segunda-feira, 21 de novembro de 2011

PASSEIO AO CAREIRO DA VÁRZEA



Domingo passado resolvi sair um pouco da cidade e, dei um pulo até o Careiro da Várzea – para quem não conhece, ele é um município brasileiro do Estado do Amazonas, pertencente à Região Metropolitana de Manaus e, como o próprio nome o define, ele é tipicamente de várzea (95%).

Para quem não dispõem de automóvel, existem varias linhas de ônibus que dão acesso ao Terminal Fluvial Manaus-Careiro da Várzea - as mais conhecidas são da “Vila Buriti e Mauazinho”.

A travessia pode ser realizada em Balsas (Ferryboat), para automóveis, cargas e pessoas ou, em pequenas embarcações conhecidas como “A Jato”, somente para pessoas, ao preço de R$ 10,00 para ida e volta.

Com a desativação da travessia Manaus-Cacau Pirêra, em decorrência da construção da Ponte Manaus-Iranduba, as autoridades declararam que todas essas balsas iriam servir a travessia do Rio Negro - Solimões - não vi nenhuma por lá, mas, o transporte estava normal, sem grandes filas de espera.

Para quem quer passar pelo famoso “Encontro das Águas”, este passeio é o mais barato que existe – ao fazer o trajeto de ida, fiz uma pequena filmagem da passagem do Rio Negro para o Solimões, a emoção foi muito grande, apesar de já ter perdido a conta das vezes em que passei por lá.

Ainda no Terminal, percebi que a oferta de peixes era enorme, com muito Pacu, Sardinha, Tambaqui, Bodó, Tamoatá e Jaraqui. Na chegada, notei também a venda de muito peixe – fiquei com água na boca e, resolvei parar num “Bar-Flutuante” para almoçar o meu manjar: “Jaraqui Frito com Baião de Dois”, acompanhado de farinha, pimenta, azeite e limão, além de uma cerveja bem gelada.

Antes de me aboletar num tamborete do restaurante, dei uma pequena volta pelo entorno da cidade – visitei o Mercado Municipal e, fiquei admirado com uma obra de grande porte que o governo do Amazonas está executando, trata-se do Porto do Careiro da Várzea, uma obra de 26 milhões de reais – acredito que a construção foi motivada em decorrência dos trabalhos de recuperação da BR-319, ligando Manaus-Porto Velho.

Este município possui 95% da sua área formada de Várzea, um terreno que fica às margens do Rio Solimões, ficando inundado em época de enchente, deixando ai o Húmos, rico em adubo natural que permite o cultivo com alta fertilidade para os ribeirinhos. A areia da beira do rio possui um brilho todo especial, em decorrência de um minério que não sei definir o seu nome, acredito que já foi estudado por algum pesquisador – anda não vi outra igual.

No flutuante, pedi um refrigerante, pois estava fazendo muito calor, aproveitei para terminar de ler o meu jornal preferido – não deu para me concentrar na leitura, em decorrência do som muito alto de um CD de uma dupla sertaneja. Resolvi tomar uma atitude: dei um pulo no Rio Solimões -, nadei um pouco, mas, com medo da “Piraíba”, um peixe de grande porte que, uma vez e outra, gosta de morder a perna de um caboco e levá-lo para o fundo do rio – eu, hein!

Chegando à hora do almoço, fiz logo o meu eu pedido: - Um “Jaraco” frito, por favor! A dona estabelecimento respondeu: - Não temos peixe de qualidade alguma! Fiquei indignado: - Mas, tem um montão de peixes no mercado e nas bancas, dando na cara que nem papeira! Ela, na maior: - Pois é, por isso que não tenho para vender, o pessoal está enjoado até talo de peixes, o negócio por estas bandas é churrasco de carne e frango! – Tô fora, vim lá da casa do carvalho pra comer um peixe aqui e, nada! Fui!

A Volta foi muito legal, também pudera, poucos são os privilegiados que podem passear pelo “Encontro das Águas” e curtir as belezas da Amazônia. Ao me dirigir ao Ponto de ônibus, um Taxi-lotação parou e ofereceu os seus serviços, apenas cinco reais para deixar no centro de Manaus, topei na hora. Fui a um restaurante da Avenida Getúlio Vargas esquina com a Rua Dez de Julho, encontrei uma variedade de comidas, tudo a quilo -, fiz o meu pedido: um pedaço de Surubim (liso, mas, cheio de pinta!) com farofa e feijão. Tava de bom tamanho!

Para finalizar o passeio, dei um pulo até o “Bar Caldeira”, para encontrar com os amigos, jogar conversa fora, ouvir uma boa música e, entornar umas geladas de leve. É isso ai.

2 comentários:

Ricardo Soares disse...

kkkkkk, sair de Manaus para comer carne do outro lado do rio é cruel mesmo.

Unknown disse...

Adorei! Só gostaria que tivesse falado um pouco mais sobre o Careiro! Abraço