sexta-feira, 31 de outubro de 2014

SOL URBANO NA CIDADE NUA

JORGE PALHETA

FORÇA DE LUZ
EM RAIOS DOURADOS
COBRINDO QUARTEIRÕES
NOS BECOS CONFUSOS
ENTRE ESCADAS E VIELAS

GEOMETRIA DE CONCRETO
TIJOLO E ARGAMASSA
LABIRINTO DE VIDAS
CRUZANDO AS ESQUINAS

DA CIDADE NUA!

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

MINHA ÉPOCA DO COLÉGIO SÓLON DE LUCENA

Por ter morado por vários anos no Conjunto dos Jornalistas, na Avenida Constantino Nery, Zona Centro-Sul de Manaus, o meu local de votação fica exatamente no colégio em que estudei o ensino médio e, todas às vezes em que faço a minha obrigação de eleitor brasileiro, ao adentrar naquela instituição de ensino, volto ao passado.

Cursei o primeiro ano do ensino médio no Instituto de Educação do Amazonas – naquele tempo, os alunos deveriam fazer um curso técnico nos dois últimos anos e, o IEA oferecia somente o magistério, porém, eu não tinha a menor vocação para ser professor, o que me obrigou a pedir transferência para o Sólon de Lucena, com a intenção de cursar administração ou contabilidade.

Mesmo a contragosto, fui matriculado no curso de contabilidade, pois a administração tinha uma imensa procura, com preferência para os alunos da casa - mesmo assim, tive um excelente aprendizado, em decorrência de alto nível dos professores, organização e da infraestrutura que o colégio oferecia.

A direção da escola ficava a cargo do professor Bartolomeu Silva – era durão no momento certo, uma pessoa dinâmica, simpática e muito querida pelo corpo docente, discente e funcionários da casa – lembro-me ainda hoje da sua fisionomia: era alto, gordo, usava óculos, andava apressado, sempre estava disposto a ouvir a todos e gostava de sorrir.

Dois professores ficaram na minha memória, um deles foi o Mauro Bessa, atual Desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas – ela gostava de falar que, o seu salário de professor era um pingo no oceano dos seus rendimentos de operador de Direito, mas, imensamente gratificante por formar novas gerações de amazonense, isso para ele era impagável.

Outro professor que deixou a sua marca foi o Dr. Klinger Costa, um advogado que chegou a ser tempos depois Secretário de Segurança do Estado do Amazonas - era um cara durão, boa pinta, fumante inveterado – não gostava de sorrir, não tirava brincadeira com ninguém e não levava desaforo para casa - ele chegava até a chamar os alunos sapecas para brigar no pátio da escola!

O ginásio coberto “Renê Monteiro” ficava dentro do nosso colégio – ali aconteciam quase todas as noites partidas de voleibol, handebol e basquetebol, além de shows musicais e outros eventos, o que motivava muitos os alunos a “matarem aula”, bastava trocar a farda do colégio para não serem pegos de surpresa pelo diretor, porém, não tinha jeito, pois ele decorava o rosto de cada um.

Um colega que virou amigo até o dia de hoje foi o Klinger, conhecido como “Peninha” – o cara era disputado à tapa pela mulherada, tinha um carro velho e grana suficiente para gastar com elas; era um jovem professor de inglês, além de ser funcionário do Banco de Londres – tocava violão e tinha um vozeirão – eu ficava na cola dele e, dava para namorar algumas gatinhas que ele descartava - ele mora no Conjunto dos Jornalistas.

Outro, chamava-se Kleber, um guitarrista que participava de grupos musicais de Manaus – ele era “unha e carne” com o Klinger, os dois namoravam com quase todas as gatinhas do pedaço – certa vez, passamos um final de semana em Itacoatiara, em companhia dos funcionários do banco em que o Klinger trabalhava – ainda tenho fotografias daquele passeio - não tive mais contato com ele, dizem que foi morar em Boa Vista.

Uma das minhas colegas de escola, a Socorinha, foi minha namoradinha – a menina era uma moreninha “cor de jambo”, os meus colegas ficavam babando e não sabiam o que ela achou de bom em mim, pois eu era um “cabocão” feio e liso!

Quando terminei o curso, recebi o canudo de papel e, tinha por força de lei, o respaldo legal para exercer o cargo de “Técnico em Contabilidade”, podendo até assinar um “Balanço Patrimonial” – no entanto, a minha praia era Administração de Empresas, o que me motivou a estudar muito para passar no vestibular da Universidade do Amazonas,porém os estudos adquiridos no Sólon serviram de base para a faculdade.


