segunda-feira, 31 de maio de 2010

BORBA, AMAZONAS - FESTEJOS EM HOMENAGEM A SANTO ANTONIO

A Cidade de Borba, interior do Estado do Amazonas, distante 155 km da capital, com uma população de 33 mil habitantes, realiza no período de 1º a 13 de junho, a tradicional festa religiosa em homenagem ao padroeiro da cidade, Santo Antônio, cujos restos mortais podem ser vistos na Basílica.

Essa festa já é considerada uma das maiores festas religiosas do Estado do Amazonas, atraindo milhares de romeiros todos os anos, este ano são esperadas cerca de 40 mil pessoas.

A programação terá o ápice no dia 13  com a Procissão de Santo Antonio – durante os treze dias haverá a trezena, missas, arraial, casamentos, batismos, além de uma variada programação cultural, com a famosa Alvorada e eventos musicais no Balneário do Lira e no Centro de Eventos Braúlio Motta.

Um outro momento muito emocionante é a Canoa de Entrada - é uma procissão fluvial, onde os fiéis acompanham a transladação da imagem do santo e do relicário (contém parte da pele dele), esses objetos são trazidos da comunidade de Acará (onde o santo apareceu pela primeira vez) até a sede de Borba; ao anoitecer os fiéis soltam no Rio Madeira cuias com cascas de laranja e iluminadas com velas, é  um esplendor de luzes.

A festa é considerada pelos borbenses como um segundo natal: a cidade vira um mercado a céu aberto, com centenas de barracas de roupas, bugigangas, comidas típicas, bebidas, artesanatos etc. Todos os moradores fazem questão de comprar um roupa nova para o evento, as casas são pintadas, a economia da cidade cresce assustadoramente, todos ganham com o evento.

Vale ressaltar o trabalho do artista plástico Marius Bell – foi o responsável pela construção da estátua de Santo Antonio de Borba, com 13metros de altura.

Viva Santo Antonio de Borba! Viva! É isso ai!

Fonte: Internet e Jornal A Crítica.

sábado, 29 de maio de 2010

LUCINHA CABRAL


A cantora e compositora Lucinha Cabral, amazonense da gema, possui o orgulho de ser cabocla, o amor pela suas raízes e, pela cultura da sua terra, coisas muito raras na maioria das pessoas da região norte, pois valorizam muito o que vem de fora.

Está 30 anos na estrada musical, chegou ao auge da carreira, com o seu mega sucesso “Brasileira”, a letra é mais ou menos assim:

Sou Brasileira
Sou caboquinha
Da pátria d´água, com muito orgulho e farinha
Sou poesia, cunhantãbim
Disse o poeta maluco
Olho d´água, pedaço de mim...
Sou Tainã, igarapé
Balanço da rede, viola no peito
Leseira baré
Sou curupira, sou caboquinha
Antonio Pereira, Aníbal Beça
Mariazinha...
Sou brasileira, sou brasileira
Porto de lenha
Sou boi-bumbá
Vila Santa Rita, Chico da Silva
Sou moronguetá
Meu som também dá
Pra se dançar
Disse o Raízes
São dois pra lá, dois pra cá...
Sou brasileira
Sou brasileira, caboquinha...
Brasileira...
Sou brasileira!

Os seus shows são todos com a temática amazônica, um deles foi o “Curimim”, cantou a música “Flor Negra”, do paraense Nilson Chaves, “Curupira”, dela e Aníbal Beça, “Curumim”, parceria com o Marinho, dentre outros sucessos.

Nem tudo são flores, a nossa caboquinha Lucinha Cabral tem uma filha, a Tainam Soares, quando ainda era uma criança sofreu um grave acidente de trânsito em 2004, o que lhe causou sérias lesões na coluna vertebral, obrigando a usar cadeiras de rodas para se locomover – para colaborar com o tratamento, a Associação dos Servidores e Pesquisadores do INPA fez três edições do projeto “Cultura para a vida”, o evento conta sempre com a participação de diversos músicos, artistas plásticos e o carinho do público manauara.

A Lucinha possui uma performance notável e uma voz aveludada, quando canta ou outros cantores param para ouvi-la, nos faz lembrar o pássaro Uirapuru (seu canto, que só se ouve uns 15 dias por ano, quando constrói o ninho e, ademais, apenas durante cinco a 10 minutos, ao amanhecer, é tido como particularmente melodioso, musical, e diverso do de outra ave qualquer, a ponto de, segundo a lenda, os outros pássaros todos se calarem para escutá-lo).

A nossa Lucinha Cabral continua cantando e encantando a todos. É isso aí caboquinha!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

ANDRÉ VIDAL DE ARAÚJO & A ESCOLA MONTESSORIANA

O Desembargador André Araújo, nasceu em Goiana, Estado de Pernambuco, no dia 15 de Outubro de 1898, veio ainda criança para Manaus, faleceu em 15 de Março de 1975. Implantou em Manaus uma escola que utilizava o  Método Montessoriano.

Foi um grande estudioso das ciências jurídicas, formado pela Faculdade de Direito do Amazonas, turma de 1921, foi Promotor de Justiça, Juiz de Direito e Desembargador, além de Deputado Federal.

Foi um grande mestre, lecionou Direito, Filosofia, Sociologia e Pedagogia. Fundou e dirigiu o Instituto Montessoriano Álvaro Maia, a Escola de Serviço Social do Amazonas, o Laboratório Pedagógico de Cultura Infantil Araújo Filho e a Oficina do Serviço Social do Amazonas. Organizou a Cruz Vermelha, o Conselho de Assistência e Proteção aos Menores, a Creche Circulista Menino Jesus, o Instituto Melo Matos, o Instituto Madalena, a Escola José do Patrocínio, o Serviço Social de Mães Solteiras e mais 72 escolas de alfabetização no interior do Amazonas.

Era uma máquina de produção de trabalhos científicos, foi jornalista colaborador, escritor, membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, da União Brasileira de Escritores, do Rotary Clube, da Academia Amazonense de Letras, além de fazer parte de várias instituições internacionais.

Religioso estremado, integrou a Ordem Terceira de São Francisco em Manaus, pertenceu à Legião de Maria e vivenciou intensamente a paróquia de São Sebastião. Com o casamento com Milburges Bezerra de Araújo, teve seis filhos: Regina Coelli Araújo de Carvalho, Rita de Cássia de Araújo Calderaro, Aristócles Platão, Thereza de Araújo Cabral, Marco Aurélio e João Bosco.

A sua residência ficava na Rua Tapajós, bem em frente ao Luso Sport Clube – na minha infância, passava todos os dias por lá, ele gostava de ficar se embalando numa cadeira de palha, sempre com um livro na mão – a fachada da casa ainda existe e no local mora o seu filho, o psicólogo e professor João Bosco.

Tinha uma enorme preocupação com as crianças pobres de Manaus – ao fundar o Instituto Montessoriano Álvaro Maia, fez uma homenagem a um dos melhores governadores do Amazonas, além de adotar o Método Montessori. O prédio funcionava na Avenida Getúlio Vargas, ao lado da Cruz Vermelha (esquina com a Ramos Ferreira), infelizmente, o prédio foi derrubado, sobrou somente um muro.

