “Comandante Ventura” fez história em Manaus nas décadas de 50 e 60, por ter sido um grande benemérito e o fundador e comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Manaus, sediado no bairro de Aparecida.

José Antônio Dias Loureiro Ventura (14/04/1897-6/12/1961), conhecido como “Comandante Ventura”, era um industrial português, natural da freguesia de Bonfim, Distrito da cidade do Porto.

Ele organizava grupos de folclore e música portuguesa, que mantinha com recursos financeiros próprios. Era um homem de bom coração, que veio do além-mar para viver aqui em Manaus. Incentivador de grandes campanhas de benemerência em favor dos necessitados, principalmente da Casa da Criança, Hospital Dr. Fajardo, do Instituto Gustavo Capanema e dos leprosários do Aleixo e Paricatuba.

O que o marcou na nossa história foi a idealização e fundação do Corpo de Bombeiros Voluntários de Manaus, sediado no bairro da Aparecida, uma corporação composta por 60 voluntários sob o seu comando, para suprir a ausência do poder público nos dramas de incêndios da cidade.

Em 1942 houve um grande incêndio na Lusitana Industrial Limitada, fábrica de sua propriedade. Em 1951 houve outro grande incêndio na fábrica de bebidas de Virgílio Rosas, na Rua Marcílio Dias, no centro da cidade. Isto o marcou muito, surgindo a ideia da criação de um serviço de bombeiros voluntários.


Em 24 de abril de 1952 a ideia se materializou. Foi fundada a Sociedade dos Bombeiros Voluntários de Manaus (SBVM), ficava no terreno onde morava José Antônio Ventura, na Rua Comendador Alexandre Amorim, 289, bairro Aparecida, onde hoje está instalado o Fórum dos Juizados Especiais Des. Mário Verçosa.

Contou com o apoio de sua esposa, a senhora Silvia Isabel Neves, que era irmã do ex-governador Leopoldo Neves (1947-1951), conhecido como “Pudico”.

O uniforme de operações era um macacão azul, com capacete metálico e um distintivo no peito com as iniciais BVM. A corporação era formada por comerciários, operários, funcionários públicos e profissionais liberais. Dentre eles figuravam os Srs. Francisco Rebelo de Souza, Manoel Gomes, Danilo Matos Areosa (Governador do Amazonas), Hermínio Barbosa, Jorge Abrahim, José Afonso, Raul Batista Rodrigues, Moacir Fortes Xavier, José Luciano Ventura, Brígido Torres Nogueira, Severino Paiva, Phelippe Daou (fundador da Rede Amazônica) e outros.

Quando ocorria um incêndio na cidade o evento era anunciado através de sirenes e pelo rádio, na maioria das vezes o BVM chegava antes dos bombeiros municipal. Eles se entendiam e estabeleciam somente uma voz de comando quando entravam em ação. Eram bem vindos, pois o município não possuía viaturas e equipamentos necessários para debelar o fogo.

Os bombeiros voluntários gozavam de grande prestígio no seio da sociedade manauara, em decorrência de sua atuação exitosa em várias ocasiões de sinistros e também em razão de sua atuação de assistencialismo social.

Eles dispunham de três veículos de propriedade particular dos voluntários, os quais alimentavam o desejo de construir o seu próprio quartel. Contavam com apoio financeiro da Prefeitura de Manaus, da Superintendência de Plano de Valorização da Amazônia (SPEVEA) e do comércio local.

Um fato que marcou profundamente a corporação foi a morte do  subcomandante, o também português Constantino Machado, em maio de 1960, vítima de acidente de trânsito, quando atuava para conter o incêndio na Usina Três Unidos (beneficiava castanha e sabão, situada na Rua Visconde de Porto Alegre esquina com a Rua Ipixuna).

O acidente ocorreu no cruzamento da Avenida Sete de Setembro com a Avenida Eduardo Ribeiro, quando um ônibus da Transportamazon (empresa estatal criada pelo governador Plínio Coelho) colidiu com a viatura da SBVM.

Outro acidente fatal ocorreu no dia 6 de dezembro de 1961, culminando com a morte do Comandante Ventura. Ele voltava no jipe de sua corporação, após uma operação que debelara o incêndio na Fábrica de Asfalto do DER-Am, situada no Km 32 da Estrada Manaus-Itacoatiara, o carro que trazia o capitão Ventura capotou e matou o condutor dos bombeiros voluntários.

Com a morte de seu comandante, o Sr. José Afonso assumiu a corporação. Apesar de sua boa vontade, a SBVM sucumbiu em 1962, não resistindo à falta do “Comandante” Ventura.

