sábado, 16 de julho de 2022

BORBULHA DE AMOR - BAR MARREIROS

 


Basta ouvir uma música das antigas que marcaram a minha juventude, para viajar no passado e lembrar-me de passagens poucas e boas dos tempos juvenis de minha vida e dos meus amigos de outrora.

Pois bem, hoje, resolvi ficar quieto em meu barraco, tomando uma “água que passarinho não bebe” e ouvindo uma seleção das boas no Youtube Music, quando de repetente toca uma que marcou toda uma geração.

Era a música “Jaraqui Tarado”, aliás, “Borbulhas de Amor”, do conterrâneo de meu pai, o cearense Fagner.

É mais ou menos assim:

“...Quem dera ser um peixe
Para em teu límpido aquário mergulhar
Fazer borbulhas de amor p'ra te encantar
Passar a noite em claro

Dentro de ti um peixe
Para enfeitar de corais tua cintura
Fazer silhuetas de amor à luz da lua
Saciar esta loucura
Dentro de ti...”

Viajei no tempo e no espaço, estava no “Bar Marreiros”, na entrada do Bairro do Parque Dez, onde é hoje um Posto de Gasolina, curtindo e dançando um samba da melhor qualidade com uma “cabrocha” e em companhia da minha “turma (grupo de amigos)” do Conjunto dos Jornalistas.

Somente a fuleiragem: Iracildo Campelo, Jorge Parente, Tony Biondo, For Make Love, Junior Calcinha,  Zé Galinha, Marcelo Lambaceiro, Klinger Peninha, Léo da Sefaz, Marcus Klain, Flávio Lauria, Zezinho e Martha, Pelé Eu Hein (motora do Gilberto), Selma Goiana, Mauro e outras sumidades.

Ali era uns dos nossos “points” para os encontros etílicos-dançantes das sextas calientes da nossa “Manô de Mil Contrastes”.

Certa vez, dentre várias delas, estava calibrado, quando olhei para uma mulher bela e magrinha, fui me aproximando todo faceiro para dançar com aquela beldade, pois naquela época eu era um “pé de valsa” e um “cansa puta”. Pense. Pois bem, quando cheguei próximo me deparei com “um armário de quatro maleiros”, não sei o porquê desta chama que tenho por mulheres belas e gordinhas. Sei, não!

Eu comecei a frequentar o Bar Marreiros quando ainda era jovem, passava por lá em companhia do Klinger Peninha (meu colega do Colégio Solon de Lucena, depois, vizinho do Conjunto dos Jornalistas).

Tempos depois casei, vieram os filhos e as broncas do dia-a-dia. O meu casamento estava quem nem “rede velha” quebrando os punhos a cada dormida.

Quando o bicho pegou geral, separei e voltei a dançar e a paquerar as “minas” do Bar Marreiros e adjacências, parecia que estava preso fazia um tempão. O leão estava solto na cidade  a procura de carne nova.

Depois longo tempo ficou apenas a saudade do Bar Marreiro ao ouvir a música do Jaraqui Tarado, com a  Borbulha de Amor.

É isso ai.