O Método Montessori foi criado pela Maria Montessori, a primeira mulher a se formar em medicina na Itália – o seu método era composto por um material de apoio em que a criança observa se está fazendo as conexões corretas – consistia em harmonizar a interação de forças corporais e espirituais, corpo, inteligência e vontade.

Seguindo a biblioteca Wikipédia “A pedagogia de Montessori insere-se no movimento das Escolas Novas uma oposição aos métodos tradicionais que não respeitavam as necessidades e os mecanismos evolutivos do desenvolvimento da criança. Ocupa um papel de destaque neste movimento pelas novas técnicas que apresentou para os jardins de infância e para as primeiras séries do ensino formal. O material criado por Montessori tem papel preponderante no seu trabalho educativo pois pressupõem a compreensão das coisas a partir delas mesmas, tendo como função a estimular e desenvolver na criança, um impulso interior que se manifesta no trabalho espontâneo do intelecto.O aluno usa (individualmente) os materiais à medida de sua necessidade e por ser autocorretivo faz sua auto-avaliação. Os professores são auxiliares de aprendizagem e o sistema peca pelo individualismo. Embora, hoje sua utilização é feita em grupo. A livre escolha das atividades pela criança é outro aspecto fundamental para que exista a concentração e para que a atividade seja formadora e imaginativa. Essa escolha se realiza com ordem disciplina e com um relativo silêncio.O silêncio também desempenha papel preponderante. A criança fala quando o trabalho assim o exige, a professora não precisa falar alto.

O André Araújo foi um visionário, ela sabia o que era bom para o futuro das crianças de Manaus, não levaram adiante o seu projeto de implantar o Método Montessoriano, todos nos perdemos, não sei afirmar se alguma escola da nossa cidade utiliza este método – Os trabalhos e as obras desse grande brasileiro precisam ser estudados e valorizados.

Fontes: Biblioteca Virtual do Amazonas
             Wikipédia.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

DONA ANTONIETA

É com profundo pesar que o nosso blog comunica o falecimento da Dona Antonieta Verçosa de Medeiros Raposo, no Hospital da Beneficente Portuguesa, em decorrência de uma parada cardíaca.

Foi casada com o saudoso governador do Amazonas Gilberto de Madeiros Raposo, com quem teve os filhos João Thomé Mestrinho, Gilberto Filho, Nádia, Kádia e José Antonio Raposo.

Tivemos a oportunidade de conhecê-la na melhor idade, sempre radiante, transbordando alegria, gostava de ouvir boleros juntos com os amigos e familiares – estamos todos de luto, principalmente, os músicos, cantores e frenquentadores do Bar da Loura (Boulevard Amazonas) e da Jestina (São Jorge).

Valeu Dona Antonieta! A senhora merece está ao lodo do nosso bom Deus!

Foto:  acervo de Marcelo Guerra.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

PONTE MANAUS/IRANDUBA - JUSTIFICATIVA PELA CONSTRUÇÃO E POSSÍVEIS IMPACTOS AMBIENTAIS

A Construção da Ponte para travessia de Manaus até Iranduba, pelo majestoso Rio Negro, contou com um excelente trabalho da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), através de estudos e elaboração de um documento chamado de Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).

Este trabalho está disponível na internet, no seguinte endereço: http://www.cca.ufam.edu.br/textoword/TextoFINALdoRIMA.pdf.  Poucas pessoas tiveram acesso, em decorrência de ser muito extenso e técnico.

Para termos uma pequena idéia, irei transcrever somente as justificativas e os objetivos do empreendimento, por parte do governo estadual e, a lista de noventa e nove tópicos de possíveis impactos ambientais.

Justificativas e Objetivo do Empreendimento.

A motivação do GOVERNO ESTADUAL ao propor a construção de ponte sobre o rio Negro surgiu, portanto, da necessidade básica e urgente de se propor alternativas para a expansão urbana da cidade de Manaus. Esta alternativa tem origem em uma série de fatos históricos e fatores sociais, ambientais e políticos. O projeto irá promover a geração de novos espaços habitacionais, oportunizando definitivamente a consolidação da Região Metropolitana de Manaus, e, em conseqüência, desafogar a pressão sobre as áreas urbanas já consolidadas em Manaus. Os municípios que orbitam a capital serão beneficiados pelo empreendimento, compartilhando serviços essenciais de saúde educação e transportes, sem prejuízo para Manaus e com perspectivas de ganho exponencial para os demais municípios envolvidos. O projeto permitirá a elaboração e implantação, sem vícios, de Plano Diretor urbano global e setorizado para o novo espaço – habitação, saneamento básico, transportes, sistema viário, institucional, industrial e comercial, com incorporação ordenada do complexo viário da margem direita (Iranduba) à malha viária projetada e em execução na margem esquerda (Manaus). O acesso a malha viária urbana principal e vias secundárias na região dos bairros envolvidos na parte de intervenção urbana de Manaus sofrerão melhorias inestimáveis. O projeto romperá também o isolamento causado pelas peculiaridades geográficas desta porção do Estado do Amazonas, o que tem impedido o desenvolvimento econômico, não só pela perda de parte da produção agrícola local, mas também, pela impossibilidade de explorar melhor suas riquezas naturais, em especial na área de pequenos empreendimentos de turismo. A repercussão da construção da ponte será determinante para os novos empreendimentos de hotelaria de selva na região. Os benefícios serão inestimáveis para o segmento de turismo, uma das maiores fontes de divisas de vários países do mundo, desde que se apliquem metodologias sustentáveis para a sua exploração. Num contexto mais amplo e de abrangência regional, a construção da ponte justifica-se pela sua conciliação com os projetos, já em andamento, de construção e interligação de novos terminais hidroviários, em especial o de Manacapuru. O projeto diminuiria os custos de transporte até Manaus dos produtos provenientes dos municípios da calha do rio Solimões, Juruá, Javari, Içá, e Purus, reforçando os anseios da população. Neste caso o projeto favoreceria a recepção de todas as cargas dos municípios (totalizando cerca de 30), e aceleraria a sua chegada a Manaus, já que aproximadamente 65% da produção destes municípios interioranos destinam-se à capital. O projeto da ponte poderá atrair novos investimentos, mais intensamente, ao longo da AM-070 que liga Manaus a Manacapuru, pela confiabilidade de fácil acesso a novos mercados de Manaus. O projeto diminuirá o forte impacto social (serviço de baixa qualidade, custos crescentes, filas para a travessia, congestionamentos, riscos nas manobras de embarque e desembarque) causado pelo atual sistema de travessia por balsa, devido ao grande fluxo de pessoas e veículos, pois cerca de 170.000 pessoas reside em municípios próximos a Manaus que, através de balsas, atravessam o Rio Negro utilizando os Portos de São Raimundo e Cacau-Pirêra/Ponta do Pepeta. O projeto também se destaca também pela possibilidade real de incentivo à inovação e ao desenvolvimento tecnológico nos serviços de arquitetura e de engenharia, já que a obra permitirá a integração de universidades durante o desenvolvimento dos trabalhos, elaborando relatórios, ensaios técnicos, controle de qualidade, etc.; pela transferência de tecnologia por intermédio de consultorias estrangeiras, pois o projeto apresenta solução arquitetônica e de engenharia considerando o que existe de mais atual do ponto de vista técnico; e por ter possibilidade de incorporação de know how pela comunidade técnica local, durante e após a execução do empreendimento. Similarmente, dentre os benefícios esperados inclui-se o treinamento de pessoal na prática da manutenção permanente da ponte, dominantemente na fase de pós-execução do empreendimento. A construção da ponte possibilitará o fácil deslocamento da população às localidades adjacentes, sobretudo para a Região dos Lagos além do acesso ao lazer. A construção da ponte possibilitará e facilitará o deslocamento e o transporte intermunicipal de cargas, principalmente, criando novo impulso para o setor oleiro e atendendo a indústria cerâmica e oleira do município de Iranduba, no escoamento de sua produção atual de 50 milhões de tijolos/mês, gerando 3 mil empregos diretos e 10 mil indiretos. Outro benefício inicialmente temporário associado ao empreendimento está ligado a ampliação do nível de oferta de emprego. Durante a execução do empreendimento seriam gerados, no pico da obra, entre 660 e 1.100 empregos diretos e aproximadamente 3.000 indiretos. Na fase de operação da ponte, em função dos serviços de sua manutenção novos postos de emprego seriam disponibilizados em caráter permanente. Conclusivamente o que se depreende da análise do projeto de construção da ponte sobre o rio Negro, é que ela mostra que o projeto encontra-se perfeitamente compatibilizado e vinculado com as demais ações, planos e programas tanto na esfera do governo federal, estadual e até mesmo na esfera municipal.