O meu Colégio Sólon de Lucena continua bonito, arborizado na parta da frente, pintado e bem cuidado, pena que somente irei lá nas próximas eleições e, voltar ao passado novamente! É isso ai.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

CARBAJAL GOMES, O ANIVERSARIANTE DO MÊS DE OUTUBRO

Amazonense de Manaus, casado, signo de Escorpião, aposentado na classe especial pelos bons serviços no setor público, torcedor fanático do Nacional Futebol Clube e do Botafogo do Rio de Janeiro grande incentivador do carnaval amazonense, torcendo pela GRES Ipixuna e administrador do Bar Caldeira, no centro antigo de Manaus.

Os seus irmãos Danilo, Ipujucan (falecido / Presidente da Ipixuna) e o Romerito, foram meus amigos de longas datas e, somente comecei a amizade com o Carbajal quando ele iniciou a administração do Bar Caldeira.

Hoje, 29 de Outubro é o aniversário do Carbajal e, uma coisa que chamou muito a atenção foi a forma de comemorar a passagem do seu dia especial / propôs uma coisa que é muito incomum entre os empresários / não pediu nenhum presente, somente a presença dos seus amigos e clientes do seu bar, para consumirem cervejas com redução de dois reais do preço normal, com a destinação da renda líquida para o Abrigo Monte Salem.


Saúde e vida longa ao meu amigo Carbajal Gomes! É isso ai.

domingo, 26 de outubro de 2014

SECOS & MOLHADOS

A CASA VELHA - Essa casa já foi muito bela em tempos passados, lembro-me dela na minha adolescência, quando fui morar na Vila Paraíso, com entrada pela Avenida Getúlio Vargas. Existia por lá a "Boate Porão", tipo "A2", um local muito preferido pelos rapazes alegres daquela época. Não sei quem é o seu dono, pois se encontra abandonada faz décadas. Recentemente, um senhor solitário resolveu morar no local e, para afastar os curiosos, colocou diversas placas engraçadas, tipo "Cuidado com a Parede", "Cuidado com Abelhas", "Cuidado com Morcegos", "Estamos em Briga" e outras pérolas - ele até colocou uma "Cama de Gato" (armadilha) na entrada principal. É a Casa Velha esperando voltar ao seu esplendor de outrora, bastando dar uma pintura geral, acho que a Prefeitura poderia fazer isso com os imóveis abandonados do nosso centro antigo.

MENGO NA ARENA DA AMAZÔNIA - Sou flamenguista (sem fanatismo), mas, em decorrência dos comentários desfavoráveis a nossa cidade, por parte do técnico Luxemburgo e por ter trazido a maioria dos reservas, além de ter apresentado um futebol muito aquém do que esperava a torcida, a derrota foi merecida! Ainda bem que não enfrentei sol e uma imensa fila para comprar ingressos (caros, diga-se de passagem), nem chuva e filas para entrar na Arena, para assistir um time reserva jogar!

AUXÍLIO MORADIA – Enquanto os trabalhadores brasileiros que ainda não foram agraciados com o projeto “Minha Casa, Minha Vida”, passam pelo martírio mensal para desembolsar o valor do aluguel, alguns felizardos terão uma ajuda de quatro mil e trezentos reais, pagos com dinheiro público. Essa decisão do STF estendendo a todos os magistrados brasileiros, independente de morar num imóvel próprio ou não, deixa os brasileiros estarrecidos com tal decisão. E tem mais: houve um efeito cascata, com outras categorias querendo também essa “mamata”, entre elas estão o pessoal do Ministério Público, Defensoria Pública e até da Assembleia Legislativa! Conheço um juiz de Direito e um Procurador do MP-AM, eles moram em condomínio de luxo da Ponta Negra, são donos e não pagam aluguel, mesmo assim, eles terão todo final de mês a quantia de R$ 4,3 mil para auxiliá-los no pagamento do aluguel! Para se ter uma ideia, um juiz do TJ-AM ganha em média R$ 33 mil, bem acima do teto máximo que é de R$ 26 mil, essa diferença é justificada como “verbas indenizatórias”! Mais R$ 4,3 mil é uma merreca para eles!

