O Rei Roberto Carlos assim canta: “Hoje os meus domingos/São doces recordações/Daquelas tardes de guitarras/Sonhos e emoções/O que foi felicidade/Me mata agora de saudade/Velhos tempos/Belos dias...”. Apesar do saudosismo que sinto das minhas antigas tardes de domingo, confesso a vocês que, neste último domingo não senti nenhum gostinho do passado – foram muitas emoções nas “jovens tardes de domingo” da Manaus atual!
A Avenida Eduardo Ribeiro estava em festa, foram comemorados os dez anos da Feira de Artesanato, com shows de bandas locais, desfiles de modas, sorteios de brindes e outras “cosas mas”, contou com a presença de muitos turistas e das famílias manauenses; aproveitei para jogar conversa fora com o meu amigo Celestino, da banca de sebo “O Alienista”; visitei várias outras barracas, tomei o meu saboroso Suco de Guaraná com Mel e Amendoim, comprei o jornal Amazonas em Tempo – aproveitei para parabenizar a minha amiga Socorro Papoula (funcionária da PMM), pela organização do evento – foi show de bola!
Fiz questão de ler o meu jornal em dois lugares muito legais: no banco da Praça da Igreja Matriz e no Rodoway – o primeiro, é um lugar tranquilo, com poucas pessoas, muito arborizado, os pássaros cantam direto, dá até um pouco de sonolência, aproveitei, também, para caminhar pelo largo, não me canso de olhar para as árvores, os bancos, a imponente igreja da Nossa Senhora da Conceição, o antigo Aviaquário de Manaus e do Chafariz – o segundo, é um dos nossos cartões postal - ler o jornal dando uma olhada para o Rio Negro, para os barcos e a movimentação das pessoas indo e vindo do interior, fico pasmo com a “cabocaba” bebendo, a cerveja é servida em “tubo de ensaio” de um metro de altura – podes crer que é muito bom!
Depois fiz algumas compras na Feira da Banana e na Manaus Moderna – o dia era para apreciar, curtir, visitar os boxes, tomar água de coco, olhar os barcos regionais, enfim, ver tudo pelo lado bom, deixar um pouco de lado as criticas – encontrei velhos amigos, o Tony, seu filho mais novo e o avô Alberto Biondo; acertamos contatar com toda a galera dos velhos tempos do Mercadinho União, no Conjunto dos Jornalistas, para o nosso encontro em Agosto próximo – foi muito bom!
E a família como é que fica? Os meus pais já faleceram, os meus irmãos pegaram o beco, as assas dos meus filhos cresceram, voaram e fizeram os seus ninhos, sobrou somente para o meu xodó, a pequenina Duda, a minha caboquinha – ela adora olhar para o meu rosto já puído pelo tempo e eu adoro olhar para o seu rosto angelical – foi muito legal!
A tarde de domingo só estava começando, foi a vez de encontrar com os boêmios do Bar Caldeira, centro antigo de Manaus - até as três horas tem vez os tocadores “amadores”, os contadores de piadas e os “doidos” de Manaus – depois, chegam os “profissionais”, a caixa de som é ligada, toma vez quem está na vez, o bar fica apinhado de gente daqui e outras plagas, o fuzuê vai até as seis da tarde – pense num lugar pai d´egua!
Tá pensando que o show terminou? Ledo Engano! Foi a vez do encerramento do 5º. Festival Amazonas Jazz 2010, com o tema “A Selva Arde em Jazz” – o Largo de São Sebastião estava muito bonito, cadeiras para todos, palco giratório, telões para todos os lados, a comunidade pernambucana residente em Manaus estava em peso, pois foi o máximo o show do “MAESTRO FORRÓ E A ORQUESTRA POPULAR DA BOMBA DO Hemetério de Recife”, foram muitas machinhas, frevos e maracatu, lembrei da Banda da Bica de Manaus – Êta show arretado! Aproveitei para "matar a broca" no antigo "Kikão" (atual African House), bati um papo com o Tim Maia, com a Maria, Rosa e Joaquim do Tacacá e com o Chiquinho Pipoqueiro Marqueteiro. - É isso ai!
Chega mano velho! A tarde jovem de domingo de Manaus foi o bicho da goiaba verde! O sono veio e, o “véio” teve que “esticar a baladeira”, e, dormir o sono mais profundo. Domingo tem mais! Eu, hein!
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