Em 6 de julho de 1963, através da lei municipal nº 802, instituiu o Corpo de Bombeiros de Manaus. Com o amparo legal teve a sua expansão e aparelhamento a altura das demandas da capital amazonense.


A sede ficava localizada na Avenida Sete de Setembro, entre a Avenida Joaquim Nabuco e a Rua Igarapé de Manaus. Eu morava naquelas imediações na minha infância e ainda alcancei a atuação dos bombeiros públicos. O prédio ainda sobreviveu até os tempos atuais, conforme foto acima. A Prefeitura de Manaus o abandonou. É um imóvel tombado pelo IPHAN e esta preste a tombar, literalmente.

Através do Decreto nº 2.426/72, o Corpo de Bombeiros ficou subordinado a Polícia Militar do Amazonas. Em 1998 a corporação ganhou a sua autonomia administrativa.

O Comandante Ventura foi homenageado pelo Governo do Estado do Amazonas, em 2008, ao emprestar o nome ao Cineteatro Comandante Ventura, no Centro Estadual de Convivência do Idoso, na Rua Wilkens de Matos, no bairro de Aparecida, zona Sul de Manaus.

A atuação briosa e benemérita dos Bombeiros Voluntários de Manaus mesmo desaparecido em 1963 permanece no imaginário dos mais antigos apagando incêndios e salvando vidas.

O médico português Dr. Fernandes Gonçalves veio ainda criança para Manaus, morando toda a sua infância e adolescência no bairro de Aparecida, pediu-me para fazer esta postagem e publicar no nosso blog.

Aproveito a oportunidade para agradecer ao trabalho de pesquisas dos escritores Coronel Roberto Mendonça e Durango Duarte. O leitor poderá acessar os linques abaixo e se inteirar de forma mais profunda sobre este tema.

Dedico este trabalho a todos aqueles bravos voluntários e seus familiares e aos portugueses do bairro de Aparecida.

É isso ai.

Fontes:
Bombeiros em Manaus (Série 1960), Durango Duarte https://idd.org.br/bombeiros-em-manaus-serie-1960/

