quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

DESTRUIÇÃO DO BALNEÁRIO PARQUE 10 DE NOVEMBRO




O balneário do Parque 10 de Novembro ficava no entroncamento da Avenida Recife (atual Avenida Mário Ypiranga Monteiro) com a Avenida Darcy Vargas – o meu saudoso pai me levava todo final de semana, para curtir as águas límpidas do Igarapé do Mindu – com o progresso, as águas ficaram turvas, impróprias para tomar banhos, o local foi pouco a pouco sendo abandonado, restando somente um prédio de estilo eclético (que tem atualmente cerca de 80 anos e é considerado histórico), era utilizado como Bar, Restaurante e Salão de Festas. Na administração do alcaide Sefarim Corrêa, o prédio serviu como sede da Secretaria de Cultura, na gestão do Sebastião Assante, e, da Fundação Villa-Lobos.



Até janeiro de 2009, funcionava no local a Orquestra Sinfônica Municipal (OSM), foi desativada pela filha do atual Prefeito de Manaus - Sra. Lívia Mendes, presidente da ManausCult, deixando mais 80 jovens músicos na rua da amargura.


O local ficou abandonado, servindo de abrigo para moradores de rua e usuários de drogas. Foram roubados os fios elétricos, tábuas do assoalho e as telhas, além do sumiço de sete lustres de cristal com mais de 70 anos, bem como, mais de 200 peças de instrumentos musicais (doados pela Orquestra Nacional de Brasília e pelo Instituto Baccarelli, de São Paulo).


O vereador Marcelo Ramos, do PC do B, assim escreveu no seu blog: “A situação daquele local é de partir o coração. Estamos preparando uma documentação para dar entrada no Ministério Público. As coisas funcionavam perfeitamente. Agora, as crianças que um dia sonharam em participar de uma orquestra ou, pelo menos, manter contato com a música erudita perdem uma oportunidade. Sem contar das belezas naturais existentes ali. Os mais antigos tiveram o prazer de conhecer aquele lugar como ele realmente era. Quantas pessoas já tiveram o privilégio de participar de eventos naquele local e ver a beleza? Vamos mudar essa situação, disso todos podem ter certeza”.


No ano passado passei por lá, tive uma enorme surpresa ao deparar com o prédio todo pintado, muito bem conservado, uma beleza, veja a foto que eu tirei do local. Depois de um ano, o estrago foi total, não publico a foto atual, para não chocar muita gente, pois está todo depredado, cheio de lixos e ratos por todo o lado.


Fica a pergunta no ar: Por que o nosso povo sofrido ainda teima em manter esses tipos de pessoas no poder? Talvez, pela falta de educação, conhecimento e preparo - eles não conseguem visualizar mais longe, não sabem distinguir quando o discurso é enganoso, acabam caindo no conto do vigário, dessa forma, continuaremos sendo governados por um bando de aproveitadores dos cofres públicos, sem nenhum sentimento para com o povo que o elegeu, não estão nem aí para o patrimônio público. O resultado é o estamos presenciando no dia-dia: construção de pontes, viadutos, grandes avenidas – somente para superfaturar as obras e pegar os seus milhões de reais – por outro lado, o povo passa fome, as escolas estão caindo aos pedaços, o patrimônio público está sendo relegado ao terceiro plano, etc.

Fotos : as fotos acima, mostram o P10 na década de 50, do século passado e outra do ano de 2009. 
Fonte: Jornal A Crítica, de Manaus.

2 comentários:

MÁRIO LÚCIO disse...

é uma lástima que aconteçam descasos como estes atualmente, precisamos fiscalizar, vejam só o que ocorreu com os casarões da Av. Sete de Setembro, e agora a destruição da casa onde ficava o Memorial de Alvaro Maia, é um absurdo, onde está o Ministério Público do Estado que não vê isso acontecer.

MÁRIO LÚCIO disse...

é uma lástima que aconteçam descasos como estes atualmente, precisamos fiscalizar, vejam só o que ocorreu com os casarões da Av. Sete de Setembro, e agora a destruição da casa onde ficava o Memorial de Alvaro Maia, é um absurdo, onde está o Ministério Público do Estado que não vê isso acontecer.