Morreu o Pensador! É o dolorido
grito que se ouve em toda parte aflito,
no lar, na rua, como um eco, o grito
da revolta na dor humana unido.
O silêncio da cova abscôndito
guarda um mistério e o impune olvido
dos seus cruéis algozes, mas duvido
que o remorso se afaste do precito.
Era um justo e amou a terra estranha
que embelezou com seu trabalho insano,
dos maus ganhamos a invejosa sanha.
A mão que o fulminou não tem memória,
mas a ultima aguarda lá no arcano
“a Justiça de Deus na voz da História” 2
Poema de Tecelino de Almeida
1 Cedro – de imortalidade, porque os antigos costumavam untar os livros, para não corromperem, com o licor que destila o cedro, por cuja razão em provérbio diz “digna cedro” de alguma coisa, que se deseja eterna;
2 Essa “chave de ouro” emprestada é de um soneto antológico de Dom Pedro II no exílio, colocada na ortografia moderna – Mário Ypiraga Monteiro.
grito que se ouve em toda parte aflito,
no lar, na rua, como um eco, o grito
da revolta na dor humana unido.
O silêncio da cova abscôndito
guarda um mistério e o impune olvido
dos seus cruéis algozes, mas duvido
que o remorso se afaste do precito.
Era um justo e amou a terra estranha
que embelezou com seu trabalho insano,
dos maus ganhamos a invejosa sanha.
A mão que o fulminou não tem memória,
mas a ultima aguarda lá no arcano
“a Justiça de Deus na voz da História” 2
Poema de Tecelino de Almeida
1 Cedro – de imortalidade, porque os antigos costumavam untar os livros, para não corromperem, com o licor que destila o cedro, por cuja razão em provérbio diz “digna cedro” de alguma coisa, que se deseja eterna;
2 Essa “chave de ouro” emprestada é de um soneto antológico de Dom Pedro II no exílio, colocada na ortografia moderna – Mário Ypiraga Monteiro.
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