Fotos: Segunda e Terceira: José Rocha

quinta-feira, 16 de julho de 2020

OS IDOSOS CADA VEZ MAIS JOVENS


A grande maioria dos jovens acham que viverão para sempre púberes, não gostam da velhice, muito menos dos velhos, por outro lado, muitos velhos acham que ainda morrerão jovens, não gostam da velhice, muito menos dos jovens que o chamam de velho ou idoso.
Curti muito a minha juventude. Foi um momento mágico. Achava a velhice como uma coisa muito e muito distante que um dia poderia chegar lá.
Vivi intensamente a minha cidade de outrora. Frequentava os eventos esportivos, cívicos, culturais, católicos, sociais, etílicos e tudo o mais que acontecia em nossa cidade, com exceção das festas e eventos promovidos pelos “bacanas” por ser um “pé rapado”, no entanto, dava um de “furão” e de caboco “surubim”, liso, mas, cheio de pinta!
Veio o trabalho para me sustentar com o suor do meu rosto. Os estudos, a faculdade para ter um lugar ao Sol. O namoro, com o tesão embolado. Avancei o sinal, o casamento foi inevitável. Vieram os filhos. Fui à busca dum lugar para chamar de meu. A partir dai a coisa toda começou a mudar de feição.
Tudo passa, tudo passará! Os filhos cresceram, pegaram o beco. O casamento acabou para o todo e sempre. Somente não acabou o tesão pela vida, de viver cada momento como se não existisse o amanhã.
Vieram os netos e com o tempo perdi a vergonha de ser chamado de vovô. Surgia uma nova fase em minha vida, de curtir os filhos dos meus filhos. Espero ter muita saúde e presenciar muita água passar por debaixo da ponte e um dia ainda ser chamado de bisavô!
Quando olho para trás, noto quanto tempo passei, com dezenas de anos no lombo, acho isto fenomenal, pois muitos não passam dos trinta anos em decorrência da violência urbana misturada com drogas e rock and roll.
Sou um sessentão, nunca usei ou uso drogas ilícitas, não fumo nem o branco muito menos o preto. Agora, entornar umas loiras geladas é comigo mesmo! Gosto de caminhar pela minha cidade, fotografar, sentir e admira-la.
Estamos pulando uma fogueira. Muitos ficaram contaminados, outros tantos morreram, mas a grande maioria sobreviveu. Foram jovens e velhos "para o saco" em decorrência de um inimigo invisível. O vírus não está nem ai para idade do caboclo!
Passou um dia desses um comercial na televisão duma cerveja, na qual uma jovem muito linda e sensual chamada Vera Verão anunciou fazendo biquinho:
- Depois desta pandemia, tudo mudará e dias novos Verão! Meu vizinho pé-inchado se empolgou: Me dê, papai..... essa gelada!
Sei que já estou puído com o tempo, que já entrei na segunda fase, no entanto, a minha idade mental é de vinte anos atrás. Não gosto de ser chamado de velho, mas já estou me acostumando de tanto o ser chamado! É mole?
Lembro-me da Fatoka. Ela era elegante, vestia-se com roupa casual, tinha um namorado jovem “macetão” chamado Carlão. Gostava de dançar, namorar e tomar umas cervejas. Era amiga de todo mundo. Apesar de sua idade avançada, fechava o tempo quando alguém a chamava de senhora: - Senhora, não! Sou é jovem! Caso alguém, inadvertidamente, comentasse que ela era idosa, ele ia à loucura: - Idosa é o caralho, porra!
Existem aquelas pessoas que acham que o seu “casco não aguenta mais muito banzeiro”. Estão quietos, passando o dia passar em frente duma televisão. Estão pessimistas. Precisam mudar e voltar a brilhar!
O nosso cérebro é um imenso computador. Colocou merda na cabeça, sai merda. Colocou coisas boas, ele processa e disponibiliza coisas boas. Ele não sabe diferenciar uma da outra, pois tudo depende da programação que você faz. A neolinguística trata disto, ou seja, tudo o que você fala os neurônios aceitam como verdadeiro. Então, pense positivo!
Eu tenho um amigo português sexagenário, certa vez falou: - Esse negócio de chamar a velhice de “idade feliz” é um equivoco, pois quando envelhecemos vem o diabetes, a pressão alta, perdemos a visão e o tesão, além de ficarmos com o “pé na cova”. Idade feliz é quanto somos jovens! Ora, pois, pois! Se ele mudar a programação, mudará, com certeza, a sua visão da vida!
Certa vez, fui convidado para ir ao aniversário dos oitenta anos do Pirulito, o pai do livreiro e promotor cultural Lê (Sebo O Alienista). O aniversariante dançava, bebia, contava piadas, deixando muitos jovens no chinelo. Fiz uma homenagem a ele, falei-lhe que chegar aos oitenta anos de idade não é para qualquer um, não, somente para os mais fortes!
Com o advento do Viagra e da reposição do hormônio Testosterona muitos senhores que estavam de pijamas e passando o dia se embalando numa cadeira de macarrão, voltaram à ativa, começaram procurar as novinhas e viver a vida. Deixa a vida me levar, vida leva eu.
Muitas senhoras que reclamavam da vida o dia todo, com dores nas juntas e na coluna, começaram, recentemente, a frequentar academias, fazer caminhadas nos parques, a frequentar os centros de convivência e no bolerão do Clube Municipal. Mudaram de feição. São agora senhoras jovens sorridentes e, pasmem, voltaram a namorar com os mais novos!
Certa vez ouvi um velho falando para uma coroa: - Cavalo velho gosta mesmo é de capim novo! Ela respondeu: - E Porteira velha gosta mês é de estaca nova! É mole ou quer mais?
O meu amigo Joaquim Alencar está com setenta e um anos de idade. Mesmo assim, resolveu ser candidato a vereador de Manaus. Coisa que muitos jovens têm medo de encarar. Ele está com todo o gás para caminhar por toda a cidade pedindo votos para ser um legítimo representante do esporte, pois o cara foi atleta e ainda possui sonhos e projetos para realizar, enquanto outros na mesma idade estão esperando a morte chegar!
O “Estatuto do Idoso” diz nos seus primeiros artigos que as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos possuem os seus direitos assegurados, preservando a sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. Uma obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público.
Vamos respeitar o idoso já! Quem sabe um dia o jovem possa chegar lá!
A idade média dos brasileiros vai pular para os oitenta e cinco anos de idade. Existe uma corrente para considerar idoso somente quem passar dos setenta anos.
Sou a favor pois a tendência será sermos velhos cada vez mais jovens!
É isso ai

terça-feira, 14 de julho de 2020

PARQUE DESEMBARGADOR PAULO JACOB




        Entre 2007 e 2010, o Igarapé de Manaus sofreu uma total transformação com a implantação de um programa socioambiental, com a retirada de todas as residências que margeavam o igarapé, para construção do Parque Residencial Manaus, com 819 unidades habitacionais, entre as ruas                        Tarumã       e     Ipixuna.