Listagem de possiveis Impactos Ambientais.

Componente1 Variáveis (Impactos Possíveis) do Meio Físico :
1. Alteração das propriedades físicas e biológicas do solo;2. Alteração na forma de uso do solo (com perdas de terras potencialmente agricultáveis e de áreas verdes);3. Perdas de solo por erosão;4. Impacto visual nas áreas de empréstimo (com alteração do relevo);5. Mudança na demanda de argila para produção de tijolos e cerâmica;6. Alteração da qualidade do ar;7. Alteração na precipitação atmosférica e na qualidade da água de precipitação;8. Alteração da temperatura do ar;9. Alteração da umidade do ar;10. Alteração dos parâmetros da circulação dos ventos;11. Alteração da qualidade da água de superfície;12. Alteração da qualidade e quantidade da água subterrânea;13. Mudança de captação de água superficial;14. Mudança da captação de água subterrânea;15. Resuspensão de sedimentos de fundo durante a instalação dos pilares;16. Represamento de cursos d'água;17. Assoreamento dos cursos d'água;18. Geração de ruídos e vibrações;19. Alteração de áreas em função da abertura de novas áreas para lavra e exploração de recursos minerais;20. Mudanças na qualidade da água decorrentes da redução do uso de balsas movidas a combustível;21. Comprometimento da qualidade da água na Ponta do Ismael.

Componente 2 Variáveis (Impactos Possíveis) Meio Biótico:
22. Modificação da cobertura vegetal;23. Alteração na composição e estrutura das comunidades vegetais;24. Modificação das florestas marginais dos cursos d'agua;25. Modificação do nível de conservação da fauna e flora em função da implantação de pequenos empreendimentos de ecoturismo;26. Modificação do nível de conservação da fauna e flora em função da implantação de grandes empreendimentos de turismo;27. Contaminação das áreas florestadas por resíduos sólidos;28. Afastamento (afugentamento) da fauna terrestre;29. Afastamento (afugentamento) da fauna aquática;30. Alteração na estrutura e composição da vegetação nativa pela introdução de espécies vegetais exóticas e invasoras;31. Alteração de habitats para aves migratórias;32. Modificação de habitats de abrigo, alimentação e reprodução da fauna terrestre;33. Modificação de habitats de abrigo, alimentação e reprodução da fauna aquática;34. Manifestação de efeito de borda em áreas fragmentadas;35. Supressão de quintais em Manaus;36. Alteração populacional de espécies endêmicas, ameaçadas, em perigo de extinção e legalmente protegidas;37. Alteração do ambiente natural de vetores e hospedeiros de doenças infecciosas e parasitárias;38. Alteração da densidade populacional das espécies da fauna, devido à atividade de caça;39. Alteração na taxa de mortalidade de animais silvestres por atropelamento;40. Pressão sobre as unidades de conservação existentes na área de influência;41. Alteração do uso dos recursos agro-florestais e do extrativismo vegetal;42. Geração de obstáculos à migração e/ou movimentação de animais;43. Efeito da iluminação artificial sobre os invertebrados.

Componente 3 Variáveis (Impactos Possíveis) do Meio Social e Cultural:
44. Demografia - Mudança no processo de migração urbano-rural;45. Demografia - Mudança no processo de migração rural-urbano;46. Conflitos Sociais - conflitos entre populações locais e migrantes;47. Demografia - Remoção das famílias desapropriadas;48. Saúde - Mudança na incidência de doenças causadas por vetores e veiculação hídrica;49. Saúde - Mudança na incidência de DST;50. Saúde - Mudança na incidência de acidentes com animais peçonhentos;51. Educação - Mudança da demanda escolar;52. Educação - mudança no índice de evasão escolar;53. Educação - mudança no acesso à capacitação em geral (professores, agentes de saúde, técnicos agrícolas);54. Mudança nos níveis de prostituição;55. Mudanças na ocorrência de gravidez na adolescência;56. Possibilidade de transgressão aos costumes e valores das populações;57. Novos pontos de atração turística;58. Mudança na formação de engenheiros civis na região;59. Alteração e criação de oportunidades de acesso á cultura e lazer da população;60. Mudança no acesso e criação de novos espaços públicos de lazer e turismo;61. Patrimônio - Mudança nas oportunidades de acesso aos locais históricos, santuários, sítios arqueológicos;62. Patrimônio - Mudança na incidência de depredação do patrimônio histórico/arqueológico;63. Patrimônio - Mudança na taxa de descoberta de novos sítios arqueológicos;64. Ocupação de áreas para a construção de moradias;65. Mudança na incidência de acidentes de trânsito nas áreas urbanas;66. Possibilidades de destruição de sítios arqueológicos por conta das obras;67. Mudança na demanda sobre os serviços de segurança pública, saúde, educação, saneamento;68. Populações indígenas - Mudança nos costumes e da estrutura social vigente;69. Populações indígenas - Migração dos grupos indígenas para as frentes de trabalho;70. Populações indígenas - Pressão sobre as áreas indígenas;71. Populações indígenas - Redução no território de caça das populações indígenas;72. Exploração sexual infantil.

Componente 4 Variáveis (Impactos Possíveis) do Meio Econômico-Operacional:
73. Emprego - Mudanças na taxa de desemprego;74. Emprego - Mudanças na taxa de emprego;75. Mudança da demanda por água potável e no serviço de abastecimento de água;76. Mudança na demanda por serviços de esgoto;77. Mudança na quantidade de lixo produzido na AID;78. Mudança na movimentação comercial;79. Desapropriação de estabelecimentos comerciais;80. Mudança no perfil da produção agropecuária;81. Introdução de novos tipos de empreendimentos (metalúrgicas, frigoríficos e fábricas);82. Mudança na demanda por energia elétrica;83. Aumento na arrecadação de impostos (IPVA, ICMS, ISS, IPTU);84. Mudança no preço de produtos hortifrutigranjeiros;85. Transporte fluvial - Mudança no sistema de transporte fluvial (balsa, catraia, lancha);86. Interferência na navegação;87. Mudança no tempo de transporte intermunicipal;88. Transtornos para os usuários do sistema de transporte público;89. Desenvolvimento do pólo oleiro;90. Transporte rodoviário - Alteração no itinerário de ônibus urbanos;91. Mudança no padrão de escoamento da produção;92. Modificação do segmento de turismo;93. Criação de novas opções de transporte intermunicipal (Moto-taxi, táxi e ônibus);94. Mudança no valor das terras e imóveis;95. Transporte rodoviário - Mudança no fluxo de veículos particulares;96. Especulação imobiliária;97. Mudanças nas condições das vias de acesso secundárias;98. Facilidade e menor custo para o deslocamento da população;99. Interligação ao sistema viário interestadual/nacional.

