Genesino Braga nasceu em Santarém, Pará, a 6 de dezembro de 1906. Filho de Genesino dos Santos Braga e Silvina Pedrosa Braga, e irmão de Teofilino Braga e do Coronel do Exército Amélio Braga. Casou com D. Dinoralva Machado Braga, com a qual teve três filhos: os advogados Carlos Genésio Braga e Ursulita Braga Alfaia, e a senhora Marlene Braga de Sousa. Graduado em Ciências Biblioteconômicas em curso especial da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, em 1949.
Jornalista, cronista, professor universitário nas cadeiras de História do Livro e das Bibliotecas, de Paleografia e Arquivística do Curso de Biblioteconomia e Documentação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal do Amazonas, bibliotecário e diretor da Biblioteca Pública do Estado por longos anos, membro do Conselho Estadual de Cultura e da Comissão Permanente de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico do Amazonas, redator oficial do Gabinete do Governador do Estado e integrante do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - Inpa.
Em 1935 elegeu-se Deputado à Assembléia Legislativa do Estado, cumprindo com brilho, até o término, o seu mandato.
Integrou várias instituições culturais e científicas, entre as quais era correspondente da Academia Paraense de Letras e do Instituto do Ceará, o Pen Clube do Brasil e membro efetivo do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, da Associação Brasileira de Imprensa, Ordem dos Velhos Jornalistas do Brasil e sócio correspondente da American Library Associattion. Integrou a Comissão Nacional de Bibliografia (1954) e a delegação do Brasil à conferência de Biblioteconomia promovida pela Unesco em 1951.
Ocupou a poltrona 19 na Academia Amazonense de Letras, patrocinada por Oswaldo Cruz e fundada por Jorge de Moraes, depois patrocinada por Coelho Neto, em eleição de 16 de setembro de 1951, sendo empossado em 20 de maio de 1952. Sua poltrona hoje é ocupada pelo desembargador e poeta Lafayette Carneiro Vieira.
Foi presidente da Academia quando do afastamento de André Vidal de Araújo por motivo de doença a partir de 14 de junho de 1974, exercendo o cargo na condição de 1º vice-presidente. Não sendo eleito para o cargo quando do falecimento de André Araújo, consta ter-se desgostado com a Academia, mas não perdeu o espírito que rege a imortalidade dos intelectuais, permanecendo a contribuir de forma contínua na imprensa e em missões culturais.
A seu pedido o governador João Walter de Andrade realizou obras de conservação no prédio-sede da Academia, quando de seu período de presidência interina.
Integrou a comissão de reforma do Teatro Amazonas no período do governo João Walter de Andrade (1971-1974), de cujo gabinete era redator especial.
Foi sua a pesquisa que deu forma à decisão da Comissão de Revisão da Bandeira do Estado do Amazonas, criada junto ao gabinete do vice-governador Paulo Pinto Nery pela Comissão de Defesa do Patrimônio Histórico, resultando na Lei Estadual nº 1.513, de 14 de janeiro de 1982, adotada pelo governador José Lindoso.Sua grande experiência na administração pública foi como diretor da Biblioteca Pública, cargo que exerceu de 1950 a 1966 e no qual se aposentou, após 30 anos de serviços prestados àquele estabelecimento cultural.
Jornalista profissional ingressou na imprensa em 1927, no serviço de reportagem do Jornal do Comércio, sendo depois levado a redator e escreveu por mais de vinte anos com regularidade artigos versando sobre assuntos mais diversos com uma prosa atraente, rica e simples, com predominância da temática amazônica, em coluna semanal do jornal, sempre aos domingos. Seus mais de 1.100 artigos, na maioria crônicas, foram publicados também em outros jornais e revistas de Manaus, Belém, Santarém, Fortaleza, Rio de Janeiro, São Paulo e Lisboa.Foi agraciado com a Medalha do Mérito Jornalístico (1971), participou da fundação da Associação Amazonense de Imprensa (1937), e foi escolhido como jornalista do ano em duas oportunidades, 1965 e 1973, em eleição pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amazonas.Dentre outras condecorações que recebeu está a Medalha do Pacificador, outorgada pelo Exército Brasileiro; a Medalha Cultural Paulino de Brito, do Conselho Estadual de Cultura do Pará; a Medalha Machado de Assis, conferida pela Academia Brasileira de Letras; a Medalha de Ordem do Mérito Militar, no grau de Oficial; a Medalha Tiradentes, da Polícia Militar do Amazonas e a Medalha Dom Pedro II, do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas; a Medalha Centenário da A Província do Pará, conferida pelos Diários Associados.