        Um fato interessante foi a briga que o meu amigo Gilson Boleiro fez contra o Estado do Amazonas, ganhando na justiça o direito de permanecer morando em sua residência na Rua Ipixuna. É o único morador                       que              permaneceu     no           lugar.
        Dessa parte do igarapé tenho lembranças da Família Gomes, fundadores da Escola de Samba Ipixuna, sob a batuta do saudoso presidente Ipojucan Gomes, auxiliado pelo irmão Danilo Gomes, irmãos do Carbajal Gomes, administrador do       Bar           Caldeira.
        Entre a Avenida Sete de Setembro e Rua Ipixuna  foi construído o Parque Desembargador Paulo Jacob, com uma área total de quarenta e um                    mil             metros                quadrados.
        Quase todos os meus amigos de infância tiveram que se mudar, permanecendo somente os que moravam                                            no        lado               oposto      a       margem      do          igarapé.
        Estive na inauguração, ocorrido em 16 de março de 2010, na companhia do Carlos “Dr. Tico”, Valdemir Viana “Neno”                      e                             outros                    colegas                  antigos.  
        Foi uma festa inesquecível, com fogos, bandas musicais, discursos                   dos              políticos      e    muita  bebedeira.
        Na realidade, fiquei um pouco melancólico,                                      pois        parte      da      história da minha infância estava enterrada!
        O parque possui áreas de caminhadas e ciclo faixas, quadras poliesportivas, quiosques (pontos de vendas), banheiros, pontes, estação de tratamento de esgotos, canalização                               do                 igarapé,           iluminação      e      muito            mais.
        Passados os anos, o Parque ficou abandonado, depredado e entregue ao lixo e a marginalidade. Ficou sem a manutenção devida, com um cenário melancólico de depredação e ruína do patrimônio publico. O matagal tomou boa parte do parque, invadindo as áreas de caminhadas e ciclo faixas. As bases metálicas das pontes ficaram enferrujadas, com muito lixo pelo chão. Os bancos e os quiosques de lanches pichados e invadidos por marginais. As quadras poliesportivas em situação deprimente. Os vândalos arrombaram e danificaram as caixas de fiação elétricas. Enfim, o local conviveu com a insegurança,                                    assaltos                      e      a     presença                 de                usuários         de                drogas.

        Passados dez anos o governo do Estado do Amazonas, através da Secretaria de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Manaus (SRMM) e a Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), estão investindo oito milhões de reais para revitalização e recuperação de todos os parques do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus. O Parque Desembargador Paulo Jacob recebeu uma limpeza geral, além de reforma dos banheiros masculinos e femininos, reforma nos pontos de vendas (quiosques), urbanização e paisagismo, serviços diversos, gradis e recuperação das instalações elétricas. Voltou a brilhar e foi entregue aos moradores da nossa cidade                   em                julho                de                 2020.
        Doravante, todos serão responsáveis por ele: os moradores, os empresários do entorno e principalmente o governo do Estado do Amazonas (mantendo a segurança e a manutenção) e a Prefeitura de Manaus. Sou favorável à criação de uma associação sem fins lucrativos, com a denominação “ASSOCIAÇÃO AMIGOS DO PARQUE DESEMBARGADOR PAULO JACOB”, contando com a ajuda financeira do governo para a manutenção diária daquele estabelecimento. Caso não for possível, a Secretaria de Cultura do Estado do Amazonas deve manter um administrador para cuidar de todos os parques da Avenida Sete de Setembro, pois deixar sem manutenção por longos períodos voltará, com certeza, as trevas,                                      isso             jamais           queremos    que     aconteça   novamente. 

quarta-feira, 8 de julho de 2020

PELADEIROS DE VARZEA DE MANAUS



Peladeiros são as pessoas que participam de peladas, um jogo de futebol sem técnica e de forma amadora. Por outro lado, a várzea é um terreno plano e cultivável que fica junto aos rios da Amazônia. Manaus é a nossa cidade, onde desde os bairros de Puraqueaquara ao Tarumã sofrem em suas margens a influência das cheias e vazantes do Rio Negro, permitindo aos peladeiros jogarem bola somente seis meses nas várzeas.

Na minha infância, morei no Igarapé de Manaus, local onde eu tive a oportunidade de praticar este esporte. Ainda na vazante, o leito da margem do rio se convertia num grande campo de futebol onde os moradores de baixo e de cima esqueciam suas diferenças e disputavam memoráveis partidas de futebol, claro, com a primazia dos “donos” da área, que servia também para um sem número de outras brincadeiras de crianças e adultos.

Eu era um tremendo perna de pau, sempre escalado para ficar no gol. Quando era o dono da bola, escalava o time, gostava da banheira, o negócio era receber a bola, chutar e correr para o abraço.

Ao caminhar pela Orla da Glória, deparei-me com este campinho de futebol na várzea daquele bairro, o que fez-me lembrar dos tempos bons quando era criança.

O Rio Negro já começou a sua vazante. Na fotografia aparecem as duas traves e o campinho coberto d´água e com um bonito verde da mãe natureza.