UM DOS LEGADOS (O QUE FOI DEIXADO) DA COPA DO MUNDO EM MANAUS – Todos os turistas que vieram para Manaus, durante a Copa do Mundo, foram bem recebidos, acolhidos com todo carinho e respeito pelos moradores da nossa cidade, tanto que ela foi eleita umas das mais acolhedoras, apesar das reclamações com relação ao clima quente e úmido, trânsito ruim, taxistas que enganavam os turistas e por não falarmos um segundo idioma - apesar desses percalços, a nossa cidade está sendo cogitada para abrigar um jogo entre a Seleção da Alemanha e a Seleção dos Melhores do Mundo, com a renda revertida para a UNICEF, tudo em decorrência da Arena da Amazônia e da boa hospitalidade dos manauaras. Além disso, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 está mantendo contatos com as autoridades locais, para a cidade de Manaus ser uma das sub sedes, em decorrência da nossa infraestrutura, da Amazônia que desperta a curiosidade das pessoas, da Arena da Amazônia e do seu povo receptivo. É isso ai

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

MANA MANA MANAUS = 345 ANOS




Mana mana Manaus
No coração da hiléia
Tu és soberana cidade matriz
O rio Negro teu ciúme, teu costume
Abraça forte teu terraço fluvial
O rio Amazonas viageiro te paquera
Nesse manto florestal
Vila da Barra, tu és monumental
Entalhada pelos teus igarapés
Mana Manaus
Bela arte manauara
Os teus palácios, o teatro, a catedral
A relumear, sob o céu da Amazônia
Os teus poetas, tuas danças e bumbás
Mana manô
Minha fada, meu conto de amor
O orgulho e encanto do amazonense
E do Boi Caprichoso.

Letra e música: Chico da Silva

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O QUE SIGNIFICA ROADWAY?



Um leitor do nosso blog enviou-me o seguinte e-mail:

 - Prezado Senhor Rocha,
 Gostaria de uma informação sua. O que vem a ser o "Rodoway"? É o porto, um navio ou o que? 



Pela formulação da pergunta, nota-se que ele não conhece a nossa cidade e sua história. 

Mesmo eu não sendo historiador, mas, apenas um blogueiro que ousa em escrever um pouco sobre a nossa Manaus, tentei aclarar a sua dúvida:

- Olá,

Segundo os historiadores, os ingleses construíram o Porto de Manaus – ele consistia, basicamente, de um porto flutuante que obedecia aos níveis de água do Rio Negro (enchentes e vazantes), o que o permitia operar o ano inteiro.

As mercadorias saiam dos navios e, eram transportadas para os armazéns por três formas:

1.    Em paletes, amarrados em cabos de aço, pendurados nas torres fixas que ficavam no cais do porto, sendo puxados por motores instalados dentro dos armazéns;

2.   Os pequenos barcos ou balsas encostavam-se ao “Paredão” do Porto, onde pequenos guinchos retiravam as mercadorias;

3.   Por vagonetes (pequenos vagões), movidos por energia elétrica, com trilhos em toda a extensão do porto.

Em decorrência dessa forma de transporte de mercadorias (em trilhos através dos vagonetes), ligando o cais através de uma ponte, os ingleses deram-lhe o nome de “Roadway” – no entanto, os moradores apenas o chamava de “Rodó”.

Abraços

Não sei se estou correto, caso contrário, ficarei grato àqueles que informarem o real significado de “Roadway”.


No Porto de Manaus existiam dois imensos guinchos - eles foram desmontados e vendidos para particulares e, por incrível que pareça ainda estão em operação, um encontra-se numa loja de material de construção (esquina da Avenida Djalma Batista com a Rua Pará) e, o outro, está numa loja de venda de ferro e aço (na Estrada do Japiim, próximo a entrada da Ulbra).

Grande parte das peças e materiais do antigo "Roadway" está apodrecendo no "Museu do Porto"  (antiga Casa das Máquinas), com total desrespeito a nossa memória. 

Esse imenso patrimônio histórico está fechado para reformas, sem previsão de entregar ao povo de Manaus. 


É isso ai.


Observação: houve um erro na grafia na língua inglesa: o correto é Roadway e não Rodoway, conforme correção feita pela pesquisador e historiador Coronel Roberto Mendonça.  

