Velas brancas
Apontam para o norte,
Rio, meu rio não tenhas medo.
Amazonas, Amazonas (bis)
Serrado de névoa distante
Não permite definir tua imagem
Aos olhos cobertos como véu.
Minha tela em aquarela.
Lutaram, sim, lutarás,
Qual chama das aras não poderás
apagar
Sono, dormir, quem poderá sonhar
Ao sabor dos travos, um norte
desconhecido
Lutar contigo, é em vão,
É tentar domar teu dorso imerso.
Profundezas de águas barrentas
Labirintos infinitos de soberbos titãs
Meu rio.
És o que traga monstros de carvalho
e cedro
Trazidos de muito longe,
Quantas nações floresceram
Sempre sublimando o teu trono
Tupi-guarani.
Continente de águas
Onde as estrelas resvalam, seus raios
A voz rouca e triunfante
Grita teu nome até o mar.
Amazonas.
CD de Toadas do Caprichoso 2000.