Daqui uns dois meses os peladeiros da várzea da Glória poderão voltar a jogar o seu futebol por uns seis meses até o rio começar  a encher novamente.

Com a implantação do programa social e ambiental dos igarapés de Manaus, a maioria das casas foram retiradas das várzeas, com a construção de blocos de apartamentos e áreas de lazer, com parques e quadras de esportes.

Apesar de todo o progresso e reurbanização desses lugares, o gostoso mesmo é jogar uma pelada de futebol na várzea, como ainda fazem alguns ribeirinhos da nossa cidade.

É isso ai.

Foto: José Rocha

terça-feira, 7 de julho de 2020

FAST CLUB - 90 ANOS DE FUNDAÇÃO



Trechos do livro ainda não publicado NY COSMOS X FAST CLUBE - 40 ANOS DE UM JOGO HISTÓRICO.
O seu nome oficial é Nacional Fast Clube, conhecido por Fast Clube. Foi fundado em 08 de julho de 1930, por um grupo de dissidentes do Nacional Futebol Clube, tornando-se o seu grande rival. O seu primeiro presidente foi o que emprestaria, tempos depois, o seu nome ao Estádio Vivaldo Lima, onde aconteceu o jogo histórico do NY Cosmos e Fast Clube. “Fast", que em inglês significa "rápido", fazendo uma analogia com a rapidez e a destreza que os jogadores que fundavam a nova associação de futebol apresentavam em campo. As suas cores são o azul, branco e o vermelho, em homenagem a Bandeira do Estado do Amazonas e, como símbolo, uma estrela na cor amarela. O seu mascote é um Rolo Compressor, faz uma analogia a um instrumento agrícola que nivela terrenos, ou seja, passa por cima e massacrando todos os seus adversários em campo. Tem como alcunha: Rolo Compressor, Clube Cintado, Esquadrão de Aço e Tricolor do Boulevard. Os seus adversários, na gozação, chamavam de Lento em oposição a Fast (rápido) e Rolo de Macarrão (idem Rolo Compressor).
Hino do Nacional Fast Clube. Composição: Mafra Júnior
Tua glória é lutar
Seduz a gente popular
E hoje é dia
De alegria
Acabou a nostalgia
FAST CLUBE tu és a esperança
O povo deposita confiança
Quando entras pra lutar (há há ho ho)
FAST CLUBE a tua estrela é esplendor
Para o inimigo é um "Rolo Compressor"
Para a torcida sempre grande vencedor (ho ho há há)
Possui 08 (oito) títulos no Campeonato Amazonense. Teve 03 (três) participações na primeira divisão do Campeonato Brasileiro e 5 (cinco) na Copa Brasil, além de 02 (dois) na Copa Verde. Os seus anos de glória foram no final dos anos 60 e os anos de 70, na presidência do industrial Jonas Martins Lopes, quando o Fast foi cinco vezes finalista. O Fast, em pleno Estádio do Maracanã, ganhou do Fluminense por 2x1 em 1978.
Os times base do Fast Clube eram:
Em 1970: Zé Carlos, Maneco, Antônio Piola, Casemiro, Zequinha Piola, Pompeu, Zezinho, Parada, Laércio, Afonso, Edson Piola, Adinamar Abib, Ney, Valdocir, Itagiba e Zequinha Paraense.
Em 1971: Marialvo, Zé Carlos, Antônio Piola, Casemiro, Zequinha Piola, Pompeu, Zezinho, Holanda, Mano, Afonso, Edson Piola, Adinamar Abib, Formiga, Hélito, Melo, Barrote, Simão, Paulo Pernambucano, Marcos Pintado, Rangel, Ivo e Pibo. Técnico: Osvaldinho.
Participou, também, de três edições oficiais da Copa Norte-Nordeste (1968, 1969 e 1970). Na década de oitenta o clube provou de um declínio, não disputou final (com exceção de 1981) por toda a década e ficou de fora do Campeonato Brasileiro na maior parte das temporadas. Jogou a Série B em 1980 e em 1981, únicas edições desta divisão que disputou e em ambas não obteve êxito ficando em posições indigestas. A partir de 1986, o Fast entrou em uma grave crise financeira embalando uma série de fracassos no estadual e Brasileirão, série B, a crise veio junto com o insucesso do futebol amazonense, ocasionado em anos sem nenhuma conquista e sem nenhuma competição de destaque. Em nove de março de 1980, num jogo histórico contra o NY Cosmos, alcançou o maior público da história do futebol amazonense, com 56 mil pagantes (oficialmente), um público imbatível até hoje, como podem conferir neste livro. De 1992 a 2005, passou por crises profundas, chegando ao fundo poço, sendo obrigado a se abrigar no interior do Estado. Foi em 2002 para a cidade de Tefé, onde foi bem acolhido e colheu bons frutos. Não jogou em 2003. Voltou em 2004 para Manaus, ausentando, novamente, em 2005. Em 2006, firmou parceria com o município de Itacoatiara, foi abraçado pela cidade, como fosse o seu legítimo representante. Chegou a ser o vice-campeão amazonense, perdendo a final para o São Raimundo, no Estádio Vivaldo Lima. Ainda ligada a esse cidade chegou ao vice-campeonato em 2007 e 2008. Retornou a Manaus em 2010, após o Penarol (time de Itacoatiara) chegar a primeira divisão do campeonato amazonense. Fez parceria com a Universidade Luterana Brasileira – ULBRA, chegando, novamente, ao vice-campeonato. Apesar de todos os pesares, em 2019, o Fast Clube chegou a ser o vice-campeão do Campeonato Amazonense de Futebol. E 2020 fez 90 anos de fundação, porém, não pode comemorar em decorrência e dois fatores: primeiro, pela pandemia da Covid-19 que provocou a suspensão de todas as atividades não essenciais na cidade e segundo por terem vendido a sua sede do Boulevard para um igreja evangélica, num negócio fraudulento.
Todos esqueceram! Menos o blogueiro Rocha, o Joaquim Alencar (Pré-candidato a Vereador de Manaus) e o Dr. Marcos Santos (Presidente da Federação Amazonense de Futebol Amador -FAFA)! 
PARABÉNS, MEU FAST CLUBE!