Apesar de ser muito extensa, vale a pena ler, pois de alguma forma irá afetar a nossa vida. É isso.

REDE DE DORMIR

Foi um invento dos indígenas da América do Sul, no Brasil era conhecida por “Hamaka”, sendo a palavra “Rede” utilizada pela primeira vez pelo Pero Vaz de Caminha, em carta a Portugal, onde descrevendo a povoação dos Tupiniquins, seus hábitos e costumes, relata a maneira de dormir, daqueles indígenas.

Este é um hábito comum nas regiões norte e nordeste, faz parte da nossa cultura; uma grande maioria das pessoas ainda utilizam a Rede em substituição a Cama de dormir, além de servir de descanso nas casas de veraneio. Originalmente, era feita de cipó e lianas; no Brasil colônia era utilizada também para enterrar os mortos no meio rural, além de servir como meio de transporte, onde os escravos carregavam os colonos em passeios pela cidade.

As mulheres dos colonos portuguesas adaptaram as técnicas indígenas às suas varandas, passando a confeccionar as redes em algodão e enfeitando com franjas.

Existem muitos causos tendo como personagem principal a “Rede”, eis algumas:

Na minha adolescência, era comum entre a rapaziada de Manaus, o desejo de conhecer o Rio de Janeiro - quando alguém conseguia viajar pela primeira vez de avião, existia sempre aquela gozação: - Não adianta levar a rede, pois no avião não existe armador!

A nossa família era constituída pelo papai, mamãe, vovó, duas irmãs e três irmãos, com exceção dos meus pais, que utilizam a cama de casal, todos os outros usavam a rede de dormir, deixei de usá-la somente quando casei, após a separação, voltei para a querida rede de dormir.

Lembro, quando criança, os mais velhos falavam: – Além da mulher, a coisa melhor do mundo é a zoada da chuva no telhado de zinco, se embalar e coçar a frieira no punho da rede!

Tive um vizinho no Conjunto dos Jornalistas que, certo dia me revelou: – Ainda não deixei o hábito de usar a rede de dormir, mesmo após o casamento; ato a dita cuja bem cima da cama da mulher, somente desço para ir ao banheiro e dar uma “lamparinada” na velha, depois subo para dormir! É mole! Mas Sobe!

Tenho um amigo morador da Vila de Paricatuba, município de Iranduba, possui um belo terreno no Lago de Paricá, inspirado pelos “Bumbódromo e Sambódromos” da vida, resolveu fazer o “Redódromo” – um barracão com duzentas redes enfileiradas, para servir de pousada para os turistas mochileiros. Com o término da Ponte Manaus/Iranduba a moda vai pegar.

O caboclo preguiçoso estava se embalando, quando uma grande cobra começa a deslizar pela rede, morrendo de medo, bota a boca no trombone: - Mãe, a senhora tem remédio para picada de cobra? A velha responde: - Tem não, meu filho, por quê? Ele responde naquela manha: - É que tem uma no punho da minha rede! Preferindo ser picado ao sair da sua rede!

O Barco chegou ao destino, todos os passageiros saíram, ficou somente um dorminhoco, o comandante foi até e lá e começou a balançar a rede do caboclo: - Acorda, acorda, acorda! O cara meio sonolento deu um pulo e falou: - A corda é minha a rede eu não sei de quem é! Sai prá lá amigo do alheio!

Na Amazônia as estradas são os rios, para vencer qualquer lugar são utilizados os “Barcos Regionais”, dotados de alguns “Camarotes” para os mais abastados, a grande maioria utiliza-se das redes de dormir, ficam atadas (amaradas) pelos lados, por cima e por baixo, ficando sem espaços até mexer as pernas!

Por falar em Barco, irei comprar uma nova rede, com o desenho da Bandeira do Brasil – pretendo ir ao Festival Folclórico de Parintins; além de assistir as apresentações do Garantido e Caprichoso, assistirei aos jogos pela Oitava de Final, embalando na minha rede de dormir! É isso ai!

domingo, 23 de maio de 2010

AS BRIGAS DE RUA DO ZÉ MUNDÃO DE MANAUS

O Zé é um manauara, olhos amendoados, sem barba, pereché, gosta de Caldeirada de Bodó e Jaraqui frito com farinha d’água, regado com suco de Cupuaçu, adora o Boi Caprichoso e curte muito a música popular amazonense, gosta das Praias da Lua, Tupé e de Paricatuba, curte viajar de barco regional pelo interior do Estado, além de apreciar muito uma “loira gelada”; nem precisa falar que ele é um “Cabocão”, realmente, ele é um cara muito maneiro, possui aquele jeitão de nortista, calmo, atrasado dois fusos horários em relação à Brasília, mas é somente a aparência, não pise no seu pé, senão o bicho vai pegar, possui uma ascendência paterna de origem nordestina, o seu sangue tem um pouco de cabra da peste; desde curumim que ele entra em confusão, apanha mais do que bate, esse Zé Mundão nunca tomou jeito, mas tem um bom coração, todos os burburinhos em que se meteu foram para repelir uma agressão ou defender os francos e oprimidos - Será mesmo, Zé? Sei não! Na sua infância, tinha um algoz, um moleque apelidado de “Cagão do Mato”, em decorrência de gostar de fazer as suas necessidades fisiológicas no matagal, o Zé gostava de gozar com o cara, bem de longe ficava apelidando o colega de rua – Cagão, Cagão, Cagão do Matoooo! Gritava o apelido e corria, quando era pego, apanhava o dia todo e ainda ficava amarrado num pé de Goiabeira para apanhar à noite; resolveu entrar numa “academia de rua”, recebeu uma aula básica de “TôComDor”, é isso mesmo, para aprender a lutar, teve primeiro de apanhar um bom bocado; depois de alguns treinos, achou que já estava preparado, partiu para cima do seu carrasco, não deu outra, apanhou novamente! Saí pra lá, Zé Mundão! Na adolescência, começou a paquerar as gatinhas das outras ruas, gostava de invadir o território inimigo - era comum a molecada de Manaus ter rixas entre as ruas ou bairros, por exemplo, o pau comia feio entre os jovens de São Raimundo, Aparecida, Gloria e Matinha; os da Rua Igarapé de Manaus brigavam com os da Rua Major Gabriel, por sua vez, brigavam com os jovens da Segunda Ponte e, assim por diante – o Zé invadia o ninho alheio e defendia o seu, era um guerreiro “de araque”! Ele tinha um colega da mesma laia dele, morador do bairro de São Raimundo, era o famoso galego “Bacurau”, outro brigador de rua, esse tem muitas historias para contar. Será que o Zé parou com as brigas, na juventude? Acho que não, ele aprontou muito nas festinhas que os jovens faziam em suas casas, onde rolava muito som de vinil e de fita cassete, batida de Leite de Tigre e cocotas até a tampa!Bastava acender o seu pavio curto, para o couro comer no centro; gostava de frequentar o Sheik Clube e o Bancrévia, para curtir o som dos Embaixadores e dos Pássaros Azuis, nesta época, já curtia, também, um pouco de Montila e muito dos “The Beatles”, além do “Sambão”, da União Esportiva Portuguesa, sempre tinha alguma desavença por causa de mulher. Na sua vida mais adúltera, ficou um pouco frouxo, pegou até um apelido de “The Flash”, na hora do vamos ver, o Zé saia correndo numa rapidez igual ao personagem do desenho animado, mas, segundo ele, ainda corre nas suas veias uma mistura de sangue de guerreiro Ajuricaba com o do cangaceiro Lampião - Tá bom, Zé Mundão, vou fingir que acredito! Uma vez ou outra entra numa confusão, falando, não adianta correr, tá no sangue! Certa vez, ao retornar à pé para a sua casa, tinha gastado em cevada até o dinheiro do táxi, um sujeito tentou roubar a sua carteira porta-cédula (por que não dizer porta-documento, pois o “dindin” é sempre raro), deu uma peia no meliante e levou duas peias e meia, foi caco de Zé Mundão para todo o lado! Depois descobriu que o pilantra era seu vizinho, ele veio na maior cara de pau falar para o Zé que não sabia que ele era da área, da próxima vez, ao retornar para a sua casa, o Zé coloca uma placa no peito “Por favor, não me bata, sou da área!” É mole, mas levanta! Entrando na melhor idade ou idade feliz, o Zé Mundão não esquenta mais, não está nem mais aí para as confusões ao seu redor, desde que não pise no se pé ou tirem onda com os seus amigos, senão o pau vai comer de novo! Sai pra lá, Zé Mundão! Eu, hein!  

