sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

TUDO PARA O CUVÃO


O “cuvão” era um local conhecido, antigamente, em Manaus, onde as pessoas jogavam lixos, na realidade, era um grande buraco, uma lixeira a céu aberto, servia de depósito para tudo o que não prestava mais, jogavam móveis velhos, fogões, geladeiras, animais mortos, lixo e muito lixo. O nome pegou, tanto que as pessoas falavam “pode comer e beber a vontade, pois tudo para o cuvão” -, o menino perguntava: - Maaaé, onde eu jogo esta bicicleta velha? Ela respondia: - Joga no cuvão, meu filho! Era cuvão prá lá, cuvão prá cá. Hoje, os mais antigos ainda utilizam esta palavra para exprimir tudo o que não presta, além das decisões erradas dos governantes, por ai vai, então, vou mandar muita gente e coisas erradas para o cuvão. Quando foi ventilado que a Prefeitura de Manaus iria implantar o sistema binário de trânsito, com mão única nas Avenidas Djalma Batista e Constantino Nery, a primeira providencia foi retirar centenas de Palmeiras Imperiais que estavam no canteiro central; passado quase um ano, não se fala mais no sistema binário, quem pagou o pato foram as palmeiras e o povo de Manaus, pela merda que eles fizerem, o Prefeito de Manaus e os seus asseclas merecem ser jogados num cuvão bem grande. Os grandes shopping center de Manaus, além de venderem produtos mais caros, ainda cobram pelo estacionamento dos veículos, um absurdo, o cliente vai comprar e ainda tem de pagar para estacionar o carro, quando há um furto ou danificação no veiculo, eles de esquivam de pagar o prejuízo – os administradores dos shopping merecem ser jogados no cuvão. A sociedade civil organizada de Manaus conseguiu a duras penas, o tombamento provisório do Encontro das Águas, o procurador geral do Estado do Amazonas ingressou com uma ação na Justiça Federal contra o tombamento, pois o governo que ver destruído aquela imensa beleza que Deus nos deu – o governador, o senador e o procurador geral devem ser jogados dentro do cuvão. Certo Deputado Estadual criou um projeto de lei para a redivisão do Estado do Amazonas, tentou no final do mandado emplacar a sua idéia goela abaixo do povo amazonense, não ouviu as pessoas, fez audiências públicas nas coxas, não houve plebiscito e nem estudos de viabilidade econômica e de georreferenciamento (descrição dos imóveis), ainda bem que ele não conseguiu se eleger para Deputado Federal, o povo o mandou direto para o cuvão. Vou parar por aqui, pois poderei mandar muitas pessoas para o cuvão, o espaço seria pequeno. Mas a pergunta que não quer calar: Quem, nobre leitor, você mandaria para o Cuvão? Pode escrever que eu publico!


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