Escreveu as seguintes obras literárias: “Nascença e vivência da Biblioteca do Amazonas”, (1957), editado pelo Inpa, com grande acolhida na área universitária e nos meios ligados à pesquisa histórica; “Fastígio e sensibilidade do Amazonas de ontem” (1960), editora Sérgio Cardoso; “Chão e graça de Manaus”, (1975) reúne belas crônicas da história e da paisagem sentimental da Manaus que tanto amou; “Assim nasceu o Ideal Clube”, coletânea de artigos domingueiros que rebusca as raízes da fundação do Ideal Clube, em 1903, revelando as belezas da sociedade manauara desde aquele ano até os dias presentes (1979), mandado editar pela diretoria do Clube; “Lampejos de um cronista” (post morten), compilado pelo filho Carlos Genésio, editado pelo Governo do Estado em 1992.
Ao registrar o lançamento de seu livro Fastígio e sensibilidade do Amazonas de ontem, Josué Montello disse na orelha da edição:
Genesino Braga, homem do Amazonas, é bem o exemplo da criatura que segue o caminho de sua aldeia. O que ele reflete, com sensibilidade e estudo, corresponde a uma ligação com a terra de suas origens.
Sobre o mesmo livro, ao prefaciá-lo, escreveu Luís da Câmara Cascudo, ressaltando as qualidades da obra e do autor:
Genesino Braga foi buscar nos arquivos documentação insubstituível para reconstruir a terra com os seres que a povoaram com sangue e gestos, opiniões e graças, desejos e amavios. Em treze quadros cíclicos, comunicantes de simpatia, trouxe aos nossos dias presentes Manaus festiva e recepcionadora, Manaus histórica e cheia de lembranças, num verismo emocional que o sagra Ticiano das grandes sombras.
Dele disse Oswaldo Orico, membro da Academia Brasileira de Letras:
(...) é uma antena fincada às margens do rio Negro. Uma sentinela viva dos movimentos literários que sacodem este país a que ele capta com o poder centrífugo de sua pena, transformando os acontecimentos em lições de informações e crítica.
O que o distingue dos simples comentadores de livros é a armazenagem dos fatos com que ilustra o noticiário de uma obra, acrescentando ao valor que ela possa ter a participação de sua experiência no assunto que aborda.
De seu livro Chão e graça de Manaus, diz João Mendonça de Souza, em trecho final:
(...) pelo muito de sentimento e afeição que se impregnam às suas páginas, ao interpretar o autor a Manaus dos idos tempos, bem poderia trazer no pórtico a legenda que Coelho Neto fixou em um de seus livros: Isto não é literatura; é carinho.
Para Arthur Engrácio, autor de antologias literárias, muitas vezes organizadas pelo critério do que se encontrava ao seu primeiro alcance d'olhos, sem maior pesquisa, ou mediante seleção de amizade, que incluía alguns e excluía outros, pelo menos em relação ao professor e acadêmico Genesino Braga, foi justo ao registrar:
Genesino Braga diferencia-se da grande maioria dos seus pares da Academia Amazonense de Letras, pela sua forma enxuta de escrever. Seu estilo é sóbrio, sem a pomposidade, a enxúndia tão encontradiça, ainda, nos textos acadêmicos. A palavra para ele, vale menos pela ressonância que possa produzir, dando uma falsa idéia de valor, que pelo sentido que ela expressa, realmente. Daí o seu escrever coreto, claro, subordinado rigorosamente às normas do vernáculo e da boa linguagem.
Como forma de ampliar junto à população, especialmente aos estudantes, a relevância de seus trabalhos no Estado, o governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura criou e implantou a Biblioteca Genesino Braga em agosto de 2002, no bairro mais populoso da capital à época, bairro de São José, que vem funcionando com grande aceitação e com os recursos mais modernos. Trata-se de uma biblioteca escolar que foi inaugurada juntamente com o Teatro Luiz Cabral com o qual faz par para servir à comunidade da zona leste da cidade.