sábado, 22 de maio de 2010

BIBLIOTECA PÚBLICA DO AMAZONAS


Este prédio imponente foi construído no governo do Constantino Nery, entre 1904 e 1907, localiza-se na Rua Barroso, esquina com a Avenida Sete de Setembro, centro antigo de Manaus.

O seu estilo é neoclássico, as escadas e as colunas vieram da Escócia, o boleão de mármore, os lustres de cristal e a clarabóia de telhas vindas da Inglaterra, a escada que dar acesso ao andar superior é de ferro, com degraus e guarda-corpo vazado em bordaduras, projetada pela firma escocesa Mac Farlane. No andar superior, encontra-se a obra de Aurélio de Figueiredo, intitulada “Redenção do Amazonas” e, no hall estão as paisagens amazônicas pintadas por Branco e Silva.

O acervo é imenso, em torno de 200 mil obras, constituído por materiais bibliográficos e de multimídia – para consulta imediata, dispõe de dicionários, enciclopédias, atlas geográficos e histórico, listas telefônicas, anuários estatísticos, manuais, livros e materiais de informações utilitária – obras de consulta e leitura para fins de informação, estudos, pesquisas e lazer – coleção de publicações e documentos relativos à Amazônia – coleções de jornais e revistas e livros e periódicos para deficientes visuais.

Existem vários salões, os mais famosos são o “Salão José Lindoso” (governador do Amazonas, ono período de 1979 a 1982), contém livros, folhetos, manuscritos e CDs – “Salão Genesino Braga” (jornalista, cronista, professor e diretor da BP durante longos anos), com acervo geral (livros, periódicos, folhetos, enciclopédias e dicionários) e o “Salão Thália Phedra” (bibliotecária), com livros literários.

Todo este imenso acervo não está disponível no momento, a Biblioteca Pública está fechada faz dois anos - lamentavelmente, fechar uma biblioteca por longo tempo é uma maldade para com a população de Manaus. Os homens do poder resolveram investir milhões e milhões de reais na reforma, sem prazo de entrega. É isso.

Foto: modificada por J Martins Rocha

quinta-feira, 20 de maio de 2010

TACACÁ NA BOSSA

O título da nossa postagem pode não fazer sentido para quem não é da região norte, mas é isso mesmo – o Tacacá é uma bebida quente, com folhas, tucupi, goma e camarão, servida em cuias – a bossa, veio da Bossa Nova, movimento da música popular brasileira criado no final da década de 50.

O casal Rosa Maria Vital e Joaquim Melo, possuem uma Banca de Tacacá, chamada Tacacá da Gisela, no Largo de São Sebastião, centro antigo de Manaus. Tiveram uma grande idéia: misturar o Tacacá com música popular brasileira, surgindo o famoso “Tacacá na Bossa”. E agora, faz sentido?

O projeto está caminhando para o quinto ano, contribuindo de fato para a revitalização do centro – as apresentações são realizadas as quartas-feiras - é montado um palco improvisado, com dezenas de cadeiras de alumínio para acomodar o público, permitindo aos manauaras e aos turistas, o prazer de degustar do melhor Tacacá de Manaus, ouvindo uma boa música popular brasileira. E isso é bom!

Com o passar do tempo, as quartas foram variando os estilos musicais, para que pudesse abranger um público mais variado, sempre preservando a qualidade. Além de bossa nova e mpb, o tacacá na bossa abriu espaço para o jazz, o blues, o chorinho, o pop rock e o reggae.
O tacacá no bossa tornou-se uma referência e hoje encontra-se consolidado e definitivamente integrado na vida cultural da cidade.

Segundo a Dona Rosa “Nossa idéia é lembrar a época de ouro do ciclo da borracha, quando o Largo de São Sebastião concentrava a vida social da cidade” – de fato, o progresso e a violência urbana, forçaram as pessoas a permanecerem reclusas em seus próprios lares – com a revitalização do centro antigo de Manaus, as pessoas começaram a voltar a frequentar esses lugares, pois encontram segurança para as suas famílias, comidas típicas da região norte e a oportunidade de assistir a apresentações de shows musicais, de danças e de teatro, tudo ao ar livre, permitindo, dessa forma, um maior contato entre as pessoas. E isso é muito bom!
O projeto tacacá na bossa foi uma forma de o Tacacá da Gisela retribuir à cidade todo o carinho recebido. Tornou-se mais um espaço onde os músicos locais podem apresentar seus trabalhos.

O projeto “Tacacá na Bossa” foi bancado pelos próprios bolsos dos organizadores, durante quatro anos seguidos – a partir de meados do ano passado, começaram a surgir as parcerias com empresas privadas e com a Secretaria de Cultura do Amazonas – o evento está solidificado, faz parte do calendário cultural de Manaus -  dando o devido valor aos músicos e cantores da região norte, principalmente aos artistas locais, pois além do cachê que recebem, podem divulgar o seu trabalho através da venda dos seus CD´s. E isso é bom demais!

O evento é um sucesso de público, inclusive a TV Ufam, canal 7 e 27 da NET, grava o show e transmite às sextas, sábados e domingos.

O Joaquim e Rosa estão de parabéns, misturar os ingredientes do Tacacá com a música é sucesso total – viva o Tacacá na Bossa! É isso aí!

terça-feira, 18 de maio de 2010

HOTEL CASSINA & CABARÉ CHINELO

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O imóvel que abrigou o Hotel Cassina e, posteriormente, o Cabaré Chinelo, localiza-se na Rua Bernardo Ramos no. 295, no centro antigo, foi considerado um bem que integra o Patrimônio Cultural de Manaus, tendo sido incluído no Decreto da Prefeitura Municipal de Manaus, sob o no. 7.176, de 10/01/2004, como Unidade de Preservação do 1º. Grau.

