quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

PRAÇA DA SAUDADE - SOMENTE SAUDADE


A nossa Praça da Saudade, localizada no centro histórico de Manaus, limitando-se entre a Avenida Epaminondas e Ruas Ramos Ferreira e Simão Bolívar – considerada uma das mais antigas de Manaus e, também, a mais bonita e charmosa, emoldurada por dois belos palacetes, casas antigas e o majestoso prédio do Atlético Rio Negro Clube – tudo isso não esta sendo o bastante para ser respeitada pelo Prefeitura de Manaus e pelos órgãos de segurança do Estado do Amazonas.


Foi inaugurada em 1865 - teve vários nomes, porém, sempre será conhecido como Praça da Saudade, em decorrência de ter sido edificada no local onde fora o antigo Cemitério São José – oficialmente o seu nome é Praça 5 de Setembro (data da elevação do Amazonas a categoria de província (Estado do Amazonas), no local encontra-se um monumento em homenagem ao Terreiro Aranha, a pessoa que mais lutou pela emancipação do Grão-Pará.



Ela ficou esquecida e desfigurada por longos anos – foi revitalizada em 2008 e 2009 e inaugurada em 2010, através de um convenio entre a SUFRAMA e a Prefeitura de Manaus – estive lá na sua reinauguração, conforme foto tirada naquela época.


Atualmente, o logradouro público está abandonado pela Prefeitura de Manaus, com luminárias quebradas e queimadas, o piso está soltando, as laterais e os boxes estão todos pichados, não respeitaram nem o monumento do Tenreiro Aranha – os serviços de jardinagens ainda sendo feitos pelos nossos garis.


A praça ficou tomada por desabrigados e usuários de drogas e, pasmem, alguns deles dormem dentro dos boxes destinados aos telefones públicos (armaram até redes de dormir!) - o lixo impera em seu entorno, com forte odor de urina, em decorrência dos inúmeros bares que funcionam até de madrugada – virando palco de brigas e até mortes registradas recentemente.


Para completar, hoje, estive no local para fazer uma caminhada, onde encontrei o artista plástico Rui Machado e sua irmã Sônia Machado e outros senhores e senhoras – todos estavam chocados com um vandalismo sem tamanho – um pé de árvore Mogno foi arrancado do meio da praça e jogado na lateral da Rua Simão Bolívar, conforme fotos tiradas pelo Rui.


Entrei em contado com a Sedema, pelo fone 0800-092-2000, fiz várias tentativas, mas, não fui atendido, depois, entrei em contato com o numero 190 da PMAM, onde fiz a denúncia -, fui aconselhado entrar em contato com a Delegacia do Meio Ambiente (DEMA), porém, ninguém atendeu ao telefonema.

Segundo o WWW Brasil “O mogno corre sério risco de extinção. Um dos motivos é a extração de madeira clandestina que causa também devastação da floresta amazônica. Isso acontece porque o mogno tem alto valor comercial e aceitação no mercado internacional. A espécie já desapareceu de grandes áreas da Amazônia e resiste apenas em regiões de difícil acesso e em áreas protegidas. Mas mesmo as áreas protegidas não intimidam madeireiros ilegais, que abrem estradas na mata em busca das valiosas árvores de mogno. A derrubada ilegal e arraste da madeira leva à destruição de até 30 árvores próximas, o que agrava ainda mais o desmatamento" 

Fico pasmo com o Prefeito Arthur Neto, em campanha prometeu transformar a nossa cidade em uma Manaus Inteligente! Confira as suas promessas não cumpridas no sitio http://observatoriomanaus.com/…/as-33-promessas-nao-cumpri…/ 


Sinceramente, estou pensando em reunir alguns manauaras que, realmente, amam essa cidade e angariar recursos para recuperar a nossa Praça da Saudade, pois do jeito que está ficará SOMENTE SAUDADE!


Fotos: Rui Machado Jose Rocha Bau Velho

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

VALE A PENA?


