segunda-feira, 3 de agosto de 2009

BAIRRO DO TARUMÃ

Historia
Por volta de 1657, o Tarumã foi o ponto inicial da colonização da cidade de Manaus. Conforme Mario Ypiranga, o local era habitado por índios Aruaque e Alófila, quando chegou uma tropa de resgate que fincou uma cruz jesuítica e batizou o local com o nome de Missão do Tarumã. Faziam parte dessa expedição frei Teodósio e Pedro da Costa Favela. Este apontado por historiadores como o mais famoso matador de índios da história do Amazonas. O que se sabe é que esta tropa fundou o primeiro núcleo cristão no vale do rio Negro. Moacir de Andrade fala ainda de uma segunda tropa de resgate que voltou para continuar com a colonização e dar início à extração de drogas do sertão, rebatizando o local de Arraial do Tarumã. Este nome vem sendo usado ao longo dos séculos e faz referência ao rio Tarumã, que desemboca na margem esquerda do rio Negro. Conforme alguns escritores, entre eles Moacir de Andrade, em "Manaus, Ruas, Fachadas e Varandas", e Mario Ypiranga Monteiro, em "Roteiro Histórico de Manaus", onde hoje é o bairro, foi o ponto inicial de colonização da cidade, no período áureo da borracha, foi designado a assistir o desenvolvimento da cidade ao seu redor, em detrimento de seu próprio progresso. A área compreendida pelo Tarumã fornecia pedras, areia, carvão e barro para auxiliar o surto de urbanização da cidade, enquanto suas belezas naturais iam sendo destruídas pela exploração desses recursos. A área formada por grandes sítios e fazendas acostumou-se a grandes explosões ocasionadas pelas empreiteiras, que utilizavam bombas para extração de pedras. Para alguns moradores do local, a exploração desses recursos levou à destruição das belas cachoeiras que foram demolidas. A extração foi prejudicial e muitas vezes era um trabalho desumano, mas aquela atividade ajudava as pessoas a conseguirem o seu sustento.
Vocação para turismo
O Tarumã possui hoje infra-estrutura que facilitou o surgimento de muitos restaurantes ao longo da avenida do Turismo, uma importante aliada do desenvolvimento local. Pois, além várias casas noturnas de rock, pagode, um centro de convenções, onde são realizadas festas de classe média, existem também, bares que atraem grande número de moradores de outros bairros. O bairro do Tarumã possui diversos condomínios residenciais fechados, como Parque do Lago, Vitória, Vivenda do Pontal, Condomínio Mediterrâneo, Parque Riachuelo, Residencial Solimões, Vivenda Verde, conhecido pelo balneário, Parque Náutico Bancrevea, Jardim Tarumãzinho entre outros. Encontra-se em sua área o Aeroporto Internacional de Manaus Eduardo Gomes, o Sivam(Sistema de Vigilância da Amazônia), o clube do Cetur, o Previdenciário Clube e o cemitério Parque Tarumã, além de varias indústrias, como de materiais fotográficos e outra de plantas ornamentais. Um pouco mais afastada, a área do Tarumãzinho é uma região do Tarumã que apresenta um enorme contraste em relação aos condomínios fechados, característicos do bairro e longe da avenida do Turismo. Muito pobre com pequenos comércios e feiras, o Tarumãzinho tenta sobreviver às transformações urbanas que levaram à degradação de seu único bem: a natureza exuberante. A degradação ambiental destruiu grandes atrativos turísticos existentes no bairro, como as inúmeras cachoeiras, que proporcionaram diversão aos antigos moradores e freqüentadores dos balneários de outrora e, hoje, ou estão poluídos ou não existem mais. Como é o exemplo da Ponte da Bolívia, que fica próximo à barreira da Polícia Militar, da saída da cidade para BR-174 e AM-010. Ela servia de balneário para muitos moradores dos bairros próximos e de outras partes da cidade, porém, na década de 1990, o balneário foi desativado e decretada a proibição da entrada de pessoas nas águas poluídas.
Localização
Situado na Zona Oeste da cidade, o Tarumã possui 8243.25 hectares de área, o que o torna o bairro com maior extensão territorial de Manaus, fazendo fronteira com Ponta Negra, Lírio do Vale, Planalto, Redenção, Bairro da Paz, Colônia Santo Antonio, Novo Israel, Colônia Terra Nova e Santa Etelvina. O bairro tem 300 logradouros, entre ruas, avenidas, alamedas, estradas, ramais e vias, que vêem crescendo com o decorrer da expansão territorial de Manaus.
Fonte: Jornal do Commércio