O prédio tem como características: a representatividade da Manaus Belle Époque; com predominância da cor vermelha, com o branco nos ornamentos do edifício, possui algumas linhas circulares inspiradas nos arcos abaulados, o seu estilo é eminentemente ecléctico.

Este magnífico prédio foi construído em 1899 e, segundo os historiadores, o nome do hotel foi em homenagem ao seu proprietário, o italiano Adréa Cassina. Passou por momentos de glória no período áureo da borracha – depois com a débâcle (ruína dos seringalistas e toda a cadeia que envolvia a produção da borracha), foi rebaixado para a condição de Pensão, passando, posteriormente, para Cabaré Chinelo, no sentido pejorativo de quinta categoria e, finalmente, para a condição de um prédio abandonado, em ruínas.


Na época do fausto, o casino era utilizado pelos barões da borracha, onde apostavam grandes fortunas, era um espaço de diversão das elites, um conjugado de “dancing”, bordel e casino - a prostituição corria solta, com belas mulheres “cocotes” francesas e polonesas, bebiam conhaque, champanhe e vinhos finos, com tudo do bom e do melhor! Belos tempos!.

O prédio tem uma significação bastante grande para a nossa história, tanto que o autor amazonense Alberto Nunes Lopes, escreveu o livro “Cabaré Chinelo” - "O livro reconstrói o cotidiano do Hotel Cassina, onde se divertiam os barões da borracha e ocorreram muitas histórias que ficaram registradas no imaginário popular, recrio na ficção a vida do cabaré que era frequentado pelos altos barões da borracha", explica o autor.


O imóvel pertence a particulares, porém, existem projetos do poder executivo municipal e estadual, para restaurá-lo e transformá-lo em um teatro popular.

Existe boa vontade dos homens públicos, mas, somente a intenção não é suficiente – o imóvel vem sistematicamente sofrendo degradações, sem nada ser feito para a sua conservação.

O imóvel é tombado por lei. Porém, fica a pergunta que não quer calar: - E se tombar, no sentido da palavra? Talvez alguns respondam: - Tombou, e daí? Outros dirão: - Poderemos construir no local mais um Camelodrómo!

A administração pública deve ter o compromisso de promover e incentivar a preservaçao, recuperação e a revitalização das construções de relevante interesse, para a garantia da valorização cultural da cidade e de seus custumes e tradições. É isso.



Fotos: Foto Colagem e a última -J Martins Rocha;
            A do meio ,foi idealizado pelo pessoal da Fucapi.
           

segunda-feira, 17 de maio de 2010

KÁTIA MARIA - DVD "SHOW DE 50 ANOS DE CARREIRA NO TEATRO AMAZONAS"


A Nossa querida e amada Kátia Maria está de DVD novo na Cidade de Manaus, dando continuidade ao projeto de comemoração dos seus 50 anos de carreira musical.

O espetáculo em homenagem a Boda de Ouro, foi realizado no Teatro Amazonas, no dia 02 de dezembro de 2009, contou a participação especial de Lucilene Castro, Lili Andrade, Ingrid Nascimento, Flávio de Souza e Manoel Passos.

Para a feitura do DVD, a Kátia recebeu a colaboração de muitos profissionais, a saber:

• Direção e Produção: Manoel Passos
• Direção Geral: Gilmar Couto & Yêda Couto
• Cenário: João Palmeira
• Imagens e Arte do Data Show: Vanessa Monteiro
• Realização: Equipe Técnica da TV UFAM
• Técnico de Som: Reldson
• Direção de Arte DVD: Diego Aguiar.

As músicas são as seguintes:

01 - Inspiração                                        
02 - Rosa de Maio     
03 - A Grande Verdade                      
04 - Fracasso            
05 - Nervos de Aço    
06 - De Cigarro em Cigarro           
07 - Nostalgias                       
08 - Por Causa de Você                      
09 - Quem Eu Quero Não Me Quer
10 - Ronda
11 - Que Será                    
12 - Tango para Tereza                  
13 - Sorri
14 - Que Queres Tú de Mim 
15 - Devolvi
16 - Quizás, Quizás, Quizás
17 - As Rosas Não Falam
18 - Cavalgada
19 - Doida de Mais
20 - Quase
21 - As Pastorinhas
22 - Bandeira Branca
23 - Quem Sabe, Sabe
24 - Jardineira

A Banda que acompanhou a nossa Kátia Maria foi composta pelo Bernardo Lameira (Contra-Baixo), Carlos Ribeiro (Sax e Flauta), Rinaldo Buzaglo (violonista), Jeremias Dutra - Jerê (Piano), Manoel C. de Carvalho (Baterista) Eliberto Barroncas (Percussão).

Contatos: 92 8170-2376

História da Kátia Maria:


Nascida no dia 10 de março de 1940, na Rua Santa Izabel, no bairro da Praça 14 de Janeiro, a menina Cleonice Galvão do Nascimento, filha do estivador Manoel Galvão e de sua esposa, a dona de casa Francisca Nogueira do Nascimento, ainda na tenra idade, já sonhava viver no mundo da arte inspirada nos musicais exibidos nas telas dos cinemas, na provinciana capital amazonense, que não deixava de frequentar, especialmente quando os astros principais eram Ninon Sevilla, Elvira Pagã ou Maria Antonieta Pons. Essa fascinação a levaria, ainda na adolescência, com pouco mais de 16 anos, junto com a irmã Cleide, mais nova apenas dois anos, a participar de shows que começara a ser realizado pela Rádio Baré, como bailarina de rumba, adotando o nome artístico de Irmãs Galvão. Essas apresentações antecediam os astros principais naquela época, como Carlos Simões, Sheila Maria, Maria das Dores, Estevão Santos, Izinha Toscano, Simas Vieira, acompanhados por exímios instrumentalistas que fizeram fama na época de ouro da Rádio Amazonense, como Olavo Santana, Domingos Lima e Máximo Pereira.


Em abril de 1958, decidiu apresentar-se individualmente, agora como cantora, sendo aprovada imediatamente pelos músicos que faziam parte do cast da Rádio Difusora do Amazonas, inaugurada em 24 de novembro de 1948, que concorria com a Rádio Baré em programações semelhantes, com um palco dotado de piano e excelentes músicos a dirigir a sua programação musical, iniciando uma trajetória que perduraria por mais de 50 anos, tendo sido muitas vezes premiada como a melhor cantora do Amazonas.


KÁTIA MARIA, seu nome artístico começou a ficar reconhecido pelas autoridades ligadas a cultura do Amazonas, quando recebeu várias homenagens, como Rainha do Rádio. No ano de 2002 foi homenageada no espetáculo Mulheres do Brasil, realizado no Teatro da Instalação, com a participação das cantoras Lucilene Castro, Lucinha Cabral, Márcia Siqueira, Fátima Silva, Sinara Nery e Cristina de Oliveira. Em 2005, recebeu a medalha Ana Carolina, o plenário da Câmara Municipal de Manaus, com a presença do mundo artístico e intelectual manauense. Em 2006, recebeu a Medalha do Mérito Legislativo, da Assembléia Legislativa do Amazonas, pelos relevantes serviços prestados a música de nossa terra. No dia 24 de novembro de 2008 no Teatro Amazonas, a cantora Kátia Maria recebeu da Rádio Difusora do Amazonas o Microfone de Ouro, em comemoração aos 60 anos da referida rádio.
Fui convidado para assistir ao show, infelizmente, não pude comparecer; segundo o fã clube da Kátia Maria, o evento foi realizado em grande estilo, ela provou que é uma das melhores e mais antigas artistas amazonenses ainda em plena atividade.