segunda-feira, 6 de julho de 2020

FORTE DE SÃO JOSÉ DA BARRA DO RIO NEGRO



                O Sargento-Mor Pedro da Costa Favela, um temido matador de índios, fez várias viagens pelo Rio Negro, chegando até a aldeia dos Tarumãs, relatando a suas viagens ao governador do Maranhão e Grão-Pará, o Albuquerque Coelho de Carvalho. Este ficou sensibilizado com os seus argumentos: era preciso controlar o movimento da mão-de-obra escrava (índios) e das drogas do sertão, atentar para os holandeses que estavam confinados em Suriname (ex Guiana Holandesa), com os quais os índios do Rio Negro mantinham um relacionamento amistoso.
        Os estudiosos afirmam que a data do início de sua construção foi em 1669, ano considerada como o da fundação de Manaus. A obra foi erguida pelo capitão maranhense Francisco da Mota Falcão. Com a sua morte a empreitada foi concluída pelo seu filho Manuel da Mota Siqueira, em 1697. O local escolhido foi na margem esquerda do Rio Negro e   a        sete  milhas  da  sua foz,                                       num local aprazível, numa elevação a    44,9 metros do nível do mar.
        A planta do forte era no formato de um polígono quadrangular (figura que determina a forma geral de uma praça de guerra), sem fosso. Estava artilhado com quatro peças de calibres 3 e 1, contando com uma guarnição de 270 homens, tendo como primeiro comandante o Capitão Ângelo de Barros. Era muito pequeno recebendo o nome, inicialmente de Forte, depois de Fortim e, por último, de Fortaleza. Segundo alguns estudiosos a edificação não merecia o nome pomposo de Fortaleza, pois esta pressupõe uma fortificação enorme, de grandes dimensões, o que não era o seu caso.
        A fotografia acima é de um prospecto (vista de frente) da Fortaleza do Rio Negro, constituindo-se no único registro visual conhecido, datado de 7 de Dezembro de 1754, feito pelo engenheiro alemão João André Schwebel (?), quando por aqui passou fazendo parte da comitiva do governador e capitão-general Francisco Xavier de Mendonça Furtado, vindos de Belém em direção a Mariuá (Barcelos).  É o local onde teve inicio a cidade Manaus, mostrando o forte e algumas casas de palha ao seu redor, além de uma pequena igreja, com a seta da flecha para a direita (descida das águas) indicando que a cidade fica na margem esquerda do Rio Negro. Segundo os historiadores, ele recebeu várias denominações, foi chamado de Forte de São José da Barra do Rio Negro, Fortim de São José, Forte do Rio Negro,                Fortaleza de                  São José do Rio Negro               e           Fortaleza     do          Rio Negro.
        Foi desarmado em 1783, perdendo importância tática e em 1823 (154 anos depois) o vigário-geral José Maria Coelho descreveu a fortaleza como um quadrado quase perfeito, com paredes bastante grossas e de altura equivalente a dois homens, estava destituída de artilharia e tinha apenas duas peças de bronze e ferro.
        No ano de 1875 foi abandonado e virando ruínas. Existem alguns relatos que parte do material foi destinada para a construção do Palácio do Governo (atual Paço da Liberdade e Museu da Cidade, na Praça D. Pedro II). Existe uma sala no museu com o piso em vidro onde aparecem ao fundo umas urnas indígenas e alguns pilares de pedra, caso estiverem corretos os relatos acima aquilo ali é a parte do Forte. No seu lugar foi construído o edifício da Tesouraria da Fazenda, um     prédio     que      foi      totalmente      reformado                            para         abrigar      a         "Casa   de   Leitura   Thiago   de   Melo".
        Os administradores do Porto de Manaus cometeram um crime contra o patrimônio público ao destruírem todo um quarteirão conhecido como “Casas da Boothline”. Comenta-se que apareceram vestígios do forte e que o IPHAN junto com outros órgãos federais conseguiu embargar a obra. Mandaram aterrar para evitar a presença de curiosos e depredações do que restou da nossa memória. Esperamos que um dia seja revitalizado e que parte do forte seja mostrada ao público, caso exista, realmente. Afinal, naquela área é o berço da cidade de Manaus. 

