Segundo os historiadores, o botânico inglês Henry Wickman aportou no Brasil em 1875, veio a serviço do Sir Josesp Hooker, Diretor do Jardim Botânico de Londres, tendo como missão roubar sementes da Hevea brasiliensis, outros tantos, afirmam que não foi bem assim, houve a conivência de muitos, incluindo empresários e o próprio governo.
No primeiro caso, dizem os estudiosos que o gringo chegou exatamente em Santarém (PA), no Rio Tapajós, com o disfarce de professor, depois de algum tempo, conseguiu na calada da noite embarcar em torno de 70.000 sementes, foram diretamente para Londres, posteriormente, enviadas para Malásia e Sri Lanka, colônias britânicas.
Nesses países o clima é quente e úmido, propício para o cultivo da árvore amazônica, foram feitos também uns melhoramentos genéticos e, plantados em fileiras, permitindo uma coleta do látex de forma racional, com a produção em larga escala e a baixos custos, o que não acontecia na Amazônia.
Deu tudo certo para os ingleses e suas colônias; para ter uma ideia, a maior produção da Amazônia foi de 42 mil toneladas/ano, enquanto a Malásia produziu, em 1913, um total de 48 mil ton/ano. Moral da história: houve uma oferta maior, com a queda do preço no mercado internacional, na época cotada em libra esterlina. Acabou para o Brasil, já era!
A outra versão é a seguinte: todo mundo sabia da presença do inglês Henry, sabiam que ele estava coletando as sementes da Seringueira, o Governo do Pará tinha essas informações e nada fez para impedir.
Dizem que os ingleses convidaram o Brasil para participar de um consórcio de empresas, com investimentos de doze milhões de libras para plantar 3,5 milhões de hectares de seringais na Malásia – os brasileiros não deram a mínima e, ainda acharam graça do projeto – para eles, plantar seringueira fora da Amazônia era loucura dos ingleses.
A própria ACA – Associação Comercial do Amazonas - lançou uma propaganda contra o plantio, difundiram que o látex da Malásia não teria a qualidade da seringueira nativa, desmotivando as pessoas plantarem a Hevea brasileira. Olha no que deu!
O Brasil até hoje não se mancou, continuamos colhendo o látex das seringueiras nativas. No Amazonas, foi implantada uma fábrica de beneficiamento do látex e outra de produção de pneus para motocicletas do Polo Industrial de Manaus. Toda a produção do Amazonas é comprada por essa empresa, mesmo assim, os empresários tem que recorrer à Malásia, pois a nossa produção não atende nem 50% de uma única fábrica. É mole!
Realmente, não houve roubo das sementes pelos ingleses, deixamo-los levarem à vontade, fomos demasiadamente arrogantes no passado e, continuamos pecando no presente. Caso não aparecer um louco para plantar a seringueira de forma racional como fizeram os ingleses, continuaremos a importar no futuro, o que já foi nosso um dia! É isso ai.
Um comentário:
Pois então farei o meu... o dito ladrão, nao era botânico e não veio direto para o Brasil e sim para os nossos paises visinhos e lá soube do latex . O inglês Henry Wickman tinha loja de chapeu que não deu certo . Ele passou por Belem , Santarém e Manaus e Foi em Belem que o consul ingles da época o incentivou e certamente deu a cobertura de como ele devia fazer para levar as sementes, plantada tambem em Singapura e Austrália onde ele mesmo tomava conta de alguns ectares e foi a falencia devido intemperes da regiao e não fsicou rico com isso mas seu roubo teve "como os Corsários da Rainha" da Rainha da Inglaterra. Pode? de um modo geral essas informações se complementam. Estou com 62 anos de idade e meu pai contava muitas estorias e até hoje
camorim.
Postar um comentário