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O GATO DO LARGO DE SÃO SEBASTIÃO


Bem cedinho da manhã, numa segunda-feira, deixei em seu colégio, a minha netinha; comprei um jornal sensacionista e, fui lê-lo no Largo de São de Sebastião, próximo a Banca do Largo, do meu amigo Joaquim do Tacacá na Bossa - folheei a gazeta diária, tudo normal, para o início de uma semana igual a todas as outras bossas.
Um miado triste, vindo de um gato perdido, talvez abandonado pelo seu dono, tirou a minha atenção do noticiário pervertido.
O bichano estava deslocado, num mundo que não era o seu, ele estava sem beira nem eira e, resolveu se aboletar, exatamente no lugar onde eu estava sentado.
O cara estava detonado, sujo e faminto, mesmo assim, o caboco chegava próximas as pessoas que estavam sentadas, talvez pedindo alimento com o seu miado.
Era sempre empurrado e, até chutado por alguns - não fiz nada, apenas olhava, pelo ângulo das pessoas sensíveis, de imaginação inspiradora e sonhadora.
Fiquei a observar aquela cena inusitada, para poucos e, comum para muitos, pois um gato de rua, tanto faz, como tanto fez!
O lance é o seguinte: os animais ditos “irracionais” estão perdendo o seu espaço no nosso planetinha Terra, sobrando apenas lugar para os conhecidos como racionais: o bicho homem!     
Dias depois, fiz tudo novamente: levei a netinha ao colégio, comprei um matutino de vinte e cinco centavos, sentei no mesmo banco, na mesma praça e, comecei a folhear as páginas do diário, sem preocupação com o tempo e com o espaço.
De repente, o felídeo apareceu do nada, todo faceirão e bonitão, acho que tomou banho forçado das chuvas que começam a acontecer em nossa cidade depois do verão.
Ficava esfregando-se em todo mundo e, pasmem, os frequentadores do Largo começaram a aceitá-lo, numa boa, o gato gaiato!
Ele estava limpíssimo, com uma belíssima pelagem branca, com destaque para os seus olhos bicolor - acho que estava bem alimentado dos restos de filés de peixes de uma peixaria que fica no
Largo, afinal, o bichano é agora considerado no pedaço – ele é o gato do Largo de São Sebastião.

Esta postagem é em homenagem as minhas amigas, Conceição Toscano e Jumara Whitaker, duas pessoas que criam e gostam muita de gatos. É isso ai.

PIRARUCU


É um dos maiores peixes da Amazônia, chegando a medir até três metros de comprimento e 250 quilos, possui uma cabeça achatada e ossificada, com um corpo alongado e escamoso - o seu nome “peixe  vermelho” vem do tupi (pira = peixe e Urucum= vermelho), por possuir uma parte avermelhada em seu corpo.

Ele possui dois sistemas respiratórias, as brânquias,  para respiração aquáticas e a bexiga natatória, funcionando como pulmão - esse último é muito utilizado na seca dos rios, o que o torna muito vulnerável, pois precisa ir até superfície para respirar, quando é morto pelos pescadores.

Se reproduzem durante as cheias dos rios – um papel interessante do macho é o de cuidar da prole durante seis meses e, nas primeiras semanas, os filhotes ficam próximos a cabeça do pai que os mantém próximos a superfície, facilitando o exercício da respiração aérea – os pescadores aproveitam para arpoa-lo, ficando os pequenos “bodecos” propícios a captura por predadores naturais como as piranhas.

O defeso pelo IBAMA (proibição da pesca, armazenamento e comercialização) cessou em junho passado – esse período é muito importante para a reprodução da espécie, ficando liberados somente aqueles criados em viveiros.

Possui um valor econômico muito grande, pois tudo é aproveitado:

A sua carne é deliciosa, conhecido por alguns como o “Bacalhau da Amazônia”, pode ser consumida fresca, salgada e seca – um dos pratos famosos em Manaus é o “Pirarucu de Casaca”.

As suas escamas funcionam como uma armadura contra as piranhas, pois os seus dentes quebram antes de atingir a carne do peixe – elas são utilizadas pelos caboclos para lixar as suas unhas, além de servir para confeccionar artesanatos, vendidos nas feiras e mercados de Manaus.

A língua por ser puro osso, cheia de dentículos e muito áspero, são utilizadas pelos índios saterê-mawé para ralar o guaraná em bastão,  além da mandioca e até madeiras.

O sua pele é muito utilizada na confecção de bolsas, sapatos e vestuários. Ainda são aproveitados os ovos na alimentação e o bucho para cola.

É isso ai.