Durante  o show, ela recebeu uma placa comemorativa, ofertada pela Secretaria de Cultura do Estado do Amazonas, na pessoa do Dr. Robério Braga, por sinal, ficará exposta permanentemente no Teatro Amazonas, fará parte da história, para o todo e sempre!
Para curtir um pouco daqueles momentos inesquecíveis, somente assistindo várias vezes  o DVD da diva Kátia Maria. É isso ai.

sábado, 15 de maio de 2010

DECLARAÇÃO DE AMOR AO RIO NEGRO

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Rio Negro, negro sempre tu foste, negro, sempre tu serás; as tuas águas translúcidas, na calmaria das manhãs ensolaradas, refletem as nuvens, as matas e todos os seres que se colocam acima e ao teu lado, como se fossem um espelho negro; assim, espero, para o todo sempre, amém, pois, infelizmente, já vi muitos rios negros, virarem rios pardos, poluídos, sem vida, não é o teu caso; não permitirei, jamais, o progresso acabar com a tua vida, com o oxigênio da tua composição química; tu fazes parte da minha vida, uma simbiose entre mim e ti; sempre o adorei e o respeitei; nunca, jamais, em hipótese alguma irei poluí-lo, também, não permitirei te afogares no mar de lama da poluição; é inconcebível uma pessoa que recebe a luz, a paz de espírito da tua beleza e imensidão, que bebe na tua fonte finita de águas cristalinas, dar de volta, a poluição em teu leito, jogando lixos em tuas margens; muitos, muitos, não sabem, não entendem, são ignorantes, pecam pela sua falta de conhecimentos e sensibilidade, vêem, mas, não enxergam, são cegos do saber e do amor, pois quem ama, não suja, em hipótese alguma, a sua cidade Manaus e o Rio que banha toda a sua margem esquerda; quem ama, preserva, luta pela sua perenidade, para o pleno usufruto atual e pelas futuras gerações.



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NEGRO!


MEU AMOR!


TE VI:


ME APAIXONEI!


ANSIEI ESTAR CONTIGO


NUMA NOITE DE LUAR,


NA CARÍCIA DAS TUAS ÁGUAS MERGULHAR!


ATIRAR-ME NOS TEUS BRAÇOS!


ENTREGAR-ME NA EMOÇÃO...


NEGRO!


TENS AROMA DO AMOR...


O SABOR DA PAIXÃO DE LUTAR!


CORAGEM QUE BROTA DE PROFUNDA DOR...


NO MEU CORAÇÃO A TOCAR!


NÃO POSSO MAIS VIVER SEM TI!


FIZESTE DE MIM UM PEQUENO SOL,


COM VONTADE DE NASCER DE NOVO


A CADA DIA!


NEGRO,


MEU AMOR!
(O Romper da Aurora no Espelho Negro - Leny Delamuta Mello)

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Te amo Rio Negro!


Fotos Colagem: José Martins Rocha

JORGE TUFIC - CLASSIFICADOS




Colombovo

Era um robe, mas também um agradável exercício, a mania que sempre tive de por ovos de galinha na posição horizontal. A par disso, talvez por mera vaidade, sem a menor preocupação de explicar que jamais fora possível colocá-los nessa posição unicamente com o auxílio das mãos, quando isto só contribui para o desequilíbrio do corpo em movimento. O “segredo”, afinal, consiste em dar-lhes, com as mãos, o devido apoio mecânico para que possam encontrar o seu exato eixo gravitacional; e, assim, como por mágica, ficarem de pé em qualquer superfície plana, até mesmo no vidro ou na mica de um relógio. Quando passei isso a alguns jovens do bairro de Santo Antonio, em Manaus, todos eles obtiveram sucesso.

Leituralem

Leitura não é só de letras. Também de mundo, é. O olhar tem brilhos capazes de penetrar nos abismos, quer das palavras ainda em busca de sentido, quer das coisas. Leia-se um pouco de Sartre, tome-se a carona dos vastos paineis de Fernando Pessoa. Isto é leitura. Ainda mais quando letras e labirintos possam franquear os limites da sedução pelo mito. Com efeito, o mito é a leitura de todos os fenômenos que cercam as possibilidades de um clarão a mais em nossas deambulações metafísicas, aqui onde se toca o mistério, a esperança e a renúncia ao que se mostra fácil e monótono.



O sebo dos mortos-vivos

Precisando adquirir um exemplar de meu livro, publicado em 1999, sob o título de Quando as Noites Voavam, estive numa livraria de Manaus, e ali me disseram que o preço do mesmo era de 35 reais.

- E o autor, tem desconto presumível?

- Acho que não.

Idêntica parada aconteceu-me em Fortaleza: encontrei meu Curso de Arte Poética ao preço de 35 reais, estando fora de questão a hipótese de qualquer abatimento para o autor da obra.

E não ficou poraí. Já em São Paulo, encontrei num sebo da Paulista um exemplar de meu livro intitulado Retrato de Mãe, ao preço de raridade: 60 reais.

Desisti das andanças, vivamente preocupado com o fato de já estar morto há mais de cinquenta anos, e, portanto, sem direito a um desconto de, no mínimo, 20% na compra de meus próprios livros.
 
Jorge Tufic, (Sena Madureira, Acre, 13 de agosto de 1930), é um poeta e jornalista brasileiro.

Tufic iniciou sua educação em sua cidade de origem, transferindo-se posteriormente para Manaus, onde concluiu os estudos. Em 1976, foi agraciado com o diploma "O poeta do ano", prêmio concedido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amazonas, em reconhecimento à sua vasta e intensa atividade literária. Tem seu nome inserido em várias antologias, entre as quais destacam-se "A Nova Poesia Brasileira", organizada em Portugal por Alberto da Costa e Silva, e "A novíssima Poesia Brasileira", que Walmir Ayala lançou na Livraria São José, no Rio de Janeiro, em 1965. É sócio-fundador da Academia Internacional Pré-Andina de Letras, com sede em Tabatinga, no estado do Amazonas. Fez várias conferências literárias e é membro efetivo de algumas entidades culturais, tais como: Clube da Madrugada, Academia Amazonense de Letras, União Brasileira de Escritores (Seção do Amazonas) e Conselho Estadual de Cultura. Pertenceu à equipe da página artística do Clube da Madrugada, "O Jornal" e do "Jornal da Cultura", da Fundação Cultura do Amazonas. Colabora em vários órgãos de imprensa, com especialidade no Suplemento Literário de Minas Gerais. Jorge Tufic é o autor da letra do Hino do Amazonas, contemplado que foi com o primeiro lugar em concurso nacional promovido pelo governo daquele estado. E-MAIL: jorgetufic@hotmail.com  