Os dirigentes de uma empresa por ações, fazem de tudo para obterem o Lucro Econômico - correspondente ao lucro líquido obtido pela empresa deduzido do custo de oportunidade para os acionistas - a tomada de decisão é crucial para a sobrevivência ou não do empreendimento - dentro desse enfoque, a Vale S.A., tomou uma decisão errada, que poderá leva-la, futuramente, ao colapso.

Outrora, chamava-se Companhia Vale do Rio Doce, uma empresa multinacional brasileira, criada em 1942, no governo do Getúlio Vargas - foi privatizada, em 1997, no governo do FHC, com financiamento disponibilizado aos compradores pelo BNDES - foi um vergonha nacional;

No afã de obterem lucros cada vez maiores, os novos donos tiraram o Rio Doce do nome, ficando apenas Vale S.A,

Anos depois, o próprio Rio Doce foi "morto" pela "Mineradora Samarco", subsidiaria da Vale, com rompimento de duas barragens de Mariana.

No site da empresa, a empresa Vale informa que tem como Visão e Valores, a vida em primeiro lugar, crescer de forma correta, a paixão pelas pessoas e pelo planeta.

Tudo balela! O interesse econômico vem em primeiro lugar! O lucro é a meta principal e, por último, as pessoas, o meio ambiente e o planeta!

Fazer barragens de forma mais barata possível, para reduzir custos e obter lucros cada vezes maiores, dando lucros para os acionistas, sempre o foi objetivo encoberto da Vale.

Decisão errada, equivocada, criminosa, com total desrespeito as pessoas e ao planeta - tudo com o beneplácito dos governos e dos políticos brasileiros (muitos tiveram recursos para campanhas políticos advindos das mineradoras).

Com o rompimento da barragem de Brumadinho, a Vale perdeu, de imediato, 71 bilhões no valor de mercado; multas milionárias; bloqueio de bilhões de reais pela justiça; gastos expressivos para amenizar os estragos ambientais, dirigentes presos, dentre outros.

Ai vem a pergunta: Vale a Pena?

Por José Jose Rocha

sábado, 19 de janeiro de 2019

AMOR DE BICA, TANTO BATE ATÉ QUE FICA!


O meu amigo Mestre José Roberto Pinheiro Pinheiro - publicou em sua pagina do Fac ebook – a letra da marchinha da nossa BICA, para 2019 – escreveu que será uma “homenagem” ao Wilson e o Braga, dois paraenses que estão mandando no Estado do Amazonas. 
Os mais jovens falaram horrores sobre essa dita homenagem, pois não admitiam a BICA fazer homenagens a políticos – ainda bem que foi esclarecido, pois desde os primórdios, a nossa BICA faz homenagem “entre aspas”, ou seja, tira saro, goza, mete o pau e o escambau na classe politica. 
Somos sabedores que, todas as bandas de rua necessitam da autorização e apoio da Prefeitura de Manaus e do Governo do Amazonas, para botar o bloco na rua – eles sabem que apesar de serem malhados no carnaval, relevam a brincadeira e o bom humor dos “Biqueiros”.
A BICA é a melhor e a maior banda de carnaval de rua da nossa Manaus – nasceu dentro do Bar do Armando, formado, inicialmente, por um diminuto grupo de amigos intelectuais, tendo por base a Banda de Ipanema (Rio de Janeiro), com bandas de metais tocando somente marchinhas de carnaval – com o tempo, ganhou visibilidade e grande dimensão, tornando-se a maior e mais querida e amada banda de Manaus.
Tenho orgulho de ter participado desde a sua fundação, sinto saudades do meu amigo Armando Soares (foi um grande amigo do meu pai Rochinha) – continuo na diretoria da banda até hoje – sou amigo da Dona Lourdes e da Ana Cláudia Soeiro Soares, a filha do Armando, uma pessoa muito querida por todos, juntamente com o Roberto Carvalho administram a nossa BICA.
Estou feliz, mais uma vez, por ter sido convidado pela Ana Cláudia, para ser o apresentador da nossa Banda, onde terei a oportunidade em contar um pouco da história, chamar as atrações e administrar o palco, em conjunto com a Ana.
Dia 23 de fevereiro, sábado magro de carnaval, estaremos botando a BICA para zuar, com graça e louvação, pois sou do morro, sou boêmio e de São Sebastião.