Foto: Rocha

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

15 DE OUTUBRO, O DIA DO PROFESSOR.


Hoje, 15 de Outubro, dia comemorativo do “lente”, professor e mestre, aquele que no mesmo dia e mês do ano de 1827, o D. Pedro I, editou um Decreto Imperial criando o ensino elementar em nosso país, bem como, no mesmo dia e mês de 1963, o presidente da República, o João Goulart, institui o “Dia do Professor”, através do Decreto Federal no. 52.682.

O Decreto do Imperador era inovador, pois determinava a descentralização do ensino, a remuneração justa dos professores e as matérias básicas que deveriam ser ministradas, porém, desde aquela data até os dias atuais, os governantes vêm desrespeitando isso.

Realmente, a educação e os professores não são levados a sério pelas autoridades governamentais em nosso país.

Somente para exemplificar: no governo do Collor, um empresário paulista faliu em decorrências das políticas econômicas adotadas pelo executivo, ele e a esposa foram para o Japão, em busca de emprego numa empresa automobilística, chegando lá, passaram por uma triagem, o marido foi encaminhado para o setor de descarga de carros, para tirar a rebarba das soldas, mesmo tendo um título de engenheiro no Brasil, ganhando dois mil e quinhentos dólares por mês, enquanto, a sua esposa, formada em pedagogia, foi reverenciada pelos japoneses, sendo admitida como diretora da escola dos filhos dos trabalhadores brasileiros, com um salário inicial de cinco mil dólares (ela ganhava três salários mínimos no Brasil), demonstrando o quanto eles tem respeito pela educação.

Enquanto isso, o Brasil ficou em penúltimo ranking mundial de educação, elaborado pela Unesco. Segundo os professores da UnB as causas foram em decorrência do numero elevado de vagas ofertadas nas escolas do país, sem que houvesse expansão da infraestrutura de ensino e do numero de professores, além da baixa formação dos docentes e da demora por parte do governo para dar prioridade à área.

Apesar de todos esses desrespeitos a educação no nosso país e aos professores, nada mais justo do que lembrarmos e agradecermos aos nossos mestres, com todo o carinho do mundo.

Nesse dia importante, agradeço imensamente aos meus mestres:

Professora Genovevauma portuguesa de olhos azuis, morava na esquina das Ruas 24 de Maio e Costa Azevedo, professora de “primeiras letras” no Colégio Barão do Rio Branco, na Avenida Joaquim Nabuco – foi ela que me ensinou a ler e escrever;
Professor Alonso – morador da Rua Marçal (entre a Rua Costa Azevedo e Avenida Getúlio Vargas), ele foi uns dos melhores professores da língua portuguesa em Manaus, lecionou  durante anos no Colégio Benjamin Constant;
Professor Garcytilzo de Lago e Silva – fui seu aluno no Instituto de Educação do Amazonas, a sua sala de aula era o laboratório do colégio, depois, foi lecionar na UFAM e no ICBEU;
Professor Jefferson Peres – fui seu aluno na disciplina de Economia Brasileira, porém, não consegui absorver muito os seus ensinamentos e, fui reprovado, mas, não guardei mágoas, tanto que estou lembrando dele neste momento;
Professor José Seráfico – um dos mais brilhantes professores da Faculdade de Estudos Sociais (Administração de Empresas) da nossa querida Universidade Federal do Amazonas – a base da minha formação profissional devo a ele.

Certa vez, um professor paulista, o Salomão Becker, fez um discurso nessa data, em 1947, ao qual ficou famoso pela frase "Professor é profissão. Educador é missão".

Parabéns aos professores pelo seu dia, em especial, aos meus mestres, com carinho. É isso ai.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

BLOGDOROCHA: A NOSSA VELHA FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS DA UFAM...

BLOGDOROCHA: A NOSSA VELHA FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS DA UFAM...: Resolvi assistir a tradicional novena da terça-feira, na Igreja de Nossa Senhora de Aparecida, rezei, ouvi a homília do padre, depois f...

A IDADE FELIZ DO ZÉ MUNDÃO

O Zé Mundão descobriu, depois de longo tempo que tinha uma vocação para escrever, tendo preferência para o gênero narrativo – nos seus escritos, aparecia sempre como o pano de fundo a sua querida cidade Manaus, a Amazônia e o seu povo. 

Começou também a participar dos movimentos sociais, lutando para ver a sua cidade natal mais bonita, arborizada e revitalizada, com um povo ordeiro e feliz, além de batalhar pela preservação da sua cultura e das belezas da Amazônia. 