Fonte: Revista Literaria. Evaldo Ferreira - evaldo.am@hotmail.com
           Wikepedia

sexta-feira, 14 de maio de 2010

PRAÇA DA SAUDADE - MANAUS



A foto acima é uma colagem, tipo exposição múltipla (fotos sobrepostas) – a antiga, foi retirada do site http://www.bauvelho.com.br/ , do Carlos Zamith e, uma atual, colorida, tirada por mim, no dia da reinauguração. O local é a Praça 5 de Setembro, conhecida como Praça da Saudade, em decorrencia de ter sido ali um cemitério.Para visualizar melhor, basta dar um click e Ctrl + para ampliá-la.
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quinta-feira, 13 de maio de 2010

O SOLAR DOS BRINGEL

Fiz esta crônica em meados de junho do ano passado, recebi inúmeros comentários, a grande maioria dos familiares do Senhor João e da Dona Mariazinha Bringel. Estou hoje republicando o post, em decorrência de ter tido a felicidade de ter reencontrado o Mário Jorge Bringel e a sua esposa Ilka, num show musical no Tacacá na Bossa, no Largo de São Sebastião.
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O Solar dos Bringel ficava na Rua Huascar de Figueiredo, nº.1191, na esquina com a Rua Igarapé de Manaus, centro. O imóvel pertencia ao Sr. João Bringel (1894 – 1987) e Sra. Maria Macedo Bringel (1906 – 1992).

O imóvel era belíssimo, cercado de jardins e de um grande pomar (goiabeiras, mangueiras, abacateiros, limoeiros, abieiros, saputilheiras e coqueiros); com a permissão dos donos, a minha avó Lídia Pires plantou um pé de Mangueira e, com os devidos cuidados, tornou-se frondosa e forneceu muitos frutos durantes décadas. Este lugar permanece vivo na minha memória, pois foi onde passei a minha infância e adolescência - nos porões da residência funcionava a Oficina de Violões, do meu saudoso pai Rochinha.

O Sr. João e a Dona Mariazinha tiveram uma grande prole, lembro do Aurélio, Norma, Mário Jorge, Maury, Mauro, Renato (Pingo), Antonia (Antonina) e Dea, além dos netos Betinha, Titá e Miroco. Os filhos herdaram dos pais uma grande formosura, bem como, o gosto pela música e pelos estudos, foram também brilhantes executivos na área bancária e comercial. O meu pai considerava os Bringel a sua segunda família, conviveram juntos durante 30 anos.

Na aposentadoria, o meu pai gostava de passear pela Rua Igarapé de Manaus, para conversar com os antigos vizinhos, bem como, para admirar e matar a saudade da residência dos Bringel. Num certo dia, deparou com os escombros do imóvel, falou tristemente o seguinte: - Zezinho, meu filho, vamos embora, acabaram com a nossa memória! Nunca mais voltou ao lugar.

Após o falecimento dos pais, os herdeiros do imóvel resolveram vende-lo, o comprador foi a Universidade do Norte – Uninorte (destruidora dos imóveis antigos de Manaus) - não deu outra, a bela casa foi para o chão, virou simplesmente um estacionamento dos veículos dos seus alunos.

O tempo passa, o tempo voa, mas as lembranças ficam! A residência dos Bringel não existe mais no plano físico, porém ficará guardada num cantinho da minha memória.
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Comentários:
• Zezinho,
As palavras na Internet são como mensagens nas garrafas que lançamos e não sabemos aonde vão chegar. No meu caso chegou aonde está o meu imaginário. Meu tio João Bringel, irmã da minha avó. Maria Bringel Siqueira foi o proprietário deste imóvel. Mais do que isso, foi figura presente na minha infancia-adolescencia, pois morou conosco durante mais de seis meses em Recife. A figura do tio Joãozinho alem da formosura continha algo de mágico. Ele era um grande contador de histórias e um lenda viva da epopéia da região, o que incluia a famosa ferrovia Madeira-Mamoré. Como herdeiro de tão fantástica herança, só tenho que dar força a seu blog. Dê sequência ao seu bom trabalho.
Antonio Carlos Gomes Siqueira - Rio de Janeiro.

•Zezinho,
Que bom saber que você compartilha conosco a saudade da casa dos meus avôs... Muito obrigada por suas palavras.
Eu sou Déa, filha da Déa. Quando nós éramos crianças, meu apelido era Deinha. Seu pai era, além do artista genial, uma pessoa maravilhosa: quanta paciência, que doçura. Muita "espadinha" ele fez para nós brincarmos.
Meu violão, o "Vinícius", foi ele quem fez.
Mais uma vêz, foi maravilhoso ler a sua crônica sobre o nosso Solar. Quando eu sonho, eu estou sempre lá.
O nosso carinho para você e a sua família.
Déa Filha.
• Zezinho, eu sou Márcia, filha do Mario Jorge e da Ilka, passei minha infância e até início da juventude, qdo da venda da casa....brincando ali. Sempre que chegávamos por lá íamos à procura do Sr. Rocha, pois achávamos o máximo o que ele fazia, confeccionando aquelas MARAVILHAS.
Fiquei emocionada qdo li seu blog.
Deus te abençoe.
• Querido amigo,
Sei que o tempo apaga muitas lembranças, mas a casa dos meus avós é uma lembrança que trago viva, e com muito carinho, no meu coração. Obrigado pela lembrança gostosa de tempos que não voltam mais. Ainda posso ouvir seu pai afinando os violões, e sentir o cheiro do verniz que inundava a pequena oficina. Se você tiver outras fotos da casa, por favor, manda para esse e-mail, a família agradece. Obrigado pela maneira gostosa como descreveu a casa e a todos nós. Saiba que você e sua família estarão sempre em nossos corações e lembranças. Espero lhe rever em breve.
Um forte abraço,
IVAN BRÍNGEL
• Muito prezado Zezinho, você não imagina a alegria que senti ao ler tua mensagem. Alegria, por encontrar pessoa tão participante de minha vida, na adolescência. E surpresa, por ficar imaginando como conseguiu me encontrar, depois de tantos anos que nos separamos; gostaria de saber. Visitei o teu blog e vou te confessar: meus olhos marejaram quando li a tua bela e sentida crônica sobre o nosso antigo e saudoso “SOLAR”. Ainda não tínhamos tido a oportunidade de ler um texto tão expressivo, tão autêntico e tão feliz sobre ele. Foi uma verdadeira fotografia escrita. Você soube expressar todo um sentimento de amor naquelas palavras. Meus parabéns! Estou encaminhando para todos os meus irmãos e sobrinhos – os citados na crônica e outros mais – o teu trabalho e a indicação do teu blog.
Li e gostei também da crônica sobre o nosso velho Cine Guarany e suas sessões ao ar livre. Que saudade, amigo! Ainda vou ler as demais, tenha certeza, porque você coloca muito sentimento no que escreve.
Não seria preciso dizer que estás parecidíssimo com o teu pai. Outra coisa: de onde é aquela foto antiga, que encabeça tua página? É de Manaus? Estou à procura de uma foto da parte da frente do prédio onde funcionou a Polícia Militar, ali na chamada Praça da Polícia; será que você tem alguma?
Zezinho, mais uma vez quero te agradecer pela alegria que me proporcionaste com a tua mensagem e a felicidade de voltarmos a nos comunicar. Um grande abraço para você, sua esposa e seus três filhos.
Mauro Bringel.