sábado, 18 de outubro de 2008

JERSEY NAZARENO



Amazonense de Manaus, poeta, jornalista e produtor cultural.

NOITE EM CLARO
(azul plúmbeo)

Por
amanhecer-me,
sujigo-me
ao dia

CURTA-METRAGEM
(marrom)

A fogueira
dos meus olhos
não apaga
a cinza do amanhã
cunhã faceira
lava o rosto
à beira da lama.

VÔO
(argênito)

Querer-me em ti
é um suplício
das dores
sem cores
para o meu bem-te-vi.

IMPERATIVO PRESENTE
(vermelho)

Com os versos
de ontem,
versejo a manhã
de hoje.

ALADO
(branca)

Quisera
ser seu pássaro
Para não coar.
Mas as tuas mãos
quentam-me
para o vôo.

TRANSE
(verde)

Não imagino
e quando possas
imaginar-te.
soberbo,
associo-me a ti.

DE COR
(vinho)

Não chacolho
o meu amor,
seja como for:
Em vida,
pela vida,
na via...