Para levar a frente a sua vocação de escritor, fez as pazes com o mundo tecnológico, comprou computadores, máquinas digitais, filmadoras e outros equipamentos de última geração - utilizou todas as ferramentas modernas de edição de som, imagens e textos. 

Foi editor de diários eletrônicos da internet e páginas de outras mídias sociais - começou também a escrever livros, ficou famoso e, finalmente, ganhou numerários suficientes para dar “uma volta ao mundo”, satisfazendo o seu sonho de criança, quando girava o Globo Terrestre que ganhara de presente de sua madrinha. 

Tinha dinheiro suficiente, crédito na praça, aposentado e todo tempo do mundo e, nenhum “nenhum pinto para dar água”, então, fez um planejamento da viagem dos seus sonhos - aprontou as malas e, resolveu embarcar sozinho mundo afora. 

Embarcou no Porto de Manaus (Rodoway), num barco Catamarã, para curtir o Rio Negro e o Rio Amazonas – ficou uns dias em Santarém, no Estado do Pará, para curtir as praias do Álter do Chão, depois, foi para Belém, onde pegou um ônibus que o levaria para São Luís, no Maranhão, para rever os seus amigos maranhenses Rony Codó e Joze Frazão e conhecer a cidade histórica e os Lençóis Maranhense - indo em seguida para Fortaleza, no Ceará, onde se encontrou com os seus velhos amigos de infância, os irmãos Aldenor e o Adelson, dois caboclos que resolveram fixar raízes por lá - fez questão de conhecer a cidade de Uruburetana, a terra dos antepassados do Zé Mundão. 

Depois de curtir as terras cearenses, pegou vários ônibus interestaduais, viajando por dezenas de cidades do litoral nordestino, além das capitais Natal, João Pessoa, Recife, Maceió, Aracaju e, por último Salvador - onde pegou um avião e foi até o Rio de Janeiro, para matar a saudade do lugar onde tinha morado por alguns meses na sua juventude, além de rever velhos amigos amazonenses que moram por lá faz 
muitos anos. 

No Rio de Janeiro, iniciou a sua viagem internacional, num voo para Lisboa, em Portugal – esse país era o que ele tinha mais desejo em conhecer – fez um passeio pela maioria dos pontos turísticos daquele país, tais como: Castelo São Jorge, Torre de Belém, Centro Cultural de Belém, Praça dos Restauradores e Padrão dos Descobridores, além de parques e jardins, curtiu também o Bairro Alto, um lugar boêmio, onde tomou bons vinhos, provou da culinária e ouviu muito Fado, depois, foi para Madri, na Espanha, visitou o Palácio Real, a Fonte de Cibeles, o Passeio do Prado e a Gran Via e, depois, a Praça Maior, para desfrutar do animado ambiente noturno. 

Prosseguiu na viagem de Madri até as cidades de Bordeaux e Paris, na França, onde conheceu o Palácio de Versalhes, Museu do Louvre e, por ser boêmio inveterado, foi até o bairro de Montmartre. 95  

A viagem continuou, indo em direção a Genebra, na Suíça, passando pelos mais altos cumes da Europa, os Alpes – atravessou o longo túnel Mont Blanc, chegando até a região de Aosta, depois, Veneza, Rávena, Assis e Roma, na Itália, onde passeou de barco e fez visita a Praça São Marcos, Basílica de São Vital, Cordilheira dos Apeninos, Basílica de Assis, Praça São Pedro do Vaticano e, visita ao animado bairro de Trastévere. 

Era hora de voltar para casa, ficando para a próxima vez conhecer a Inglaterra e a Alemanha. Ao voltar para Manaus, iniciou de imediato a programação para a próxima viagem rumo aos Estados Unidos e ao Japão. 

Passou os últimos anos da sua vida viajando pelo mundo, fazendo jus ao seu apelido de infância – essas longas viagens serviram de inspiração para escrever um novo livro. Estava realizado. É isso ai, Zé Mundão! 

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

SECOS & MOLHADOS

SERÁ MELO NA CABEÇA - Antigamente, a gurizada tinha a maior raiva de cortar o cabelo, pois os pais mandavam “dar um tapa no telhado” no estilo militar, ou seja, o barbeiro colocava uma cuia pequena na cachola do guri, pegava uma máquina manual e, cortava “no zero” o resto – falavam que era para evitar pegar piolhos!

O curumim ficava uma semana sem sair de casa, com medo de pegar “melo” (cascudo) da petizada da rua!

