Por Abrahim Baze
Nascido de
família de pescadores, na então Vila de Póvoa de Varzim, em 23 de novembro de
1929, Leopoldino Gonçalves Marques cedo (18 anos incompletos) e cedo imigrou
para Ultramar-Moçambique – onde cumpriu o serviço militar.
De volta a Portugal,
imigra definidamente para o Brasil-Manaus por carta de chamada de seu amigo de
infância, José Pereira Campos, isto em 1952.
Em 1954 manda vir a família, que
ainda vivia em Portugal: sua esposa e companheira até o fim de sua vida,
Generosa Lopes da Conceição, e seus três filhos portugueses; Joaquim, Fernando
e José.
De pronto associou-se ao Luso Sporting Club, onde foi de tudo, de
atleta (futebol) a diretor, ator amador do Teatro do Luso até chegar a
Presidência onde, com a ajuda de muitos amigos, que sempre os soube fazer,
realizou uma profícua administração, completando as obras da sede social com
construção da varanda interna, lado oeste.
Fortaleceu as reuniões sociais e deu
forte impulso à “Juventude do Luso”, movimento jovem com grande passagem pelo
clube.
Teve como seus colaboradores: José e Manoel Pereira Campos, Alfredo
Jangadeiro, Germinal, Lameiras, Fernando Maravalhas, Rui e José Leite, Simão,
Sr. Américo, Sr. Ivã, Sr. Martinho, Carreira, Armando Soeiro, dentre muitos
outros.
Completou a família com mais cinco filhos brasileiros: Dilce, Herbert,
Leopoldino Junior, Leogene e Shirley, criando-os a todos, brasileiros e
portugueses, com elevado sentido de luso-brasilidade.
Faleceu em 17 de janeiro
de 1997.
Esta postagem foi motivada por vários fatores, dentre eles, cito
alguns: 1. O livro do Abrahim Baze foi-me doado pelo atual Presidente do Luso
Club, o Senhor Flávio Grillo Filho, dono da Distribuidora Casa Portugal, no
bairro da Redenção. Foi um prazer enorme, pois além de ser seu amigo, o Luso é
uma agremiação de todos os portugueses, brasileiros e, principalmente, dos
descendentes e dos manauaras da minha época; 2. Sou amigo de quatro filhos e um
neto do Senhor Leopoldino Gonçalves: 2.1 – José Gonçalves (Zé): o conheci faz
muito anos. Ele era funcionário da antiga subsidiária da Eletrobrás, a
Eletronorte Amazonas. Nos finais de semana visitava o seu patrício, o Nelson
Português, na Rua Huascar de Figueiredo, pois os dois possuíam um hobbie em
comum: a criação de canarinhos. Ele parava no Bar do Amadeu, na esquina da
Joaquim Nabuco, tomava umas cervejas e conversava com todos que bebericavam na
janela. Tempos depois, o encontrei no Bar Caldeira, onde foi possível bater
longos papos e tornar ser seu amigo. Ao se aposentar da empresa de eletricidade
foi ser executivo da Distribuidora Dilce Ltda., de sua irmã mais nova. 2.2
Joaquim Gonçalves: fui trabalhar na empresa Casas dos Óleos, no ano de 1984, na
administração, situada no bairro da Raiz. O Dr. Joaquim foi um dos mais respeitados
economistas da ONU/Cepal. Era executivo das empresas dos senhores Ambrósio,
Walph e José Mário Assayag, além de ser sócio do Café Manaus. Fui seu
discípulo, aprendi muito com ele. Infelizmente nos deixou no ano passado. 2.3
Leopoldinho júnior: O Dinho. Formado em Contabilidade, exerceu o seu mister na
empresa Casas dos Óleos. Fomos colegas de trabalho, mas, tivemos pouco contado.
Nunca mais o vi. 2.4 Dr. Fernando Gonçalves: um dos médicos mais conceituados
em Manaus. Inteligentíssimo, com uma memória fora do comum. Foi sondado várias
vezes para ser secretário de Saúde do Município e do Estado do Amazonas, porém
declinou todas vez em que era chamado. O conheci no Bar Caldeira (amigo do
Adriano Cruz, Dona Maria e do Carbajal) , onde gostava de tomar umas cervejas
com os amigos nos finais de semana. Era amigo do Armando Soares, frequentador
também do Bar do Armando em tempos idos. Trabalhou na PMM, no Governo do
Amazonas e na SUFRAMA. Está aposentado, porém, continuamos amigos virtualmente.
Conheci também o filho do Dr. Fernando, Fernando Junior, um grande amigo. Era
da SUFRAMA. Faz um tempão que não o vejo. Gente boa esses portugueses!
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