Faleceu em Manaus em 19 de junho de 1988, aos 81 anos de idade.
Jornalista, cronista, professor universitário nas cadeiras de História do Livro e das Bibliotecas, de Paleografia e Arquivística do Curso de Biblioteconomia e Documentação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal do Amazonas, bibliotecário e diretor da Biblioteca Pública do Estado por longos anos, membro do Conselho Estadual de Cultura e da Comissão Permanente de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico do Amazonas, redator oficial do Gabinete do Governador do Estado e integrante do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - Inpa.
Em 1935 elegeu-se Deputado à Assembléia Legislativa do Estado, cumprindo com brilho, até o término, o seu mandato.
Integrou várias instituições culturais e científicas, entre as quais era correspondente da Academia Paraense de Letras e do Instituto do Ceará, o Pen Clube do Brasil e membro efetivo do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, da Associação Brasileira de Imprensa, Ordem dos Velhos Jornalistas do Brasil e sócio correspondente da American Library Associattion. Integrou a Comissão Nacional de Bibliografia (1954) e a delegação do Brasil à conferência de Biblioteconomia promovida pela Unesco em 1951.
Ocupou a poltrona 19 na Academia Amazonense de Letras, patrocinada por Oswaldo Cruz e fundada por Jorge de Moraes, depois patrocinada por Coelho Neto, em eleição de 16 de setembro de 1951, sendo empossado em 20 de maio de 1952. Sua poltrona hoje é ocupada pelo desembargador e poeta Lafayette Carneiro Vieira.
Foi presidente da Academia quando do afastamento de André Vidal de Araújo por motivo de doença a partir de 14 de junho de 1974, exercendo o cargo na condição de 1º vice-presidente. Não sendo eleito para o cargo quando do falecimento de André Araújo, consta ter-se desgostado com a Academia, mas não perdeu o espírito que rege a imortalidade dos intelectuais, permanecendo a contribuir de forma contínua na imprensa e em missões culturais.
A seu pedido o governador João Walter de Andrade realizou obras de conservação no prédio-sede da Academia, quando de seu período de presidência interina.
Integrou a comissão de reforma do Teatro Amazonas no período do governo João Walter de Andrade (1971-1974), de cujo gabinete era redator especial.
Foi sua a pesquisa que deu forma à decisão da Comissão de Revisão da Bandeira do Estado do Amazonas, criada junto ao gabinete do vice-governador Paulo Pinto Nery pela Comissão de Defesa do Patrimônio Histórico, resultando na Lei Estadual nº 1.513, de 14 de janeiro de 1982, adotada pelo governador José Lindoso.Sua grande experiência na administração pública foi como diretor da Biblioteca Pública, cargo que exerceu de 1950 a 1966 e no qual se aposentou, após 30 anos de serviços prestados àquele estabelecimento cultural.
Jornalista profissional ingressou na imprensa em 1927, no serviço de reportagem do Jornal do Comércio, sendo depois levado a redator e escreveu por mais de vinte anos com regularidade artigos versando sobre assuntos mais diversos com uma prosa atraente, rica e simples, com predominância da temática amazônica, em coluna semanal do jornal, sempre aos domingos. Seus mais de 1.100 artigos, na maioria crônicas, foram publicados também em outros jornais e revistas de Manaus, Belém, Santarém, Fortaleza, Rio de Janeiro, São Paulo e Lisboa.Foi agraciado com a Medalha do Mérito Jornalístico (1971), participou da fundação da Associação Amazonense de Imprensa (1937), e foi escolhido como jornalista do ano em duas oportunidades, 1965 e 1973, em eleição pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amazonas.Dentre outras condecorações que recebeu está a Medalha do Pacificador, outorgada pelo Exército Brasileiro; a Medalha Cultural Paulino de Brito, do Conselho Estadual de Cultura do Pará; a Medalha Machado de Assis, conferida pela Academia Brasileira de Letras; a Medalha de Ordem do Mérito Militar, no grau de Oficial; a Medalha Tiradentes, da Polícia Militar do Amazonas e a Medalha Dom Pedro II, do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas; a Medalha Centenário da A Província do Pará, conferida pelos Diários Associados.