sábado, 4 de julho de 2020

REUNIÃO COM O PRÉ-CANDIDATO A PREFEITO CORONEL ALFREDO MENEZES


Na sexta-feira fui convidado pelo pré-candidato a Vereador Joaquim Alencar, para participar de uma reunião com o também pré-candidato a Prefeito Coronel Alfredo Menezes, ambos do partido PATRIOTA 51.
A maioria dos presentes são ligado ao esporte, principalmente ao futebol de campo, pois foram profissionais em Manaus e até hoje ainda jogam no Master, são os conhecidos “Peladeiros”.
Eu fui à condição de apoiador do Joaquim Alencar e blogueiro que escreveu um livro sobre o futebol de passado e por ser um ferrenho defensor da revitalização do centro antigo de Manaus e também para aproveitar a reunião para ouvir o candidato e dar algumas contribuições.
Foram poucas pessoas, mas muito representativa, de grande qualidade. Por lá estavam o publicitário Luís Carlos Glomyer, o médico Dr. Ruy Gomes, o advogado Dr. José Carlos, o produtor cultural Prado Fast, o guarda municipal Vella 84, o César Revista do Amazonas, o mecânico Pirulito e seu filho que joga em Portugal, Carlos São Jorge, o craque Reis e outro peladeiro.
Foi uma reunião muito produtiva para o esporte/futebol amazonense profissional, feminino, máster, base e comunitário.
O Coronel Menezes ouviu atentamente todos os presentes, falou que nasceu no bairro da Cachoeirinha e que morou por longos anos no bairro Alvorada II. Falou também sobre a sua trajetória dentro do exército brasileiro, onde entrou aos dez anos de idade no Colégio Militar de Manaus, chegando a Coronel, onde poderia chegar a General, pois foi o primeiro de sua turma na Academia Militar das Agulhas Negras. Foi destacado para trabalhar na África, Canadá e Estados Unidos, mas por ser engenheiro com doutorado, resolver sair antes de chegar ao generalato, para tornar-se um executivo no setor privado.
A sua amizade com o atual presidente não é de hoje, pois em 1985 casou-se com uma mulher que fazia parte de sua família. Por esta proximidade e pelo seu vasto curriculum foi convidado para gerir os rumos da SUFRAMA, onde passou pouco tempo. Fui também indicado para ser o presidente do Conselho da Amazônia, mas declinou para representar o Partido Patriota nas Eleições Municipais de 2020. Não pretende se aliar a velhos políticos, mas fazer a diferença ao se tornar mais uma opção aos eleitores de Manaus. “Tenho o desejo de lutar pela Manaus dos sonhos, não só dos meus sonhos, mas dos sonhos de todos os cidadãos manauaras”, declarou o pré-candidato.
Falou também que o seu Partido contratou um profissional de marketing de peso no cenário político nacional e que até a Convenção do seu partido percorrerá todos os bairros de Manaus para ouvir as pessoas, os líderes comunitários, empresários, estudantes, pesquisadores etc para depois fazer um Plano de Trabalho do que pretende fazer por Manaus, caso eleito.
Ouviu atentamente o Joaquim Alencar e falou que dará todo o apoio a ele, pois possui um enorme apoio popular e será um digno representante do esporte local.
Fomos recebidos pelo Cheff Angello, em seu restaurante na Rua Japurá, onde foi servido um gostoso Jaraqui Frito com Baião de Dois. Maravilha!

quinta-feira, 2 de julho de 2020

ESTÁ CHEGANDO A HORA DA ONÇA BEBER ÁGUA!


Amigos. Já está decidido pelo Congresso Nacional o calendário para as eleições de 2020. As convenções partidárias serão de 31 de agosto a 16 de setembro. O registro das candidaturas será até 26 de setembro. As eleições para o primeiro turno será no dia 15 de novembro e em caso de segundo turno para Prefeito será dia 29 do mesmo mês.

