O meu amigo Mestre José Roberto Pinheiro Pinheiro - publicou em sua pagina do Fac ebook – a letra da marchinha da nossa BICA, para 2019 – escreveu que será uma “homenagem” ao Wilson e o Braga, dois paraenses que estão mandando no Estado do Amazonas.
Os mais jovens falaram horrores sobre essa dita homenagem, pois não admitiam a BICA fazer homenagens a políticos – ainda bem que foi esclarecido, pois desde os primórdios, a nossa BICA faz homenagem “entre aspas”, ou seja, tira saro, goza, mete o pau e o escambau na classe politica.
Somos sabedores que, todas as bandas de rua necessitam da autorização e apoio da Prefeitura de Manaus e do Governo do Amazonas, para botar o bloco na rua – eles sabem que apesar de serem malhados no carnaval, relevam a brincadeira e o bom humor dos “Biqueiros”.
A BICA é a melhor e a maior banda de carnaval de rua da nossa Manaus – nasceu dentro do Bar do Armando, formado, inicialmente, por um diminuto grupo de amigos intelectuais, tendo por base a Banda de Ipanema (Rio de Janeiro), com bandas de metais tocando somente marchinhas de carnaval – com o tempo, ganhou visibilidade e grande dimensão, tornando-se a maior e mais querida e amada banda de Manaus.
Tenho orgulho de ter participado desde a sua fundação, sinto saudades do meu amigo Armando Soares (foi um grande amigo do meu pai Rochinha) – continuo na diretoria da banda até hoje – sou amigo da Dona Lourdes e da Ana Cláudia Soeiro Soares, a filha do Armando, uma pessoa muito querida por todos, juntamente com o Roberto Carvalho administram a nossa BICA.
Estou feliz, mais uma vez, por ter sido convidado pela Ana Cláudia, para ser o apresentador da nossa Banda, onde terei a oportunidade em contar um pouco da história, chamar as atrações e administrar o palco, em conjunto com a Ana.
Dia 23 de fevereiro, sábado magro de carnaval, estaremos botando a BICA para zuar, com graça e louvação, pois sou do morro, sou boêmio e de São Sebastião.
BICA 2019
Letra: Rogélio Casado, Deocleciano Souza e Orlando Farias
Música: Celito
…caminhando, cantando e seguindo a canção, somos todos iguais paraenses ou não…
O jacaretinga veio lá do Grão-Pará
Caiu de paraquedas no seringal do negão
Meteu bronca num monte de xis-caboquinho
E foi pro trono na sua primeira eleição
O Porto de Lenha voltou a ser província
Cunhã poranga vai dançar carimbó
Jaraqui frito perdeu a vez pra maniçoba
Quem não tem “santo” vai morrer no caritó....
BLOGDOROCHA - carnaval de 2017
A nossa BICA surgiu em fevereiro de 1987 – Na reunião histórica de fundação da BICA estavam presentes os compositores Celito Chaves e Afonso Toscano, a engenheira civil Heloísa Chaves, o jornalista Deocleciano Souza, o advogado Francisco Cruz, o professor Mário Jorge Buriti e o músico Manuelzinho Batera.
Depois, dramaticamente, dada a urgência de levantar grana para colocar o bloco na rua, os demais frequentadores do bar assinaram o Livro de Ouro na condição de fundadores, entre eles, Mário Adolfo, Eduardo Gomes, Carlos Dias, Inácio Oliveira, Orlando Farias, Isaac Amorim, Jorge palheta, Arnaldo Garcez, Aldisio Filgueiras, Marco Gomes, Simão Pessoa, Amecy Souza, Rosendo Lima, Rogelio Casado, Nestor nascimento, Ary de Castro Filho, Felix Valois, Jorge Álvaro, Jomar Fernandes, Sérgio Litaiff, Lino Chíxaro, José de Anchieta, José Luiz Klein, Américo Madrugada, Anselmo Chíxaro, Guto Rodrigues e Torrinho.
O livro Amor de Bica, conta as histórias e as estórias da banda carnavelesca mais debochada de Manaus – escrito, em 2005, pelo Mário Adolfo, Orlando farias, Simão Pessoa e Marco Gomes.
Era apenas uma brincadeira que reunia senhores de cabelos grisalhos, pessoas do povo, doutores do judiciário, desocupados, jornalistas, poetas, músicos, estudantes e professores de filosofia do “CAUA” da Universidade do Amazonas.
Ela foi criada aos moldes da “Banda de Ipanema”, do Rio de Janeiro, com banda de metais e dos carnavais do Recife, com os bonecos gigantes.
Hoje, com 30 anos redondinhos, a nossa BICA se consolidou, fazendo parte do calendário cultural da cidade de Manaus.
A BICA possui um novo formato, com grades de proteção desde a Rua Dona Libânia até a Avenida Eduardo Ribeiro, contando com barracas credenciadas, deixando muito espaço para vocês se divertirem a vontade.
O espaço é dotado de dezenas de banheiro químicos, colocados estrategicamente ao lado da Igreja de São Sebastião, Praça de São de São Sebastião e Teatro Amazonas, como forma de atender aos nossos “Biqueiros” e, preservar os nossos monumentos históricos.
Agradecemos de coração o apoio do Governo do Estado do Amazonas, através da Secretária de Cultura, Polícia Militar, Policia Civil e Corpo de Bombeiros e, da Prefeitura de Manaus que, através de várias secretárias, autorizou a realização desse evento.
Para segurança dos nossos foliões, contamos com a colaboração de vários seguranças contratados e, por militares da nossa policia militar do Amazonas, para coibir brigas, furtos e danos ao patrimônio público.
Pedimos a colaboração de todos - vamos cuidar com carinho da Igreja de São Sebastião, do Teatro Amazonas, da Praça de Sebastião e todo o seu entorno.
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