NOVELA SARAMANDAIA - Hoje,
a poderosa Rede Globo de Televisão, relança a famosa novela “Saramandaia” –
para quem não sabe, a primeira foi exibida em 1976, em plena ditadura e, fez um
sucesso danado - na realidade, essa emissora fatura “os tubos”, tanto no
Brasil, como no exterior, com a exibição de suas telenovelas, porém, o
faturamento vem caindo pelas tabelas, tudo em decorrência da mesmice - para
recuperar o seu prestígio, foi buscar no passado o fôlego necessário para
continuar na liderança e no faturamento.
O enredo ocorria numa
cidade fictícia de “Bole-Bole”, no interior da Bahia, onde passava por um
plebiscito para a mudança de nome – a briga ficava entre os tradicionalistas,
liderados pelo coronel Zico Rosado; e os mudancistas, liderados pelo coronel Tenório
Tavares e pelo vereador João Gibão.
A novela tinha alguns
personagem exóticos, tais como: Aristóbulo Camargo (virava lobisomem nas noites
de lua cheia); Marcina (provocava incêndios onde tocava); João Gibão (corcunda
que escondia um par de asas); Dona Redonda (que não conseguia parar de comer) e
Zico Rosado (botava formigas pelo nariz).
A música que mais marcou
naquela época foi “Pavão Misterioso”, do
cantor Ednardo, levando-o a ser conhecido nacionalmente.
BOATE SARAMANDIA DE MANAUS
- Para os cinquentões da nossa cidade, o nome dessa novela faz o pensamento voltar
ao túnel do tempo, pois um empresário do ramo do “lazer do sexo pago”,
conhecido como “puteiro”, resolveu colocar o nome em seu estabelecimento de “Boate
Saramandaia”, em homenagem ao trabalho do Dias Gomes.
Pois bem, o referido prostíbulo
ficava na Avenida Torquato Tapajós, próximo ao Conjunto Santos Dumont,
exatamente no terreno onde é hoje um colégio particular muito conceituado na
nossa cidade.
Os puteiros de hoje, são
os famosos “strip-tease”, com muita música, luzes, bebidas, onde as
profissionais do sexo dançam nuas, deixando a negada com o tesão na flor da
pele e, marcam ali mesmo os encontros amorosos em troca de grana.
Os de antigamente era
formado por uma ou duas imensas casas, feitas de madeiras, onde no
salão principal ficavam um imenso bar, com diversas mesas e cadeiras, com a
apresentação de conjuntos musicais, geralmente o som era o “brega” – os marmanjos
chamavam as gatas para sentarem a mesa para um rodada de cerveja, geralmente,
elas pediam para eles pagarem um bebida mais cara e aceitavam somente um maço
inteiro de cigarros, tudo para aumentar a despesa do otário, pois elas ganhavam
comissão para tal.
o “rala e rola” aconteciam nos “quartinhos”, com o famoso “banho
tcheco”, onde existiam somente um balde de água e cuia para os casais lavarem
as suas partes íntimas.
Por sinal, naquele tempo
os homens não utilizavam preservativos e, no máximo o que pegavam era uma gonorreia ou cristade galo, pois ainda não existia a mortal AIDS.
Para falar a verdade, faz
tempo em que não assisto uma novela, mas, hoje, irei encarar a nova “Saramandaia”,
para lembrar das antigas novelas da Globo e do puteiro do mesmo nome. É isso
ai.
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