Fui ao aniversário de uma
amiga, ela pediu a uma rodada de convidados que, por favor, não falassem sobre
política, mas, não teve jeito, o assunto esteve em pauta à noite toda.
Costumo fazer caminhadas
no Centro de Convivência da Família da Cidade Nova – vez e outra, encontro um
parceiro caminhando, o Marcelo da Petrobras, faço de tudo para desviar do
assunto, mas, não tem jeito, damos dez voltas de dez minutos cada, falando
direto sobre política partidária, politicalha, dança dos botos, causos políticos,
etc.
Entro no carro, ligo o auto
rádio, lá estão os políticos dando o seu recado – paro no semáforo, chega uma enxurrada
de “cabos eleitorais”, com santinhos, adesivos e bandeirolas.
Chego a minha casa, ligo a
televisão, quero assistir a um programa ou ao jornal, mas, lá estão eles
novamente invadindo o meu quarto, a sala, a cozinha e até o banheiro.
Invadiram também os meus e-mail,
whatsUp e Messeger, com mensagens duplicadas no meu Smartphone e Note.
Quando estou a fim de
encontrar com os amigos, vou ao bar e, o assunto que rola é política. Tento
evitar, mas, depois do segundo copo, entro no papo!
Na igreja, o padre fala
para cobrar mais programas sociais dos políticos, votar naqueles que foram os
melhores e, muito blábláblá! Ainda bem que não tem padre candidato ou tem? Sei lá, mas, pastor tem aos montes!
Abro os jornais, o assunto
principal é a política de “cabo a rabo” - gosto somente de ler a agenda dos
candidatos, para passar bem longe deles!
Resolvi não ir mais a aniversários,
casamentos, formaturas e caminhadas - desliguei o rádio e a televisão, não leio
mais jornais e mensagens de celular, não vou ao bar, nem a igreja. Só de mau!
Fiquei em casa deitado,
desligado do mundo, de repente, um “fio-de-uma-égua” resolveu colocar “no toco”
o som de um “trio elétrico”, com a mensagem de um candidato falando que é o pai
da Ponte Rio Negro, do PROSAMIM, daquilo e disso! Ainda bem que tenho um protetor
auricular para não emprenhado pelo ouvido!
Resolvi viajar para o
interior, na Vila de Paricatuba, para atar a minha rede e me embalar, ouvindo
umas músicas de “flashback” nuns discos de vinil. Liguei para o Paulão e avisei
que estava “até o tucupi” com as propagandas eleitores e tava partindo para
passar uns dias por lá, ele respondeu:
- Rochinha, tem políticos aqui
“dando na cara que nem papeira” – “os caras” vêm todo dia aqui tomar café e ainda
tem a cara de pau de comer o meu jaraqui! O negócio deles é visitar as
comunidades, procurar os pobres, fazer a cabeça do líder comunitário. Fica por
ai mesmo, pois é bem melhor!