Como as minhas prolongadas
férias estão chegando ao fim (depois de um longo e tenebroso inverno), pois irei
pegar no batente para valer quando julho chegar - resolvi dar um rolé (volta) pela
minha cidade e, conversar com os meus velhos amigos - sem dúvida, foi um dia de
amenidades em Manaus.
Peguei a Avenida Eduardo
Ribeiro, entrei na Loja Bemol (antigo Cine Avenida), dei uma de “Araújo” (aquele
cara que olha tudo, faz mil perguntas, pede orçamento e, não compra PN!),
depois, passei pelo antigo “Canto do Fuxico”, na Rua Henrique Martins, parei
numa antiga confeitaria, para “forrar a pança” (matar a fome), comendo uns “bributes”
(doces e salgados) da melhor qualidade.
Segui pela Rua Frei José
dos Inocentes, a intenção era fazer uma consulta nos jornais antigos da
Biblioteca do “Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas – IGHA” (para pesquisar
sobre a “Batalha Naval de Itacoatiara, de 1932), mas, estava fechada, aliás, já
passei dez vezes por lá e, sempre a encontro com as portas cerradas.
Passei pela Praça D. Pedro
II e, fiquei a admirar as fachadas do “Palacete Rio Branco” e do “Paço da Liberdade”
(infelizmente, este patrimônio público está fechado, pois o Arthur está
tentando consertar as merdas deixadas pelo Negão Amazonino) – vi alguns homens
da Prefeitura de Manaus (SEMINF), dando uma geral nos bueiros e calçadas do
entorno do “Cabaré Chinelo”.
Aprovei para entrar na
Casa do Senhor, a Igreja Matriz, ouvi atentamente as orações de um grupo de
senhoras e, tirei algumas fotografias de detalhes do nosso templo centenário.
Fui até o “Café do Pina”,
encontrei um grupo de velhos amigos, formado pelo Moranguinho (irmão da miss
Terezinha Morango), Leandro (vendedor de CDs, também conhecido como “Grande
Circular”), Joaquim Alencar (ele está em cima da carne seca, pois é assessor
político do Rei Arthur), Elson (cientista político e um dos coordenadores do
Projeto Jaraqui) e o Italiano (o cara é maquiador de defunto de uma funerária
de Manaus - cruz credo!).
Pois bem, todos esses
caras estão com mais de cinqüenta anos e, são manauaras que curtiram muito as
décadas de sessenta e sessenta, época de ouro da nossa juventude – o papo rolou
sobre:
- Dona Yayá, o Cine
Avenida e um cara famoso do Juizado de Menores, que nas horas vagas era “Peixeiro”
e vendia num tabuleiro pelas ruas de Manaus - quando estava na função de
autoridade do juizado, odiava quando alguém o chamava de peixeiro, era brigão e
o pau comia no centro;
- As
bibas "Arroz", "Matamatá" e "Alonso", eles botavam para cima dos jovens, pois aproveitavam
a escuridão do Cine Guarany para fazer valer a “mão boba” - além do "Madeira", um
cara que trabalhava no Tribunal Regional Eleitoral (atual Pizzaria Splash, no Largo
de São Sebastião), muitos jovens passaram pela sua mão, pois ele tirava o
Título de Eleitor numa boa e, entregava somente na sua casa (na ladeira da Rua
Tapajós);
– Revitalização do centro antigo, a grande
maioria afirmou que, a prefeitura não vai fazer muita coisa até a Copa de 2014,
talvez desloque alguns camelôs para a “Loja da Esplanada da Sete de Setembro” e
faça muita maquiagem em alguns prédios antigos, pois a culpa é do "Negão" que
passou quatro anos frente da PMM, não fez nada pela cidade e ainda deixou um
rombo arrombado para o seu sucessor!
Depois, fui até o "Bar
Jangadeiro", para saborear um “Sanduíche de Pernil” com “Guaraná Regente”,
lembrei muito do meu saudoso amigo Armando (do Bar do Armando, Largo de São
Sebastião), pois ele fazia o melhor “Sanduba Pernilcioso” de Manaus.
Para finalizar, dei um
pulo no "Bar Caldeira", afinal, "Ninguém é de ferro!"Fui conferir a ornamentação de "São João" e a "Terça dos Cuiucuiús" (um peixo liso e cheio de serra!). Encontrei com os meus amigos:
Nazareno, Papoula, Baiana, Pacheco, Jesus da Eletronorte, Palinha, Puga, José
Antônio, Roberto e outros mais. O papo que rolou foi o seguinte:
- o Puga propôs a criação
do “Clube do Vinil de Manaus”, convidou-me para ser o Presidente, topei na hora
e, vou elaborar o estatuto e tudo o mais – ele se lembrou dos velhos tempos do
Bar do Armando, quando eu “botava no toco” na vitrola 3 em 1 do portuga;
- o Pacheco pediu para
escrevermos junto o livro “Bar Caldeira, 50 anos de Tradição”, não sei se topo,
pois estou com dois anos no prelo do meu primeiro livro e não termino nunca,
pois ainda não confiei no meu taco para tornar-me escritor;
- o Naza está tentando
conseguir uma credencial para mim, no “Bumbodrómo de Parintins” – está difícil,
pois os donos dos bois estão com muita “pavulagem” (caboco metido 'a besta) no credenciamento dos
profissionais da mídia.
Pois é, mano velho, ontem, foi um dia de
amenidades na nossa cidade de Manaus. É isso ai.
Fotos: Manaus antiga e atual (Rocha)
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