A nossa Praça da Saudade, localizada no centro histórico de
Manaus, limitando-se entre a Avenida Epaminondas e Ruas Ramos Ferreira e Simão
Bolívar – considerada uma das mais antigas de Manaus e, também, a mais bonita e
charmosa, emoldurada por dois belos palacetes, casas antigas e o majestoso
prédio do Atlético Rio Negro Clube – tudo isso não esta sendo o bastante para
ser respeitada pelo Prefeitura de Manaus e pelos órgãos de segurança do Estado
do Amazonas.
Foi inaugurada em 1865 - teve vários nomes, porém, sempre será conhecido como
Praça da Saudade, em decorrência de ter sido edificada no local onde fora o
antigo Cemitério São José – oficialmente o seu nome é Praça 5 de Setembro (data
da elevação do Amazonas a categoria de província (Estado do Amazonas), no local
encontra-se um monumento em homenagem ao Terreiro Aranha, a pessoa que mais
lutou pela emancipação do Grão-Pará.
Ela ficou esquecida e desfigurada por longos anos – foi revitalizada em 2008 e
2009 e inaugurada em 2010, através de um convenio entre a SUFRAMA e a
Prefeitura de Manaus – estive lá na sua reinauguração, conforme foto tirada
naquela época.
Atualmente, o logradouro público está abandonado pela Prefeitura de Manaus, com
luminárias quebradas e queimadas, o piso está soltando, as laterais e os boxes estão
todos pichados, não respeitaram nem o monumento do Tenreiro Aranha – os serviços de jardinagens ainda sendo feitos pelos nossos garis.
A praça ficou tomada por desabrigados e usuários de drogas e, pasmem, alguns
deles dormem dentro dos boxes destinados aos telefones públicos (armaram até
redes de dormir!) - o lixo impera em seu entorno, com forte odor de urina, em
decorrência dos inúmeros bares que funcionam até de madrugada – virando palco
de brigas e até mortes registradas recentemente.
Para completar, hoje, estive no local para fazer uma caminhada, onde encontrei
o artista plástico Rui Machado e sua irmã Sônia Machado e outros senhores e
senhoras – todos estavam chocados com um vandalismo sem tamanho – um pé de
árvore Mogno foi arrancado do meio da praça e jogado na lateral da Rua Simão
Bolívar, conforme fotos tiradas pelo Rui.
Entrei em contado com a Sedema, pelo fone 0800-092-2000, fiz várias tentativas,
mas, não fui atendido, depois, entrei em contato com o numero 190 da PMAM, onde
fiz a denúncia -, fui aconselhado entrar em contato com a Delegacia do Meio
Ambiente (DEMA), porém, ninguém atendeu ao telefonema.
Segundo o WWW Brasil “O mogno corre sério risco de
extinção. Um dos motivos é a extração de madeira clandestina que causa também
devastação da floresta amazônica. Isso acontece porque o mogno tem alto valor
comercial e aceitação no mercado internacional. A espécie já desapareceu de
grandes áreas da Amazônia e resiste apenas em regiões de difícil acesso e em
áreas protegidas. Mas mesmo as áreas protegidas não intimidam madeireiros
ilegais, que abrem estradas na mata em busca das valiosas árvores de mogno. A
derrubada ilegal e arraste da madeira leva à destruição de até 30 árvores
próximas, o que agrava ainda mais o desmatamento"
Fico pasmo com o Prefeito Arthur Neto, em campanha prometeu transformar a nossa
cidade em uma Manaus Inteligente! Confira as suas promessas não cumpridas no
sitio http://observatoriomanaus.com/…/as-33-promessas-nao-cumpri…/
Sinceramente, estou pensando em reunir alguns manauaras que, realmente, amam
essa cidade e angariar recursos para recuperar a nossa Praça da Saudade, pois
do jeito que está ficará SOMENTE SAUDADE!
Fotos: Rui
Machado Jose
Rocha Bau Velho
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