Escreveu as seguintes obras literárias: “Nascença e vivência da Biblioteca do Amazonas”, (1957), editado pelo Inpa, com grande acolhida na área universitária e nos meios ligados à pesquisa histórica; “Fastígio e sensibilidade do Amazonas de ontem” (1960), editora Sérgio Cardoso; “Chão e graça de Manaus”, (1975) reúne belas crônicas da história e da paisagem sentimental da Manaus que tanto amou; “Assim nasceu o Ideal Clube”, coletânea de artigos domingueiros que rebusca as raízes da fundação do Ideal Clube, em 1903, revelando as belezas da sociedade manauara desde aquele ano até os dias presentes (1979), mandado editar pela diretoria do Clube; “Lampejos de um cronista” (post morten), compilado pelo filho Carlos Genésio, editado pelo Governo do Estado em 1992.
Ao registrar o lançamento de seu livro Fastígio e sensibilidade do Amazonas de ontem, Josué Montello disse na orelha da edição:
Genesino Braga, homem do Amazonas, é bem o exemplo da criatura que segue o caminho de sua aldeia. O que ele reflete, com sensibilidade e estudo, corresponde a uma ligação com a terra de suas origens.
Sobre o mesmo livro, ao prefaciá-lo, escreveu Luís da Câmara Cascudo, ressaltando as qualidades da obra e do autor:
Genesino Braga foi buscar nos arquivos documentação insubstituível para reconstruir a terra com os seres que a povoaram com sangue e gestos, opiniões e graças, desejos e amavios. Em treze quadros cíclicos, comunicantes de simpatia, trouxe aos nossos dias presentes Manaus festiva e recepcionadora, Manaus histórica e cheia de lembranças, num verismo emocional que o sagra Ticiano das grandes sombras.
Dele disse Oswaldo Orico, membro da Academia Brasileira de Letras:
(...) é uma antena fincada às margens do rio Negro. Uma sentinela viva dos movimentos literários que sacodem este país a que ele capta com o poder centrífugo de sua pena, transformando os acontecimentos em lições de informações e crítica.
O que o distingue dos simples comentadores de livros é a armazenagem dos fatos com que ilustra o noticiário de uma obra, acrescentando ao valor que ela possa ter a participação de sua experiência no assunto que aborda.
De seu livro Chão e graça de Manaus, diz João Mendonça de Souza, em trecho final:
(...) pelo muito de sentimento e afeição que se impregnam às suas páginas, ao interpretar o autor a Manaus dos idos tempos, bem poderia trazer no pórtico a legenda que Coelho Neto fixou em um de seus livros: Isto não é literatura; é carinho.
Para Arthur Engrácio, autor de antologias literárias, muitas vezes organizadas pelo critério do que se encontrava ao seu primeiro alcance d'olhos, sem maior pesquisa, ou mediante seleção de amizade, que incluía alguns e excluía outros, pelo menos em relação ao professor e acadêmico Genesino Braga, foi justo ao registrar:
Genesino Braga diferencia-se da grande maioria dos seus pares da Academia Amazonense de Letras, pela sua forma enxuta de escrever. Seu estilo é sóbrio, sem a pomposidade, a enxúndia tão encontradiça, ainda, nos textos acadêmicos. A palavra para ele, vale menos pela ressonância que possa produzir, dando uma falsa idéia de valor, que pelo sentido que ela expressa, realmente. Daí o seu escrever coreto, claro, subordinado rigorosamente às normas do vernáculo e da boa linguagem.
Como forma de ampliar junto à população, especialmente aos estudantes, a relevância de seus trabalhos no Estado, o governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura criou e implantou a Biblioteca Genesino Braga em agosto de 2002, no bairro mais populoso da capital à época, bairro de São José, que vem funcionando com grande aceitação e com os recursos mais modernos. Trata-se de uma biblioteca escolar que foi inaugurada juntamente com o Teatro Luiz Cabral com o qual faz par para servir à comunidade da zona leste da cidade.
Faleceu em Manaus em 19 de junho de 1988, aos 81 anos de idade.
Fonte: Biblioteca Genesino Braga - http://www.povosdaamazonia.com.br/