Outro dia, um amigo politico pediu-me para votar no Melo 90, para o segundo turno de governador do Amazonas, lembrei-me do corte da minha infância e, respondi-lhe:

- Será Melo na cabeça! Deixa comigo!


OKTOBERFEST - O cara bebe (trinke) várias e várias canecas (krurg) de cerveja de trigo com os amigos (freund) e, para amaciar a bebida, come chucrute, salsichão branco com mostarda, carne moída temperada, joelho de porco, batata recreada, pão bretzel e pastel, depois, detona doces de amêndoa, e, como não é de ferro, solta uns estrondosos “Pum alemão” - dança e canta (singer) as musicas típicas sob o comando da “Banda (kapelle) do Barril”, depois, assiste apresentações folclóricas.

Ein, Zwei, G´sufa!

Não entenderam nada? É a “Oktoberfest”, a Festa de Outubro que começou no dia 08!

Vai ter festa alemã aqui em Manaus também! O evento acontecerá em vários lugares, um deles, no Bar Frankfurt (Rua Paul Adam, nº 344, Parque 10) com a participação das bandas Dry Martinis, Acossados e a Banda Metais da Selva. Será a Oktoberfest Baré!

Vamos esquecer aquele placar da Copa do Mundo e, entrar na festa! Alles Blau!

MIADO – No domingo pela manhã, resolvi dar um pulo lá na Praça dos Remédios, pois foi revitalizada pela Secretária de Cultura, tirei umas fotos e “piquei a mula”, quando estava na Avenida Getúlio Vargas, comecei a ouvir uns miados, dei uma olhada para ver se não era uns ambulantes que vendem um apito que emite o miado do bichano. Não vi nada e, o miado continuava!

Fiquei a olhar para os outros carros que pararam no semáforo, uns motoras olhavam para mim e eu olhava para eles e, tome miado! Fiquei invocado!

De repente, parou o miado. Que alívio! Parei no Colégio Sólon de Lucena, fiz a minha obrigação de cidadão brasileiro, depois, voltei em companhia do meu irmão Rocha Filho e, nada de miado!

Fui até o Conjunto dos Jornalistas, fiquei um tempão com a minha filha e neta, depois, rumei para a New City 10, quando peguei a Avenida Constantino Nery, o miado voltou a me perturbar! Caracas, meu! Que porra é essa?

Fiquei invocado novamente e, parei num posto de gasolina bem em frente ao Centro de Convenções Vasco Vasques e, fiz uma vistoria no motor do carro, olhei, olhei e, nada! Quando ia entrando na carreta velha, avistei um gatinho agarrado na roda traseira. Caramba, como é que esse felídeo entrou ai? Pense num sufoco para tirar o bichano de lá, pois ele passava de uma roda para outra na maior facilidade – fiquei até com vergonha, mas, pensei na vida dele que estava em risco.

Depois de muita luta, consegui pegá-lo pelo rabo e o coloquei próximo onde tinha água e restos de alimentos de algumas lanchonetes que ficam por detrás do posto de gasolina. Até hoje aquele miado ainda está na mente, mas, acho que fiz a coisa certa!

COISAS DA POLÍTICA BARÉ - Usei a abusei, pela primeira vez na minha vida de eleitor, da tecla “Em Branco”! Acho que irei votar no caboquinho Melo no segundo turno, somente para o “Praga” não voltar!

Achei muito legal a família Castelo Branco não ter sido eleita! Somados aos Souza (os Metralhas) – isso mostra que esses programas televisivos de fuleiragem, sangue e miséria estão fadados ao lixo!

O Bisneto tem os seus méritos, mas, contou e muito com a ajuda e carisma do Neto! Quando o Serafim era Prefeito, o filho Marcelo ganhou facilzinho! Até eu, papai!

Falando em Bisneto, o Átila Lins foi salvo pelos votos dele. Ainda bem, pois tirou do páreo o Sabino.

VOU VOTAR DE BUSÃO, TUDO “DE GRAÇA”! – Esse negócio de ônibus de graça é conversa para boi dormir! Tem neguinho que vai aproveitar e passear pela cidade, tirar onda pela zona leste, dar um pulo também na Ponta Negra, visitar o centro antigo e tudo o mais, somente indo votar na tardinha!

Tudo de graça, até eu, papai! Mas, quem irá pagar a conta? Os contribuintes! É isso mesmo, pois segundo a SMTU serão pagos as empresas um valor de R$ 3,6 milhões no primeiro turno e mais 3,6 milhões no segundo turno! Os valores serão pagos com a arrecadação dos impostos e taxas dos contribuintes! De graça? Te esperou!