Eu já tenho o meu candidato para Vereador e Prefeito: JOAQUIM ALENCAR e CORONEL MENEZES. Eles já trabalharam por Manaus, trabalham e possuem uma vontade enorme em continuar trabalhando agora como legítimo representante do povo e prefeito da capital.

Com relação aos atuais edis, para falar a verdade, não lembro o nome de nenhum deles e considero o meu representante.

Eles agora irão sair da "Bolha" e começar a entrar nas casas dos pobres para tomar cafezinho, comer jaraqui na feira, dá tapinhas nas costas, comprar muletas, cadeiras de rodas, equipamentos de futebol, bancar feijoadas como fosse a comunidade, distribuir sopão, dentaduras, óculos e tudo o que a lei não permite.

Tem um candidato a prefeito que foi várias vezes prefeito e governador, o caboco já está com o pé na cova, mas não quer largar o osso. O cara já foi o pior prefeito de Manaus, mas o povo sempre estar ao seu lado.

Tem vereadores que chegaram lá por apresentarem programas televisivos de fuleiragem, outros sãos evangélicos e tantos outros por terem lábia e dinheiro para convencer e comprar votos dos mais necessitados.

Na realidade, o tempo passa e muda, mas enquanto existir fome, miséria e falta de oportunidades, os mais carentes são sempre os que elegem esses oportunistas.


Os eleitores devem "dar uma banana" para esses políticos profissionais e colocar no poder pessoas mais novas na política, que ainda não estão contaminadas com o poder.

Chega de paraquedistas, egoístas, aproveitadores, ladrões do erário público, artistas mascarados e enganadores da boa fé do povo sofrido da nossa cidade.

Irei votar na renovação na política local! Sou manauara, nasci aqui e aqui vivo todos esses anos. 

Adoro a minha cidade apesar de todos os seus problemas. 

Luto por uma Mana Manaus melhor. Não sou candidato a nada, nem sou filiado a nenhum partido, mas irei apoiar quem pensa, realmente, pelo bem estar da população manauara.

Entendo que é hora de mudar! O seu voto é muito importante. Está chegando a hora da onça beber água!




BLOGDOROCHA: QUADRO “LEI ÁUREA” DO AURÉLIO DE FIGUEIREDO - BIBL...

BLOGDOROCHA: QUADRO “LEI ÁUREA” DO AURÉLIO DE FIGUEIREDO - BIBL...: O estudante, pesquisador, visitante ou turista ao entrar na Biblioteca Pública do Amazonas, depara-se com uma magnífica escada em forma ...

quarta-feira, 1 de julho de 2020

NA NOVENA E FEIRA DE APARECIDA


Ontem, terça-feira, nas minhas caminhadas, entrei na Igreja de Aparecida.
Fizeram todo um trabalho de distanciamento nos bancos e fechando o acesso ao altar, no entanto, patavina de Novena!
Nada perguntei sobre a programação.
Na saída, para a minha surpresa, a Feira de Aparecida estava de volta! Muitos produtos, cafés da manhã, carnes, peixes, frutas, verduras e tudo o mais e nada de pessoas por lá!
Os feirantes estavam olhando um para a cara do outro.
Não sei se a muvuca rolou mais tarde.
Fui e voltei em toda a sua extensão e nada comprei, pois faz três meses que não compro nada para consumo na rua, nem picolé da massa!
Os feirantes não disponibilizavam álcool em gel e alguns deles nem máscara usavam. Péssimo exemplo.
Estavam amontoados, sem o devido respeito ao distanciamento.
Não vi um guarda municipal ou pessoal da saúde naquele local.
Tinha até dois camaradas vendendo carnes e miúdos em cima de uma mesa sem refrigeração. Assim não dá!

Um senhor que vende caldo de cana dentro de um antigo caminhão Citroen, olhou-me sorrindo, achava que eu iria pedir aquele copázio de suco. Nada. Dei um bom dia e segui em frente.
Na Pastelaria Paulista onde sempre comprava um Harumaki de verduras, não quis arriscar na banca do japonês.
Deixei de comprar também o queijo coalho e de manteiga, uns tucumãs, farinha de tapioca e goma.
Voltei sem nada, pois o medo ainda impera!
Em casa, fiquei chateado comigo mesmo, pois não pude degustar das nossas coisas de caboclo.
Não sei se errei ou acertei.
Somente sei que, na próxima terça-feira quero Novena para alimentar a minha alma e me empanturrar na Feira de Aparecida!
Sei, não, meu irmão!




Boanerges Mendonça, Julio Mendonca Sa e outras 3 pessoas