Com a construção da Ponte Rio Negro, ligando os dois municípios, pensei que a travessia de barco a jato estava fadada a extinção, para minha surpresa, continua em plena atividade, pois no domingo passado fiz esse trajeto.
Noto que os turistas e, mesmo os manauaras, por pura falta de informações, não fazem essa travessia tão bonita e prazerosa pelo nosso Rio Negro - existem diversas opções de passeios pela "Amazon Explorers"
No Rodoway (Porto de Manaus) os guichês de vendas de passagens ficavam na parte de dentro, mas, por uma decisão de um administrador equivocado, resolveu colocá-los na parte externa, fazendo de bobos muitos turistas que, ao resolverem comprar as passagens para um simples passeio, por não saberem como funciona a coisa, são obrigados a retornar e, comprar lá fora, voltando em seguida, para fazer o check in.
Tirando essa babaquice, o passeio é muito legal, principalmente na cheia do Rio Negro – o preço de ida e volta sai por dez reais – os barcos saem em torno de 30 minutos, quando um chega o outro sai, pois o movimento ainda é muito pequeno.
Certa vez, ouvi um relato
de um turista sobre a sua visita ao Rodoway – ele queria conhecer as
plataformas onde ficam ancorados os barcos, pois são uma famosa obra de
engenharia realizada pelos ingleses no inicio de século passado – fora proibido
de entrar, pois somente é permitido para quem possuir passagem – fez o
seguinte: comprou um ticket para o Cacau-Pirêra, entrou no porto, ficando mais
de uma hora, tirou fotografias, rasgou a passagem e, voltou a terra. Para quê complicar com os turistas?
Pois bem, o barco em que atravessei
tinha um possante motor de centro, de 360 cavalos – ele voava sobre o Rio
Negro e, em quinze minutos os prédios da cidade de Manaus apareciam bem
pequeninhos.
Atravessei o rio milhares
de vezes, mas a cada uma delas a emoção se renova – imaginem a sensação de um
turista de primeira viagem, deve ser de um encanto total.
Antes de chegar é possível
observar uma verdadeira “Cidade Flutuante” – a cada vez que vou neste local,
verifico que ela cresceu mais – sempre vem a lembrança minha infância no
Igarapé de Manaus, pois já morei neste tipo de casa.
Ao chegar, passei logo
pelo Mercado, comprei uma fatia de melancia geladíssima, passei por todos os
boxes, sai e, fiquei a observar dezenas de vendedores de peixes em canoas e
carrinhos de mãos, além de muitas crianças pescando e tomando banho de rio.
Passei por uma imensa passarela de madeira, fui até um complexo de flutuantes, conhecido como “Bar e Restaurante Aquatiko´s” – muitas pessoas estavam tomando banho no rio, outras, saboreando uma banda de "roelo" de Tambaqui e, muitos jovens detonando aquela “loura gelada”!
Na realidade, por lá não
tem muito o que apreciar, mas, a viagem é prazerosa, o povo é bom e hospitaleiro,
além de ser muito bonita a vista da cidade de Manaus do outro lado do rio.
A volta foi num barco com
dois motores de popa de 150 cavalos cada um – no meio do rio recebi uma ligação
da minha filha, ela ao saber que estava passeando pelo Rio Negro, ficou
chateada por não tê-la convidada – acertei que iria com ela e com a Duda no
próximo domingo. Vai ser uma mais uma emoção! É isso ai.
Fotos: Rocha
Fotos: Rocha
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