BICA 2019
Letra: Rogélio Casado, Deocleciano Souza e Orlando Farias
Música: Celito
…caminhando, cantando e seguindo a canção, somos todos iguais paraenses ou não…
O jacaretinga veio lá do Grão-Pará
Caiu de paraquedas no seringal do negão
Meteu bronca num monte de xis-caboquinho
E foi pro trono na sua primeira eleição
O Porto de Lenha voltou a ser província
Cunhã poranga vai dançar carimbó
Jaraqui frito perdeu a vez pra maniçoba
Quem não tem “santo” vai morrer no caritó....

BLOGDOROCHA - carnaval de 2017
A nossa BICA surgiu em fevereiro de 1987 – Na reunião histórica de fundação da BICA estavam presentes os compositores Celito Chaves e Afonso Toscano, a engenheira civil Heloísa Chaves, o jornalista Deocleciano Souza, o advogado Francisco Cruz, o professor Mário Jorge Buriti e o músico Manuelzinho Batera.

Depois, dramaticamente, dada a urgência de levantar grana para colocar o bloco na rua, os demais frequentadores do bar assinaram o Livro de Ouro na condição de fundadores, entre eles, Mário Adolfo, Eduardo Gomes, Carlos Dias, Inácio Oliveira, Orlando Farias, Isaac Amorim, Jorge palheta, Arnaldo Garcez, Aldisio Filgueiras, Marco Gomes, Simão Pessoa, Amecy Souza, Rosendo Lima, Rogelio Casado, Nestor nascimento, Ary de Castro Filho, Felix Valois, Jorge Álvaro, Jomar Fernandes, Sérgio Litaiff, Lino Chíxaro, José de Anchieta, José Luiz Klein, Américo Madrugada, Anselmo Chíxaro, Guto Rodrigues e Torrinho.
O livro Amor de Bica, conta as histórias e as estórias da banda carnavelesca mais debochada de Manaus – escrito, em 2005, pelo Mário Adolfo, Orlando farias, Simão Pessoa e Marco Gomes.
Era apenas uma brincadeira que reunia senhores de cabelos grisalhos, pessoas do povo, doutores do judiciário, desocupados, jornalistas, poetas, músicos, estudantes e professores de filosofia do “CAUA” da Universidade do Amazonas.
Ela foi criada aos moldes da “Banda de Ipanema”, do Rio de Janeiro, com banda de metais e dos carnavais do Recife, com os bonecos gigantes.
Hoje, com 30 anos redondinhos, a nossa BICA se consolidou, fazendo parte do calendário cultural da cidade de Manaus.
A BICA possui um novo formato, com grades de proteção desde a Rua Dona Libânia até a Avenida Eduardo Ribeiro, contando com barracas credenciadas, deixando muito espaço para vocês se divertirem a vontade.
O espaço é dotado de dezenas de banheiro químicos, colocados estrategicamente ao lado da Igreja de São Sebastião, Praça de São de São Sebastião e Teatro Amazonas, como forma de atender aos nossos “Biqueiros” e, preservar os nossos monumentos históricos.
Agradecemos de coração o apoio do Governo do Estado do Amazonas, através da Secretária de Cultura, Polícia Militar, Policia Civil e Corpo de Bombeiros e, da Prefeitura de Manaus que, através de várias secretárias, autorizou a realização desse evento.
Para segurança dos nossos foliões, contamos com a colaboração de vários seguranças contratados e, por militares da nossa policia militar do Amazonas, para coibir brigas, furtos e danos ao patrimônio público.
Pedimos a colaboração de todos - vamos cuidar com carinho da Igreja de São Sebastião, do Teatro Amazonas, da Praça de Sebastião e todo o seu entorno.
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BICA 2017 Os tambores continuam batendo nos terreiros dos Biqueiros. Lá pras Banda do Terreiro do Preto Velho da Madrugada, ainda pode haver…

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019