A cidade ficou suja em decorrência da maioria dos candidatos terem pagos os “cabos eleitorais” (de 50 a 100 reais para cada um) para fazerem “boca de urna”, como estavam com medo de serem presos, os infratores jogaram os “santinhos” pelas ruas na calada da noite!

O Praga falou que, o seu opositor (o Melo) somente alcançou todos esses votos em decorrência dele ter utilizado a máquina do governo.

E o santinho não utilizou também quando disputou o segundo mandato quando era governador?

#NÓSSEMOSCABOCO - Maninhos e maninhas da nossa “pátria d´água e farinha”, acabei de criar um link conhecido no Facebook como “hastag”, uma onda da net que utiliza o manjado “jogo da velha” com um tópico ou frase que corresponde ao seu interesse, sem espaço, adicionando a sua publicação.

O lance é o seguinte: quem é caboco ou amazônida, que gosta e ama a nossa cultura, pode publicar qualquer foto e/ou comentários sobre a nossa cultura, colocando no início ou no final o ‪#‎nóssemoscaboco


Vai ficar de boa, parente! Olha já! Vou botar no toco o nosso amazonês!

terça-feira, 7 de outubro de 2014

NICOLAS JR – REDES SOCIAIS

O cantor e compositor paraense Nicolas Junior, com dezesseis anos morando e trabalhando em Manaus, gravou o seu 5º CD temático, em 2013, denominado “Mãos” e, uma das faixas que mais me chamou a atenção foi “Redes Sociais” - segundo o artista foi em homenagem “As mãos caboclas que constroem, diariamente, nossa sociedade, tanto da capital quanto do interior”.

Um trecho da letra é mais ou menos assim:

Peguei um motor de recreio
Viajei para o interior
Fui que nem sardinha em lata
Na rede
Para rever a família
Rede por cima
Rede por baixo
Rede de lado
E no corredor
Era um transado de rede
Bolsa, maleta, sacola no chão
Sou caboco pavulagem
Só dormia em colchão
Foi quando descobri, então
Eu adoro rede
Eu adoro rede, maninha....

O Lançamento foi no Teatro Amazonas, para ouvir um pouco, basta acessar o link abaixo:


Reproduzo a sua biografia que circula na net:

O cantor e compositor Nicolas Jr. é natural de Santarém no Estado do Pará. Cresceu na cidade de Terra Santa, onde aos 12 anos começou a tocar violão de maneira autodidata.
Aos 15 anos foi estudar em um internato onde deu início às suas composições, escrevendo seus primeiros poemas e as primeiras canções.
Em 1998 mudou-se para Manaus onde iniciou sua carreira cantando em barzinhos da cidade.
Em 2001 lançou seu primeiro disco intitulado Nicolas Jr.
Em 2002, pelo Projeto Valores da Terra da Fundação Villa Lobos, lança seu segundo CD: Simetria.
Em 2005, Nícolas Jr., em parceria com os jornalistas Aldísio Filgueiras e Joaquim Marinho, põe em prática o projeto de lançar um disco temático, irreverente e diferente de tudo o que se estava acostumado a ouvir na cidade. O CD Divina Comédia Cabocla apresenta músicas críticas e bem-humoradas, às vezes irônicas, sobre os mais variados aspectos do cotidiano do manauara. Por abordar temáticas tão inerentes ao caboclo e ao seu jeito de ser, o disco teve excelente aceitação pelo público e pode ser considerado um sucesso de crítica e de vendas, pois é ouvido por pessoas de todas as idades, grau de instrução e classes sociais. Na sequência, lançou o Divina Comédia Cabocla II, também temático, complementar ao primeiro "Divina Comédia Cabocla". Outro sucesso. Os dois CDs alavancaram a carreira do artista no Amazonas.
Nícolas Jr. teve várias canções gravadas por grandes intérpretes da música amazonense, como: David Assayag, Cinara Nery, Amílcar Azevedo, Lucilene Castro, Fátima Silva, entre outros.
Em 2012 foi o vencedor do 3º Festival Amazonas de Música com a canção Vicissitude.
Em 2013 lançou seu 5º CD, também temático, baseado em grandes nomes da arte mundial que usaram as mãos para expressar seus talentos. Não à toa, o título da obra é "Mãos".


Eu também adoro redes! É isso ai.


Fotos: Rocha, Jersey Nazareno e Divulgação.